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Usos, costumes e tradições

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Mensagem por Joao Ruiz Sex Ago 20, 2010 9:17 am

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E esta é uma tradição do planalto do Barroso



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Usos, costumes e tradições Empty Rebordaínhos preserva Reis à moda antiga

Mensagem por Joao Ruiz Qui Jan 13, 2011 5:35 am

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Careto e cantadores

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Rebordaínhos preserva Reis à moda antiga

A tradição secular de cantar os Reis ainda se cumpre em Rebordaínhos, no concelho de Bragança. Quatro cantadores, acompanhados por um careto vestido a rigor, percorrem a freguesia e entram em todas as casas para cantar os Reis e rezar pelas almas.

As pessoas oferecem bolo, bombons e bebidas, mas não esquecem a esmola para as almas, uma espécie de homenagem àqueles que já partiram.

A festa é organizada pelo mordomo das almas, que é a pessoa responsável pela gestão das esmolas e por mandar rezar as missas durante o ano. No dia de Reis, que, actualmente, é celebrado no domingo mais próximo, visto que durante a semana há muitas pessoas que não estão na aldeia, o mordomo é o responsável pelo repasto. Este ano, Maria Augusta Pires é a mordoma das almas. Anteontem, a manhã foi passada a preparar o almoço para o careto e cantadores. “Tenho vitela, cordeiro, leitão, chouriça, polvo frito, pão e vinho”, enumera a mordoma.

Para além de mandar rezar as missas, Augusta Pires afirma que gostaria que o dinheiro chegasse para mandar fazer três cruzes, que, antigamente, existiam nas três entradas da aldeia. É uma tradição que esta habitante de Rebordaínhos, recém-chegada de França, gostaria de revitalizar. “Vamos ver se conseguimos dinheiro”, acrescenta.

A chuva que caiu na manhã de anteontem não demoveu os cantadores, que iniciaram a ronda pelas casas nos lugares anexos e terminaram na sede de freguesia. O careto, com uma foice numa mão e a maçã onde mete as gorjetas na outra, não pára de correr pelas ruas, transformando este dia numa festa animada, em que ninguém leva a mal as suas travessuras. “Antigamente, havia caretos que deitavam um ou dois chouriços abaixo com a foice, porque aqui a maioria das pessoas tem fumeiro em casa. Mas este porta-se bem”, enfatiza António Rodrigues, de 51 anos.

Este habitante de Rebordaínhos canta os Reis há 10 anos e garante que esta tradição tem condições para se manter. “Tem uma componente religiosa forte e as pessoas estão muito envolvidas, porque o dinheiro que juntamos é para as almas”, acrescenta o cantador.

População de Rebordaínhos teima em manter viva tradição secular com uma forte componente religiosa

As vozes são todas diferentes, o que, por vezes, torna a percepção dos versos complicada. No entanto, a maioria das pessoas já conhece bem as cantigas que vão passando de geração em geração. “Em tais festas como estas; Cantam-se os reis aos fidalgos; Também nós os cantaremos; A estes senhores honrados. Rei Gaspar e Baltasar; São três reis com Belchior; Todos os três vão adorar; Jesus Cristo Redentor” são alguns dos versos que os cantadores vão entoando de casa em casa.
Ao longo dos anos, o tipo de esmola doada pelas pessoas foi-se. Enquanto, antigamente, os habitantes da freguesia davam cereal, batatas, ovos ou castanhas, actualmente, a esmola é em dinheiro. “Naquele tempo não havia dinheiro. Cada um dava o que tinha”, conta António Rodrigues.

Os tempos mudaram, as ofertas também, mas a população de Rebordaínhos teima em manter viva uma radição secular, que é seguida pelos jovens da aldeia, que não se cansam de correr atrás do careto.


Teresa Batista, Jornal Nordeste, 2011-01-13

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Usos, costumes e tradições Empty Menino Jesus da Cartolinha recebe fardas da GNR e PSP

Mensagem por Joao Ruiz Qua Jun 22, 2011 8:10 am

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Duas novas fardas

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Menino Jesus da Cartolinha recebe fardas da GNR e PSP

O Menino Jesus da Cartolinha tem agora duas novas fardas: uma da GNR, outra da PSP. A imagem que remonta ao séc. XVIII aumenta assim o seu guarda-roupa depois de o ex-ministro da Administração Interna, Rui Pereira, nascido no concelho de Miranda do Douro, ter prometido esta entrega aquando da sua última deslocação ao concelho. A entrega foi feita esta terça-feira e o ex-ministro foi representado pelo governador civil.

“É um acto simbólico porque o ministro é nascido em Duas Igrejas e como é conhecedor das tradições de Miranda do Douro decidiu oferecer duas fardas ao Menino Jesus da Cartolinha: uma da Guarda Nacional Republicana e outra da Policia de Segurança Pública” refere Jorge Gomes, acrescentando que é “um reconhecimento da capacidade e da garantia que a PSP e GNR tem dado aos cidadãos”.

O segundo comandante distrital da GNR mostra-se orgulhoso em ver o nome da Guarda Nacional Republicana associado ao Menino Jesus da Cartolinha. “É um reforço na forma como a GNR encara o dia-a-dia.

