EUA infectou guatemaltecos com sífilis e gonorreia

O presidente dos EUA telefonou ao presidente do Guatemala, Álvaro Colom, para expressar, pessoalmente, as suas desculpas pelas experiências que infectaram propositadamente 646 pessoas daquele país com sífilis e gonorreia, entre 1946 e 1948.

Obama conversou com o seu homólogo guatemalteco depois de a secretária de Estado, Hillary Clinton, também o ter feito. "É algo chocante e condenável. É trágico e os EUA, desde logo, pedem perdão a todos os infectados", afirmou o porta-voz da Casa Branca, Robert Gibbs, numa conferência de imprensa.

Cerca de 1500 pessoas participaram na investigação, que teve por objectivo determinar se a penicilina, que começava, na ocasião, a ser utilizada, poderia ser utilizada para prevenir as doenças sexualmente transmissíveis.

Os investigadores escolheram como cobaias pessoas vulneráveis e com doenças mentais, e não as informaram nem sobre o objecto da pesquisa, nem o que lhes iria acontecer. Para tanto, os doentes foram infectados após terem contactado com prostitutas doentes. O estudo, que nunca foi publicado, foi dado a conhecer agora depois de um professor do Wellesley College , nos EUA, o ter encontrado nos arquivos.

JN