Desafio - Quanto tempo vai durar este Governo?!
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Desafio - Quanto tempo vai durar este Governo?!
Relembrando a primeira mensagem :
.
Por favor
por PEDRO MARQUES LOPES
Hoje
Tenho um pedido a fazer aos membros deste Governo: não anunciem mais planos de redução da despesa.
Prometo esquecer-me da famosa proclamação do primeiro-ministro, aquela em que Passos Coelho dizia existirem dois caminhos para a solução do problema do défice: reduzir a despesa ou aumentar impostos, sendo a dos socialistas a segunda e a dele a primeira. Vou varrer da minha memória as afirmações grandiloquentes de actuais responsáveis governamentais, que juravam a pés juntos haver um plano detalhado para o corte nos gastos supérfluos do Estado.
Assobiarei para o lado quando me recordarem as palavras do primeiro-ministro no Pontal, quando assegurava que até dia 31 de Agosto o grande plano ia ser apresentado e até Outubro estaria executado. Fingirei que não percebo nada de aritmética quando me falarem de um terço para isto e dois terços para aquilo. Estou disposto a jurar que quando Passos Coelho disse que seria intransigente na questão das deduções dos gastos em educação, habitação e saúde em sede de IRS e jamais as aprovaria, foi mal interpretado e não era isso exactamente que queria dizer. Quando Paulo Portas aparecer na televisão, vou só concentrar-me nas suas tarefas de ministro de Negócios Estrangeiros e não matutarei no esbulho fiscal que estava em marcha há uns meses. Vou deitar fora o livrinho do Álvaro, o ministro, para não ler o que ele escrevia sobre aumentos de impostos e a facilidade com que se ia cortar na despesa. "Cortes históricos" e "maior redução da despesa dos últimos cinquenta anos" são frases que não utilizarei. Sempre que ouvir falar em gordura, direi que desta vez vou mesmo emagrecer.
Não voltarei a perguntar onde é que afinal está o desvio colossal (o tal que existe mas ninguém diz onde) e desprezarei essa inutilidade chamada boletim de execução orçamental, que teima em malevolamente mostrar que até Junho a despesa desceu e a partir dessa data desatou a subir.
Estou disposto a isto tudo mas, por favor, não anunciem que neste ou naquele dia vão apresentar medidas de corte na despesa. É que é certo e sabido que vem aí um anúncio de mais impostos, o fim de deduções fiscais ou uma subida de preços.
Se esta minha amnésia auto-infligida não for suficiente, posso mesmo controlar-me e não rir às gargalhadas quando o ministro das Finanças voltar a dizer que um aumento de impostos é um exercício de solidariedade, achar normal que o documento de estratégia orçamental não dedique uma palavrinha que seja sobre incentivos ao investimento das empresas - a não ser que se considere o aumento de impostos uma medida potenciadora de mais investimento - ou como diabo se vai pôr a economia a crescer.
Sou capaz de respirar fundo quando pela milionésima vez se ceder às chantagens e desmandos de Alberto João Jardim, achar que os onze grupos de trabalho criados em dez semanas de governação são mesmo necessários - sobretudo os três dedicados ao futebol - ou engolir em seco ao ouvir o ministro para tudo e mais alguma coisa, Miguel Relvas dizer que vai antecipar o pagamento das dívidas da RTP para a poder entregar de boa saúde, sem ónus ou encargos, às dezenas de empresas que, com certeza, acorrerão ao concurso de privatização.
Receio, porém, que estas minhas promessas todas não sejam suficientes. Dia 15 de Outubro vai ser apresentado o Orçamento do Estado para 2012, e nessa altura vamos saber dos cortes, ou seja, é muito provável que surjam mais impostos. Talvez um imposto sobre os gordos, pois de forma evidente não estão a praticar a austeridade. Outro sobre os que tomam banho todos os dias, essa gente que desperdiça água. Até tenho medo de dar ideias, mas estou convencido de que não faltará imaginação ao Governo. Ou então pode ser que nos digam que interpretamos mal as palavras gordura e consumos intermédios. Gordura era assim como dizer salários, consumos intermédios era outra maneira de se falar em pensões, e será aí que irão ser feitos os cortes. É que só faltava mesmo essa.
Sou capaz até de ir a Fátima a pé, mas por favor não marquem mais datas para anunciar cortes na despesa.
Comentários
Anónimo
04.09.2011/17:34
O engraçado e terem-se convencido que iam votar num partido que ia deixar tudo ao gosto de cada um Não terem percebido q a situação financeira era catastrófica e q só lá se ia, com a Europa e os credores a pressionar, com políticas fiscais duríssimas Sim porque o Estado está refem de si próprio e das teias em q se deixou envolver e quando se mexe na justiça, na saude, nas autarquias os autoinstalados poderes ameaçam um terramoto e não há Governo q não tema começar por destruir a sua estrutura fundamental Nunca votei nos partidos q agora estão no Governo, posso à vontade queixar-me das políticas q me estão a impôr, mas ouvir e ler quem nos prometia novos métodos, sabendo q isso era impossível de um momento para o outro, queixar-se é surreal
Ourway
04.09.2011/15:24
Com humor a coisa faz mais sentido. Mas não podemos ficar enredados em bordões linguísticos que parecem, sempre que aparecem e nos contagiam a todos, traduzir a essência da realidade lusa: desvio colossal, cortar gorduras, tiranete da dívida... Há que inventar outras palavras, e outras expressões, que, por aqui, parece que não vamos a lado nenhum. Em frente...que atrás vem gente!
ALVARO
04.09.2011/15:18
sinceramente, PORTUGUESES, DAIS-ME pena!!!!!! exiliai-vos.
RLSANTOS
04.09.2011/14:17
Portugal - Lisboa
Responder
Pois é, caro P.Marques Lopes. Quando defendemos uma dama que nos parece bonita e descobrimos que é tão ou mais feia do que as outras, ficamos desiludidos. Ainda estou à espera que venha algo feliz dese governo. Passos Coelho não me enganou. Tem ar de boa pessoa, mas o meu pai também tem e não serve para Primeiro Ministro. Paulo Portas como MNE fez-me sorrir e perguntar-me a mim próprio: como é possível? Gaspar não o conhecia mas cada vez que aparece, com aquele ar sinistro de homem das cavernas, é para anunciar desgraça. e espalhar desânimo pelos portugueses. O ministro da economia tem um sorrisinho irritante e não tardará a meter a viola no saco. Compreendo o seu desespero, tanto mais que tem o seu amigo Pedro Adão e Silva à perna!
Anónimo
04.09.2011/13:43
A tropa fandanga anterior, era aqui defendida com unhas e dentes, por anos disseram maravilhas dela, e depois batemos na parede. Arruinaram isto até mais não, mas esses cães de fila, não tem um pingo de vergonha, nem passou uma semana de funções do novo governo, já chiam a pedir o regresso da fandanga e suas megalómanas promessas.
Portugal arruinado
04.09.2011/12:12
DN de hoje: Crise - Sapateiros cada vez mais requisitados até já reparam mochilas escolares - Crise - Ouro de família já paga livros escolares e propinas.
vguerra
04.09.2011/11:38
Vê-se logo ,que, no seu partido, não lhe deram o tacho que esperava...
V.L.N.E.
04.09.2011/16:17
Frescalhote e fracturante o homem das sínteses acutilantes. Adoro este fofo do vguerra! eheheeheheheheheh
vguerra
04.09.2011/15:43
Anónimo" sai do anonimato cobarde e diz o que queres( aviso que não gosto de ***...)
Anónimo
04.09.2011/12:12
Mas você pelos vistos, recebeu o seu, para continuar a defender esta gente que anda agora por São Bento com unhas e dentes...
O. Duarte
04.09.2011/11:07
Caro cronista, como se vê neste mesmo DN ninguém no PSD, a começar pelo PR, acredita nesta tropa fandanga! Só assim se compreendem as opiniões negativas tão clara e violentamente manifestadas pelos mais fieis apoiantes de Cavaco a propósito da desastrada, imbecil e criminosa política fiscal deste Governo (?)!!!Mesmo sem oposição digna desse nome, este é um governo condenado! Não deve chegar ao Natal!!!...Rezemos todos para que tenha uma morte rápida, sem sofrimento...
Zé
04.09.2011/10:59
Como o PML, também eu tive ilusões sobre este governo, dadas as mentiras que foram ditas antes da sua eleição. Estou com o PML, e acho que se deve divulgar esta mensagem, e este texto em particular, porque até agora afinal foi mais do mesmo, mais valia não termos perdido tempo com eleições antecipadas... Ainda não se viu o tal corte "histórico" na despesa que já vinha sendo planeado há largos meses, os impostos não param de aumentar -o que é contra-producente e toda a gente o sabe, e mais uma vez, o que é para mim o mais grave: os políticos não param de mentir, e enganar os eleitores, impunemente. A mudança tem de começar neste ponto...
Arnestino Trocaletra
04.09.2011/09:57
Eu tenho um pedido a fazer à Sic. É para não meter 5 trambolhos dentro de um estúdio a fazer um programa de televisão. Os desgraçados pretendem levar aquilo a sério e emitem vacuidades decisivas sem se rir. No final produzem uma miséria mais decadente que as que julgam criticar.
Toma lá disto
04.09.2011/12:57
Ó Trocaletra: Só lhes chmas "5 trambolhos", porque estão a pôr a nú o que alguns néscios dos teu partido estão a fazer de mal a Portugal. Toma Arnestino !!
In DN
.
Por favor
por PEDRO MARQUES LOPES
Hoje
Tenho um pedido a fazer aos membros deste Governo: não anunciem mais planos de redução da despesa.
Prometo esquecer-me da famosa proclamação do primeiro-ministro, aquela em que Passos Coelho dizia existirem dois caminhos para a solução do problema do défice: reduzir a despesa ou aumentar impostos, sendo a dos socialistas a segunda e a dele a primeira. Vou varrer da minha memória as afirmações grandiloquentes de actuais responsáveis governamentais, que juravam a pés juntos haver um plano detalhado para o corte nos gastos supérfluos do Estado.
Assobiarei para o lado quando me recordarem as palavras do primeiro-ministro no Pontal, quando assegurava que até dia 31 de Agosto o grande plano ia ser apresentado e até Outubro estaria executado. Fingirei que não percebo nada de aritmética quando me falarem de um terço para isto e dois terços para aquilo. Estou disposto a jurar que quando Passos Coelho disse que seria intransigente na questão das deduções dos gastos em educação, habitação e saúde em sede de IRS e jamais as aprovaria, foi mal interpretado e não era isso exactamente que queria dizer. Quando Paulo Portas aparecer na televisão, vou só concentrar-me nas suas tarefas de ministro de Negócios Estrangeiros e não matutarei no esbulho fiscal que estava em marcha há uns meses. Vou deitar fora o livrinho do Álvaro, o ministro, para não ler o que ele escrevia sobre aumentos de impostos e a facilidade com que se ia cortar na despesa. "Cortes históricos" e "maior redução da despesa dos últimos cinquenta anos" são frases que não utilizarei. Sempre que ouvir falar em gordura, direi que desta vez vou mesmo emagrecer.
Não voltarei a perguntar onde é que afinal está o desvio colossal (o tal que existe mas ninguém diz onde) e desprezarei essa inutilidade chamada boletim de execução orçamental, que teima em malevolamente mostrar que até Junho a despesa desceu e a partir dessa data desatou a subir.
Estou disposto a isto tudo mas, por favor, não anunciem que neste ou naquele dia vão apresentar medidas de corte na despesa. É que é certo e sabido que vem aí um anúncio de mais impostos, o fim de deduções fiscais ou uma subida de preços.
Se esta minha amnésia auto-infligida não for suficiente, posso mesmo controlar-me e não rir às gargalhadas quando o ministro das Finanças voltar a dizer que um aumento de impostos é um exercício de solidariedade, achar normal que o documento de estratégia orçamental não dedique uma palavrinha que seja sobre incentivos ao investimento das empresas - a não ser que se considere o aumento de impostos uma medida potenciadora de mais investimento - ou como diabo se vai pôr a economia a crescer.
Sou capaz de respirar fundo quando pela milionésima vez se ceder às chantagens e desmandos de Alberto João Jardim, achar que os onze grupos de trabalho criados em dez semanas de governação são mesmo necessários - sobretudo os três dedicados ao futebol - ou engolir em seco ao ouvir o ministro para tudo e mais alguma coisa, Miguel Relvas dizer que vai antecipar o pagamento das dívidas da RTP para a poder entregar de boa saúde, sem ónus ou encargos, às dezenas de empresas que, com certeza, acorrerão ao concurso de privatização.
Receio, porém, que estas minhas promessas todas não sejam suficientes. Dia 15 de Outubro vai ser apresentado o Orçamento do Estado para 2012, e nessa altura vamos saber dos cortes, ou seja, é muito provável que surjam mais impostos. Talvez um imposto sobre os gordos, pois de forma evidente não estão a praticar a austeridade. Outro sobre os que tomam banho todos os dias, essa gente que desperdiça água. Até tenho medo de dar ideias, mas estou convencido de que não faltará imaginação ao Governo. Ou então pode ser que nos digam que interpretamos mal as palavras gordura e consumos intermédios. Gordura era assim como dizer salários, consumos intermédios era outra maneira de se falar em pensões, e será aí que irão ser feitos os cortes. É que só faltava mesmo essa.
Sou capaz até de ir a Fátima a pé, mas por favor não marquem mais datas para anunciar cortes na despesa.
Comentários
Anónimo
04.09.2011/17:34
O engraçado e terem-se convencido que iam votar num partido que ia deixar tudo ao gosto de cada um Não terem percebido q a situação financeira era catastrófica e q só lá se ia, com a Europa e os credores a pressionar, com políticas fiscais duríssimas Sim porque o Estado está refem de si próprio e das teias em q se deixou envolver e quando se mexe na justiça, na saude, nas autarquias os autoinstalados poderes ameaçam um terramoto e não há Governo q não tema começar por destruir a sua estrutura fundamental Nunca votei nos partidos q agora estão no Governo, posso à vontade queixar-me das políticas q me estão a impôr, mas ouvir e ler quem nos prometia novos métodos, sabendo q isso era impossível de um momento para o outro, queixar-se é surreal
Ourway
04.09.2011/15:24
Com humor a coisa faz mais sentido. Mas não podemos ficar enredados em bordões linguísticos que parecem, sempre que aparecem e nos contagiam a todos, traduzir a essência da realidade lusa: desvio colossal, cortar gorduras, tiranete da dívida... Há que inventar outras palavras, e outras expressões, que, por aqui, parece que não vamos a lado nenhum. Em frente...que atrás vem gente!
ALVARO
04.09.2011/15:18
sinceramente, PORTUGUESES, DAIS-ME pena!!!!!! exiliai-vos.
RLSANTOS
04.09.2011/14:17
Portugal - Lisboa
Responder
Pois é, caro P.Marques Lopes. Quando defendemos uma dama que nos parece bonita e descobrimos que é tão ou mais feia do que as outras, ficamos desiludidos. Ainda estou à espera que venha algo feliz dese governo. Passos Coelho não me enganou. Tem ar de boa pessoa, mas o meu pai também tem e não serve para Primeiro Ministro. Paulo Portas como MNE fez-me sorrir e perguntar-me a mim próprio: como é possível? Gaspar não o conhecia mas cada vez que aparece, com aquele ar sinistro de homem das cavernas, é para anunciar desgraça. e espalhar desânimo pelos portugueses. O ministro da economia tem um sorrisinho irritante e não tardará a meter a viola no saco. Compreendo o seu desespero, tanto mais que tem o seu amigo Pedro Adão e Silva à perna!
Anónimo
04.09.2011/13:43
A tropa fandanga anterior, era aqui defendida com unhas e dentes, por anos disseram maravilhas dela, e depois batemos na parede. Arruinaram isto até mais não, mas esses cães de fila, não tem um pingo de vergonha, nem passou uma semana de funções do novo governo, já chiam a pedir o regresso da fandanga e suas megalómanas promessas.
Portugal arruinado
04.09.2011/12:12
DN de hoje: Crise - Sapateiros cada vez mais requisitados até já reparam mochilas escolares - Crise - Ouro de família já paga livros escolares e propinas.
vguerra
04.09.2011/11:38
Vê-se logo ,que, no seu partido, não lhe deram o tacho que esperava...
V.L.N.E.
04.09.2011/16:17
Frescalhote e fracturante o homem das sínteses acutilantes. Adoro este fofo do vguerra! eheheeheheheheheh
vguerra
04.09.2011/15:43
Anónimo" sai do anonimato cobarde e diz o que queres( aviso que não gosto de ***...)
Anónimo
04.09.2011/12:12
Mas você pelos vistos, recebeu o seu, para continuar a defender esta gente que anda agora por São Bento com unhas e dentes...
O. Duarte
04.09.2011/11:07
Caro cronista, como se vê neste mesmo DN ninguém no PSD, a começar pelo PR, acredita nesta tropa fandanga! Só assim se compreendem as opiniões negativas tão clara e violentamente manifestadas pelos mais fieis apoiantes de Cavaco a propósito da desastrada, imbecil e criminosa política fiscal deste Governo (?)!!!Mesmo sem oposição digna desse nome, este é um governo condenado! Não deve chegar ao Natal!!!...Rezemos todos para que tenha uma morte rápida, sem sofrimento...
Zé
04.09.2011/10:59
Como o PML, também eu tive ilusões sobre este governo, dadas as mentiras que foram ditas antes da sua eleição. Estou com o PML, e acho que se deve divulgar esta mensagem, e este texto em particular, porque até agora afinal foi mais do mesmo, mais valia não termos perdido tempo com eleições antecipadas... Ainda não se viu o tal corte "histórico" na despesa que já vinha sendo planeado há largos meses, os impostos não param de aumentar -o que é contra-producente e toda a gente o sabe, e mais uma vez, o que é para mim o mais grave: os políticos não param de mentir, e enganar os eleitores, impunemente. A mudança tem de começar neste ponto...
Arnestino Trocaletra
04.09.2011/09:57
Eu tenho um pedido a fazer à Sic. É para não meter 5 trambolhos dentro de um estúdio a fazer um programa de televisão. Os desgraçados pretendem levar aquilo a sério e emitem vacuidades decisivas sem se rir. No final produzem uma miséria mais decadente que as que julgam criticar.
Toma lá disto
04.09.2011/12:57
Ó Trocaletra: Só lhes chmas "5 trambolhos", porque estão a pôr a nú o que alguns néscios dos teu partido estão a fazer de mal a Portugal. Toma Arnestino !!
In DN
_________________
Amigos?Longe! Inimigos? O mais perto possível!
Joao Ruiz- Pontos : 32035
Cerca de 40 manifestantes "receberam" Assunção Cristas
.
