A DESUNIAO EUROPEIA-CADA UM POR SI....................
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A DESUNIAO EUROPEIA-CADA UM POR SI....................
O que eu disse!!
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Os efeitos da crise em Portugal e no estrangeiro 2008-10-06 00:05
Na Europa é cada um por si a reagir à crise financeira
Os quatro grandes da UE dão passos tímidos de coordenação e entretanto cada país trata dos ‘seus’ bancos.
Luís Rego
Antes da abertura dos mercados, a Alemanha e a Bélgica corriam ontem para salvar dois bancos, depois do fracasso de duas das acções de resgate bancário mais simbólicas das últimas semanas, o Fortis e o Hypo. Faziam-no cada um por si, tal como se decidiu no passado sábado, em Paris, na reunião dos ‘quatro’ maiores países europeus, que enjeitaram qualquer acção financeira concertada de resgate bancário. Prometeram maior coordenação, mas as decisões foram vagas e estão longe de qualquer “refundação do capitalismo” prometida pelo presidente francês Nicolas Sarkozy.
Hoje e amanhã, no Luxemburgo, os ministros das finanças preparam mais um ataque verbal às remunerações dos directores prometendo reanimar uma proposta da Comissão Europeia, que foi ignorada pelas capitais desde 2004. Em Paris, os quatro ‘grandes prometeram “sancionar” os responsáveis pelos bancos que tiverem de ser salvos e partilhar o fardo financeiro da salvação com os accionistas do banco. Mas como em todas as decisões de Paris, não abundam os detalhes.
“Cada país deve assumir as suas responsabilidades à escala nacional”, disse ontem a chanceler alemã Ângela Merkel, no final da reunião com os congéneres francês, italiano, britânico e ainda os presidentes do BCE, Comissão e Eurogrupo. Hoje, o resto da UE e do Eurogrupo deverá reclamar mais esforço europeu. “Não vejo uma solução nacional [para a actual crise]. Tem de ser [uma resposta] de âmbito europeu”, disse Pedro Solbes, ministro espanhol.
Os quatro mais ricos decidiram propôr uma reunião internacional para rever normas contabilísticas – suspender o ‘mark to market’ na banca –, ordenar à Comissão Europeia a aplicação flexível das regras de concorrência (permitindo ajudas de Estado) e do Pacto de estabilidade (ver caixa) e antecipar para este ano os 30 mil milhões de euros do Banco Europeu de Investimento já previstos para emprestar às pequenas e médias empresas nos próximos quatro anos.
No terreno o retrato é caótico. A única decisão concertada entre estados na reacção à crise ruiu esta semana com a nacionalização holandesa do Fortis. A Irlanda lançou a ira dos europeus ao anunciar unilateralmente total garantia aos depósitos bancários dos seis maiores bancos nacionais, colocando a banca britânica em forte desvantagem competitiva, irritando de sobremaneira o governo de Londres. Merkel instou a Comissão a investigar a legalidade desta ‘ajuda de Estado’ e Bruxelas está efectivamente a ponderar abrir um contencioso. Entretanto, a Grécia acaba de desenhar uma intervenção comparável de aval.
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Os efeitos da crise em Portugal e no estrangeiro 2008-10-06 00:05
Na Europa é cada um por si a reagir à crise financeira
Os quatro grandes da UE dão passos tímidos de coordenação e entretanto cada país trata dos ‘seus’ bancos.
Luís Rego
Antes da abertura dos mercados, a Alemanha e a Bélgica corriam ontem para salvar dois bancos, depois do fracasso de duas das acções de resgate bancário mais simbólicas das últimas semanas, o Fortis e o Hypo. Faziam-no cada um por si, tal como se decidiu no passado sábado, em Paris, na reunião dos ‘quatro’ maiores países europeus, que enjeitaram qualquer acção financeira concertada de resgate bancário. Prometeram maior coordenação, mas as decisões foram vagas e estão longe de qualquer “refundação do capitalismo” prometida pelo presidente francês Nicolas Sarkozy.
Hoje e amanhã, no Luxemburgo, os ministros das finanças preparam mais um ataque verbal às remunerações dos directores prometendo reanimar uma proposta da Comissão Europeia, que foi ignorada pelas capitais desde 2004. Em Paris, os quatro ‘grandes prometeram “sancionar” os responsáveis pelos bancos que tiverem de ser salvos e partilhar o fardo financeiro da salvação com os accionistas do banco. Mas como em todas as decisões de Paris, não abundam os detalhes.
“Cada país deve assumir as suas responsabilidades à escala nacional”, disse ontem a chanceler alemã Ângela Merkel, no final da reunião com os congéneres francês, italiano, britânico e ainda os presidentes do BCE, Comissão e Eurogrupo. Hoje, o resto da UE e do Eurogrupo deverá reclamar mais esforço europeu. “Não vejo uma solução nacional [para a actual crise]. Tem de ser [uma resposta] de âmbito europeu”, disse Pedro Solbes, ministro espanhol.
Os quatro mais ricos decidiram propôr uma reunião internacional para rever normas contabilísticas – suspender o ‘mark to market’ na banca –, ordenar à Comissão Europeia a aplicação flexível das regras de concorrência (permitindo ajudas de Estado) e do Pacto de estabilidade (ver caixa) e antecipar para este ano os 30 mil milhões de euros do Banco Europeu de Investimento já previstos para emprestar às pequenas e médias empresas nos próximos quatro anos.
No terreno o retrato é caótico. A única decisão concertada entre estados na reacção à crise ruiu esta semana com a nacionalização holandesa do Fortis. A Irlanda lançou a ira dos europeus ao anunciar unilateralmente total garantia aos depósitos bancários dos seis maiores bancos nacionais, colocando a banca britânica em forte desvantagem competitiva, irritando de sobremaneira o governo de Londres. Merkel instou a Comissão a investigar a legalidade desta ‘ajuda de Estado’ e Bruxelas está efectivamente a ponderar abrir um contencioso. Entretanto, a Grécia acaba de desenhar uma intervenção comparável de aval.
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