É para nós mais um exemplo a seguir e temos muito gosto em ver o nosso uniforme associado a um ícone tão forte de Miranda do Douro como é o Menino Jesus da Cartolinha” refere o Tenente-coronel Sá Pires.Também o comandante distrital da PSP vê a partir de agora o Santo Menino, como o protector dos polícias. “A partir de agora teremos no Menino Jesus da Cartolinha um protector dos polícias para nos ajudar a prestar um serviço de melhor qualidade e mais eficiente” afirma Amândio Correia.

Ver o Menino Jesus da Cartolinha, vestido de GNR e PSP, será a partir de agora mais um motivo de atracção aos visitantes da Sé Catedral de Miranda do Douro.

Brigantia, 2011-06-22
In DTM


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Usos, costumes e tradições Empty Mais de 700 tabuleiros desfilam hoje pelas ruas

Mensagem por Joao Ruiz Dom Jul 10, 2011 8:56 am

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Mais de 700 tabuleiros desfilam hoje pelas ruas

por Lusa
Hoje

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Mais de 700 tabuleiros desfilam hoje pelas ruas do centro histórico de Tomar, na tradicional Festa dos Tabuleiros, iniciativa que se realiza de quatro em quatro anos e que atrai à cidade milhares de pessoas.

Está prevista a presença do primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, para assistir às festividades.

O cortejo principal, no qual estão representadas as 16 freguesias do concelho, sai às 16:00 da Mata Nacional dos Sete Montes, com passagem por várias ruas, incluindo a Praça da República, onde são benzidos.

Depois da bênção, ainda neste local, o momento mais aguardado é o levantamento, em simultâneo, de todos os tabuleiros, ao terceiro toque do sino.

Este ano a organização contabiliza 704 tabuleiros na festa, mais 57 do que em 2007, crescimento que o mordomo, João Victal, atribui "ao interesse das pessoas, à paixão pelos tabuleiros".

Cada tabuleiro, decorado com flores de papel, deve ter a altura da mulher que o leva à cabeça, sendo constituído por 30 pães e tendo no alto uma coroa com a pomba do Espírito Santo ou a Cruz de Cristo.

As mulheres desfilam vestidas de branco e com uma fita de cor à cintura ou a tiracolo, a mesma cor da gravata que os respectivos acompanhantes envergam.

" passagem do cortejo pela cidade, engalanada para a Festa dos Tabuleiros, os visitantes lançam pétalas.

João Victal considera que a Festa dos Tabuleiros, que classifica como "um dos maiores cartazes turísticos do país e com projecção internacional", é também o único acontecimento no concelho que "une toda população de Tomar".

A Festa dos Tabuleiros ou Festa do Divino Espírito Santo, considerada uma das manifestações culturais e religiosas mais antigas do país, tem origem pagã relacionada com a época das colheitas, adquirindo carácter religioso na Idade Média, pela Rainha Santa Isabel, que lançou as bases da Congregação do Espírito Santo.

A iniciativa termina na segunda-feira com o cortejo do bodo, onde são distribuídos pão, vinho e carne pelos mais necessitados do concelho.

In DN

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Usos, costumes e tradições Empty A Festa em honra de S. Gonçalo

Mensagem por Joao Ruiz Ter Jan 10, 2012 7:45 am

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Outeiro celebra Charolo

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A Festa em honra de S. Gonçalo

Em Outeiro, no concelho de Bragança, a população teima em manter viva a tradição do Charolo. A Festa em honra de S. Gonçalo é marcada pelo leilão das roscas, que são feitas pelas mulheres dos 10 mordomos da festa. No passado sábado, a aldeia encheu-se de vida.

A população marcou presença no largo da aldeia para leiloar as tradicionais roscas. 150 roscas e cinco ramos de doçaria compõem o charolo que é levado por oito homens desde a Igreja do Santo Cristo até ao largo da aldeia de Outeiro, onde são rematadas as roscas.

A farinha é amassada pelas mulheres dos 10 mordomos, que se encarregam de fazer fornadas e fornadas de roscas para estar tudo pronto para a festa.“Amassa-se deixa-se levedar, vão para o estrado e depois é que se fazem. Levam farinha, sal, açúcar, ovos, manteiga e um bocadinho de vinho do Porto”, explica uma habitante.

A festa começa com a tradicional dança da rosca. O vice-presidente da Câmara de Bragança tem presença assídua na dança. Todos os anos, Rui Caseiro associa-se à festa para dar força à tradição.“Esta é uma dança própria desta festa. Esta é a rosca dos mordomos, que é maior, dançada por dez pares no início da festa e no final da dança é partida aos pedaços e distribuída a todos os presentes”, afirma Rui Caseiro.

De seguida arremata-se a tosca, que pode custar 25 euros cada uma. A população aplaude o empenho dos mordomos em manter viva uma tradição secular, que dá vida à aldeia de Outeiro.

“Já é do tempo da minha avó e da minha bisavó. As pessoas já com idade e não a querem deixar acabar, porque é bonito. Depois entrega-se a festa, é a pandorcada, de casa em casa, dão de comer e de beber. E depois encerra-se a festa na Casa do Povo com o baile até às tantas”, conta outra habitante.