Cerca de 40 manifestantes "receberam" Assunção Cristas
por Lusa, publicado por Graciosa Silva
Hoje
Cerca de 40 manifestantes, com cartazes e faixas negras e gritando palavras de ordem contra o Governo, "receberam" hoje a ministra da Agricultura, Assunção Cristas, à entrada de uma propriedade agrícola no concelho alentejano de Serpa.
Os participantes no protesto, representantes de sindicatos, movimentos e freguesias do distrito de Beja, esperaram pela ministra junto à estrada de acesso à Herdade Maria da Guarda.
Assunção Cristas chegou, por volta das 11:30, à exploração, onde vai presidir à inauguração do lagar da Casa Agrícola Cortez de Lobão.
No âmbito do projeto, a empresa, através da Sociedade Agrícola da Herdade Maria da Guarda, plantou, entre 2006 e o início deste ano, 1,1 milhões de oliveiras, numa área de 575 hectares espalhada pelas herdades Maria da Guarda e da Capela, na freguesia de Vale de Vargo (Serpa).
Aproveitando a deslocação da ministra da Agricultura, perto de 40 pessoas concentraram-se junto à entrada da herdade por onde a comitiva de Assunção Cristas passou, sem parar.
Os manifestantes empunhavam cartazes e faixas e gritaram palavras de ordem como "a luta continua, Governo para a rua", "gatunos", "mentirosos" ou "trabalho sim, desemprego não".
Já as faixas, algumas delas negras e com frases escritas a branco, diziam, por exemplo, que "O roubo de salários é uma vergonha nacional".
"Exigimos a reabertura da estação de correios de Safara" e "Santo Amador em luta, freguesia sempre" eram as frases de outras duas faixas, alusivas a freguesias do vizinho concelho de Moura.
Entre os participantes do protesto, foi possível ver representantes do Sindicato dos Professores da Zona Sul (SPZS) ou do Movimento Unitário dos Reformados, Pensionistas e Idosos (MURPI) de Beja.
Estes últimos empunhavam um cartaz com uma fotografia do Presidente da República, Cavaco Silva, "envergando" um camuflado militar e com a frase "Não tenho salários. Sobrevivo com uma reforma miserável de 10.042 euros".
A ministra Assunção Cristas também foi diretamente visada num dos cartazes. Uma fotografia sua, colada num cartão, mostrava-a com um cacho de bananas sobre a cabeça, podendo ler-se, por cima, "destruir o que resta da produção nacional", e, por baixo, "o que vai na cabeça da ministra?".
In DN
Cerca de 40 manifestantes "receberam" Assunção Cristas
por Lusa, publicado por Graciosa Silva
Hoje
Cerca de 40 manifestantes, com cartazes e faixas negras e gritando palavras de ordem contra o Governo, "receberam" hoje a ministra da Agricultura, Assunção Cristas, à entrada de uma propriedade agrícola no concelho alentejano de Serpa.
Os participantes no protesto, representantes de sindicatos, movimentos e freguesias do distrito de Beja, esperaram pela ministra junto à estrada de acesso à Herdade Maria da Guarda.
Assunção Cristas chegou, por volta das 11:30, à exploração, onde vai presidir à inauguração do lagar da Casa Agrícola Cortez de Lobão.
No âmbito do projeto, a empresa, através da Sociedade Agrícola da Herdade Maria da Guarda, plantou, entre 2006 e o início deste ano, 1,1 milhões de oliveiras, numa área de 575 hectares espalhada pelas herdades Maria da Guarda e da Capela, na freguesia de Vale de Vargo (Serpa).
Aproveitando a deslocação da ministra da Agricultura, perto de 40 pessoas concentraram-se junto à entrada da herdade por onde a comitiva de Assunção Cristas passou, sem parar.
Os manifestantes empunhavam cartazes e faixas e gritaram palavras de ordem como "a luta continua, Governo para a rua", "gatunos", "mentirosos" ou "trabalho sim, desemprego não".
Já as faixas, algumas delas negras e com frases escritas a branco, diziam, por exemplo, que "O roubo de salários é uma vergonha nacional".
"Exigimos a reabertura da estação de correios de Safara" e "Santo Amador em luta, freguesia sempre" eram as frases de outras duas faixas, alusivas a freguesias do vizinho concelho de Moura.
Entre os participantes do protesto, foi possível ver representantes do Sindicato dos Professores da Zona Sul (SPZS) ou do Movimento Unitário dos Reformados, Pensionistas e Idosos (MURPI) de Beja.
Estes últimos empunhavam um cartaz com uma fotografia do Presidente da República, Cavaco Silva, "envergando" um camuflado militar e com a frase "Não tenho salários. Sobrevivo com uma reforma miserável de 10.042 euros".
A ministra Assunção Cristas também foi diretamente visada num dos cartazes. Uma fotografia sua, colada num cartão, mostrava-a com um cacho de bananas sobre a cabeça, podendo ler-se, por cima, "destruir o que resta da produção nacional", e, por baixo, "o que vai na cabeça da ministra?".
In DN
_________________
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Joao Ruiz- Pontos : 32035
Passos Coelho vaiado à chegada ao Porto
.
Passos Coelho vaiado à chegada ao Porto
por Lusa
Hoje
O primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, foi hoje vaiado à entrada para a Fundação Cupertino de Miranda, no Porto, por algumas dezenas de manifestantes que o aguardavam desde as 09:00.
Mal o automóvel do primeiro-ministro entrou na fundação, às 10:00, ouviram-se várias palavras de ordem, como "25 de Abril sempre, fascismo nunca mais" e "gatuno, gatuno".
Momentos antes, já os manifestantes referiam: "Correr com esta gente é preciso, é urgente", "A luta continua, Portas para a rua".
Dezenas de pessoas estavam, desde as 09:00, concentradas em frente à Fundação Cupertino de Miranda, no Porto, na qual o primeiro-ministro vai participar no seminário "A emigração portuguesa na Europa -- desafios e oportunidades".
A polícia colocou grades na placa central da avenida, assim como nas laterais da fundação, impendido assim qualquer contacto entre os manifestantes e os participantes na conferência.
Entre os manifestantes estão representantes do Sindicato dos Trabalhadores da Administração Local (STAL), com uma tarja onde se lê: "Não ao pacote de exploração e empobrecimento".
Os trabalhadores da cerâmica de Valadares, de Vila Nova de Gaia, também aproveitaram a ocasião para exigirem "o pagamento dos salários em divida".
Para além de sindicatos afetos à CGTP-IN (Confederação Geral dos Trabalhadores Portugueses -- Intersindical Nacional), no local estão outros populares, como Manuel Caldeira, de 78 anos, com um cartaz: "Comprei a minha reforma a prestações durante 48 anos. Os piratas estão a roubar-me".
Em declarações à agência Lusa, o aposentado diz estar a manifestar-se por "iniciativa própria", porque "estão a roubar tudo e já não é de agora".
Há também algumas pessoas abrigadas da chuva do outro lado da avenida, por baixo das árvores do Parque da Cidade.
In DN
Passos Coelho vaiado à chegada ao Porto
por Lusa
Hoje
O primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, foi hoje vaiado à entrada para a Fundação Cupertino de Miranda, no Porto, por algumas dezenas de manifestantes que o aguardavam desde as 09:00.
Mal o automóvel do primeiro-ministro entrou na fundação, às 10:00, ouviram-se várias palavras de ordem, como "25 de Abril sempre, fascismo nunca mais" e "gatuno, gatuno".
Momentos antes, já os manifestantes referiam: "Correr com esta gente é preciso, é urgente", "A luta continua, Portas para a rua".
Dezenas de pessoas estavam, desde as 09:00, concentradas em frente à Fundação Cupertino de Miranda, no Porto, na qual o primeiro-ministro vai participar no seminário "A emigração portuguesa na Europa -- desafios e oportunidades".
A polícia colocou grades na placa central da avenida, assim como nas laterais da fundação, impendido assim qualquer contacto entre os manifestantes e os participantes na conferência.
Entre os manifestantes estão representantes do Sindicato dos Trabalhadores da Administração Local (STAL), com uma tarja onde se lê: "Não ao pacote de exploração e empobrecimento".
Os trabalhadores da cerâmica de Valadares, de Vila Nova de Gaia, também aproveitaram a ocasião para exigirem "o pagamento dos salários em divida".
Para além de sindicatos afetos à CGTP-IN (Confederação Geral dos Trabalhadores Portugueses -- Intersindical Nacional), no local estão outros populares, como Manuel Caldeira, de 78 anos, com um cartaz: "Comprei a minha reforma a prestações durante 48 anos. Os piratas estão a roubar-me".
Em declarações à agência Lusa, o aposentado diz estar a manifestar-se por "iniciativa própria", porque "estão a roubar tudo e já não é de agora".
Há também algumas pessoas abrigadas da chuva do outro lado da avenida, por baixo das árvores do Parque da Cidade.
In DN
_________________
Amigos?Longe! Inimigos? O mais perto possível!
Joao Ruiz- Pontos : 32035
Primeiro-ministro garante que Governo "está comprometido com esta legislatura"
.
Primeiro-ministro garante que Governo "está comprometido com esta legislatura"
por Lusa, publicado por Graciosa Silva
Hoje
O primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, garantiu hoje "o Governo está comprometido com esta legislatura e com a execução deste memorando de entendimento", considerando que não pode comentar diariamente "pequenas notícias e pequenos rumores" relativos ao estado da coligação.
"Eu percebo as perguntas dos senhores jornalistas todos os dias à volta dessa matéria mas gostaria de transmitir a todos os senhores jornalistas e portanto aos órgãos de comunicação social, esperando que isso chegue ao país, que o Governo está comprometido com esta legislatura e com a execução deste memorando de entendimento", respondeu hoje Pedro Passos Coelho, no Porto, quando questionado sobre a coligação com o CDS-PP.
Considerando que não pode comentar "diariamente pequenas notícias e pequenos rumores", Passos Coelho afirmou que "o primeiro-ministro tem que ser para todos os portugueses e para todos os membros do Governo, um referencial de estabilidade e de confiança".
"No dia em que eu não tiver condições para assegurar a coesão do Governo e não tiver condições no meu Governo para executar as medidas a que me comprometi, nesse dia eu direi ao país e ao senhor Presidente da República que não tenho condições para ser primeiro-ministro. Mas não é esse o cenário que estamos a viver. Queria dizer isto com muita tranquilidade ao país", sublinhou.
Questionado sobre o facto do parceiro de coligação, Paulo Portas, ser frontalmente contrário a mais carga fiscal, o primeiro-ministro respondeu: "Mas quem não é em Portugal? O senhor não é? Eu também sou, somos todos".
"Eu adoraria ter em Portugal uma maneira de poder dizer aos portugueses que não precisamos de pagar mais impostos e que não precisamos de fazer mais sacrifícios e de que ao fim de um ano e meio tínhamos o nosso problema de dívida resolvido e que Portugal estava finalmente no paraíso", acrescentou.
Na opinião de Passos Coelho, "ninguém gosta de aumento de carga fiscal, é uma banalidade", considerando que "isso não acrescenta nada de novo".
"O Governo não está evidentemente isolado do que se passa em Portugal, pelo contrário. O Governo está atento ao que se passa, está a esforçar-se para conseguir entregar no Parlamento uma proposta de Orçamento que esteja ao nível destas dificuldades", garantiu.
In DN
Primeiro-ministro garante que Governo "está comprometido com esta legislatura"
por Lusa, publicado por Graciosa Silva
Hoje
O primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, garantiu hoje "o Governo está comprometido com esta legislatura e com a execução deste memorando de entendimento", considerando que não pode comentar diariamente "pequenas notícias e pequenos rumores" relativos ao estado da coligação.
"Eu percebo as perguntas dos senhores jornalistas todos os dias à volta dessa matéria mas gostaria de transmitir a todos os senhores jornalistas e portanto aos órgãos de comunicação social, esperando que isso chegue ao país, que o Governo está comprometido com esta legislatura e com a execução deste memorando de entendimento", respondeu hoje Pedro Passos Coelho, no Porto, quando questionado sobre a coligação com o CDS-PP.
Considerando que não pode comentar "diariamente pequenas notícias e pequenos rumores", Passos Coelho afirmou que "o primeiro-ministro tem que ser para todos os portugueses e para todos os membros do Governo, um referencial de estabilidade e de confiança".
"No dia em que eu não tiver condições para assegurar a coesão do Governo e não tiver condições no meu Governo para executar as medidas a que me comprometi, nesse dia eu direi ao país e ao senhor Presidente da República que não tenho condições para ser primeiro-ministro. Mas não é esse o cenário que estamos a viver. Queria dizer isto com muita tranquilidade ao país", sublinhou.
Questionado sobre o facto do parceiro de coligação, Paulo Portas, ser frontalmente contrário a mais carga fiscal, o primeiro-ministro respondeu: "Mas quem não é em Portugal? O senhor não é? Eu também sou, somos todos".
"Eu adoraria ter em Portugal uma maneira de poder dizer aos portugueses que não precisamos de pagar mais impostos e que não precisamos de fazer mais sacrifícios e de que ao fim de um ano e meio tínhamos o nosso problema de dívida resolvido e que Portugal estava finalmente no paraíso", acrescentou.
Na opinião de Passos Coelho, "ninguém gosta de aumento de carga fiscal, é uma banalidade", considerando que "isso não acrescenta nada de novo".
"O Governo não está evidentemente isolado do que se passa em Portugal, pelo contrário. O Governo está atento ao que se passa, está a esforçar-se para conseguir entregar no Parlamento uma proposta de Orçamento que esteja ao nível destas dificuldades", garantiu.
In DN
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Líder do PCP diz que Governo perdeu apoio social
.
Líder do PCP diz que Governo perdeu apoio social
por Texto da Agência Lusa, publicado por Patrícia Viegas
Hoje
O secretário-geral do PCP considerou hoje que a moção de censura que apresentou foi chumbada, mas "quem saiu mais fraco" foi o Executivo, um "Governo do passado" que já "não tem legitimidade" nem "base de apoio social".
Sublinhando que após um ano e meio de governação, marcada pela aplicação do acordo assinado com os credores internacionais, "todos os problemas do país estão a assumir uma dimensão ameaçadora e trágica para o país" e o recente anúncio de "novo colossal confisco" confirma "o falhanço total do Governo", Jerónimo de Sousa defendeu que a moção de censura que o PCP apresentou na quinta-feira passada no Parlamento se "justificou plenamente" e se "tornou imperiosa a necessidade de afirmar a urgência de pôr fim a este rumo de ruína" e de exigir "uma alternativa".
"A moção de censura do PCP foi chumbada, mas apesar disso quem saiu mais fraco foi o Governo e quem saiu mais forte foi a luta contra a sua política e a exigência da necessidade de uma alternativa", afirmou, durante a abertura das Jornadas Parlamentares do PCP, que decorrem em Beja até domingo.
"O que neste debate ficou claro é que este Governo é um Governo do passado, mas que quer sobreviver a todo o custo para consumar um programa brutal de austeridade que é de facto de usurpação dos direitos dos trabalhadores, das populações e dos recursos do país", acrescentou.
Para Jerónimo de Sousa, o Governo executa um programa, "em nome do capital, "numa espécie de fuga para a frente", e quer fazer do próximo Orçamento do Estado "uma arma de arremesso mortífera" para os portugueses com "o aumento brutal de impostos", o aumento brutal do IMI", os "cortes" nas áreas sociais, "o ataque" ao poder local e "o desmedido programa d eprivatizações".
"O atual Governo não tem legitimidade política nem base de apoio social para continuar a tomar decisões dessa envergadura", afirmou, sublinhando que Portugal vive um momento "em que se levanta e cresce a luta e o protesto" do povo contra o Governo, que está cresncentemente isolado" e se comporta como um "poder acossado", como ficou patente nas cerimónias do 05 de Outubro.
In DN
Líder do PCP diz que Governo perdeu apoio social
por Texto da Agência Lusa, publicado por Patrícia Viegas
Hoje
O secretário-geral do PCP considerou hoje que a moção de censura que apresentou foi chumbada, mas "quem saiu mais fraco" foi o Executivo, um "Governo do passado" que já "não tem legitimidade" nem "base de apoio social".
Sublinhando que após um ano e meio de governação, marcada pela aplicação do acordo assinado com os credores internacionais, "todos os problemas do país estão a assumir uma dimensão ameaçadora e trágica para o país" e o recente anúncio de "novo colossal confisco" confirma "o falhanço total do Governo", Jerónimo de Sousa defendeu que a moção de censura que o PCP apresentou na quinta-feira passada no Parlamento se "justificou plenamente" e se "tornou imperiosa a necessidade de afirmar a urgência de pôr fim a este rumo de ruína" e de exigir "uma alternativa".
"A moção de censura do PCP foi chumbada, mas apesar disso quem saiu mais fraco foi o Governo e quem saiu mais forte foi a luta contra a sua política e a exigência da necessidade de uma alternativa", afirmou, durante a abertura das Jornadas Parlamentares do PCP, que decorrem em Beja até domingo.
"O que neste debate ficou claro é que este Governo é um Governo do passado, mas que quer sobreviver a todo o custo para consumar um programa brutal de austeridade que é de facto de usurpação dos direitos dos trabalhadores, das populações e dos recursos do país", acrescentou.
Para Jerónimo de Sousa, o Governo executa um programa, "em nome do capital, "numa espécie de fuga para a frente", e quer fazer do próximo Orçamento do Estado "uma arma de arremesso mortífera" para os portugueses com "o aumento brutal de impostos", o aumento brutal do IMI", os "cortes" nas áreas sociais, "o ataque" ao poder local e "o desmedido programa d eprivatizações".
"O atual Governo não tem legitimidade política nem base de apoio social para continuar a tomar decisões dessa envergadura", afirmou, sublinhando que Portugal vive um momento "em que se levanta e cresce a luta e o protesto" do povo contra o Governo, que está cresncentemente isolado" e se comporta como um "poder acossado", como ficou patente nas cerimónias do 05 de Outubro.
In DN
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Jerónimo de Sousa acusa socialistas de populismo básico
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Jerónimo de Sousa acusa socialistas de populismo básico
por Texto da Agência Lusa, publicado por Patrícia Viegas
Hoje
O secretário-geral do PCP, Jerónimo de Sousa, acusou hoje o PS de estar empenhado em "fazer viver este Governo até 2015" e do "mais básico populismo" por querer diminuir o número de deputados.
"Comprometido com o pacto de agressão [o acordo da ajuda externa], empenhado em fazer viver este Governo até 2015, o PS procura capitalizar algum descontentamento e opta por fazer coro com o mais básico populismo, a redução do número de deputados, cedendo à demagogia política do antiparlamento, do antipartidos e do antipolíticos e desviando as atenções da política brutal que está em curso", afirmou o líder dos comunistas portugueses.
