Estado Palestino será criado em 2011, diz premiê
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Estado Palestino será criado em 2011, diz premiê
Estado Palestino será criado em 2011, diz premiê
Líder palestino disse que mudança ocorrerá por volta de agosto; Israel diz que não aceita declaração unilateral.
28 de outubro de 2010 | 12h 03
O governo de Fayyad não controla a Faixa de GazaO primeiro-ministro palestino, Salam Fayyad, declarou nesta quinta-feira que o Estado Palestino será fundado em 2011 e que está preparando a infraestrutura para possibilitar sua criação."Agosto de 2011 será o prazo final da ocupação israelense" nos territórios palestinos e "no próximo verão (no hemisfério norte, inverno no hemisfério sul) os palestinos vão festejar o nascimento de seu Estado", disse Fayyad.No entanto, analistas se dizem céticos sobre as promessas, a menos que sejam firmados acordos com Israel e com o grupo islâmico Hamas. O governo de Fayyad não tem controle algum sobre a Faixa de Gaza, dominada pelo Hamas desde 2007 e onde moram 1,5 milhão de palestinos.Fayyad, que assumiu o cargo de premiê em 2007, é um economista respeitado internacionalmente que trabalhou no Banco Mundial durante 8 anos.Desde que foi nomeado primeiro-ministro pelo presidente palestino, Mahmoud Abbas, Fayyad vem se dedicando a construir a infraestrutura de um futuro Estado Palestino, consolidando a economia, as instituições e as forças de segurança na Cisjordânia.Israel O primeiro-ministro de Israel, Binyamin Netanyahu, já declarou que o país "não aceitará medidas unilaterais" por parte dos palestinos.O ministro das Relações Exteriores, Avigdor Lieberman, instruiu nesta semana o departamento de planejamento do Ministério a elaborar um estudo sobre a possibilidade de que os palestinos declarem um Estado de maneira unilateral e obtenham o apoio da ONU."Temos que estar prontos para essa eventualidade", afirmou Lieberman.Em suas declarações desta quinta-feira, Salam Fayyad também criticou Netanyahu e disse que "se o premiê israelense tem intenções sérias de fazer a paz, deve prender os colonos que envenenaram as oliveiras dos palestinos".Fayyad se referiu a um incidente ocorrido nesta semana na Cisjordânia quando colonos do assentamento de Alon Moreh, nas proximidades da cidade de Nablus, contaminaram mais de 600 oliveiras da aldeia palestina de Dir Hatab com águas de esgoto.Ele declarou também que Netanyahu "permite que os colonos façam atos de terrorismo contra os palestinos".Negociações Ainda nesta quinta-feira, o ministro das Relações Exteriores do Egito, Ahmed Aboul Gheit, e o ministro da Inteligência egípcio, Omar Suleiman, se reúnem em Ramallah com o presidente palestino, Mahmoud Abbas, para discutir a possibilidade de retomada das negociações diretas entre israelenses e palestinos.Abbas suspendeu as negociações no dia 26 de setembro, quando o premiê Netanyahu se negou a prolongar o congelamento da construção dos assentamentos israelenses na Cisjordânia.Netanyahu declarou que quer negociar "sem condições prévias", mas Abbas afirmou que não retomará as conversas "se os israelenses continuarem construindo os assentamentos".As obras nos assentamentos israelenses na Cisjordânia já foram retomadas.BBC Brasil - Todos os direitos reservados. É proibido todo tipo de reprodução sem autorização por escrito da BBC.
Tópicos: Oriente médio, Israel, Estado, Palestinos, Guila flint, Internacional, Geral
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O governo de Fayyad não controla a Faixa de GazaO primeiro-ministro palestino, Salam Fayyad, declarou nesta quinta-feira que o Estado Palestino será fundado em 2011 e que está preparando a infraestrutura para possibilitar sua criação."Agosto de 2011 será o prazo final da ocupação israelense" nos territórios palestinos e "no próximo verão (no hemisfério norte, inverno no hemisfério sul) os palestinos vão festejar o nascimento de seu Estado", disse Fayyad.No entanto, analistas se dizem céticos sobre as promessas, a menos que sejam firmados acordos com Israel e com o grupo islâmico Hamas. O governo de Fayyad não tem controle algum sobre a Faixa de Gaza, dominada pelo Hamas desde 2007 e onde moram 1,5 milhão de palestinos.Fayyad, que assumiu o cargo de premiê em 2007, é um economista respeitado internacionalmente que trabalhou no Banco Mundial durante 8 anos.Desde que foi nomeado primeiro-ministro pelo presidente palestino, Mahmoud Abbas, Fayyad vem se dedicando a construir a infraestrutura de um futuro Estado Palestino, consolidando a economia, as instituições e as forças de segurança na Cisjordânia.Israel O primeiro-ministro de Israel, Binyamin Netanyahu, já declarou que o país "não aceitará medidas unilaterais" por parte dos palestinos.O ministro das Relações Exteriores, Avigdor Lieberman, instruiu nesta semana o departamento de planejamento do Ministério a elaborar um estudo sobre a possibilidade de que os palestinos declarem um Estado de maneira unilateral e obtenham o apoio da ONU."Temos que estar prontos para essa eventualidade", afirmou Lieberman.Em suas declarações desta quinta-feira, Salam Fayyad também criticou Netanyahu e disse que "se o premiê israelense tem intenções sérias de fazer a paz, deve prender os colonos que envenenaram as oliveiras dos palestinos".Fayyad se referiu a um incidente ocorrido nesta semana na Cisjordânia quando colonos do assentamento de Alon Moreh, nas proximidades da cidade de Nablus, contaminaram mais de 600 oliveiras da aldeia palestina de Dir Hatab com águas de esgoto.Ele declarou também que Netanyahu "permite que os colonos façam atos de terrorismo contra os palestinos".Negociações Ainda nesta quinta-feira, o ministro das Relações Exteriores do Egito, Ahmed Aboul Gheit, e o ministro da Inteligência egípcio, Omar Suleiman, se reúnem em Ramallah com o presidente palestino, Mahmoud Abbas, para discutir a possibilidade de retomada das negociações diretas entre israelenses e palestinos.Abbas suspendeu as negociações no dia 26 de setembro, quando o premiê Netanyahu se negou a prolongar o congelamento da construção dos assentamentos israelenses na Cisjordânia.Netanyahu declarou que quer negociar "sem condições prévias", mas Abbas afirmou que não retomará as conversas "se os israelenses continuarem construindo os assentamentos".As obras nos assentamentos israelenses na Cisjordânia já foram retomadas.BBC Brasil - Todos os direitos reservados. É proibido todo tipo de reprodução sem autorização por escrito da BBC.
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