Brigantia, 2012-01-09
In DTM

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Usos, costumes e tradições Empty A tradição dos Reis em Vila Verde

Mensagem por Joao Ruiz Ter Jan 10, 2012 7:51 am

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Feira dos Reis

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A tradição dos Reis em Vila Verde

É já uma romaria que se cumpre todos os dias 6 de Janeiro em Vila Verde com a comemoração da tradicional Feira dos Reis. Este ano a tradição cumpriu-se uma vez mais, realizando-se mais um concurso de gado bovino das raças autóctones da região, onde foram avaliados em competição, belos exemplares que demonstravam um tratamento muito especial por parte dos criadores, com belos portes e as características de cada raça bem presentes.

No final da manhã foram entregues os prémios aos vencedores. Esta sessão contou com as presenças do Presidente da Câmara Municipal de Alijó e restante vereação, o Presidente do Centro Social e Recreativo de Vila Verde, representante da Segurança Social de Vila Real, o representante da Assembleia da República Portuguesa, o Deputado Pedro Pimentel e o Comandante do Bombeiros Voluntários de Sanfins do Douro.

Seguiu-se um almoço convívio no salão do Centro, onde foi servida a carne de porco para o repasto, juntamente com as batatas cozidas e as couves, acompanhado pelo bom vinho da região. Cozida, assada ou em rojões, a carne de porco servida foi apreciada por todos. No fim, a sobremesa contou com um saboroso sarrabulho doce, feito com o sangue do porco, juntamente com amêndoas e canela.

Este almoço tem características muito próprias, pois além de proporcionar um convívio agradável, tem como principal finalidade angariar fundos para o Centro Social e Recreativo de Vila Verde, instituição que procura o bem-estar das populações mais desfavorecidas e idosas.
O Presidente do Centro Social e Recreativo de Vila Verde agradeceu a presença de todos pois, só assim, aquela coletividade tem conseguido gerir e dar apoio a quem necessita.

O Presidente da Câmara Municipal de Alijó mostrou-se agradado por esta confraternização em Vila Verde, fazendo votos para que esta “festa” continue a procurar atingir a finalidade para que foi criada pelo saudoso Sr. Lage, que é a da solidariedade.

Também elogiou o espírito de união que caracteriza esta festa e de um modo geral os nortenhos que se fazem representar neste convívio e num modo mais particular, os transmontanos que, em tempos de crise, continuam a demonstrar um forte espírito solidário.

No fim do almoço foram cantadas as Janeiras. Seguiu-se um leilão de produtos regionais. Ao serão houve um arraial popular, abrilhantado por uma banda musical.


, 2012-01-10
In DTM

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Usos, costumes e tradições Empty In Rural Portugal, Ancient Villages and Homemade Delights

Mensagem por Joao Ruiz Sáb Jan 14, 2012 10:08 am

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Bragança no «The New York Times»
Bragança


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In Rural Portugal, Ancient Villages and Homemade Delights

Matilde três anos de idade, vestida com um moleton rosa que dizia \"Garota Beleza Moda\", queria levar sua boneca princesa para a matança do porco. Sua mãe, que eu havia conhecido através de meus anfitriões nesta pequena cidade Português, objetou. \"Os porquinhos vão fazer o sujo princesa\", disse ela.

Menos a boneca que todos nós caminhou até uma das duas estradas chamado na aldeia de Quintas do Vilar, Portugal, para assistir a quatro homens arrastar um squealing £ 350-semear fora de um gabinete de madeira. Com grande esforço, amarraram-lo a um banco de madeira e segurou-a para baixo, como uma mulher enfiou uma faca em seu coração. Como ela torceu repetidamente, o sangue fluiu para um balde abaixo, que mais tarde se tornaria salsicha.

Quando o porco tinha sibilaram seu último suspiro, um homem fora de seu cabelo chamuscado com um maçarico, outro deu-lhe o que só posso descrever como um enema post-mortem, e seu proprietário, um homem de meia-idade, com um bigode espesso, começou a açougueiro-lo. Vizinhos olhavam; um gato fofo bonito o suficiente para YouTube engoliu um órgão não-identificado que tinha caído ao chão, deixando seu rosto salpicado de sangue.

Meu amigo Pinto Luísa e eu fomos convidados para o almoço pós-abate, a ser realizada na escola antiga aldeia, mas não tínhamos planos para participar de sua família para almoçar em um restaurante chamado O Careto, aninhado na próxima Montesinho National Park. Sua especialidade era butelo - uma iguaria feita com carne de cartilagem e os ossos de um porco (nenhuma relação com o que tínhamos visto despachado, presumivelmente), cheio em intestino de porco ou de estômago, em seguida, defumado e cozido.

\"Isso não é comida para o povo da cidade\", disse o pai de Luísa, Cabo Aníbal Pinto. Em outras palavras, se eu fosse sempre a considerar o vegetarianismo este teria sido o tempo.

Não havia perigo de que. Era época de Natal nas aldeias stuck-in-time de Trás-os-Montes, região de Portugal far-nordeste, e eu comeu bem e feliz (embora eu confesse a escolher para fora algumas das peças mais gorduroso).