Jerónimo de Sousa falava na abertura das Jornadas Parlamentares do PCP, que decorrem em Beja até terça-feira.
In DN
Jerónimo de Sousa acusa socialistas de populismo básico
por Texto da Agência Lusa, publicado por Patrícia Viegas
Hoje
O secretário-geral do PCP, Jerónimo de Sousa, acusou hoje o PS de estar empenhado em "fazer viver este Governo até 2015" e do "mais básico populismo" por querer diminuir o número de deputados.
"Comprometido com o pacto de agressão [o acordo da ajuda externa], empenhado em fazer viver este Governo até 2015, o PS procura capitalizar algum descontentamento e opta por fazer coro com o mais básico populismo, a redução do número de deputados, cedendo à demagogia política do antiparlamento, do antipartidos e do antipolíticos e desviando as atenções da política brutal que está em curso", afirmou o líder dos comunistas portugueses.
Jerónimo de Sousa falava na abertura das Jornadas Parlamentares do PCP, que decorrem em Beja até terça-feira.
In DN
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Passos garante que nunca pediu favores a ninguém
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Passos garante que nunca pediu favores a ninguém
por Lusa
Hoje
O primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, negou hoje qualquer favorecimento à Tecnoforma, empresa na qual foi gestor e consultor, garantindo que nunca pediu favores na vida a ninguém, "nem de ordem política nem de ordem profissional".
Segundo notícia avançada hoje pelo jornal Público, entre 2002 e 2004, 26 por cento das candidaturas aprovadas a empresas privadas no âmbito do programa Foral coube à Tecnoforma, empresa de formação de que Passos Coelho foi consultor e gestor, sendo na altura Miguel Relvas o responsável político pelo programa enquanto secretário de Estado da Administração Local do Governo de Durão Barroso.
"Não existe na minha vida como gestor de empresas nada que seja objeto de censura ou que tenha envolvido do ponto de vista ético qualquer favorecimento para as empresas por onde passei", respondeu o primeiro-ministro aos jornalistas, no Porto, quando questionado sobre esta notícia.
Passos Coelho garantiu que "nunca" pediu favores na sua vida a ninguém, "nem de ordem política nem de ordem profissional".
"Digo aquilo que disse ao senhor jornalista que escreveu a peça. Não houve qualquer favorecimento da empresa nem quando eu estive a trabalhar como consultor nem como gestor", sublinhou.
O primeiro-ministro disse ainda ter tido "oportunidade de falar com o jornalista que fez a peça e de lhe dar toda a informação que era relevante e de colaborar com toda a transparência em todo o seu próprio trabalho de investigação".
"Comecei a trabalhar nessa empresa durante o consolado do Eng. [António] Guterres em Portugal e acabei trabalhando nessa empresa como gestor no consulado do Eng. [José] Sócrates à frente do Governo. A relação política entre a evolução dos governos em Portugal e o meu trabalho como gestor não tem qualquer causa e efeito entre ambas", concluiu.
In DN
Passos garante que nunca pediu favores a ninguém
por Lusa
Hoje
O primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, negou hoje qualquer favorecimento à Tecnoforma, empresa na qual foi gestor e consultor, garantindo que nunca pediu favores na vida a ninguém, "nem de ordem política nem de ordem profissional".
Segundo notícia avançada hoje pelo jornal Público, entre 2002 e 2004, 26 por cento das candidaturas aprovadas a empresas privadas no âmbito do programa Foral coube à Tecnoforma, empresa de formação de que Passos Coelho foi consultor e gestor, sendo na altura Miguel Relvas o responsável político pelo programa enquanto secretário de Estado da Administração Local do Governo de Durão Barroso.
"Não existe na minha vida como gestor de empresas nada que seja objeto de censura ou que tenha envolvido do ponto de vista ético qualquer favorecimento para as empresas por onde passei", respondeu o primeiro-ministro aos jornalistas, no Porto, quando questionado sobre esta notícia.
Passos Coelho garantiu que "nunca" pediu favores na sua vida a ninguém, "nem de ordem política nem de ordem profissional".
"Digo aquilo que disse ao senhor jornalista que escreveu a peça. Não houve qualquer favorecimento da empresa nem quando eu estive a trabalhar como consultor nem como gestor", sublinhou.
O primeiro-ministro disse ainda ter tido "oportunidade de falar com o jornalista que fez a peça e de lhe dar toda a informação que era relevante e de colaborar com toda a transparência em todo o seu próprio trabalho de investigação".
"Comecei a trabalhar nessa empresa durante o consolado do Eng. [António] Guterres em Portugal e acabei trabalhando nessa empresa como gestor no consulado do Eng. [José] Sócrates à frente do Governo. A relação política entre a evolução dos governos em Portugal e o meu trabalho como gestor não tem qualquer causa e efeito entre ambas", concluiu.
In DN
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Secretário de Estado da Cultura sai na próxima semana por razões de saúde
.
Francisco José Viegas sai
Secretário de Estado da Cultura sai na próxima semana por razões de saúde
Francisco José Viegas vai saír do Governo na próxima semana. Segundo confirmou ao Expresso João Villalobos, assessor do secretário de Estado, Viegas «sairá até ao final do mês, a seu pedido, por razões de saúde».
À frente da Cultura desde o início do Governo, Francisco José Viegas esteve recentemente internado e há meses que manifestava a intenção de abandonar o Executivo. Esta semana, Pedro Passos Coelho aceitou não adiar mais a decisão.
Uma remodelação de fundo do Governo, está, para já adiada. Para o lugar de Viegas, um dos nomes avançados como hipótese nos bastidores da maioria governamental é o de Nilza Sena, deputada e vice-presidente do PSD.
, 2012-10-25
In DTM
Francisco José Viegas sai
Secretário de Estado da Cultura sai na próxima semana por razões de saúde
Francisco José Viegas vai saír do Governo na próxima semana. Segundo confirmou ao Expresso João Villalobos, assessor do secretário de Estado, Viegas «sairá até ao final do mês, a seu pedido, por razões de saúde».
À frente da Cultura desde o início do Governo, Francisco José Viegas esteve recentemente internado e há meses que manifestava a intenção de abandonar o Executivo. Esta semana, Pedro Passos Coelho aceitou não adiar mais a decisão.
Uma remodelação de fundo do Governo, está, para já adiada. Para o lugar de Viegas, um dos nomes avançados como hipótese nos bastidores da maioria governamental é o de Nilza Sena, deputada e vice-presidente do PSD.
, 2012-10-25
In DTM
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"Ataque ao jornalismo é estratégia para atingir sociedade não democrática"
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"Ataque ao jornalismo é estratégia para atingir sociedade não democrática"
por Lusa, publicado por Luís Manuel Cabral
Hoje
O presidente da Associação 25 de Abril, Vasco Lourenço, acredita que o "ataque" à comunicação social é uma estratégia para atingir uma sociedade não democrática.
"Se eu pretendo atingir determinados objetivos e criar determinado tipo de sociedade tenho que atacar tudo aquilo que dificulte a conquista desses objetivos. Se pretendo atingir uma sociedade não democrática, uma sociedade extremamente injusta, empobrecida, com desemprego enorme, tenho que atacar impressa livre", afirmou à Lusa.
No contexto de crise que o país atravessa, Vasco Lourenço não crê que os despedimentos, os cortes orçamentais, a venda de títulos e a possibilidade de privatizações sejam apenas fruto da austeridade, justificando-os com o facto de a comunicação social livre ser "um dos maiores obstáculos" a que se consiga atingir uma sociedade não democrática.
"Vejo o ataque que se está a preparar para fazer à Lusa. Se nós acabarmos com a agência de informação livre e autónoma, como tem funcionado, (...) acaba praticamente com tudo", condiderou.
A seguir vem a televisão, diz Vasco Lourenço, convicto de que tudo está preparado para que não haja "instrumentos de luta contra os neoliberais".
Quanto à possível compra de vários títulos de jornais e de rádios por um grupo angolano, o responsável considera que "está a haver o reverso da medalha" da colonização.
"Espero que se quiserem [os angolanos] ocupar aqui espaço e quiserem atuar, se integrem e queiram atuar numa sociedade democrática e não venham a querer explorar de uma forma agiota para colaborar na construção da sociedade que os neoliberais estão a tentar construir aqui".
In DN
"Ataque ao jornalismo é estratégia para atingir sociedade não democrática"
por Lusa, publicado por Luís Manuel Cabral
Hoje
O presidente da Associação 25 de Abril, Vasco Lourenço, acredita que o "ataque" à comunicação social é uma estratégia para atingir uma sociedade não democrática.
"Se eu pretendo atingir determinados objetivos e criar determinado tipo de sociedade tenho que atacar tudo aquilo que dificulte a conquista desses objetivos. Se pretendo atingir uma sociedade não democrática, uma sociedade extremamente injusta, empobrecida, com desemprego enorme, tenho que atacar impressa livre", afirmou à Lusa.
No contexto de crise que o país atravessa, Vasco Lourenço não crê que os despedimentos, os cortes orçamentais, a venda de títulos e a possibilidade de privatizações sejam apenas fruto da austeridade, justificando-os com o facto de a comunicação social livre ser "um dos maiores obstáculos" a que se consiga atingir uma sociedade não democrática.
"Vejo o ataque que se está a preparar para fazer à Lusa. Se nós acabarmos com a agência de informação livre e autónoma, como tem funcionado, (...) acaba praticamente com tudo", condiderou.
A seguir vem a televisão, diz Vasco Lourenço, convicto de que tudo está preparado para que não haja "instrumentos de luta contra os neoliberais".
Quanto à possível compra de vários títulos de jornais e de rádios por um grupo angolano, o responsável considera que "está a haver o reverso da medalha" da colonização.
"Espero que se quiserem [os angolanos] ocupar aqui espaço e quiserem atuar, se integrem e queiram atuar numa sociedade democrática e não venham a querer explorar de uma forma agiota para colaborar na construção da sociedade que os neoliberais estão a tentar construir aqui".
In DN
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"Governo está empobrecer o país forma intencional"
.
"Governo está empobrecer o país forma intencional"
por Lusa, publicado por Luís Manuel Cabral
Hoje
Vasco Lourenço acusa o Governo de estar a empobrecer o país de forma "intencional" e ao serviço do capital financeiro internacional, o que classifica de "criminoso".
"É criminoso. Na minha opinião, não é falta de competência, porque eu não quero acreditar que eles [o governo] sejam tão estúpidos que não percebem que assim não atingimos a recuperação mantendo o bem-estar da população", afirma.
Em entrevista à agência Lusa, o "capitão de Abril" mostra-se convicto de que o empobrecimento do país é intencional, fruto de uma ideologia neoliberal que quer "empobrecer o povo, provocar desemprego, criar a situação de terra queimada para a seguir tentar plantar de novo começando quase do zero".
Para Vasco Lourenço, a prossecução desta política vai gerar situações "absolutamente degradantes", como o aumento dos suicídios, da emigração e a destruição do país.
"Por isso, não os considero absolutamente nada patrióticos. Estarão ao serviço do capital financeiro internacional. Ao serviço do nosso país eu penso que não estão".
Na lógica do destruir para plantar de novo, o responsável não tem dúvidas de que os novos "agricultores" seriam empresas estrangeiras, uma vez que já se está "a vender ao desbarato e a retalho o país".
Vasco Lourenço lamenta que o Governo diga "ufanamente que as exportações estão a aumentar e encubra que a grande fatia das exportações é o ouro que está a ser comprado às pessoas" e que depois é fundido e exportado.
O "capitão de Abril" não tem dúvidas de que Portugal está mais perto da ditadura do que da democracia.
"Quando pegamos na Constituição e dizemos, como disse Miguel Relvas aqui há uns tempos, que em momentos de crise a constituição é um fait divers, um pormenor, quando o Tribunal Constitucional toma determinadas atitudes e o executivo não liga, quando se defende abertamente que se devia acabar com o Tribunal Constitucional, porque o Governo deve estar acima de tudo isso, são situações de ditadura e não democracia".
O "ditador" é, na opinião de Vasco Lourenço, o "capital financeiro que está cego pelo lucro intensivo e imediato e não vê que está a matar a sua própria galinha dos ovos de ouro".
Mas alerta que "vem aí a revolta dos escravos" e que por este andar haverá violência.
"Eu só espero que quer as forças de segurança quer as forças armadas não aceitem ser instrumentos de repressão perante a população quando ela se revoltar, porque provavelmente os ditadorezinhos vão tentar impor a sua vontade".
In DN
"Governo está empobrecer o país forma intencional"
por Lusa, publicado por Luís Manuel Cabral
Hoje
Vasco Lourenço acusa o Governo de estar a empobrecer o país de forma "intencional" e ao serviço do capital financeiro internacional, o que classifica de "criminoso".
"É criminoso. Na minha opinião, não é falta de competência, porque eu não quero acreditar que eles [o governo] sejam tão estúpidos que não percebem que assim não atingimos a recuperação mantendo o bem-estar da população", afirma.
Em entrevista à agência Lusa, o "capitão de Abril" mostra-se convicto de que o empobrecimento do país é intencional, fruto de uma ideologia neoliberal que quer "empobrecer o povo, provocar desemprego, criar a situação de terra queimada para a seguir tentar plantar de novo começando quase do zero".
Para Vasco Lourenço, a prossecução desta política vai gerar situações "absolutamente degradantes", como o aumento dos suicídios, da emigração e a destruição do país.
"Por isso, não os considero absolutamente nada patrióticos. Estarão ao serviço do capital financeiro internacional. Ao serviço do nosso país eu penso que não estão".
Na lógica do destruir para plantar de novo, o responsável não tem dúvidas de que os novos "agricultores" seriam empresas estrangeiras, uma vez que já se está "a vender ao desbarato e a retalho o país".
Vasco Lourenço lamenta que o Governo diga "ufanamente que as exportações estão a aumentar e encubra que a grande fatia das exportações é o ouro que está a ser comprado às pessoas" e que depois é fundido e exportado.
O "capitão de Abril" não tem dúvidas de que Portugal está mais perto da ditadura do que da democracia.
"Quando pegamos na Constituição e dizemos, como disse Miguel Relvas aqui há uns tempos, que em momentos de crise a constituição é um fait divers, um pormenor, quando o Tribunal Constitucional toma determinadas atitudes e o executivo não liga, quando se defende abertamente que se devia acabar com o Tribunal Constitucional, porque o Governo deve estar acima de tudo isso, são situações de ditadura e não democracia".
O "ditador" é, na opinião de Vasco Lourenço, o "capital financeiro que está cego pelo lucro intensivo e imediato e não vê que está a matar a sua própria galinha dos ovos de ouro".
Mas alerta que "vem aí a revolta dos escravos" e que por este andar haverá violência.
"Eu só espero que quer as forças de segurança quer as forças armadas não aceitem ser instrumentos de repressão perante a população quando ela se revoltar, porque provavelmente os ditadorezinhos vão tentar impor a sua vontade".
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Guerra na Europa é "inevitável"
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Guerra na Europa é "inevitável"
por Lusa, publicado por Luís Manuel Cabra
lHoje
O "capitão de Abril" Vasco Lourenço considera que uma guerra na Europa é inevitável, se esta se continuar a "esfrangalhar", e defende a rápida saída de Portugal do Euro, preferencialmente em conjunto com outros países na mesma situação.
"A Europa vai esfrangalhar-se, vem aí a guerra inevitavelmente", disse, referindo--se à "destruição do estado social" e à "falta de solidariedade que está a haver na Europa".
O presidente da Associação 25 de abril, em entrevista à agência Lusa, recordou que a Europa tem atravessado o maior período de paz da sua história, desde a Segunda Guerra Mundial, o que só foi possível graças à conquista pelos cidadãos do direito ao Estado social, à proteção, à saúde, à educação e à segurança social.
Recorrendo à fábula da rã que é cozida sem dar por isso, porque está dentro de uma água que vai aquecendo aos poucos, Vasco Lourenço não tem dúvidas de que é preferível a rutura do que "deixarmo-nos cair no abismo para onde este Governo e a Europa nos estão a atirar".
Como alternativa aponta a saída atempada e programada da União Europeia e do euro, manifestando esperança de que haja condições para Portugal ser capaz de se ligar a outros países nas mesmas circunstâncias e tentarem encontrar soluções coletivas.
"Se possível seria ideal sairmos com outros países, porque as dificuldades serão muito maiores se sairmos isolados. Agora se houver um conjunto de países que estão em dificuldades que se unam e concertem a sua saída do euro, é capaz de ser muito melhor e dá-nos a possibilidade de darmos a volta por cima".
Reconhecendo que não será fácil conseguir essa articulação, Vasco Lourenço mostra-se convicto de que muito provavelmente os outros países em situação semelhante à portuguesa estarão a discutir o mesmo tipo de possíveis saídas.
"É preciso juntar esforços e chegar à conclusão que todos teremos a ganhar se unirmos esforços dos vários países contra quem está neste momento a ocupar-nos não militarmente, mas financeira e economicamente", disse.
In DN
Guerra na Europa é "inevitável"
por Lusa, publicado por Luís Manuel Cabra
lHoje
O "capitão de Abril" Vasco Lourenço considera que uma guerra na Europa é inevitável, se esta se continuar a "esfrangalhar", e defende a rápida saída de Portugal do Euro, preferencialmente em conjunto com outros países na mesma situação.
"A Europa vai esfrangalhar-se, vem aí a guerra inevitavelmente", disse, referindo--se à "destruição do estado social" e à "falta de solidariedade que está a haver na Europa".
O presidente da Associação 25 de abril, em entrevista à agência Lusa, recordou que a Europa tem atravessado o maior período de paz da sua história, desde a Segunda Guerra Mundial, o que só foi possível graças à conquista pelos cidadãos do direito ao Estado social, à proteção, à saúde, à educação e à segurança social.
Recorrendo à fábula da rã que é cozida sem dar por isso, porque está dentro de uma água que vai aquecendo aos poucos, Vasco Lourenço não tem dúvidas de que é preferível a rutura do que "deixarmo-nos cair no abismo para onde este Governo e a Europa nos estão a atirar".
Como alternativa aponta a saída atempada e programada da União Europeia e do euro, manifestando esperança de que haja condições para Portugal ser capaz de se ligar a outros países nas mesmas circunstâncias e tentarem encontrar soluções coletivas.
"Se possível seria ideal sairmos com outros países, porque as dificuldades serão muito maiores se sairmos isolados. Agora se houver um conjunto de países que estão em dificuldades que se unam e concertem a sua saída do euro, é capaz de ser muito melhor e dá-nos a possibilidade de darmos a volta por cima".
Reconhecendo que não será fácil conseguir essa articulação, Vasco Lourenço mostra-se convicto de que muito provavelmente os outros países em situação semelhante à portuguesa estarão a discutir o mesmo tipo de possíveis saídas.
