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PÁTRIAS DA LUSOFONIA SEM PORTUGUÊS NA COMUNICAÇÃO EM TIMOR-LESTE

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Mensagem por Vitor mango Sáb Jul 23, 2011 3:48 pm


PÁTRIAS DA LUSOFONIA SEM PORTUGUÊS NA COMUNICAÇÃO EM TIMOR-LESTE







PÁTRIAS DA LUSOFONIA SEM PORTUGUÊS NA COMUNICAÇÃO EM TIMOR-LESTE Lusofonia


Andar
afastado destas andanças da blogosfera é isto mesmo, é o que está a
acontecer neste blogue. Não acontece por falta de vontade mas sim por
falta de tempo. Lamento e apresento desculpas à meia-dúzia de amigos que
aqui têm vindo e vêem sempre os mesmos rabiscos e fotos há algum tempo.



Não
será desta vez que sustentarei o meu apetite em abordar a política
timorense dos últimos tempos, nem falarei dos “banhos” nas eleições em
São Tomé e Príncipe – onde se compram votos e as consciências na cara da
legalidade e dos políticos asquerosos que não legislam aquele preceito
incorreto, imoral, antidemocrático e revelador de que o país vive em
outro século, quase no esclavagismo colonialista. São Tomé saiu da
trampa do colonialismo português para ser colonizado por políticos sem
escrúpulos que pegam em “tradições” que lhes dêem vantagens e fazem
daquelas “legalidade”. Comprar e vender votos, os ditos “banhos”, é
inadmissível!



Também
agora aqui não abordarei como é merecido Angola. Angola de umas quantas
famílias e empresas. “Tá-se melhor em Angola” – dizem-me amigos. Pois,
talvez. Mas o que se sabe é que as “negociatas” continuam, a repressão
continua à socapa e sem ser à socapa. Os desonestos, abrigados no MPLA e
no governo, mantém as suas posições vantajosas… Quem acredita que foi
agora que pararam de roubar? Estão a oferecer migalhas ao povinho que
afinal é o resto daquilo que lhe pertence na totalidade. Isso sim.
“Tá-se melhor”?



Moçambique
é aquilo que se sabe e o que não se sabe. Quem se mantém à distância
até pode acreditar que tudo vai a caminho de muitas melhorias para as
populações. Ilusão. A corrupção impera em Moçambique. As carências do
povo são enormes. Nem PR, nem governantes, conseguem esconder ou
colmatar as enormes injustiças sociais e de enorme atraso que semearam e
agora têm estado a colher. A colher o povo mais fragilizado, quem havia
de ser?



Guiné-Bissau…
À espera de nova borrasca política. Para quê pôr mais na escrita? A
plataforma da droga continua por lá. A fome, a miséria, a
ingovernabilidade, o banditismo comum e político, a excisão nas meninas
guineenses… Tudo isso continua. Lá iremos.



Cabo
Verde já teve melhores dias e melhores perspetivas. Mesmo assim é o
pequeno país lusófono que vai melhorzinho. Em breve irá a eleições.
Veremos.



O
Brasil de Dilma podia estar bem melhor mas por vezes o ótimo é inimigo
do bom. Aguardemos que as evoluções e involuções nos mostrem com clareza
quanto vale, ou não, a presidente Dilma. A criminalidade cresce, a
corrupção também. Para muitos esses “fenómenos” são como o samba, são
coisa brasileira. Mas não deve ser assim. O samba não leva a fome e a
tristeza a ninguém, antes pelo contrário: é alegria, é povão a vibrar. O
crime e a corrupção fazem o contrário do samba, são sinónimo de
tristeza e de muitas carências para os mais fragilizados. Está nas mãos
de Dilma corrigir o que é da conveniência dos que ela disse defender.
Esperemos sentados pra não cansar. E acreditando que melhor virá. Não
tem mal possuirmos um certa dose de ingenuidade.



Oh,
meus amigos! De Portugal nem é bom falar! Mas Portugal ainda existe? E a
União Europeia vai existir até quando? O euro está a finar-se? O
projeto europeu foi lançado na fossa pela direita europeia em conluio?
Ângela Merkel está a conseguir os seus intentos de aniquilar a EU nos
moldes em que tem existido? Parece que sim. Até Helmut Kholl, o alemão
que fez de Merkel sua Delfina e que contribuiu para que ela agora
estivesse a desenvolver as políticas fascistoides e egoístas que
caracterizam o grande capital, diz que Merkel personifica uma “coisa”
impensável e que o desilude. Que ela está a destruir o projeto europeu
todos sabemos. Que se pode esperar de uma gaja daquelas?