Você pode manter suas linhas de zip, resorts ilha privada e restaurantes com estrelas Michelin. Para mim, este foi viajar no seu melhor. Como é que eu acabar aqui? Décadas de prática na ciência da mooching. Em meados dos anos 90, quando eu ensinava o terceiro grau para os imigrantes Dominicana, no Bronx, eu prontamente aceito convites para casas de seus parentes na República Dominicana, às vezes ficar apenas para uma refeição ou passeio pela fazenda, às vezes bunking baixo durante semanas de cada vez. (Só para ficar claro, meu estilo mooching é generosa e inclui troca de presentes, baby-sitting e tratamento em restaurantes, entre outras coisas.)

Eu conheci Luísa, um nativo de 34 anos de Porto, que trabalha em um governo-financiado projeto de educação de adultos, durante o meu relatório para o meu \"Weekend $ 100 em Madrid\" coluna no verão passado, e logo foi grelhar ela sobre onde ir em Portugal . Ela sugeriu levar-me para uma visita de Natal tempo de Trás-os-Montes, onde os seus pais conheceram crescendo na pequena aldeia de Gostei e onde eles ainda têm uma casa de campo e muitos parentes. (Na verdade, Luísa estima que cerca de metade das 50 pessoas que vivem no centro de são Gostei relações.)

A região foi durante muito tempo isolado: na verdade, seu nome pode ser traduzido como A cidade principal, Bragança, pode ser pouco mais de 100 milhas do Porto, em linha recta, mas Luísa lembra chegar lá como uma criança através de um nove \"Behind the Mountains\". horas, passeio de trem de duas pernas, seu pai iria pular o primeiro trem enquanto ele estava chegando à estação para pegar cadeiras para a família sobre o segundo trem antes que ele preenchido. Estes dias, uma rodovia cortou a viagem para três horas. Agricultura, uma vez seiva da região, está desaparecendo, mas muitas tradições, como a matança do porco, ainda prosperam. E as férias foram o momento perfeito para experimentá-los.

Época de Natal não significa apenas o abate de porcos, mas também coleta e prensagem das azeitonas e recheio de pão e carne de vários animais em salsichas chamado alheiras (originalmente uma receita judaica, preparado por famílias que fugiram para a área durante a Inquisição) e pendurá-los sobre a lareira a fumar, e se preparando para o tradicional Carnaval-like celebrações traje rico rua. As antigas vilas estão desmoronando - muitos são semi-abandonada -, mas também bonito e fascinante. Gostei, apesar de ser em nenhum mapas turísticos e ter lojas de zero, tem uma ponte da era romana (ainda em uso) e um pelourinho, uma coluna de pedra que simbolicamente representava uma sede de justiça, mas serviu mais praticamente como um pelourinho.

Tendo chegado de carro do Porto, com Luísa na roda, eu fiquei duas noites na casa de seus pais. Sr. Pinto Cabo forneceu uma visão intrigante na história colonial Português: aposentou-se da força policial, ele serviu como oficial no Moçambique colonial, e lutou contra a Guiné-Bissau na sua guerra sangrenta pela independência do Português.

Hoje, a família levanta todos os tipos de culturas: castanhas e nozes, três tipos de maçãs, caquis grandes suculenta eles chamam diospiros e uvas suficiente - bastardo, uva de rei e verdelho são os varietais - para fazer vinho de mesa bastante frutado para durar-los através de do ano. Eu não sou o suficiente de um enófilo adivinhar como os seus vinhos faria em uma degustação oficial, mas na escala de Viajante Frugal, o ano 2010 avaliado em meados da década de 90 para guzzleability - e um 100 perfeito para o seu preço: livre.

Infelizmente, os pais de Luísa não levam em estranhos (embora talvez eles devem: Aníbal e Ana, que você sabe sobre airbnb.com), mas eu era capaz de tirar proveito da indústria da região agro-turismo incipiente, que está crescendo. Luís Costa, que dirige uma empresa de turismo chamada Anda Dai Serviço de entrada e é um amigo do amigo de Luísa também chamado Luís, ajuda a planejar viagens para a área. (Embora o site é em Português ea maioria dos visitantes são de Portugal ou Espanha, Luis fala Inglês sólido, e pode ser alcançado em info@andadi.pt.)

Anda Dai é baseado em Bragança, uma cidade agradável, com uma bonita se workaday cidade velha não a ponto de fazer qualquer lista da Unesco. Mas ele tem uma atração muito especial: a cidadela de pequeno porte, ou cidade murada. O seu castelo do século 15, com vista para centro de Bragança, é hoje um museu militar (admissão é de 1 euro, cerca de US $ 1,27). Perto está o Domus Municipalis, de cerca de era o mesmo, uma vez serviu como a cisterna da cidade e uma câmara legislativa.

Além Bragança mentira um spray de aldeias vale a pena visitar. Muitos estão dentro das fronteiras do parque nacional, incluindo um que visitamos, Rio de Onor, que fica dividido entre Espanha e Portugal, a fronteira marcada apenas por um sinal azul União Europeia leitura \"España\". Exceto por alguns detalhes modernos - um satélite prato aqui, um Hyundai lá - ele poderia ser o cenário para um filme da era medieval. Paramos no Café da Associação, o bar da associação residente, onde uma pequena cerveja custam 60 centavos de euro.