"É preciso juntar esforços e chegar à conclusão que todos teremos a ganhar se unirmos esforços dos vários países contra quem está neste momento a ocupar-nos não militarmente, mas financeira e economicamente", disse.
In DN
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"Todos beneficiarão das novas oportunidades"
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"Todos beneficiarão das novas oportunidades"
por Manuel Carlos Freire
Ontem
Fotografia Lusa
O primeiro-ministro garantiu hoje que "todos [os portugueses] beneficiarão das novas oportunidades" a criar pelo Governo "nos próximos anos".
Na tradicional mensagem de Natal do chefe do Governo, Pedro Passos Coelho afirmou: "Cumpre agora garantir que ninguém sairá desta crise sem a capacidade plena de aproveitar essas oportunidades".
Passos Coelho considerou necessário "oferecer uma dupla garantia" nesta mensagem: "Todos foram e continuarão a ser chamados a participar neste esforço nacional" para vencer a crise; "Todos beneficiarão das novas oportunidades que criaremos nos próximos anos."
"Já começámos a lançar as bases de um futuro próspero. Ainda não podemos declarar vitória sobre a crise, mas estamos hoje muito mais perto de o conseguir", sustentou Passos Coelho, frisando que "uma condição essencial para sermos vitoriosos sobre a dívida e sobre o desemprego é acreditarmos em nós próprios [e] renunciarmos de uma vez por todas ao pessimismo que marcou a nossa história recente".
Para o primeiro-ministro, "foi um imperativo de justiça que aqueles que vivem com mais recursos económicos tenham sido chamados a dar um contributo maior para que - por exemplo - nove em cada 10 reformados não tenham sido atingidos por cortes ou reduções nas suas pensões".
"Conseguimos mesmo atualizar as pensões mínimas acima da inflação", lembrou Passos Coelho, numa mensagem de Natal onde - ao contrário da de 2011 - se dirigiu aos emigrantes e aos militares em missão no estrangeiro.
In DN
"Todos beneficiarão das novas oportunidades"
por Manuel Carlos Freire
Ontem
Fotografia Lusa
O primeiro-ministro garantiu hoje que "todos [os portugueses] beneficiarão das novas oportunidades" a criar pelo Governo "nos próximos anos".
Na tradicional mensagem de Natal do chefe do Governo, Pedro Passos Coelho afirmou: "Cumpre agora garantir que ninguém sairá desta crise sem a capacidade plena de aproveitar essas oportunidades".
Passos Coelho considerou necessário "oferecer uma dupla garantia" nesta mensagem: "Todos foram e continuarão a ser chamados a participar neste esforço nacional" para vencer a crise; "Todos beneficiarão das novas oportunidades que criaremos nos próximos anos."
"Já começámos a lançar as bases de um futuro próspero. Ainda não podemos declarar vitória sobre a crise, mas estamos hoje muito mais perto de o conseguir", sustentou Passos Coelho, frisando que "uma condição essencial para sermos vitoriosos sobre a dívida e sobre o desemprego é acreditarmos em nós próprios [e] renunciarmos de uma vez por todas ao pessimismo que marcou a nossa história recente".
Para o primeiro-ministro, "foi um imperativo de justiça que aqueles que vivem com mais recursos económicos tenham sido chamados a dar um contributo maior para que - por exemplo - nove em cada 10 reformados não tenham sido atingidos por cortes ou reduções nas suas pensões".
"Conseguimos mesmo atualizar as pensões mínimas acima da inflação", lembrou Passos Coelho, numa mensagem de Natal onde - ao contrário da de 2011 - se dirigiu aos emigrantes e aos militares em missão no estrangeiro.
In DN
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Joao Ruiz- Pontos : 32035
PS diz que mensagem de Passos "não cola com a realidade"
.
PS diz que mensagem de Passos "não cola com a realidade"
por Lusa, publicado por Ana Meireles
Ontem
O PS afirmou hoje que a declaração do primeiro-ministro ao país "não cola com a realidade", sublinhando que Passos Coelho insiste em dizer que Portugal está no bom caminho, quando todas as previsões e relatórios demonstram o contrário.
"O que o primeiro-ministro disse não cola com a realidade. O primeiro-ministro diz que estamos no bom caminho, mostra-se aliás orgulhoso daquilo que está a fazer, mas perguntamos: bom caminho para quem? Para os desempregados, para os jovens que são forçados a emigrar, para os mais de 300 mil portugueses que não beneficiam de nenhum apoio social?", disse à Lusa o porta-voz do Partido Socialista, João Ribeiro.
O dirigente socialista comentava assim a mensagem de Natal que o primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, dirigiu hoje ao país.
"O primeiro-ministro diz que estamos no bom caminho mas somos confrontados todos os dias com relatórios da Comissão Europeia, com relatórios da execução orçamental e tudo nos diz que estamos no mau caminho. Não houve até agora uma única previsão do Governo que tenha sido acertada", acrescentou o dirigente socialista, destacando números do desemprego, do crescimento económico e do défice das contas públicas.
Para o PS, "não é por se desejar muito uma coisa que ela acontece".
"E portanto, sinceramente, não compreendemos que bom caminho é esse de que o primeiro-ministro fala, porque deve ser seguramente de outo país que não Portugal", acrescentou João Ribeiro.
Segundo João Ribeiro, Passos Coelho "ignora os portugueses e fala de um país que não existe, revela como sempre insensibilidade social e está cada vez mais sozinho, isolado na sua torre de marfim".
"É mais uma das muitas declarações infelizes do primeiro-ministro", sublinhou, dizendo que os portugueses estão hoje "em reflexão", com as famílias, "a antecipar com medo, com receio, um futuro com cada vez menos esperança", e mereciam "todos mais respeito".
"E essa declaração não respeitou os portugueses", concluiu.
O primeiro-ministro afirmou hoje que são grandes os "desafios" e "tarefas" de 2013 e que, embora a crise não esteja vencida, estão lançadas "as bases de um futuro próspero", e cumprida a "esmagadora maioria" do programa da 'troika'.
"No momento em que se aproxima o final de um ano de grandes sacrifícios para os portugueses, sabemos que ainda não pusemos esta grave crise para trás das costas. Mas também sabemos que já começámos a lançar as bases de um futuro próspero. Ainda não podemos declarar vitória sobre a crise, mas estamos hoje muito mais perto de o conseguir", afirmou Pedro Passos Coelho, na mensagem de Natal aos portugueses, hoje emitida pela RTP1.
"Em 2013 continuaremos a preparar o nosso futuro. São grandes os desafios e as tarefas que nos aguardam, sobretudo num momento em que na Europa e em várias regiões do mundo subsistem inúmeras incertezas", prosseguiu o chefe do Governo.
In DN
PS diz que mensagem de Passos "não cola com a realidade"
por Lusa, publicado por Ana Meireles
Ontem
O PS afirmou hoje que a declaração do primeiro-ministro ao país "não cola com a realidade", sublinhando que Passos Coelho insiste em dizer que Portugal está no bom caminho, quando todas as previsões e relatórios demonstram o contrário.
"O que o primeiro-ministro disse não cola com a realidade. O primeiro-ministro diz que estamos no bom caminho, mostra-se aliás orgulhoso daquilo que está a fazer, mas perguntamos: bom caminho para quem? Para os desempregados, para os jovens que são forçados a emigrar, para os mais de 300 mil portugueses que não beneficiam de nenhum apoio social?", disse à Lusa o porta-voz do Partido Socialista, João Ribeiro.
O dirigente socialista comentava assim a mensagem de Natal que o primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, dirigiu hoje ao país.
"O primeiro-ministro diz que estamos no bom caminho mas somos confrontados todos os dias com relatórios da Comissão Europeia, com relatórios da execução orçamental e tudo nos diz que estamos no mau caminho. Não houve até agora uma única previsão do Governo que tenha sido acertada", acrescentou o dirigente socialista, destacando números do desemprego, do crescimento económico e do défice das contas públicas.
Para o PS, "não é por se desejar muito uma coisa que ela acontece".
"E portanto, sinceramente, não compreendemos que bom caminho é esse de que o primeiro-ministro fala, porque deve ser seguramente de outo país que não Portugal", acrescentou João Ribeiro.
Segundo João Ribeiro, Passos Coelho "ignora os portugueses e fala de um país que não existe, revela como sempre insensibilidade social e está cada vez mais sozinho, isolado na sua torre de marfim".
"É mais uma das muitas declarações infelizes do primeiro-ministro", sublinhou, dizendo que os portugueses estão hoje "em reflexão", com as famílias, "a antecipar com medo, com receio, um futuro com cada vez menos esperança", e mereciam "todos mais respeito".
"E essa declaração não respeitou os portugueses", concluiu.
O primeiro-ministro afirmou hoje que são grandes os "desafios" e "tarefas" de 2013 e que, embora a crise não esteja vencida, estão lançadas "as bases de um futuro próspero", e cumprida a "esmagadora maioria" do programa da 'troika'.
"No momento em que se aproxima o final de um ano de grandes sacrifícios para os portugueses, sabemos que ainda não pusemos esta grave crise para trás das costas. Mas também sabemos que já começámos a lançar as bases de um futuro próspero. Ainda não podemos declarar vitória sobre a crise, mas estamos hoje muito mais perto de o conseguir", afirmou Pedro Passos Coelho, na mensagem de Natal aos portugueses, hoje emitida pela RTP1.
"Em 2013 continuaremos a preparar o nosso futuro. São grandes os desafios e as tarefas que nos aguardam, sobretudo num momento em que na Europa e em várias regiões do mundo subsistem inúmeras incertezas", prosseguiu o chefe do Governo.
In DN
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PCP diz que mensagem de Passos foi "patética"
.
PCP diz que mensagem de Passos foi "patética"
por Agência Lusa, publicado por Susana Salvador
Ontem
O PCP considerou hoje "patética" a mensagem de Natal do primeiro-ministro, considerando que Passos Coelho tentou "enganar" os portugueses sobre os resultados da sua política e aquilo que podem esperar do futuro.
"Aquilo que hoje ouvimos é uma declaração patética em que, no essencial, se pode perceber que o primeiro-ministro procurou enganar, mentir aos portugueses sobre aquilo que tem sido o resultado da sua política e, sobretudo, das perspetivas de futuro", disse à Lusa o dirigente comunista Jorge Cordeiro, que sublinhou que "talvez a única afirmação verdadeira" de Passos Coelho, hoje, tenha sido a "de que 2013 será um ano de grandes sacrifícios".
Para o PCP, "de facto 2013 será de grandes sacrifícios, como 2012 já o foi e como 2014 será ainda mais, se não for interrompida esta política".
O próximo ano será "sobretudo um ano sacríficos, de austeridade, de mais dificuldades, de mais empobrecimento, de mais desemprego e mais falências, sem que daí resulte nada para o país que não seja o prosseguimento neste rumo de afundamento e de declínio económico e social", disse Jorge Cordeiro, que faz parte do Comité Central comunista.
"E creio que se pode dizer, com algum rigor, que, sendo uma declaração de alguém que tem consciência de que já é passado mas que, simultaneamente, se encontra obstinado em levar até ao fim a sua obra de destruição do pais, e sobretudo de favorecimento dos grandes interesses do capital da banca e dos chamados mercados financeiros, tem necessariamente que ver na resposta dos trabalhadores e do povo, a atitude, a única atitude capaz de lhe corresponder", acrescentou, apelando à luta contra a política em curso, e pela derrota do Governo.
O primeiro-ministro afirmou hoje que são grandes os "desafios" e "tarefas" de 2013 e que, embora a crise não esteja vencida, estão lançadas "as bases de um futuro próspero", e cumprida a "esmagadora maioria" do programa da 'troika'.
"No momento em que se aproxima o final de um ano de grandes sacrifícios para os portugueses, sabemos que ainda não pusemos esta grave crise para trás das costas. Mas também sabemos que já começámos a lançar as bases de um futuro próspero. Ainda não podemos declarar vitória sobre a crise, mas estamos hoje muito mais perto de o conseguir", afirmou Pedro Passos Coelho, na mensagem de Natal aos portugueses, hoje emitida pela RTP1.
"Em 2013, continuaremos a preparar o nosso futuro. São grandes os desafios e as tarefas que nos aguardam, sobretudo num momento em que, na Europa e em várias regiões do mundo, subsistem inúmeras incertezas", prosseguiu o chefe do Governo.
In DN
PCP diz que mensagem de Passos foi "patética"
por Agência Lusa, publicado por Susana Salvador
Ontem
O PCP considerou hoje "patética" a mensagem de Natal do primeiro-ministro, considerando que Passos Coelho tentou "enganar" os portugueses sobre os resultados da sua política e aquilo que podem esperar do futuro.
"Aquilo que hoje ouvimos é uma declaração patética em que, no essencial, se pode perceber que o primeiro-ministro procurou enganar, mentir aos portugueses sobre aquilo que tem sido o resultado da sua política e, sobretudo, das perspetivas de futuro", disse à Lusa o dirigente comunista Jorge Cordeiro, que sublinhou que "talvez a única afirmação verdadeira" de Passos Coelho, hoje, tenha sido a "de que 2013 será um ano de grandes sacrifícios".
Para o PCP, "de facto 2013 será de grandes sacrifícios, como 2012 já o foi e como 2014 será ainda mais, se não for interrompida esta política".
O próximo ano será "sobretudo um ano sacríficos, de austeridade, de mais dificuldades, de mais empobrecimento, de mais desemprego e mais falências, sem que daí resulte nada para o país que não seja o prosseguimento neste rumo de afundamento e de declínio económico e social", disse Jorge Cordeiro, que faz parte do Comité Central comunista.
"E creio que se pode dizer, com algum rigor, que, sendo uma declaração de alguém que tem consciência de que já é passado mas que, simultaneamente, se encontra obstinado em levar até ao fim a sua obra de destruição do pais, e sobretudo de favorecimento dos grandes interesses do capital da banca e dos chamados mercados financeiros, tem necessariamente que ver na resposta dos trabalhadores e do povo, a atitude, a única atitude capaz de lhe corresponder", acrescentou, apelando à luta contra a política em curso, e pela derrota do Governo.
O primeiro-ministro afirmou hoje que são grandes os "desafios" e "tarefas" de 2013 e que, embora a crise não esteja vencida, estão lançadas "as bases de um futuro próspero", e cumprida a "esmagadora maioria" do programa da 'troika'.
"No momento em que se aproxima o final de um ano de grandes sacrifícios para os portugueses, sabemos que ainda não pusemos esta grave crise para trás das costas. Mas também sabemos que já começámos a lançar as bases de um futuro próspero. Ainda não podemos declarar vitória sobre a crise, mas estamos hoje muito mais perto de o conseguir", afirmou Pedro Passos Coelho, na mensagem de Natal aos portugueses, hoje emitida pela RTP1.
"Em 2013, continuaremos a preparar o nosso futuro. São grandes os desafios e as tarefas que nos aguardam, sobretudo num momento em que, na Europa e em várias regiões do mundo, subsistem inúmeras incertezas", prosseguiu o chefe do Governo.
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BE diz que sempre que Passos anuncia fim da crise, seguem-se mais sacrificios
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BE diz que sempre que Passos anuncia fim da crise, seguem-se mais sacrificios
por Lusa, publicado por Ana Meireles
Ontem
O coordenador do BE afirmou hoje que os portugueses já conhecem a "habilidade" do primeiro-ministro de prometer o fim da crise e isso se traduzir em mais sacrifícios, num comentário à mensagem de Natal de Passos Coelho.
"Não é a primeira vez que Pedro Passos Coelho promete o fim da crise e, sempre que o fez, ficou sempre por cumprir esta promessa e foi sempre mais austeridade e mais sacrifícios aquilo que se seguiu. Os portugueses conhecem esta habilidade de Pedro Passos Coelho", disse João Semedo à Lusa.
Assim, para o Bloco de Esquerda, neste Natal, o primeiro-ministro voltou mais uma vez a prometer "prosperidade e felicidade, mas os portugueses bem sabem que, em 2013, o que terão será mais impostos, mais sacrifícios, mais desemprego mais pobreza", além de "um corte generalizado nas pensões, e um corte muito profundo no orçamento dos serviços públicos, na escola pública e no serviço nacional de saúde", que o Governo "está a preparar".
João Semedo insistiu ainda em que "não é verdade", ao contrário do que afirmou o primeiro-ministro, "que a austeridade e os sacrifícios estejam a ser repartidos por igual".
"Pedro Passos Coelho e o seu Governo têm protegido os bancos e os mais poderosos, e têm sobretudo sacrificado os mais de três milhões de portugueses que têm rendimentos inferiores a 400 euros. Essas têm sido as principais vítimas da crise e os principais sacrificados pela política de Pedro Passos Coelho e Paulo Portas", sublinhou, considerando que, hoje, o primeiro-ministro tratou esses mais de três milhões de portugueses "como se de ricos se tratassem".
Por outro lado, disse ainda, "também não é verdade" que o Governo tenha reformado a economia: "Os resultados destas mudanças na economia estão à vista, mais falências e mais desemprego, essas são as reformas de que Pedro Passos Coelho se pode orgulhar", afirmou o dirigente do Bloco.
"O que nós dizemos, é que esta política é exatamente o contrário de sair da crise. É mais défice mais dívida e mais crise", afirmou, sublinhando, que os portugueses, porém, "não se resignam" e "não se deixam enganar por sucessivas promessas de um amanhã de felicidade e prosperidade".
"Os portugueses já perceberam que, para tirar o país da crise, é necessário mudar de politica e, para mudar de política, é preciso acabar com a 'troika' e demitir o Governo", afirmou.
In DN
BE diz que sempre que Passos anuncia fim da crise, seguem-se mais sacrificios
por Lusa, publicado por Ana Meireles
Ontem
O coordenador do BE afirmou hoje que os portugueses já conhecem a "habilidade" do primeiro-ministro de prometer o fim da crise e isso se traduzir em mais sacrifícios, num comentário à mensagem de Natal de Passos Coelho.
"Não é a primeira vez que Pedro Passos Coelho promete o fim da crise e, sempre que o fez, ficou sempre por cumprir esta promessa e foi sempre mais austeridade e mais sacrifícios aquilo que se seguiu. Os portugueses conhecem esta habilidade de Pedro Passos Coelho", disse João Semedo à Lusa.
Assim, para o Bloco de Esquerda, neste Natal, o primeiro-ministro voltou mais uma vez a prometer "prosperidade e felicidade, mas os portugueses bem sabem que, em 2013, o que terão será mais impostos, mais sacrifícios, mais desemprego mais pobreza", além de "um corte generalizado nas pensões, e um corte muito profundo no orçamento dos serviços públicos, na escola pública e no serviço nacional de saúde", que o Governo "está a preparar".