Não
quero nada acabar esta voltinha que consegui dar – melhor ou pior –
pelos países da CPLP sem deixar um lamento sobre Timor-Leste. Notícias
em português sobre Timor-Leste e vindas de Timor-Leste não há? Não
existe uma única publicação, diária ou semanal, vinda de Timor-Leste e
que nos chegue a Portugal e ao mundo lusófono? Não! E porquê? Porque
não! Porque parece que todos se estão borrando para o português! Porque
deste modo, sem publicação em português, aqueles que não entendem tétum
ficam a “apanhar bonés” sobre o que se passa lá no burgo do soba Xanana e
lêem o que é publicado no SAPO TL em português, ou o que a Lusa acha
por bem divulgar, sem grandes pormenores e quase sempre até muito
afastada da realidade timorense. Ele há carências alimentares e de
muitas outras coisas de que só muito raramente se fazem eco em
português. Ele há tiroteios de marginais ou de alegados marginais e nada
é dito em português que nos chegue ao olhar e soletração, ele há
acusações de corrupção, de roubos, de “desvios”, de clientelismos
económicos, políticos e na justiça… Mas pouco ou mesmo nada passa para
fora de Timor-Leste em português. Que raio, continuam todos com medo?
Esse é o mesmo medo de há anos? Se é, que trampa de liberdade e de
democracia há naquele país? Prevalece a “verdade” oficial em detrimento
da verdade de facto sem que haja resistência a isso. É impressionante.



Em
qualquer outro país lusófono podemos recorrer à internet e encontramos
online publicações-notícias em português. Até São Tomé e Príncipe e
Macau! Mas em Timor-Leste não! Há blogues… Na maioria em tétum. Mas
blogues não são um jornal online (ao menos isso). Sai assim tão
dispendioso? Não! Voluntários da lusofonia em Timor-Leste, que
comuniquem em português, que noticiem o quotidiano timorense em
português é que parece que não há. Ou haverá… se lhes pagarem uma pipa
de massa! Mas então teremos algo do género da Lusa: a verdade oficial a
que os seus profissionais ali destacados se têm de acomodar, quietinhos,
que é para não levarem no “focinho” e passarem as estopinhas do
Algarve.



Mas,
falando de blogues sobre Timor-Leste, falando no online existente,
podemos chegar ao Timor Hau Nian Doben e reparar que também ali
prevalece o tétum. E lá ficam os desconhecedores do tétum, mas
lusófonos, a maioria, a “apanhar bonés”. E acreditem que ali podemos ler
algumas das tristes realidades sobre a governança e a miséria
implantada pelos do soba Xanana com o assentimento de Ramos Horta e de
muitos outros que cumprem o dito “é fartar vilanagem”. Falta saber se
algum dia eles, os vilões, se fartam e deixam alguma coisinha para o
povo timorense. Basta perguntar: afinal quem poderia traduzir do tétum
para português as notícias das várias publicações timorenses? E, melhor,
ainda, quem poderia viajar por Timor-Leste (coisa pequena) e
mostrar-nos a realidade expressa em português?



Ah,
nós somos defensores do português em Timor! Dizem uns e outros,
timorenses. Balelas. Publicação assídua em português, online, com rigor e
profissionalismo, com independência, sendo alternativa à “verdade”
oficial, não vimos. Até nos partidos políticos, nas páginas online que
têm, o que vimos é expresso em tétum e… (imaginem!) em inglês. A própria
FRETILIN (dos outros partidos já nem se fala) comete essa prática –
apesar de sabermos que é séria apologista do português como língua
oficial em Timor-Leste. As razões porque assim acontece – comunicar
excepto em português - não dão para entender. Laxismo? Falta de domínio
do idioma? O quê? Como diria o outro: “Oh pás, desculpem lá!”



Muito
mais haveria a acrescentar sobre esta afinal longa prosa (uf!) mas o
melhor é dar aqui o nó e deixar o “chouriço” cheio como está.
Terminando, sem mais delongas, apenas com o acrescento de que esta (como
outras) não é prosa de ataques pessoais mas sim contra realidades que
sabemos erradas e que muitos gostariam de ver corrigidas antes de
embarcarem para o alto-forno.



Pergunta final: Timor-Leste quer realmente que o idioma português faça parte do seu quotidiano?


Nota: Este texto não foi revisto, o autor lamenta os erros ortográficos ou outros que possa conter.







Publicada por
António Veríssimo


em
10:22






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Etiquetas:
Portugal,
Timor-Leste





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Só discuto o que nao sei ...O ke sei ensino ...POIZ
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