Alguns moradores alugam quartos informalmente; é melhor plano para pelo menos uma noite em Bragança e pedir ao redor sobre hospedagem. Desde que eu estava hospedado com a família Cabo Pinto, não posso garantir para qualquer lugar específico. Posso, no entanto, verificar que havia vacas para venda.

Como um homem mais velho, bengala na mão, aproximou-se, sua besta dourada parar para beber da fonte da aldeia, ele fez seu discurso direto: \"Quer comprar uma vaca?\"

\"Desculpe\", eu respondi: \"carro não é grande o suficiente.\"

Que a troca das vilas capturadas: eles são encantadores, com certeza, mas são também claramente morrendo. Ao contrário de alguns deles, pelo menos, Rio de Onor tinha alguns jovens, mas muitas das suas casas ou foram abandonados ou fechados para uso como retiros rurais sazonais. E quase todo mundo com quem conversei na região teve a mesma história: quotas União Europeia e não-subsídios crescem acentuadamente reduzida a agricultura, como resultado, filhos de agricultores partiu para estudar em cidades maiores de Portugal. Isto levou a \"uma perda incalculável cultural\", disse António Manuel Martins, tio de Luísa, em que o almoço de porco-pesado. \"Milhares de anos de tradição e conhecimento foi perdido nos últimos 40 anos.\"

Uma tradição que ainda não foi perdido é um prato local mais amplamente conhecido do que butelo (e, objetivamente falando, mais palatável): A posta mirandesa, um concurso corte de bovino proveniente do gado local raça conhecida como Mirandesa, reconhecido como um Protected \" Denominação de Origem \"pela União Europeia. Juntei-me Luísa, Luis e Luis para jantar na Lombada, um restaurante rústico dentro do parque nacional, repleto de famílias locais e com os homens grizzly bebendo no bar. O chef espargiu o roxo-hued, três quartos de polegada cortes com sal grosso e grelhado-lo sobre um fogo aberto e servido com pilhas enormes de batatas fritas, salada, vinho e sobremesa; custa cada um de nós um absurdamente baixa 11,85 € (cerca de $ 15,40).

Fiquei decepcionado que eu tinha que voar de volta para Nova York em 23 de dezembro, desde que eu perderia muitos festivais da região, que acontecem no Natal e nos dias seguintes. (Alas, vôos retornando após o 25 tinha sido demasiado caro.) Felizmente, perto do castelo de Bragança é o Museu Ibérico da Máscara e do Traje, uma pequena jóia de um museu que irá transformar cinco em fevereiro. Ela mostra o colorido, trajes dramática que misturam símbolos católicos e pagãos em ambos os lados da fronteira.

Os trajes foram deslumbrante, assustador e bonito ao mesmo tempo, mas eu estava particularmente impressionado com chicotes feitos de bexigas de porco infladas. Eles eram quase idênticas às que vi exercido por diablos cojuelos, o gorgeously grotesca \"demônios\" que povoam o Carnaval mais famoso da República Dominicana, usado para espectadores cerimoniosamente cinto. (. É picadas mal, eu descobri da maneira mais difícil) A conexão deve ser enraizada em algum lugar da história colonial, mas para mim ele atingiu um acorde mais pessoal: eu nunca teria visto ou sem o meu time-tested sistema de viagem-por-mooching .

09:09 | Atualizado Uma versão anterior deste post erroneamente a localização da região de Trás-os-Montes. É no canto nordeste de Portugal, não a noroeste.

Site em Inglês:

http://frugaltraveler.blogs.nytimes.com/2012/01/10/in-rural-portugal-ancient-villages-homemade-delights-and-the-science-of-mooching/?scp=1&sq=bragan%C3%A7a&st=cse

Seth Kugel in «The New York Times», 2012-01-12
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Mensagem por Joao Ruiz Qui Mar 29, 2012 3:57 pm

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Procissão do Senhor dos Passos

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Há 404 anos que a tradição sai à rua em Edrosa

Ao meio-dia em ponto, o andor do Senhor dos Passos, da Confraria das Cinco Chagas de Cristo, de Edrosa, já está à boca da igreja da aldeia, prontinho para cumprir a tradição, mais uma vez.

Sete anos depois de ver a luz do sol pela última vez (em boa verdade, a última vez que decorreu a procissão foi há quatro anos, na festa dos 400 anos da confraria), o Senhor dos Passos volta a abençoar as terras fronteiriças dos concelhos de Bragança, Vinhais e Macedo de Cavaleiros.
Um acto de fé que atraiu centenas de pessoas à aldeia há mais de quatro séculos. A Fé move montanhas. Mas, em Edrosa, no concelho de Vinhais, também faz crescer batatas sem ser preciso ir buscar água aonde não a há.
Pelo menos é essa a explicação para esta procissão, que no domingo se voltou a cumprir

“A confraria nasceu porque o povo tinha aí um terreno bastante grande, que não dava nada, nem plantas, nem cereal nem nada. Instituíram esta confraria e a fé levou-os ao Senhor das Cinco Chagas. Fizeram a primeira festa e, a partir daí, dá tudo. Dá batatas e nem é preciso regá-las. Ainda hoje semeio lá batatas e nem preciso de as regar, que a água está a mais de um quilómetro”, garante Américo Rodrigues, um dos membros da confraria.