João Semedo insistiu ainda em que "não é verdade", ao contrário do que afirmou o primeiro-ministro, "que a austeridade e os sacrifícios estejam a ser repartidos por igual".
"Pedro Passos Coelho e o seu Governo têm protegido os bancos e os mais poderosos, e têm sobretudo sacrificado os mais de três milhões de portugueses que têm rendimentos inferiores a 400 euros. Essas têm sido as principais vítimas da crise e os principais sacrificados pela política de Pedro Passos Coelho e Paulo Portas", sublinhou, considerando que, hoje, o primeiro-ministro tratou esses mais de três milhões de portugueses "como se de ricos se tratassem".
Por outro lado, disse ainda, "também não é verdade" que o Governo tenha reformado a economia: "Os resultados destas mudanças na economia estão à vista, mais falências e mais desemprego, essas são as reformas de que Pedro Passos Coelho se pode orgulhar", afirmou o dirigente do Bloco.
"O que nós dizemos, é que esta política é exatamente o contrário de sair da crise. É mais défice mais dívida e mais crise", afirmou, sublinhando, que os portugueses, porém, "não se resignam" e "não se deixam enganar por sucessivas promessas de um amanhã de felicidade e prosperidade".
"Os portugueses já perceberam que, para tirar o país da crise, é necessário mudar de politica e, para mudar de política, é preciso acabar com a 'troika' e demitir o Governo", afirmou.
In DN
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'Grândola Vila Morena' interrompe discurso de Relvas
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'Grândola Vila Morena' interrompe discurso de Relvas
por Agência Lusa, publicado por Susana Salvador
18 fevereiro 2013
Fotografia © João Manuel Ribeiro/Global Imagens
O ministro Adjunto e dos Assuntos Parlamentares, Miguel Relvas, foi hoje interrompido quando discursava no Clube dos Pensadores em Vila Nova de Gaia por protestos de cerca de duas dezenas de pessoas, que cantaram 'Grândola Vila Morena' e exigiram a sua demissão.
"25 de Abril sempre! Fascistas nunca mais", "gatunos" e "demissão", gritaram os manifestantes, interrompendo, cerca das 21:40, o discurso de Miguel Relvas, que falava há cinco minutos.
VEJA AQUI VÍDEO DOS PROTESTOS EM GAIA:
O ministro ainda tentou dirigir-se aos manifestantes, mas a sua voz foi abafada pelos protestos. "Sim, vamos todos cantar", disse Miguel Relvas, que trauteou a música com os manifestantes. Relvas só conseguiu voltar ao seu discurso depois de o grupo ter saído por sua iniciativa da sala.
"Nestas circunstâncias [estas manifestações] não me desencorajam, não tenho qualquer tipo de preconceito", afirmou Relvas após os protestos.
http://www.dn.pt/politica/interior.aspx?content_id=3060262
In DN
'Grândola Vila Morena' interrompe discurso de Relvas
por Agência Lusa, publicado por Susana Salvador
18 fevereiro 2013
Fotografia © João Manuel Ribeiro/Global Imagens
O ministro Adjunto e dos Assuntos Parlamentares, Miguel Relvas, foi hoje interrompido quando discursava no Clube dos Pensadores em Vila Nova de Gaia por protestos de cerca de duas dezenas de pessoas, que cantaram 'Grândola Vila Morena' e exigiram a sua demissão.
"25 de Abril sempre! Fascistas nunca mais", "gatunos" e "demissão", gritaram os manifestantes, interrompendo, cerca das 21:40, o discurso de Miguel Relvas, que falava há cinco minutos.
VEJA AQUI VÍDEO DOS PROTESTOS EM GAIA:
O ministro ainda tentou dirigir-se aos manifestantes, mas a sua voz foi abafada pelos protestos. "Sim, vamos todos cantar", disse Miguel Relvas, que trauteou a música com os manifestantes. Relvas só conseguiu voltar ao seu discurso depois de o grupo ter saído por sua iniciativa da sala.
"Nestas circunstâncias [estas manifestações] não me desencorajam, não tenho qualquer tipo de preconceito", afirmou Relvas após os protestos.
http://www.dn.pt/politica/interior.aspx?content_id=3060262
In DN
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Estudantes obrigam Relvas a abandonar conferência
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Estudantes obrigam Relvas a abandonar conferência
por Fernanda Mira
Ontem
Fotografia © Álvaro Isidoro/Global Imagens
Com as palavras de ordem "demissão, demissão" e "para os cofres vão milhões para a educação vão tostões" um grupo de estudantes não deixou que o ministro participasse na conferência da TVI.
Mal Miguel Relvas entrou na sala onde decorria a conferência "Como vai ser o jornalismo nos próximos 20 anos", promovida pela TVI, um grupo de estudantes que estava sentado a meio da plateia levantou-se e começou a entoar palavras de ordem.
VEJA AQUI O VÍDEO DOS PROTESTOS CONTRA RELVAS:
O ministro subiu ao palco para falar, mas o coro de protestos não baixou o tom. Miguel Relvas esperou alguns segundos e tentou dar início à palestra. Os estudantes intensificaram o protesto, empunhando cartazes do movimento "Que se lixe a troika! O povo é quem mais ordena", impedindo que o ministro com a tutela da comunicação social e da juventude proferisse uma palavra.
O diretor de informação da TVI, José Alberto Carvalho, tentou apaziguar os ânimos, pedindo aos estudantes que ouvissem o que o ministro tinha para dizer. Mas não conseguiu.
Foi, então que Rosa Cullell, administradora-delegada da Media Capital, subiu ao palco com a intenção de acalmar os estudantes. Esforço também em vão.
Os seguranças do ministro decidram, então, que era altura de o ministro deixar o local. Uma missão que se afigurou complicada. E à saída do anfiteatro do ISCTE procuraram, entre muitos empurrões a quem ali se encontrava, uma saída.
http://www.dn.pt/inicio/tv/interior.aspx?content_id=3062099&page=-1
In DN
Estudantes obrigam Relvas a abandonar conferência
por Fernanda Mira
Ontem
Fotografia © Álvaro Isidoro/Global Imagens
Com as palavras de ordem "demissão, demissão" e "para os cofres vão milhões para a educação vão tostões" um grupo de estudantes não deixou que o ministro participasse na conferência da TVI.
Mal Miguel Relvas entrou na sala onde decorria a conferência "Como vai ser o jornalismo nos próximos 20 anos", promovida pela TVI, um grupo de estudantes que estava sentado a meio da plateia levantou-se e começou a entoar palavras de ordem.
VEJA AQUI O VÍDEO DOS PROTESTOS CONTRA RELVAS:
O ministro subiu ao palco para falar, mas o coro de protestos não baixou o tom. Miguel Relvas esperou alguns segundos e tentou dar início à palestra. Os estudantes intensificaram o protesto, empunhando cartazes do movimento "Que se lixe a troika! O povo é quem mais ordena", impedindo que o ministro com a tutela da comunicação social e da juventude proferisse uma palavra.
O diretor de informação da TVI, José Alberto Carvalho, tentou apaziguar os ânimos, pedindo aos estudantes que ouvissem o que o ministro tinha para dizer. Mas não conseguiu.
Foi, então que Rosa Cullell, administradora-delegada da Media Capital, subiu ao palco com a intenção de acalmar os estudantes. Esforço também em vão.
Os seguranças do ministro decidram, então, que era altura de o ministro deixar o local. Uma missão que se afigurou complicada. E à saída do anfiteatro do ISCTE procuraram, entre muitos empurrões a quem ali se encontrava, uma saída.
http://www.dn.pt/inicio/tv/interior.aspx?content_id=3062099&page=-1
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Governo repudia protestos que impediram Relvas de discursar
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Governo repudia protestos que impediram Relvas de discursar
por Agência Lusa, publicado por Susana Salvador
Ontem
Fotografia Álvaro Isidoro/Global Imagens
O primeiro-ministro lamentou e repudiou hoje, em nome do Governo, as manifestações que impediram Miguel Relvas de discursar, garantindo que o executivo "nunca se deixará condicionar" por ações desta natureza.
"O Governo lamenta as circunstâncias anómalas que levaram o ministro Adjunto e dos Assuntos Parlamentares a suspender esta tarde a sua intervenção numa conferência organizada pela TVI para assinalar o seu vigésimo aniversário", refere uma nota do gabinete do primeiro-ministro.
De acordo com o texto, "manifestações como aquela a que se assistiu nas instalações do ISCTE suscitam necessariamente o repúdio da parte de todos quantos prezam e defendem as liberdades individuais, designadamente o direito à livre expressão no respeito pelas regras democráticas".
"O Governo reitera, nesta ocasião, que nunca se deixará condicionar por ações de natureza semelhante no exercício constitucional das suas funções", refere a nota do gabinete de Pedro Passos Coelho.
O ministro Adjunto e dos Assuntos Parlamentares Miguel Relvas foi hoje vaiado por algumas dezenas de alunos quando participava no encerramento de uma conferência da TVI, a decorrer em Lisboa, acabando por ter que abandonar a sala.
Perante a agitação, o ministro não conseguiu iniciar o discurso, abandonando as instalações do ISCTE, onde decorria a cerimónia, escoltado por seguranças e sempre seguido por jovens que se manifestavam.
"Bolsas sim propinas não", "Demissão" e "o povo unido jamais será vencido" foram algumas das palavras de ordem mais ouvidas.
In DN
Governo repudia protestos que impediram Relvas de discursar
por Agência Lusa, publicado por Susana Salvador
Ontem
Fotografia Álvaro Isidoro/Global Imagens
O primeiro-ministro lamentou e repudiou hoje, em nome do Governo, as manifestações que impediram Miguel Relvas de discursar, garantindo que o executivo "nunca se deixará condicionar" por ações desta natureza.
"O Governo lamenta as circunstâncias anómalas que levaram o ministro Adjunto e dos Assuntos Parlamentares a suspender esta tarde a sua intervenção numa conferência organizada pela TVI para assinalar o seu vigésimo aniversário", refere uma nota do gabinete do primeiro-ministro.
De acordo com o texto, "manifestações como aquela a que se assistiu nas instalações do ISCTE suscitam necessariamente o repúdio da parte de todos quantos prezam e defendem as liberdades individuais, designadamente o direito à livre expressão no respeito pelas regras democráticas".
"O Governo reitera, nesta ocasião, que nunca se deixará condicionar por ações de natureza semelhante no exercício constitucional das suas funções", refere a nota do gabinete de Pedro Passos Coelho.
O ministro Adjunto e dos Assuntos Parlamentares Miguel Relvas foi hoje vaiado por algumas dezenas de alunos quando participava no encerramento de uma conferência da TVI, a decorrer em Lisboa, acabando por ter que abandonar a sala.
Perante a agitação, o ministro não conseguiu iniciar o discurso, abandonando as instalações do ISCTE, onde decorria a cerimónia, escoltado por seguranças e sempre seguido por jovens que se manifestavam.
"Bolsas sim propinas não", "Demissão" e "o povo unido jamais será vencido" foram algumas das palavras de ordem mais ouvidas.
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Macedo também foi "brindado" com Grândola, Vila Morena
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Macedo também foi "brindado" com Grândola, Vila Morena
por Luís Manuel Cabral com Helder Robalo
Hoje
A intervenção do ministro da Saúde foi interrompida esta manhã, durante cerca de oito minutos, na Faculda de Medicina da Universidade do Porto, por manifestantes que cantaram a "Grândola, Vila Morena".
O ministro da Saúde, Paulo Macedo, foi interrompido durante a sua intervenção numa conferência sobre a sustentabilidade do Sistema Nacional de Saúde até 2014, que se realizou na Faculdade de Medicina da Universidade do Porto.
Tal como aconteceu com o ministro adjunto e dos Assuntos Parlamentares José Relvas, os manifestantes interromperam o ministro da Saúde cantando a "Grândola, Vila Morena". Os protestos duraram cerca de oito minutos com Paulo Macedo a não querer comentar os incidentes.
Após os protestos o ministro da saúde retomou o discurso na Aula Magna da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto.
Os protestantes acusaram Paulo Macedo de estar a "assassinar os portugueses" e de usar as taxas moderadoras para "enterrar no BPN e no BPP.
In DN
Macedo também foi "brindado" com Grândola, Vila Morena
por Luís Manuel Cabral com Helder Robalo
Hoje
A intervenção do ministro da Saúde foi interrompida esta manhã, durante cerca de oito minutos, na Faculda de Medicina da Universidade do Porto, por manifestantes que cantaram a "Grândola, Vila Morena".
O ministro da Saúde, Paulo Macedo, foi interrompido durante a sua intervenção numa conferência sobre a sustentabilidade do Sistema Nacional de Saúde até 2014, que se realizou na Faculdade de Medicina da Universidade do Porto.
Tal como aconteceu com o ministro adjunto e dos Assuntos Parlamentares José Relvas, os manifestantes interromperam o ministro da Saúde cantando a "Grândola, Vila Morena". Os protestos duraram cerca de oito minutos com Paulo Macedo a não querer comentar os incidentes.
Após os protestos o ministro da saúde retomou o discurso na Aula Magna da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto.
Os protestantes acusaram Paulo Macedo de estar a "assassinar os portugueses" e de usar as taxas moderadoras para "enterrar no BPN e no BPP.
In DN
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Macedo diz que não vai reforçar a segurança
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Macedo diz que não vai reforçar a segurança
por Lusa
Hoje
O ministro da Saúde, Paulo Macedo, disse hoje no Porto que não procedeu a qualquer reforço da sua segurança, embora admita que essa decisão não seja da sua responsabilidade.
diz não ter reforçado segurança, apesar dos protestos dos últimos dias
Porto, 20 fev (Lusa) -- Paulo Macedo, que hoje presidiu à abertura de um debate sobre o Futuro do Sistema Nacional de Saúde, organizado pela Faculdade de Medicina do Porto, foi interrompido por um pequeno grupo de pessoas que entoaram o início da canção "Grândola Vila Morena" e gritaram algumas palavras de protesto contra as medidas do Governo, nomeadamente na área da saúde.
"Não tive qualquer reforço de segurança, mas também não sou eu que decido isso", afirmou, em declarações aos jornalistas.
Paulo Macedo considerou, relativamente às manifestações, que "elas podem sempre ocorrer, a única coisa que parece imprescindível é não coartar os eventos".
"Nós, hoje, estamos aqui a discutir a reforma do Estado, aquela que todos nós dizemos que é precioso ser discutida de uma forma ampla. Estamos a discuti-la num dos sítios próprios que é a Academia e com um conjunto de pessoas do mais qualificado que Portugal tem", acrescentou.
Em seu entender, "uma coisa não pode é coartar a outra, e o que aqui está em discussão é muito mais importante do que a minha presença ou inclusive a manifestação a que assistimos. Eu confesso que gostei bastante mais da tuna, mas cada um tem o seu gosto. O que interessa deste dia é aquilo a que vão ter acesso, são as conclusões".
In DN
Macedo diz que não vai reforçar a segurança
por Lusa
Hoje
O ministro da Saúde, Paulo Macedo, disse hoje no Porto que não procedeu a qualquer reforço da sua segurança, embora admita que essa decisão não seja da sua responsabilidade.
diz não ter reforçado segurança, apesar dos protestos dos últimos dias
Porto, 20 fev (Lusa) -- Paulo Macedo, que hoje presidiu à abertura de um debate sobre o Futuro do Sistema Nacional de Saúde, organizado pela Faculdade de Medicina do Porto, foi interrompido por um pequeno grupo de pessoas que entoaram o início da canção "Grândola Vila Morena" e gritaram algumas palavras de protesto contra as medidas do Governo, nomeadamente na área da saúde.
"Não tive qualquer reforço de segurança, mas também não sou eu que decido isso", afirmou, em declarações aos jornalistas.
Paulo Macedo considerou, relativamente às manifestações, que "elas podem sempre ocorrer, a única coisa que parece imprescindível é não coartar os eventos".
"Nós, hoje, estamos aqui a discutir a reforma do Estado, aquela que todos nós dizemos que é precioso ser discutida de uma forma ampla. Estamos a discuti-la num dos sítios próprios que é a Academia e com um conjunto de pessoas do mais qualificado que Portugal tem", acrescentou.
Em seu entender, "uma coisa não pode é coartar a outra, e o que aqui está em discussão é muito mais importante do que a minha presença ou inclusive a manifestação a que assistimos. Eu confesso que gostei bastante mais da tuna, mas cada um tem o seu gosto. O que interessa deste dia é aquilo a que vão ter acesso, são as conclusões".
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Uma colossal crise política
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Uma colossal crise política
por PEDRO MARQUES LOPES
Hoje
Restasse um pingo de bom senso, sobrasse uma réstia de vergonha, tivesse ainda o mínimo de respeito pelos cidadãos e Vítor Gaspar não hesitaria um segundo: após a conferência de imprensa de sexta-feira, dirigia-se a São Bento e entregaria a sua carta de demissão ao primeiro-ministro.
Por esta altura, não há português que desconheça a dimensão da incompetência do ministro das Finanças. E não era preciso mais aquela conferência de imprensa: a lista dos erros, das fantasias, dos mais patéticos disparates não cabe neste jornal. Ninguém desconhece a evidente incapacidade do ministro.
No ano passado, foram três orçamentos rectificativos e previsões completamente ao lado. Este ano, em três meses, já se corrigiram todas as previsões duas vezes, quando não havia uma alma que soubesse somar que já não soubesse que os números orçamentados eram absolutamente irreais.
Mas os truques de fraco artista de Gaspar chegam a ofender: há um mês, dizia-nos que a recessão ia passar de 1% para 2%, mais um ponto, perceberam? Pois, o dobro (claro está que anteontem disse que vai ser 2,3% e, como é claro, daqui a umas semanas este número vai piorar) . Sexta-feira, não contente com o cenário que estava a descrever, resolveu voltar a querer aldrabar. Afinal não há um número para o défice para 2012, há três. Quem quiser que escolha o seu. Temos 4,9%, 6% e 6,6%. Pronto, é mesmo 6,6% (alguém se recorda dos insultos aos "profetas da desgraça" que diziam que o número seria aproximadamente deste valor?), mas se mexermos na folha de cálculo e dermos uma pancadinha no computador podemos até ter outros números.
Pensávamos nós que no mundo dos superempreendedores, da gente pouco piegas, dos autênticos novos homens deste extraordinário novo mundo houvesse um bocadinho de exigência, um bocadinho de responsabilidade. Ou seja, não houvesse lugar para incompetentes, não houvesse lugar para quem falha de forma tão clamorosa. O facto é que Gaspar como director financeiro duma PME não durava dois meses.
