Portugal vai pagar factura da Guerra Colonial até 2020
Vagueando na Notícia :: Salas das mesas de grandes debates de noticias :: Professor Dr e mister Mokas faz a analise do Mundo
Página 1 de 1
Portugal vai pagar factura da Guerra Colonial até 2020
Portugal vai pagar factura da Guerra Colonial até 2020
23 de Abril, 2011
Portugal
vai pagar os custos da guerra colonial até 2020, segundo um estudo que
analisou a estrutura médica, jurídica e administrativa, a assistência
médica e sanitária, bem como as pensões e isenções fiscais dos
ex-militares com mazelas atribuídas ao conflito.Feridas de Guerra: (In) Justiça Silenciada
é o nome de uma investigação inédita realizada por uma equipa
multidisciplinar do Ministério da Defesa e do Instituto Superior de
Tecnologias Avançadas sobre a deficiência de guerra no Exército.O
estudo, a que a agência Lusa teve acesso, baseou-se em 3.020 queixas de
ex-militares da guerra colonial, apresentadas entre 1997 e 2006, com
vista à obtenção do estatuto de deficiente das forças armadas, todas
elas despachadas pelo Ministério da Defesa.Estes 3.020 militares
prestaram serviço em Angola, Moçambique e Guiné, entre 1960 e 1974, no
âmbito de uma guerra que envolveu um milhão de homens e resultou em 10
mil mortos e 30 mil feridos. Tendo por base a idade dos autores
das queixas - entre 50 e 55 anos - os investigadores concluíram que o
ciclo das queixas decorrentes das guerras coloniais terminou em 2010,
pelo que o estudo prevê um adicional de 1.800 queixas.Destes
1.800 casos, 10% deverão ser classificados como não deficientes das
forças armadas, 25% deverão ter acesso ao Estatuto de Deficientes das
Forças Armadas e 65% deverão ter uma «desvalorização ligeira, moderada
ou grave» (neste último caso, não reunindo as condições para acesso ao
estatuto, apesar de apresentarem uma desvalorização igual ou superior a
30%).Os custos referentes à guerra colonial - que englobam a
estrutura médica, jurídica e administrativa associada, a assistência
médica e sanitária decorrente da sua classificação enquanto doença
profissional, bem como as pensões e isenções fiscais - deverão cessar em
2020, de acordo com o estudo.Os investigadores analisaram ainda
as novas missões em que as Forças Armadas Portuguesas (FAP) se encontram
envolvidas, iniciadas pelas Forças Nacionais Destacadas (FND) em 1997, e
as missões de observação da ONU/UE, que têm «um carácter distinto da
guerra de África».As FND são «operações de baixo risco físico e
médico-sanitário, de curta duração (seis meses com possibilidade de
repetição voluntária), e com elevado desgaste psicológico, considerando
as primeiras missões na Bósnia, Kosovo, Timor e Afeganistão».O
risco das doenças emocionais nos Teatros Operacionais (TO) onde se
integram as FND terá, sobretudo, «a ver com as queixas dos
acontecimentos de vida relativos aos familiares dos militares, com a
rotina, as diferenças culturais e o contacto inicial com níveis de
destruição massivos provocados pelas várias guerras civis, provocadoras
de estados de miséria infra-humanos em elevada escala». Os
autores admitem nestes casos «um maior peso em queixas retardadas, no
domínio das doenças emocionais, com um número muito reduzido de casos de
stress pós-traumático».«Se nada de diferente for feito, e se a
média de idades das queixas se mantiver por volta dos 50 anos de idade, é
de prever que a partir de 2027 se inicie o ciclo de queixas de
militares das FND». «Com o actual sistema de queixas, de
avaliação, de tramitação processual e de despacho final, e mantendo-se a
idade média de apresentação da queixa, haverá encargos
(médico-sanitários administrativos e de pensões) num período da ordem
dos 30 anos, correspondente ao tempo entre a idade de apresentação da
queixa e a esperança média de vida, 80 anos de idade».Lusa/SOL Tags: Sociedade
23 de Abril, 2011
Portugal
vai pagar os custos da guerra colonial até 2020, segundo um estudo que
analisou a estrutura médica, jurídica e administrativa, a assistência
médica e sanitária, bem como as pensões e isenções fiscais dos
ex-militares com mazelas atribuídas ao conflito.Feridas de Guerra: (In) Justiça Silenciada
é o nome de uma investigação inédita realizada por uma equipa
multidisciplinar do Ministério da Defesa e do Instituto Superior de