Mas este não é o único milagre atribuído ao Senhor dos Passos de Edrosa. Américo Rodrigues vai aos recantos da memória e já só desenterra as histórias que os antigos contavam, mas que tem como garantidas. “Eu não me lembro mas sempre ouvi contar que aqui, ao fundo, estas casas começaram a arder. Não havia bombeiros e não conseguiam apagar o fogo. Foram buscar a imagem e o fogo extinguiu-se logo. O meu avô ainda se lembrava e era ele que me contava”, recorda.

São vários os milagres atribuídos ao Senhor dos Passos de Edrosa

Mais recentemente, durante a Guerra Colonial do século XX, todos os habitantes da aldeia que foram lutar em África regressaram a casa sem um arranhão. É por estas e por outras que o seminarista Manuel Rodrigues, um dos grandes impulsionadores actualmente do evento e da encenação dos quadros, explica que a procissão já tenha mais de 400 anos. “É uma procissão que se faz de sete em sete anos, e está na bula de fundação da confraria”, diz.

Desta vez, mais de 300 pessoas participaram nas cerimónias, que contaram com a presença do bispo da Diocese, D. José Cordeiro.

António Rodrigues; Jornal Nordeste, 2012-03-29

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Usos, costumes e tradições Empty Carrazeda recria o ambiente das tabernas de antigamente

Mensagem por Joao Ruiz Ter Jun 05, 2012 4:08 pm

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Memória das pessoas

Carrazeda recria o ambiente das tabernas de antigamente

Gastronomia típica, vinho e fados foram a combinação perfeita na recriação de uma taberna à portuguesa.
Este espaço de convívio característico da maioria das aldeias do Nordeste Transmontano foi recriado, no passado sábado, na zona envolvente à Biblioteca de Carrazeda de Ansiães.

20 alunos do curso de Informação e Animação Turística para adultos, da Escola Profissional de Ansiães, decidiu trazer de volta a tradicional taberna, com petiscos variados. “Caldo verde, rancho, sangria, vinho, alheira, barriga de porco”, enumera Laura Pinto, uma das alunas a servir na taberna.

Na maioria das aldeias as tabernas já fecharam as portas, mas o espírito permanece na memória das pessoas. Pedro Mesquita, um dos alunos envolvidos neste projecto, diz que o objectivo desta iniciativa é promover as tradições.

“São tradições e culturas que se perdem e por isso decidimos recriar a taberna”, realça o formando.
Para o director da Escola Profissional de Ansiães, Ricardo Fiães, gastronomia e grupos de fados é a combinação perfeita para recriar o ambiente de uma taberna à moda antiga.

“Alguns membros destes grupos são ex-alunos da nossa escola e achámos que era uma oportunidade única para juntar um leque de tunas e de fadistas”, salienta o director da Escola.

Quem por aqui passou degustou os sabores tipicamente transmontanos e recordou os tempos em que os serões eram passados na taberna.


Jornal Nordeste, 2012-06-05

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Usos, costumes e tradições Empty Antigas mezinhas podem ser um remédio para a crise

Mensagem por Joao Ruiz Seg Jun 11, 2012 4:10 am

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«Cultibos, Yerbas i Saberes»

Antigas mezinhas podem ser um remédio para a crise

As ervas e plantas que outrora trataram e alimentaram as isoladas gentes transmontanas têm potencial para se transformarem num remédio para a crise dos dias de hoje, defenderam, em Bragança, estudiosos e empresários.

No Nordeste Transmontano, existem centenas de espécies, muitas ainda rotuladas com o preconceito da mezinha, mas que podem sustentar projetos de autossuficiência familiar ou mesmo empresariais.

A ideia foi defendida num seminário, na Escola Superior Agrária de Bragança, parceira da Frauga, a Associação para o Desenvolvimento de Picote, no projeto \"Cultibos, Yerbas i Saberes\" (Cultivos, Ervas e Saberes), que nos últimos dois anos inventariou mais de 300 espécies, apenas no Planalto Mirandês.

O projeto tem como propósito recuperar e preservar este património natural e cultural, mas também mostra e incentivar as pessoas a criarem negócios nesta área, como disse à Lusa Jorge Lourenço, presidente da associação que vai tomar a iniciativa.

A Frauga prepara-se para abrir uma loja de produtos regionais para mostrar o potencial e riqueza desta região nesta área, um espaço que ficará integrado no Centro de Interpretação Ambiental e EcoMuseu Terra Mater, que mostra a diversidade natural das Terras de Miranda.

Entre hortas, cortinhas, bosques e no contacto com as populações, Margarida Telo Ramos, uma das responsáveis pela recolha e inventário das ervas, descobriu também \"ensinamentos daqueles que viviam da agricultura e isolados e que podem \"ser úteis num contexto como o de hoje em que há dificuldades económicas\".

\"Utilizavam alternativas que hoje em dia não permitem alimentar o mundo, mas podem sustentar pequenas zonas rurais e dar algumas oportunidades para inovar e fazer coisas diferentes\", considerou, defendendo que este património \"pode dar alguns projetos empresariais\" e até \"produtos com denominação de origem\".