Mas, convenhamos, é Gaspar o maior culpado? Obviamente que face aos resultados das suas acções não poderia ficar nem mais um segundo no Governo, mas foi ele quem disse que mesmo que não estivéssemos sujeitos a este memorando de entendimento o iríamos aplicar? Foi ele que disse que se devia ir para além da troika? É ele o maior responsável por uma política que o melhor horizonte que tem para nos apresentar é um desemprego de 18% para 2016?
Foi ele quem definiu uma meta que consiste em destruir uma inteira geração através duma austeridade sem perspectivas? Foi ele quem definiu uma política, que agora não há ninguém que não saiba, provocou que todos os sacrifícios, todos os cortes, todas as desgraças provocadas tivessem sido em vão? Foi Gaspar que condenou os nossos filhos, sobrinhos e amigos a emigrar definitivamente pois o País nada lhes terá para oferecer nas próximas décadas?
Não, não foi ele. Foi o primeiro-ministro. E existisse sentido de Estado, conhecesse Passos Coelho o verdadeiro estado do País, entendesse a enormidade das suas opções e o primeiro-ministro pediria uma audiência ao Presidente da República e faria também o evidente: apresentaria a sua imediata demissão.
A dimensão da tragédia que nos foi apresentada é demasiado brutal para que tudo fique na mesma. Nós já a conhecíamos, mas pela primeira vez o Governo deu a entender que finalmente tinha percebido. Convenhamos, era, aliás, impossível, desta vez, não perceber: os números, sobretudo os do desemprego, são demasiado estridentes.
Falhou, falhou tudo. O fracasso é completo e total. Um Governo que precisa de aqui chegar para perceber que errou não pode permanecer em funções. Um Governo que foi o primeiro agente de destruição duma geração, dum tecido económico, de ter criado uma situação social insustentável, um nível de desemprego que destrói uma comunidade, não pode agora vir dizer que vai mudar (nem essa intenção tem, claro está). Um Governo que espalhou e aplaudiu todo o napalm económico e social que vinha da Europa não tem a mais pequena capacidade de negociar uma outra política.
Pois, ai meu Deus, uma crise política. Mas há maior crise política do que manter em funções um Governo que pelas suas próprias decisões políticas nos trouxe até aqui? Há maior crise política do que manter um Governo que ainda pensa que este caminho é o certo? Manter tudo como está, essa, sim, será uma colossal crise política.
In DN
Uma colossal crise política
por PEDRO MARQUES LOPES
Hoje
Restasse um pingo de bom senso, sobrasse uma réstia de vergonha, tivesse ainda o mínimo de respeito pelos cidadãos e Vítor Gaspar não hesitaria um segundo: após a conferência de imprensa de sexta-feira, dirigia-se a São Bento e entregaria a sua carta de demissão ao primeiro-ministro.
Por esta altura, não há português que desconheça a dimensão da incompetência do ministro das Finanças. E não era preciso mais aquela conferência de imprensa: a lista dos erros, das fantasias, dos mais patéticos disparates não cabe neste jornal. Ninguém desconhece a evidente incapacidade do ministro.
No ano passado, foram três orçamentos rectificativos e previsões completamente ao lado. Este ano, em três meses, já se corrigiram todas as previsões duas vezes, quando não havia uma alma que soubesse somar que já não soubesse que os números orçamentados eram absolutamente irreais.
Mas os truques de fraco artista de Gaspar chegam a ofender: há um mês, dizia-nos que a recessão ia passar de 1% para 2%, mais um ponto, perceberam? Pois, o dobro (claro está que anteontem disse que vai ser 2,3% e, como é claro, daqui a umas semanas este número vai piorar) . Sexta-feira, não contente com o cenário que estava a descrever, resolveu voltar a querer aldrabar. Afinal não há um número para o défice para 2012, há três. Quem quiser que escolha o seu. Temos 4,9%, 6% e 6,6%. Pronto, é mesmo 6,6% (alguém se recorda dos insultos aos "profetas da desgraça" que diziam que o número seria aproximadamente deste valor?), mas se mexermos na folha de cálculo e dermos uma pancadinha no computador podemos até ter outros números.
Pensávamos nós que no mundo dos superempreendedores, da gente pouco piegas, dos autênticos novos homens deste extraordinário novo mundo houvesse um bocadinho de exigência, um bocadinho de responsabilidade. Ou seja, não houvesse lugar para incompetentes, não houvesse lugar para quem falha de forma tão clamorosa. O facto é que Gaspar como director financeiro duma PME não durava dois meses.
Mas, convenhamos, é Gaspar o maior culpado? Obviamente que face aos resultados das suas acções não poderia ficar nem mais um segundo no Governo, mas foi ele quem disse que mesmo que não estivéssemos sujeitos a este memorando de entendimento o iríamos aplicar? Foi ele que disse que se devia ir para além da troika? É ele o maior responsável por uma política que o melhor horizonte que tem para nos apresentar é um desemprego de 18% para 2016?
Foi ele quem definiu uma meta que consiste em destruir uma inteira geração através duma austeridade sem perspectivas? Foi ele quem definiu uma política, que agora não há ninguém que não saiba, provocou que todos os sacrifícios, todos os cortes, todas as desgraças provocadas tivessem sido em vão? Foi Gaspar que condenou os nossos filhos, sobrinhos e amigos a emigrar definitivamente pois o País nada lhes terá para oferecer nas próximas décadas?
Não, não foi ele. Foi o primeiro-ministro. E existisse sentido de Estado, conhecesse Passos Coelho o verdadeiro estado do País, entendesse a enormidade das suas opções e o primeiro-ministro pediria uma audiência ao Presidente da República e faria também o evidente: apresentaria a sua imediata demissão.
A dimensão da tragédia que nos foi apresentada é demasiado brutal para que tudo fique na mesma. Nós já a conhecíamos, mas pela primeira vez o Governo deu a entender que finalmente tinha percebido. Convenhamos, era, aliás, impossível, desta vez, não perceber: os números, sobretudo os do desemprego, são demasiado estridentes.
Falhou, falhou tudo. O fracasso é completo e total. Um Governo que precisa de aqui chegar para perceber que errou não pode permanecer em funções. Um Governo que foi o primeiro agente de destruição duma geração, dum tecido económico, de ter criado uma situação social insustentável, um nível de desemprego que destrói uma comunidade, não pode agora vir dizer que vai mudar (nem essa intenção tem, claro está). Um Governo que espalhou e aplaudiu todo o napalm económico e social que vinha da Europa não tem a mais pequena capacidade de negociar uma outra política.
Pois, ai meu Deus, uma crise política. Mas há maior crise política do que manter em funções um Governo que pelas suas próprias decisões políticas nos trouxe até aqui? Há maior crise política do que manter um Governo que ainda pensa que este caminho é o certo? Manter tudo como está, essa, sim, será uma colossal crise política.
In DN
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Joao Ruiz- Pontos : 32035
"Que se lixem as eleições"
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"Que se lixem as eleições"
por PAULO BALDAIA
Hoje
O Governo, de uma forma geral, e o ministro das Finanças, de uma forma particular, parecem apostados em dar razão ao líder do PSD. Pelo andar da carruagem, vão mesmo lixar-se nas eleições.
Adiar por um ano o cumprimento das metas previstas no memorando, sem que a esse adiamento corresponda um alivio da austeridade, é apenas ajustar o programa de ajustamento à realidade dos números. A simples aritmética haverá de provar que mais austeridade, mais recessão e mais desemprego é igual a menos votos.
Quando Passos Coelho se dirigiu aos seus deputados explicando que não se importava de perder umas eleições para salvar Portugal, Vítor Gaspar terá sido dos que gostaram da tirada. O resto do PSD também, porque revelava um líder responsável e, acima de tudo, porque aquilo cheirava a retórica política. No momento certo, o Governo iria ajudar o PSD a conseguir nova vitória. 2014 e 2015 seriam anos de crescimento e daria para aliviar a austeridade.
Como não vai haver menos austeridade, menos recessão e menos desemprego igual a mais votos, o independente Vítor Gaspar vai perceber, mais cedo do que tarde, como funcionam os partidos. De herói a vilão é um passinho.
Na verdade, já não há muito a fazer. Podem sempre esperar pelo milagre em que acreditam e que se baseia na teoria de que, regressando aos mercados, o dinheiro voltará a jorrar e as empresas vão poder voltar à banca a juros decentes para investir. O problema é que o efeito deste investimento na criação de empregos será muito demorado.
Quem não se está marimbando para as eleições é António José Seguro, que ambiciona ser primeiro-ministro. Se lá chegar, vai herdar um país que não pode passar da austeridade extrema para o regabofe, e, por isso, precisa de fazer acertos no seu discurso.
Como Durão Barroso disse antes de chegar a São Bento, também o líder do PS pode começar a dizer que vai ser primeiro-ministro, só não sabe é quando. Seguro tem de aproveitar o passa-culpas que já se começa a ouvir entre os nossos credores e o nosso Executivo. Num país com tantos dedos acusadores apontados ao Governo, o do líder do PS é só mais um.
Os socialistas, que chamaram a troika e assinaram o memorando, têm de centrar o seu discurso na defesa das alternativas que propõem. A confiança que o PS tem de gerar no eleitorado, para ultrapassar o resultado mediano que tem nas sondagens, só será conseguida se esse eleitorado acreditar que há um caminho viável na alternativa proposta. E isso ainda não aconteceu.
In DN
"Que se lixem as eleições"
por PAULO BALDAIA
Hoje
O Governo, de uma forma geral, e o ministro das Finanças, de uma forma particular, parecem apostados em dar razão ao líder do PSD. Pelo andar da carruagem, vão mesmo lixar-se nas eleições.
Adiar por um ano o cumprimento das metas previstas no memorando, sem que a esse adiamento corresponda um alivio da austeridade, é apenas ajustar o programa de ajustamento à realidade dos números. A simples aritmética haverá de provar que mais austeridade, mais recessão e mais desemprego é igual a menos votos.
Quando Passos Coelho se dirigiu aos seus deputados explicando que não se importava de perder umas eleições para salvar Portugal, Vítor Gaspar terá sido dos que gostaram da tirada. O resto do PSD também, porque revelava um líder responsável e, acima de tudo, porque aquilo cheirava a retórica política. No momento certo, o Governo iria ajudar o PSD a conseguir nova vitória. 2014 e 2015 seriam anos de crescimento e daria para aliviar a austeridade.
Como não vai haver menos austeridade, menos recessão e menos desemprego igual a mais votos, o independente Vítor Gaspar vai perceber, mais cedo do que tarde, como funcionam os partidos. De herói a vilão é um passinho.
Na verdade, já não há muito a fazer. Podem sempre esperar pelo milagre em que acreditam e que se baseia na teoria de que, regressando aos mercados, o dinheiro voltará a jorrar e as empresas vão poder voltar à banca a juros decentes para investir. O problema é que o efeito deste investimento na criação de empregos será muito demorado.
Quem não se está marimbando para as eleições é António José Seguro, que ambiciona ser primeiro-ministro. Se lá chegar, vai herdar um país que não pode passar da austeridade extrema para o regabofe, e, por isso, precisa de fazer acertos no seu discurso.
Como Durão Barroso disse antes de chegar a São Bento, também o líder do PS pode começar a dizer que vai ser primeiro-ministro, só não sabe é quando. Seguro tem de aproveitar o passa-culpas que já se começa a ouvir entre os nossos credores e o nosso Executivo. Num país com tantos dedos acusadores apontados ao Governo, o do líder do PS é só mais um.
Os socialistas, que chamaram a troika e assinaram o memorando, têm de centrar o seu discurso na defesa das alternativas que propõem. A confiança que o PS tem de gerar no eleitorado, para ultrapassar o resultado mediano que tem nas sondagens, só será conseguida se esse eleitorado acreditar que há um caminho viável na alternativa proposta. E isso ainda não aconteceu.
In DN
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Joao Ruiz- Pontos : 32035
O fracasso de Gaspar
.
O fracasso de Gaspar
por JOÃO MARCELINO
Ontem
1 Há um antes e um depois da conferência de ontem do ministro Vítor Gaspar porque ela marca o falhanço de toda uma estratégia perante o País. Estamos perante um estrondoso fracasso das políticas financeiras que arrasou o tecido económico nacional a um nível sem precedentes e deixa o ministro das finanças numa posição de grande fragilidade interna, até no governo.
A política do "custe o que custar", o de "ir mais além da troika", que o ministro engendrou para conquistar os mercados e Pedro Passos Coelho ratificou, com o incrível silêncio de ano e meio perante os grandes decisores europeus, só agora timidamente rompido, teve ontem um dia de revelação.
E os números, não metem: sobe o desemprego, agrava-se a recessão, é arrasado o défice previsto para o fecho de 2012 (era de 4,5%, muito celebrado, e acelera agora para 6,6% porque também era evidente que o Eurostat não aceitaria a habilidade contabilística à volta da ANA), entre outros dados estatísticos que desaconselham o caminho seguido e no qual Vítor Gaspar não acerta nunca uma previsão e nem parte para elas com o rigor de cenários macroeconómicos credíveis.
Ou seja, quase dois anos depois, apesar do corte de 13 mil milhões na despesa pública, do tremendo esforço fiscal dos portugueses, dos direitos ameaçados, das pensões e reformas confiscadas (sobre o que o Tribunal Constitucional se terá ainda de pronunciar...), o governo não tem soluções. Repete o mérito da redução do défice estrutural primário e o excedente da balança corrente e de capital. O ministro responde honestamente com um "não sei" sobre o futuro e a eventualidade de mais cortes. Sobra, apenas, a ladainha de que as reformas estruturais acabarão um dia por repor a competitividade, assegurando crescimento e emprego. Como estratégia não chega. Como caminho não existe. Como esperança não é nada.
2 Pedro Passos Coelho falava ainda há algumas semanas sobre a recuperação económica que começaria a chegar algures no final deste ano e seguramente no próximo. Depois de ontem, apesar das metas suavizadas pela troika, remetendo o atingir de 2,5% no défice para 2015, de mais tempo para cortar os 4 mil milhões de euros, essa expectativa é uma utopia. Só um milagre, numa Europa que também não cresce, e onde as eleições alemãs bloqueiam a capacidade de ação dos líderes europeus, poderia trazer crescimento e interrupção da destruição de emprego num mercado interno arrasado por decisões tão desastradas como o imposto que caiu sobre a restauração. Um exército de desempregados de mais de um milhão de pessoas (se somarmos os que já desapareceram das estatísticas oficiais) não consomem - e quem tem emprego pensa em tudo menos em comprar, investir, gastar.
O que cria emprego é o consumo e essa dinâmica não vai ser recuperada depressa porque o "bater no fundo", afinal, ainda estava algo longe.
3 Nesta conjuntura, os cidadãos não gastam, nenhum empresário tem condições para investir, ainda falta dinamizar o crédito e ao governo resta o caminho, estreito, que diabolizou a José Sócrates: obras, investimento público. Os portos substituem o aeroporto, o TGV não é de pessoas mas será de mercadorias. Afinal, o que tem de ser tem muita força...
Ir além da troika e do memorando foi uma imprudência e uma temeridade que agora o País paga com sofrimento acrescido. Esta violência não era de todo necessária e até Cavaco Silva vai adaptando o discurso à realidade: "Portugal precisa que não se tenha a exigência de cumprir a todo o custo os défices fixados em termos monetários".
Vítor Gaspar é, desde ontem, por muito que seja considerado lá fora, pelos sacrifícios extra que impôs ao País, um homem desacreditado internamente. Portugal perdeu a confiança no ministro das finanças. Também isso não pressagia nada de bom.
Com absoluta unanimidade, todos os parceiros sociais rejeitaram a estratégia do governo de negociação mínima com a troika. O País precisava, vai precisar, de prazos mais largos, de mais tempo, por muito que o primeiro-ministro insista em não o reconhecer.
In DN
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O fracasso de Gaspar
por JOÃO MARCELINO
Ontem
1 Há um antes e um depois da conferência de ontem do ministro Vítor Gaspar porque ela marca o falhanço de toda uma estratégia perante o País. Estamos perante um estrondoso fracasso das políticas financeiras que arrasou o tecido económico nacional a um nível sem precedentes e deixa o ministro das finanças numa posição de grande fragilidade interna, até no governo.
A política do "custe o que custar", o de "ir mais além da troika", que o ministro engendrou para conquistar os mercados e Pedro Passos Coelho ratificou, com o incrível silêncio de ano e meio perante os grandes decisores europeus, só agora timidamente rompido, teve ontem um dia de revelação.
E os números, não metem: sobe o desemprego, agrava-se a recessão, é arrasado o défice previsto para o fecho de 2012 (era de 4,5%, muito celebrado, e acelera agora para 6,6% porque também era evidente que o Eurostat não aceitaria a habilidade contabilística à volta da ANA), entre outros dados estatísticos que desaconselham o caminho seguido e no qual Vítor Gaspar não acerta nunca uma previsão e nem parte para elas com o rigor de cenários macroeconómicos credíveis.
Ou seja, quase dois anos depois, apesar do corte de 13 mil milhões na despesa pública, do tremendo esforço fiscal dos portugueses, dos direitos ameaçados, das pensões e reformas confiscadas (sobre o que o Tribunal Constitucional se terá ainda de pronunciar...), o governo não tem soluções. Repete o mérito da redução do défice estrutural primário e o excedente da balança corrente e de capital. O ministro responde honestamente com um "não sei" sobre o futuro e a eventualidade de mais cortes. Sobra, apenas, a ladainha de que as reformas estruturais acabarão um dia por repor a competitividade, assegurando crescimento e emprego. Como estratégia não chega. Como caminho não existe. Como esperança não é nada.
2 Pedro Passos Coelho falava ainda há algumas semanas sobre a recuperação económica que começaria a chegar algures no final deste ano e seguramente no próximo. Depois de ontem, apesar das metas suavizadas pela troika, remetendo o atingir de 2,5% no défice para 2015, de mais tempo para cortar os 4 mil milhões de euros, essa expectativa é uma utopia. Só um milagre, numa Europa que também não cresce, e onde as eleições alemãs bloqueiam a capacidade de ação dos líderes europeus, poderia trazer crescimento e interrupção da destruição de emprego num mercado interno arrasado por decisões tão desastradas como o imposto que caiu sobre a restauração. Um exército de desempregados de mais de um milhão de pessoas (se somarmos os que já desapareceram das estatísticas oficiais) não consomem - e quem tem emprego pensa em tudo menos em comprar, investir, gastar.
O que cria emprego é o consumo e essa dinâmica não vai ser recuperada depressa porque o "bater no fundo", afinal, ainda estava algo longe.
3 Nesta conjuntura, os cidadãos não gastam, nenhum empresário tem condições para investir, ainda falta dinamizar o crédito e ao governo resta o caminho, estreito, que diabolizou a José Sócrates: obras, investimento público. Os portos substituem o aeroporto, o TGV não é de pessoas mas será de mercadorias. Afinal, o que tem de ser tem muita força...