Tecnologias Avançadas sobre a deficiência de guerra no Exército.O
estudo, a que a agência Lusa teve acesso, baseou-se em 3.020 queixas de
ex-militares da guerra colonial, apresentadas entre 1997 e 2006, com
vista à obtenção do estatuto de deficiente das forças armadas, todas
elas despachadas pelo Ministério da Defesa.Estes 3.020 militares
prestaram serviço em Angola, Moçambique e Guiné, entre 1960 e 1974, no
âmbito de uma guerra que envolveu um milhão de homens e resultou em 10
mil mortos e 30 mil feridos. Tendo por base a idade dos autores
das queixas - entre 50 e 55 anos - os investigadores concluíram que o
ciclo das queixas decorrentes das guerras coloniais terminou em 2010,
pelo que o estudo prevê um adicional de 1.800 queixas.Destes
1.800 casos, 10% deverão ser classificados como não deficientes das
forças armadas, 25% deverão ter acesso ao Estatuto de Deficientes das
Forças Armadas e 65% deverão ter uma «desvalorização ligeira, moderada
ou grave» (neste último caso, não reunindo as condições para acesso ao
estatuto, apesar de apresentarem uma desvalorização igual ou superior a
30%).Os custos referentes à guerra colonial - que englobam a
estrutura médica, jurídica e administrativa associada, a assistência
médica e sanitária decorrente da sua classificação enquanto doença
profissional, bem como as pensões e isenções fiscais - deverão cessar em
2020, de acordo com o estudo.Os investigadores analisaram ainda
as novas missões em que as Forças Armadas Portuguesas (FAP) se encontram
envolvidas, iniciadas pelas Forças Nacionais Destacadas (FND) em 1997, e
as missões de observação da ONU/UE, que têm «um carácter distinto da
guerra de África».As FND são «operações de baixo risco físico e
médico-sanitário, de curta duração (seis meses com possibilidade de
repetição voluntária), e com elevado desgaste psicológico, considerando
as primeiras missões na Bósnia, Kosovo, Timor e Afeganistão».O
risco das doenças emocionais nos Teatros Operacionais (TO) onde se
integram as FND terá, sobretudo, «a ver com as queixas dos
acontecimentos de vida relativos aos familiares dos militares, com a
rotina, as diferenças culturais e o contacto inicial com níveis de
destruição massivos provocados pelas várias guerras civis, provocadoras
de estados de miséria infra-humanos em elevada escala». Os
autores admitem nestes casos «um maior peso em queixas retardadas, no
domínio das doenças emocionais, com um número muito reduzido de casos de
stress pós-traumático».«Se nada de diferente for feito, e se a
média de idades das queixas se mantiver por volta dos 50 anos de idade, é
de prever que a partir de 2027 se inicie o ciclo de queixas de
militares das FND». «Com o actual sistema de queixas, de
avaliação, de tramitação processual e de despacho final, e mantendo-se a
idade média de apresentação da queixa, haverá encargos
(médico-sanitários administrativos e de pensões) num período da ordem
dos 30 anos, correspondente ao tempo entre a idade de apresentação da
queixa e a esperança média de vida, 80 anos de idade».Lusa/SOL Tags: Sociedade
_________________
Só discuto o que nao sei ...O ke sei ensino ...POIZ
Vitor mango- Pontos : 118178
Re: Portugal vai pagar factura da Guerra Colonial até 2020
NUMA AULA DE HISTÓRIA DE PORTUGAL
Pergunta a Professora:
- Joãozinho sabe a quem é que se deve o pinhal de Leiria?
- Ó s'tora, então essa porcaria também ainda não está paga?!
Pergunta a Professora:
- Joãozinho sabe a quem é que se deve o pinhal de Leiria?
- Ó s'tora, então essa porcaria também ainda não está paga?!
_________________
Só discuto o que nao sei ...O ke sei ensino ...POIZ
Vitor mango- Pontos : 118178
Tópicos semelhantes
» Coisas do arco da velha II
» Portugal envia aos EUA a factura da saída das Lajes
» Uma guerra colonial nunca se ganha
» A guerra colonial segundo Lobo Antunes
» Urna de ex-combatente falecido na Guerra Colonial só com pedras e areia
» Portugal envia aos EUA a factura da saída das Lajes
» Uma guerra colonial nunca se ganha
» A guerra colonial segundo Lobo Antunes
» Urna de ex-combatente falecido na Guerra Colonial só com pedras e areia
Vagueando na Notícia :: Salas das mesas de grandes debates de noticias :: Professor Dr e mister Mokas faz a analise do Mundo
Página 1 de 1
Permissões neste sub-fórum
Não podes responder a tópicos