Da mesma opinião partilha o empresário Joaquim Morgado, da Ervital, uma empresa da zona Centro do país, que há 15 anos comercializa plantas aromáticas e medicinais, aproveitando e valorizando o potencial da Serra do Montemuro.

A empresa começou por identificar plantas que tradicionalmente tinham usos populares, como infusões ou mezinha e condimentos, e, neste momento, cultiva \"uma panóplia imensa de produtos\".

Segundo contou à Lusa, cultivam cerca de 200 espécies, 60 das quais são transformadas e comercializadas, essencialmente nas lojas de produtos biológicos do mercado nacional, mas também exportadas para países como Japão, Dinamarca, França e Alemanha.

O empresário garantiu que este negócio não se ressente com a crise, pois \"há uma certa compensação porque as pessoas estão cada vez mais disponíveis para outro tipo de produtos e reconhecem neste tipo de produtos algumas vantagens\".

As sementes de algumas das espécies recolhidas no Planalto Mirandês foram enviadas para o Banco Português de Germoplasma Vegetal, podendo parte das mesmas ser requisitada por agricultores locais que queiram dedicar-se à sua propagação.

Lusa, 2012-06-11

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Mensagem por Joao Ruiz Dom Jul 15, 2012 4:52 am

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Segada Tradicional

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Duas Igrejas recria segada

A aldeia de Duas Igrejas, em Miranda do Douro, recriou as tradições da segada. Esta foi uma iniciativa da Associação Aldeia, que reavivou memórias e juntou dezenas de pessoas, desde o trabalho no campo até à confecção do pão à moda antiga.
A segada tradicional é um exemplo do comunitarismo que ainda se vive no mundo rural.

Ainda o dia não tinha despertado e já homens e mulheres seguiam para o campo onde os esperava um dia de trabalho árduo debaixo de um sol abrasador. As cantigas não faltaram e a merenda também não. Este era o cenário das segadas e que no sábado passado foi recriado em Duas Igrejas.

Ana Gouveia, técnica da Associação Aldeia conta que esta “é uma tradição que se está a perder”. Por isso, associação e população local uniram-se para “mostrarem a quem vem de fora como se fazia a segada antigamente”.

Eduardo Pires diz que toda a sua vida trabalhou no campo. Nas segadas começou logo em criança e eram “15 dias de sol a sol a pão e água”. Esta era uma tarefa difícil, mas “na altura aguentava-se tudo”.

O agricultor confessa que apesar de todas as dificuldades havia mais alegria. “Saía-se de casa a cantar, passávamos o dia a cantar e entrávamos de novo com o mesmo espírito”, revela com nostalgia Eduardo Pires.

Adelaide Lopes não segava manualmente há 35 anos, mas não se esqueceu de como se faz. Explicou que antes se fazia tudo à mão, “semeava-se o trigo à mão, com as vacas e com o arado, e depois chegava-se a esta altura e ia-se para o campo segar”. Contou ainda que nessas alturas “dormia-se, por vezes, semanas nas terras”.

A iniciativa destinou-se, ainda, aos que não conhecem a tradição da segada. Lourenço Rosa quis participar na segada porque quer “saber um pouco mais das tradições”. O jovem salienta que “é uma oportunidade para aprender, conhecer a região e conviver com as gentes da aldeia”.

A Segada Tradicional começou com o “mata-bicho”, seguiu-se a segada e o dia terminou ao final da tarde com o amassar do pão.


Jornal Nordeste, 2012-07-12

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Mensagem por Joao Ruiz Dom Ago 19, 2012 10:34 am

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Senhora da Pena, em Mouçós
Três romarias rivalizam pelo andor mais alto do país

Três romarias do norte rivalizam pelo andor mais alto do país: em Lousada, Trofa e Vila Real são longos os preparativos e muitos os homens necessários para erguerem as estruturas que garantem que vão dos 16 aos 24 metros.

Em Lousada, a romaria da paróquia da Aparecida decorreu na terça-feira. Álvaro Leite, da comissão de festas, disse hoje à agência Lusa que o andor preparado para este ano atingiu os 22 metros de altura, “mais centímetro, menos centímetro”.

O grande adversário da procissão foi o mau tempo, nomeadamente a chuva intensa, que impediu a procissão de sair à rua. Se tal não tivesse acontecido teriam sido necessários, explicou o responsável, três horas para tirar o andor da igreja e 80 homens para o levantar.

Álvaro Leite não escondeu o desalento com este contratempo, até porque a romaria significa “muito trabalho e muito tempo de preparação”.

“Contra o tempo não podemos fazer nada”, lamentou. Mas, mesmo assim, referiu que foram muitas as pessoas que se deslocaram à Aparecida este ano.

A armação e arranjo dos andores é toda feita à mão e entregue aos dois armadores desta freguesia de Lousada, cada ano seu.

No próximo domingo, na Trofa, são dez os andores que saem à rua nas festas em honra de Nossa Senhora das Dores. Segundo fonte da autarquia, o maior dos quais, precisamente o da Senhora das Dores, tem 16 metros de altura e pesa 650 quilos.

A organização garante que estes “são os maiores andores do país” e que são ainda “verdadeiras obras de arte” feitas à mão utilizando vários quilos de alfinetes, centenas de metros de fitas e cetim.