Ir além da troika e do memorando foi uma imprudência e uma temeridade que agora o País paga com sofrimento acrescido. Esta violência não era de todo necessária e até Cavaco Silva vai adaptando o discurso à realidade: "Portugal precisa que não se tenha a exigência de cumprir a todo o custo os défices fixados em termos monetários".
Vítor Gaspar é, desde ontem, por muito que seja considerado lá fora, pelos sacrifícios extra que impôs ao País, um homem desacreditado internamente. Portugal perdeu a confiança no ministro das finanças. Também isso não pressagia nada de bom.
Com absoluta unanimidade, todos os parceiros sociais rejeitaram a estratégia do governo de negociação mínima com a troika. O País precisava, vai precisar, de prazos mais largos, de mais tempo, por muito que o primeiro-ministro insista em não o reconhecer.
In DN
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Joao Ruiz- Pontos : 32035
Os portugueses que ficam em casa
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Os portugueses que ficam em casa
por ALBERTO GONÇALVES
Hoje
Os portugueses estão contra a troika? Nem tanto. Uma sondagem da Católica para o DN sugere que 64% dos cidadãos votariam hoje no partido que assinou o memorando de entendimento ou nos partidos que o aplicam, com o principal partido do Governo a registar uma subida de três pontos face à sondagem anterior.
Isto, evidentemente, não significa que a maioria dos portugueses esteja satisfeita com o papel do PS na bancarrota pátria ou com os esforços do PSD e do CDS para em vão curar a bancarrota através da espoliação fiscal. Mas significa que, apesar de tudo, as alternativas ao "sistema" suscitam menos confiança do que o "sistema" propriamente dito. E que os regulares protestos públicos, ainda que espectaculares, merecem ser lidos com uma ponderação que os "media" e os extremistas raramente exibem.
Quem viu as reportagens sobre as manifestações do passado dia 2 foi abalroado pela garantia de que o País em peso aspira a lixar a troika. Não importa que na rua marchassem um milhão e meio, um milhão ou 500 mil pessoas. Mesmo quando 30 sujeitos berram em frente à residência oficial do primeiro-ministro, o facto é notícia e alimenta a noção totalitária de que os 30 sujeitos, espontaneamente manipulados pela CGTP ou por metástases do Bloco, representam a população.
Por estranho que pareça, não representam. Por estranho que pareça, os nossos representantes na matéria são os políticos, tenhamos votado neles ou não, gostemos deles (Deus me livre!) ou não. Numa altura em que abundantes luminárias se referem jovialmente às "limitações" da escolha popular e tentam pôr em causa a legitimidade eleitoral, convém lembrar que esta é a única de que dispomos. Em democracia, claro. E embora a democracia em questão padeça de inúmeras maleitas e se assemelhe a um desfile de incapazes, as opções restantes implicam a consagração de rematados malucos, os quais procuram alcançar pelo pandemónio o poder que as urnas não lhes concedem.
Dito de outra maneira, por mal que isto ande, haveria forma de ficar pior, muito pior. Os portugueses ou, para ser exacto, 64% dos portugueses suspeitam disso, por isso lamentam os apertos em curso sem exigir a desgraça eterna. Aliás, suspeito que quanto mais os 20%, 10% ou 5% se empenharem na desgraça mais crescerá a quantidade de resignados à penúria presente, talvez futura e certamente preferível ao caos.
Terça-feira, 12 de Março
A previsão do crime
Durante meses, fomos informados de que a crise económica e a austeridade subsequente seriam responsáveis pela promoção de zaragatas domésticas, abandono de animais, suicídios, depressões, amuos, gripes e terçolhos. E do crime? Do crime nem se fala. Ou falou-se imenso. Segundo especialistas sortidos, que às vezes fingiam preocupação enquanto sentiam regozijo, a crise aumentaria os pequenos roubos, os assaltos violentos, os furtos intermédios e a insegurança em geral. A prevenção do crime viu-se substituída pela respectiva previsão.
Depois, veio a realidade e constatou-se que, pelo menos em Lisboa, a criminalidade está a diminuir, a geral em 5% e a grave em 15% face a 2011. Ou, ao contrário do que consta, a capital não é afectada pela crise, ou, ao contrário do que constou, a crise e as malfeitorias não são indissociáveis.
Por acaso, também já tinha essa impressão. Por muito que os defensores dos oprimidos insistam na tese oposta, nada assegura que um cidadão subitamente desempregado desate a surripiar transeuntes de navalha em punho. E que uma família incapaz de pagar a prestação do apartamento adira no dia seguinte à prática do carjacking. E que um reformado cuja pensão foi subtraída pela voracidade estatal se converta aos ensinamentos do estripador de Chelas. Etc.
Nem vale a pena lembrar que, na generalidade do mundo ocidental, o crime e a prosperidade tendem a crescer em simultâneo. Mas vale a pena repetir que a ideia de que a pobreza conduz quase fatalmente à delinquência não é apenas falsa: é ofensiva, bastante mais ofensiva do que os periódicos e ocasionalmente obtusos desabafos dos srs. Borges e Ulrich. Por ridículo que fosse o chavão algo salazarista do "pobres e honrados", o ridículo maior é que a alternativa democrática se resuma ao "pobres e bandidos". Aliás, se acrescentarmos o conhecido "ricos e ladrões", verifica-se que, em Lisboa e no País inteiro, o crime tende para o anacronismo na medida em que não sobra ninguém para roubar.
Sexta-feira, 15 de Março
A fé dos descrentes
O sucessor interino de Hugo Chávez afirmou que a doença do falecido "rompia toda a normalidade", um regresso à tese de que o cancro fora "provocado" pelos EUA e por isso se distinguia dos cancros comuns, inofensivos e ocasionalmente agradáveis.
Mas nem tudo é mau, e o sr. Maduro tem razões para festejar. Primeiro porque subirá provavelmente à presidência não interina. Depois porque, conforme explicou em palestra televisiva, Chávez subiu às alturas e encontrou-se com Cristo, que talvez num intervalo das conversas com Alexandra Solnado lhe confidenciou: "Chegou a hora da América do Sul." Ou seja, Chávez fez lóbi no Céu e colocou um argentino em Roma. Embora os motivos pelos quais Chávez não arranjou um Sumo Pontífice venezuelano fiquem por esclarecer, os restantes factos são indesmentíveis. Duvidar disto é duvidar do potencial cancerígeno da CIA, do progresso social da Revolução Bolivariana e dos suínos ciclistas.
Quanto ao Papa propriamente dito, o meu discreto ateísmo não me inspira grandes considerações. Em compensação, o ateísmo ruidoso de muitos não os impede de emitir palpites sucessivos acerca da matéria. Pelo menos em Portugal, os media trataram de ouvir avidamente as opiniões de gente sem qualquer vínculo ao catolicismo, o que faz o mesmo sentido que questionar um adepto dos Los Angeles Lakers sobre o momento do Sporting. Neste caso, o fã de basquetebol diria provavelmente não saber nada a propósito. Já os ateus militantes não só sabem imenso a propósito do Vaticano como insistem em partilhar a sabedoria connosco.
Padecendo de uma estranha maleita que os impede de viver em paz sem que o líder de uma fé a que se dizem radicalmente indiferentes concorde com eles, os ateus militantes receberam o Papa Francisco sob três perspectivas. A perspectiva simpática apreciou a circunstância de o homem vir do hemisfério sul (porquê?) e ter sido nomeado contra o "sistema" (apesar de ter sido o "sistema" a nomeá-lo). A perspectiva hesitante lamenta que o homem não defenda o casamento homossexual, o aborto, a eutanásia e, afinal, cada imperativo dos bem pensantes. A perspectiva desconfiada descobriu (ainda que, conforme se comprova no site do Bloco de Esquerda, à custa de manipulações fotográficas) a afinidade entre o sr. Bergoglio e a antiga ditadura argentina. Enquanto os cardeais não designarem um herege para pastorear os crentes, o catolicismo não se redime.
Sábado, 16 de Março
O Estado Velho
Vítor Gaspar sofreu um "grande desapontamento" perante a subida do desemprego. Eu sofri um enorme desapontamento perante um ministro das Finanças que, após sufocar as pessoas e as empresas com impostos, ainda vai a tempo de se espantar com a derrocada geral. À semelhança dos que contrapõem ao saque dos privados o aumento da despesa pública, o dr. Gaspar acredita em milagres, e de facto só um milagre dos antigos permitiria resgatar a economia através de políticas destinadas à preservação do Estado. Grosso modo, seria idêntico a curar uma enxaqueca com pancadas sucessivas no cocuruto. Se calhar, já aconteceu. Mas não é provável que volte a acontecer.
O que garantidamente acontecerá, pelo menos enquanto o Governo guardar o liberalismo para a retórica, disseminar o socialismo na prática e desperdiçar uma raríssima oportunidade de reformar os vícios caseiros, é mais do mesmo. Mais previsões falhadas, mais preces à troika, mais austeridade, mais falências, mais postos de trabalho extintos, mais "Grândolas", mais desapontamentos e mais suspeitas de que assim não só não vamos longe como nem sequer temos para onde ir.
Por decisão pessoal, o autor do texto não escreve segundo o novo Acordo Ortográfico
In DN
Os portugueses que ficam em casa
por ALBERTO GONÇALVES
Hoje
Os portugueses estão contra a troika? Nem tanto. Uma sondagem da Católica para o DN sugere que 64% dos cidadãos votariam hoje no partido que assinou o memorando de entendimento ou nos partidos que o aplicam, com o principal partido do Governo a registar uma subida de três pontos face à sondagem anterior.
Isto, evidentemente, não significa que a maioria dos portugueses esteja satisfeita com o papel do PS na bancarrota pátria ou com os esforços do PSD e do CDS para em vão curar a bancarrota através da espoliação fiscal. Mas significa que, apesar de tudo, as alternativas ao "sistema" suscitam menos confiança do que o "sistema" propriamente dito. E que os regulares protestos públicos, ainda que espectaculares, merecem ser lidos com uma ponderação que os "media" e os extremistas raramente exibem.
Quem viu as reportagens sobre as manifestações do passado dia 2 foi abalroado pela garantia de que o País em peso aspira a lixar a troika. Não importa que na rua marchassem um milhão e meio, um milhão ou 500 mil pessoas. Mesmo quando 30 sujeitos berram em frente à residência oficial do primeiro-ministro, o facto é notícia e alimenta a noção totalitária de que os 30 sujeitos, espontaneamente manipulados pela CGTP ou por metástases do Bloco, representam a população.
Por estranho que pareça, não representam. Por estranho que pareça, os nossos representantes na matéria são os políticos, tenhamos votado neles ou não, gostemos deles (Deus me livre!) ou não. Numa altura em que abundantes luminárias se referem jovialmente às "limitações" da escolha popular e tentam pôr em causa a legitimidade eleitoral, convém lembrar que esta é a única de que dispomos. Em democracia, claro. E embora a democracia em questão padeça de inúmeras maleitas e se assemelhe a um desfile de incapazes, as opções restantes implicam a consagração de rematados malucos, os quais procuram alcançar pelo pandemónio o poder que as urnas não lhes concedem.
Dito de outra maneira, por mal que isto ande, haveria forma de ficar pior, muito pior. Os portugueses ou, para ser exacto, 64% dos portugueses suspeitam disso, por isso lamentam os apertos em curso sem exigir a desgraça eterna. Aliás, suspeito que quanto mais os 20%, 10% ou 5% se empenharem na desgraça mais crescerá a quantidade de resignados à penúria presente, talvez futura e certamente preferível ao caos.
Terça-feira, 12 de Março
A previsão do crime
Durante meses, fomos informados de que a crise económica e a austeridade subsequente seriam responsáveis pela promoção de zaragatas domésticas, abandono de animais, suicídios, depressões, amuos, gripes e terçolhos. E do crime? Do crime nem se fala. Ou falou-se imenso. Segundo especialistas sortidos, que às vezes fingiam preocupação enquanto sentiam regozijo, a crise aumentaria os pequenos roubos, os assaltos violentos, os furtos intermédios e a insegurança em geral. A prevenção do crime viu-se substituída pela respectiva previsão.
Depois, veio a realidade e constatou-se que, pelo menos em Lisboa, a criminalidade está a diminuir, a geral em 5% e a grave em 15% face a 2011. Ou, ao contrário do que consta, a capital não é afectada pela crise, ou, ao contrário do que constou, a crise e as malfeitorias não são indissociáveis.
Por acaso, também já tinha essa impressão. Por muito que os defensores dos oprimidos insistam na tese oposta, nada assegura que um cidadão subitamente desempregado desate a surripiar transeuntes de navalha em punho. E que uma família incapaz de pagar a prestação do apartamento adira no dia seguinte à prática do carjacking. E que um reformado cuja pensão foi subtraída pela voracidade estatal se converta aos ensinamentos do estripador de Chelas. Etc.
Nem vale a pena lembrar que, na generalidade do mundo ocidental, o crime e a prosperidade tendem a crescer em simultâneo. Mas vale a pena repetir que a ideia de que a pobreza conduz quase fatalmente à delinquência não é apenas falsa: é ofensiva, bastante mais ofensiva do que os periódicos e ocasionalmente obtusos desabafos dos srs. Borges e Ulrich. Por ridículo que fosse o chavão algo salazarista do "pobres e honrados", o ridículo maior é que a alternativa democrática se resuma ao "pobres e bandidos". Aliás, se acrescentarmos o conhecido "ricos e ladrões", verifica-se que, em Lisboa e no País inteiro, o crime tende para o anacronismo na medida em que não sobra ninguém para roubar.
Sexta-feira, 15 de Março
A fé dos descrentes
O sucessor interino de Hugo Chávez afirmou que a doença do falecido "rompia toda a normalidade", um regresso à tese de que o cancro fora "provocado" pelos EUA e por isso se distinguia dos cancros comuns, inofensivos e ocasionalmente agradáveis.
Mas nem tudo é mau, e o sr. Maduro tem razões para festejar. Primeiro porque subirá provavelmente à presidência não interina. Depois porque, conforme explicou em palestra televisiva, Chávez subiu às alturas e encontrou-se com Cristo, que talvez num intervalo das conversas com Alexandra Solnado lhe confidenciou: "Chegou a hora da América do Sul." Ou seja, Chávez fez lóbi no Céu e colocou um argentino em Roma. Embora os motivos pelos quais Chávez não arranjou um Sumo Pontífice venezuelano fiquem por esclarecer, os restantes factos são indesmentíveis. Duvidar disto é duvidar do potencial cancerígeno da CIA, do progresso social da Revolução Bolivariana e dos suínos ciclistas.
Quanto ao Papa propriamente dito, o meu discreto ateísmo não me inspira grandes considerações. Em compensação, o ateísmo ruidoso de muitos não os impede de emitir palpites sucessivos acerca da matéria. Pelo menos em Portugal, os media trataram de ouvir avidamente as opiniões de gente sem qualquer vínculo ao catolicismo, o que faz o mesmo sentido que questionar um adepto dos Los Angeles Lakers sobre o momento do Sporting. Neste caso, o fã de basquetebol diria provavelmente não saber nada a propósito. Já os ateus militantes não só sabem imenso a propósito do Vaticano como insistem em partilhar a sabedoria connosco.
Padecendo de uma estranha maleita que os impede de viver em paz sem que o líder de uma fé a que se dizem radicalmente indiferentes concorde com eles, os ateus militantes receberam o Papa Francisco sob três perspectivas. A perspectiva simpática apreciou a circunstância de o homem vir do hemisfério sul (porquê?) e ter sido nomeado contra o "sistema" (apesar de ter sido o "sistema" a nomeá-lo). A perspectiva hesitante lamenta que o homem não defenda o casamento homossexual, o aborto, a eutanásia e, afinal, cada imperativo dos bem pensantes. A perspectiva desconfiada descobriu (ainda que, conforme se comprova no site do Bloco de Esquerda, à custa de manipulações fotográficas) a afinidade entre o sr. Bergoglio e a antiga ditadura argentina. Enquanto os cardeais não designarem um herege para pastorear os crentes, o catolicismo não se redime.
Sábado, 16 de Março
O Estado Velho
Vítor Gaspar sofreu um "grande desapontamento" perante a subida do desemprego. Eu sofri um enorme desapontamento perante um ministro das Finanças que, após sufocar as pessoas e as empresas com impostos, ainda vai a tempo de se espantar com a derrocada geral. À semelhança dos que contrapõem ao saque dos privados o aumento da despesa pública, o dr. Gaspar acredita em milagres, e de facto só um milagre dos antigos permitiria resgatar a economia através de políticas destinadas à preservação do Estado. Grosso modo, seria idêntico a curar uma enxaqueca com pancadas sucessivas no cocuruto. Se calhar, já aconteceu. Mas não é provável que volte a acontecer.
O que garantidamente acontecerá, pelo menos enquanto o Governo guardar o liberalismo para a retórica, disseminar o socialismo na prática e desperdiçar uma raríssima oportunidade de reformar os vícios caseiros, é mais do mesmo. Mais previsões falhadas, mais preces à troika, mais austeridade, mais falências, mais postos de trabalho extintos, mais "Grândolas", mais desapontamentos e mais suspeitas de que assim não só não vamos longe como nem sequer temos para onde ir.
Por decisão pessoal, o autor do texto não escreve segundo o novo Acordo Ortográfico
In DN
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Joao Ruiz- Pontos : 32035
Várias vozes do CDS pediram remodelação do Governo
.
Várias vozes do CDS pediram remodelação do Governo
por Lusa
Hoje
Fotografia Nuno Pinto Fernandes / Global Imagens
O dirigente democrata-cristão Telmo Correia afirmou hoje que várias vozes da Comissão Política Nacional do CDS-PP defenderam a necessidade de uma remodelação governamental e que o presidente do partido, Paulo Portas, apenas ouviu.
Telmo Correia foi o porta-voz da reunião da Comissão Política Nacional do CDS-PP realizada entre sábado à noite e hoje de madrugada e, segundo o relato que fez aos jornalistas, "o presidente do partido não expressou uma opinião final sobre isso, registou as várias opiniões" relativas a eventuais mudanças no Governo.
"Essa é essencialmente uma matéria de Governo e, em primeira linha, uma matéria do primeiro-ministro. O interlocutor do primeiro-ministro nessa matéria é, obviamente, o líder do CDS-PP e também ministro de Estado. Ele, para já, ouviu essa mesma matéria. Foi aquilo a que eu assisti: ouviu essas opiniões. Oportunamente, obviamente, saberão o que é que o CDS-PP tem ou não tem a dizer sobre essa matéria", afirmou.