Por aqui já não são os homens que carreguem em ombros os andores. Actualmente são transportados em carros mas, mesmo assim, são precisos muitos braços para agarrarem as cordas que prendem as estruturas durante a hora que dura a procissão.

À Senhora da Pena, em Mouçós, concelho de Vila Real, rumam milhares de pessoas todos os anos, guiados pela fé mas também atraídos pela curiosidade em ver os gigantescos andores.

Este ano, a procissão sai à rua no dia 9 de Setembro e a organização garante que o andor da Senhora da Pena vai atingir os 24 metros, erguido em ombros.

Carlos Morgado, da organização da festa, disse à Lusa que vão ser precisos pelo menos 130 homens para levantar a estrutura. O número de homens nunca é um problema porque são sempre muitos os que querem ajudar.

A preparação do andor é minuciosa e entregue a um armador que começa o trabalho pelo menos com 10 dias de antecedência. Só no dia é que é montada a estrutura.

A organização desta festa é assumida de forma rotativa por onze das vinte aldeias da freguesia de Mouçós (Magarelos, Sanguinhedo, Abobeleira, Jorjais, Lage, Lagares, Alvites, Sequeiros, Cigarrosa, Pena de Amigo e Lagares), cabendo este ano a responsabilidade a Varge.

Para além de rivalizarem com outras romarias, estas aldeias competem também entre si para ver quem organiza a melhor festa e consegue atingir uma maior altura e a verdade é que praticamente de ano para ano se vão batendo recordes.

Lusa, 2012-08-18

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Mensagem por Joao Ruiz Dom Mar 31, 2013 10:59 am

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Tradições cristãs e pagãs

Usos, costumes e tradições Sete_passos_freixo

Tradições da Páscoa sobrevivem em Trás-os-Montes

Durante a semana que antecede a Páscoa, aldeias e vilas transmontanas revivem tradições cristãs e pagãs que remontam à época medieval, desde a procissão dos «sete passos», as vias-sacras, queima do Judas ou o enterro do bacalhau.

Alexandre Parafita, etnógrafo e professor da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD), explicou hoje à agência Lusa que \"os autos da paixão, as endoenças e as vias-sacras traduzem cenários de luto, de reflexão dolorida, expressos dos tons roxos e negros das celebrações\".

Em contrapartida, a \"queima do Judas e o enterro do bacalhau representam impulsos eufóricos de catarse e libertação perante os constrangimentos quaresmais\".

Alexandre Parafita salientou que a tradição dos \"sete passos\" mantém-se em Freixo de Espada à Cinta como \"caso único no país\".

Em plena escuridão e ao soarem as badaladas da meia-noite, dois homens encapuçados de negro arrastam pela calçada correntes de ferro, num ritual que prossegue com uma \"velhinha\" coberta por um negro manto e capuz, que transporta numa mão uma lamparina de azeite, um cajado e bota de vinho.

Mais comuns em Trás-os-Montes são, segundo o investigador, os autos da paixão, enquanto representações de teatro popular, que narram os últimos dias de Cristo, desde a traição até à morte e deposição na cruz, e envolvem dezenas de figurantes que representam, por exemplo, Cristo, Judas, Caifaz, Pilatos, Fariseu ou o Diabo.

Algumas aldeias, acrescentou, ainda conservam as 14 cruzes, ou cruzeiros, que representam as 14 estações que a via-sacra cumpre simbolizando o calvário de Cristo a caminho da crucificação.

No concelho de Vinhais, \"a vida dos camponeses muda radicalmente a partir de Quinta-Feira Santa\".

Segundo Alexandre Parafita, na aldeia de Espinhoso, ao meio dia toca o sino e as pessoas param por completo de trabalhar mal ouvem soar a primeira badalada e, com exceção dos mínimos afazeres domésticos, ninguém trabalha na aldeia até sábado à mesma hora.

Em Vinhais está também \"muito viva\" a tradição das endoenças, um ritual que narra \"a procura desesperada de Cristo por Nossa Senhora\".

Em Montalegre, mantém-se a Queima de Judas, no sábado que antecede a Páscoa, uma tradição onde se representa o julgamento de Judas Iscariotes, por ter traído Cristo por \"trinta dinheiros\".

Já em Constantim, Vila Real, subsiste a tradição do \"enterro do bacalhau\", ritual que consiste em escoltar um \"bacalhau enorme feito de cartão por militares, o qual, por sua vez, é julgado perante carrascos, juízes e advogados\".

O castigo a incidir sobre o bacalhau simboliza a libertação dos constrangimentos da Quaresma, que não permitia o consumo de carne.

Por fim, no domingo de Páscoa realiza-se o compasso, que se traduz num cortejo presidido pelo pároco que visita as casas dos fiéis dando a cruz a beijar e aspergindo com água benta os compartimentos.

Alexandre Parafita referiu ainda que a tradição gastronómica transmontana neste período incide sobre a confeção dos folares que, após o prolongado jejum da quaresma, aparecem recheados das melhores carnes.

Isto, apesar de se estarem a espalhar também pela região os novos hábitos \"consumistas\" dos ovos e coelhos da Páscoa.

Lusa, 2013-03-28

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