De acordo com Telmo Correia, duas das "várias vozes" que consideraram necessária uma alteração na composição do executivo de coligação PSD/CDS-PP foram António Pires de Lima e Diogo Feio, dirigentes democratas-cristãos que também expressaram essa posição à comunicação social.
"De resto, essa é uma preocupação que não é exclusiva da Comissão Política do CDS-PP, uma vez que na sociedade portuguesa esse debate tem estado presente. Várias vozes se ouviram. Aquilo que a Comissão Política e, designadamente, o seu presidente fizeram nessa matéria foi ouvir", reiterou.
Telmo Correia ressalvou que "a Comissão Política não tomou nenhuma deliberação" nem "votou nenhum documento" sobre uma eventual remodelação do executivo, que sublinhou ser da responsabilidade, em primeiro lugar, do primeiro-ministro.
"Obviamente que, no futuro, essa questão será ou não discutida. Começará, obviamente, pelo Governo e nós, eu como deputado, também terei uma opinião. Permita-me que não a expresse agora aqui", acrescentou Telmo Correia, depois de referir que não falou deste assunto na reunião da Comissão Política do CDS-PP.
Quanto à moção de censura ao Governo anunciada pelo PS, Telmo Correia perguntou "o que seria se Portugal ficasse precisamente sem Governo num momento destes", quando está "a alguns dias" de fechar a negociação das maturidades dos empréstimos com os seus credores.
"Isto significa definir o tempo, o modo e a forma desse pagamento, o que é decisivo para Portugal, para a economia portuguesa, para as empresas e para as famílias em Portugal", considerou o deputado e dirigente democrata-cristão, acrescentando que essa é uma das razões pelas quais o CDS-PP entende "que não faria sentido nenhum que fosse um momento para derrubar o Governo".
"Dissemo-lo desde o momento do anúncio desta moção de censura do PS", referiu.
In DN
Várias vozes do CDS pediram remodelação do Governo
por Lusa
Hoje
Fotografia Nuno Pinto Fernandes / Global Imagens
O dirigente democrata-cristão Telmo Correia afirmou hoje que várias vozes da Comissão Política Nacional do CDS-PP defenderam a necessidade de uma remodelação governamental e que o presidente do partido, Paulo Portas, apenas ouviu.
Telmo Correia foi o porta-voz da reunião da Comissão Política Nacional do CDS-PP realizada entre sábado à noite e hoje de madrugada e, segundo o relato que fez aos jornalistas, "o presidente do partido não expressou uma opinião final sobre isso, registou as várias opiniões" relativas a eventuais mudanças no Governo.
"Essa é essencialmente uma matéria de Governo e, em primeira linha, uma matéria do primeiro-ministro. O interlocutor do primeiro-ministro nessa matéria é, obviamente, o líder do CDS-PP e também ministro de Estado. Ele, para já, ouviu essa mesma matéria. Foi aquilo a que eu assisti: ouviu essas opiniões. Oportunamente, obviamente, saberão o que é que o CDS-PP tem ou não tem a dizer sobre essa matéria", afirmou.
De acordo com Telmo Correia, duas das "várias vozes" que consideraram necessária uma alteração na composição do executivo de coligação PSD/CDS-PP foram António Pires de Lima e Diogo Feio, dirigentes democratas-cristãos que também expressaram essa posição à comunicação social.
"De resto, essa é uma preocupação que não é exclusiva da Comissão Política do CDS-PP, uma vez que na sociedade portuguesa esse debate tem estado presente. Várias vozes se ouviram. Aquilo que a Comissão Política e, designadamente, o seu presidente fizeram nessa matéria foi ouvir", reiterou.
Telmo Correia ressalvou que "a Comissão Política não tomou nenhuma deliberação" nem "votou nenhum documento" sobre uma eventual remodelação do executivo, que sublinhou ser da responsabilidade, em primeiro lugar, do primeiro-ministro.
"Obviamente que, no futuro, essa questão será ou não discutida. Começará, obviamente, pelo Governo e nós, eu como deputado, também terei uma opinião. Permita-me que não a expresse agora aqui", acrescentou Telmo Correia, depois de referir que não falou deste assunto na reunião da Comissão Política do CDS-PP.
Quanto à moção de censura ao Governo anunciada pelo PS, Telmo Correia perguntou "o que seria se Portugal ficasse precisamente sem Governo num momento destes", quando está "a alguns dias" de fechar a negociação das maturidades dos empréstimos com os seus credores.
"Isto significa definir o tempo, o modo e a forma desse pagamento, o que é decisivo para Portugal, para a economia portuguesa, para as empresas e para as famílias em Portugal", considerou o deputado e dirigente democrata-cristão, acrescentando que essa é uma das razões pelas quais o CDS-PP entende "que não faria sentido nenhum que fosse um momento para derrubar o Governo".
"Dissemo-lo desde o momento do anúncio desta moção de censura do PS", referiu.
In DN
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PS apresenta moção de censura na próxima semana
.
PS apresenta moção de censura na próxima semana
por Lusa
Hoje
Fotografia © Gerardo Santos / Global Imagens
O Partido Socialista (PS) vai apresentar, na próxima semana, uma moção de censura por considerar que o Governo "falhou todos os objetivos a que se propôs", disse hoje o secretário nacional do partido João Ribeiro.
"O PS quer que esse Governo saia e que haja um novo Governo em Portugal, legitimado pelo voto dos portugueses", disse João Ribeiro, numa declaração feita hoje aos jornalistas na sede do Partido Socialista, em Lisboa.
De acordo com João Ribeiro, a moção de censura será discutida na primeira semana de abril.
Para o PS, de António José Seguro, esta moção traduz "o novo consenso político e social" que há em Portugal de que "este Governo falhou todos os objetivos a que se propôs".
"Seria uma irresponsabilidade não apresentar esta moção que dá voz ao descontentamento que existe no país", sublinhou.
Para os socialistas, o atual Governo é a coligação "da instabilidade e do falhanço".
"Não estão conscientes da situação do país. Preferem a política partidária e da trica com manobras de diversão e propaganda. Fizeram-no ontem [sábado] para esconder os números da execução orçamental [divulgados na sexta feira ao final do dia]", declarou.
No sábado, o primeiro vice-presidente do PSD, Jorge Moreira da Silva, disse que "o PS não tem estado à altura das suas responsabilidades", que rompeu com o "memorando de entendimento que desenhou".
"O PS anuncia uma moção de censura contra a 'troika' e contra o Governo, mas de forma muito diligente escreve uma cartinha aos embaixadores das União Europeia e dos Estados Unidos e à 'troika' dizendo 'isto é contra a 'troika', mas se nós viermos para o Governo não vamos alterar o memorando de entendimento'", criticou ainda Moreira da Silva.
Segundo João Ribeiro, este Governo "deitou tudo a perder", "falhou todos os objetivos" e está "divorciado" de um país "com um milhão de desempregados".
Para o PS, o memorando assinado com a 'troika' está "desajustado" e precisa de ser "redirecionado" para que o país possa sair do labirinto.
In DN
PS apresenta moção de censura na próxima semana
por Lusa
Hoje
Fotografia © Gerardo Santos / Global Imagens
O Partido Socialista (PS) vai apresentar, na próxima semana, uma moção de censura por considerar que o Governo "falhou todos os objetivos a que se propôs", disse hoje o secretário nacional do partido João Ribeiro.
"O PS quer que esse Governo saia e que haja um novo Governo em Portugal, legitimado pelo voto dos portugueses", disse João Ribeiro, numa declaração feita hoje aos jornalistas na sede do Partido Socialista, em Lisboa.
De acordo com João Ribeiro, a moção de censura será discutida na primeira semana de abril.
Para o PS, de António José Seguro, esta moção traduz "o novo consenso político e social" que há em Portugal de que "este Governo falhou todos os objetivos a que se propôs".
"Seria uma irresponsabilidade não apresentar esta moção que dá voz ao descontentamento que existe no país", sublinhou.
Para os socialistas, o atual Governo é a coligação "da instabilidade e do falhanço".
"Não estão conscientes da situação do país. Preferem a política partidária e da trica com manobras de diversão e propaganda. Fizeram-no ontem [sábado] para esconder os números da execução orçamental [divulgados na sexta feira ao final do dia]", declarou.
No sábado, o primeiro vice-presidente do PSD, Jorge Moreira da Silva, disse que "o PS não tem estado à altura das suas responsabilidades", que rompeu com o "memorando de entendimento que desenhou".
"O PS anuncia uma moção de censura contra a 'troika' e contra o Governo, mas de forma muito diligente escreve uma cartinha aos embaixadores das União Europeia e dos Estados Unidos e à 'troika' dizendo 'isto é contra a 'troika', mas se nós viermos para o Governo não vamos alterar o memorando de entendimento'", criticou ainda Moreira da Silva.
Segundo João Ribeiro, este Governo "deitou tudo a perder", "falhou todos os objetivos" e está "divorciado" de um país "com um milhão de desempregados".
Para o PS, o memorando assinado com a 'troika' está "desajustado" e precisa de ser "redirecionado" para que o país possa sair do labirinto.
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PS diz à troika que quer "derrubar o governo" e renegociar
.
PS diz à troika que quer "derrubar o governo" e renegociar
por Dinheiro Vivo
Hoje
António José Seguro escreveu à troika para explicar o objetivo da moção de censura que o PS apresenta na próxima semana. Na carta, segundo fonte do PS explicou ao Negócios, o líder socialista é claro: o governo é para deitar abaixo e o acordo para renegociar.
Na mensagem enviada à troika, segundo aquele jornal, o secretário-geral socialista assume que, a conseguir fazer vingar o seu objetivo de derrubar o governo e assumir ele o novo Executivo, o PS "honrará os compromissos assumidos pelo Estado Português", mas antes disso pretende alterá-los cita o Negócios.
http://www.dinheirovivo.pt/Economia/Artigo/CIECO125087.html
In DN
PS diz à troika que quer "derrubar o governo" e renegociar
por Dinheiro Vivo
Hoje
António José Seguro escreveu à troika para explicar o objetivo da moção de censura que o PS apresenta na próxima semana. Na carta, segundo fonte do PS explicou ao Negócios, o líder socialista é claro: o governo é para deitar abaixo e o acordo para renegociar.
Na mensagem enviada à troika, segundo aquele jornal, o secretário-geral socialista assume que, a conseguir fazer vingar o seu objetivo de derrubar o governo e assumir ele o novo Executivo, o PS "honrará os compromissos assumidos pelo Estado Português", mas antes disso pretende alterá-los cita o Negócios.
http://www.dinheirovivo.pt/Economia/Artigo/CIECO125087.html
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"Há o perigo da queda do governo"
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"Há o perigo da queda do governo"
por Tiago Silva Pires
Ontem
Pedro Santana Lopes Fotografia Lionel Balteiro/Global Imagens
Pedro Santana Lopes, antigo primeiro-ministro e atual provedor da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, teme a queda do governo chefiado pelo primeiro-ministro de Portugal Pedro Passos Coelho caso o Tribunal Constitucional 'chumbe' normas do Orçamento de 2013.
Pedro Santana Lopes, comentador da Correio da Manhã TV, assumiu a este órgão de comunicação que existe, no presente, "o perigo de queda do Governo", no seguimento de uma deliberação do Tribunal Constitucional que possa obrigar à reformulação do Orçamento de Estado para 2013.
O próprio social-democrata Luís Marques Mendes já afirmou publicamente, recentemente, que "Passos [Pedro Passos Coelho, primeiro-ministro] está encurralado e o Governo a desmoronar".
In DN
"Há o perigo da queda do governo"
por Tiago Silva Pires
Ontem
Pedro Santana Lopes Fotografia Lionel Balteiro/Global Imagens
Pedro Santana Lopes, antigo primeiro-ministro e atual provedor da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, teme a queda do governo chefiado pelo primeiro-ministro de Portugal Pedro Passos Coelho caso o Tribunal Constitucional 'chumbe' normas do Orçamento de 2013.
Pedro Santana Lopes, comentador da Correio da Manhã TV, assumiu a este órgão de comunicação que existe, no presente, "o perigo de queda do Governo", no seguimento de uma deliberação do Tribunal Constitucional que possa obrigar à reformulação do Orçamento de Estado para 2013.
O próprio social-democrata Luís Marques Mendes já afirmou publicamente, recentemente, que "Passos [Pedro Passos Coelho, primeiro-ministro] está encurralado e o Governo a desmoronar".
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Consensos?
.
Consensos?
por PEDRO MARQUES LOPES
Hoje
1-Alguém com quem trabalhei dizia que quando uma reunião era muito longa, das duas uma: ou ninguém se entendia ou ninguém sabia o que fazer. Esse empresário e gestor também gostava de lembrar que um chefe que num quarto de hora não percebia que não se ia decidir nada ou que antes da reunião não sabia já o seu desenlace não servia para liderar coisa nenhuma.
Em poucas dimensões, a comparação entre gerir empresas privadas e o Estado faz sentido, e mal andam políticos e gestores quando confundem as duas realidades na maioria dos métodos e sobretudo nos objectivos, mas foi impossível não recordar as palavras desse meu antigo chefe enquanto via a conferência de imprensa do Governo na passada quinta-feira.
O actual Governo já nos habituou a cenas não muito ortodoxas, digamos assim, mas depois duma reunião de onze horas convocar os jornalistas para, no fundo, dizer que não havia nada a dizer é, no mínimo, patético. Não nos disseram onde vão ser feitos os cortes, nem em que rubricas, nem como vão ser taxados os subsídios de desemprego e doença e também ninguém percebeu bem o novo possível imposto às PPP. Não fosse o ministro Marques Guedes ter lido as directivas comunitárias e a capacidade do ministro Maduro para repetir a palavra consenso e nada tinha saído daquela risível conferência.
Como se presume que os ministros não estiveram a falar de futebol, uma de duas coisas pode ter acontecido: ou não se entenderam e o primeiro-ministro não foi capaz de lhes impor uma determinada linha, ou ninguém no Governo faz a mais pequena ideia do que fazer. Tendo sido o próprio Passos Coelho a anunciar que depois desse Conselho de Ministros iam ser anunciadas as medidas concretas e que com esse anúncio ia até ser suspenso o despacho que dava todo o poder nos gastos dos ministérios a Gaspar (entretanto o dito despacho continua a vigorar), tudo levava a crer que já estava tudo pensado. Mas, como é habitual neste Governo, nada estava feito, nada estava estudado.
Não, o Governo não sabe o que fazer. O que não surpreende. Andam há meses para explicar como vão fazer o corte de 4000 milhões, que fará agora quando têm de acrescentar mais 1300. No final será como de costume: uma coisa feita em cima do joelho sem reflexão ou critério com um valor no fundo da coluna para agradar a burocrata troikiano.
Bom, pode ser que a um qualquer ministro reste um pingo de bom senso e tenha explicado o óbvio: o corte de 5500 milhões pode ser feito claro está, mas com ele vai o País. Vai a nossa coesão social, as desigualdades atingiriam níveis inimagináveis, o desemprego dispararia , a nossa saúde pública não teria o mínimo de qualidade e a nossa educação pública seria apenas uma caricatura. Mas não, mesmo que isso tivesse acontecido, lá estaria o primeiro-ministro para destratar tal herege.
O facto é que o Governo com o fim da quimera dos 4,5% e com a constatação do criminoso falhanço da receita troikiana não sabe, pura e simplesmente, o que fazer. Tentou ir buscar o passado para se desculpar, mas desculpas não servem para governar um país.
Agora o Governo tem um novo discurso: o consenso. Aliás, o ministro Maduro, na conferência de imprensa, repetiu e voltou a repetir a palavra. Esqueceu-se foi de explicar de que consenso estava a falar. Consenso sobre o quê? Em relação a que políticas? O responsável pela comunicação do Governo passou a mensagem, o coordenador político é que se esqueceu de lhe dar conteúdo.
De que consenso se fala quando grande parte do PSD, do PS, de todos os parceiros sociais sem excepção, da esquerda à direita, dizem que o caminho que o Governo e a troika querem continuar a prosseguir não é o defendido por eles?
O consenso na boca do Governo não passa duma palavra vazia de significado. Pior, o consenso que o Governo quer é em redor de políticas e medidas que já se provaram erradas e que estão a destruir o País. Consensos para o suicídio, não obrigado.
2-O CDS está a ser alvo de bullying político. A falta de respeito é tanta que o primeiro-ministro até no Parlamento trata mal o líder parlamentar do CDS.
Pode João Almeida falar, Diogo Feio gritar, Pires de Lima pedir remodelações, Portas faltar a tomadas de posse, que para o primeiro-ministro é música. Não ouve o CDS nem lhe dá a confiança de lhe dizer o que quer que seja.
Passos Coelho sabe que Portas sabe que está amarrado ao Governo e está a fazê-lo pagar o episódio da TSU, desconsiderações passadas e outras mais recentes. Portas teve a oportunidade de sair do Governo (e ele sabia, e sabe, que o caminho estava errado) e conservar capital político, agora é tarde. Vai ser humilhado até ao fim por Passos Coelho e depois vai sofrer uma hecatombe eleitoral. Há horas infelizes.
In DN
Consensos?
por PEDRO MARQUES LOPES
Hoje
1-Alguém com quem trabalhei dizia que quando uma reunião era muito longa, das duas uma: ou ninguém se entendia ou ninguém sabia o que fazer. Esse empresário e gestor também gostava de lembrar que um chefe que num quarto de hora não percebia que não se ia decidir nada ou que antes da reunião não sabia já o seu desenlace não servia para liderar coisa nenhuma.
Em poucas dimensões, a comparação entre gerir empresas privadas e o Estado faz sentido, e mal andam políticos e gestores quando confundem as duas realidades na maioria dos métodos e sobretudo nos objectivos, mas foi impossível não recordar as palavras desse meu antigo chefe enquanto via a conferência de imprensa do Governo na passada quinta-feira.
O actual Governo já nos habituou a cenas não muito ortodoxas, digamos assim, mas depois duma reunião de onze horas convocar os jornalistas para, no fundo, dizer que não havia nada a dizer é, no mínimo, patético. Não nos disseram onde vão ser feitos os cortes, nem em que rubricas, nem como vão ser taxados os subsídios de desemprego e doença e também ninguém percebeu bem o novo possível imposto às PPP. Não fosse o ministro Marques Guedes ter lido as directivas comunitárias e a capacidade do ministro Maduro para repetir a palavra consenso e nada tinha saído daquela risível conferência.
Como se presume que os ministros não estiveram a falar de futebol, uma de duas coisas pode ter acontecido: ou não se entenderam e o primeiro-ministro não foi capaz de lhes impor uma determinada linha, ou ninguém no Governo faz a mais pequena ideia do que fazer. Tendo sido o próprio Passos Coelho a anunciar que depois desse Conselho de Ministros iam ser anunciadas as medidas concretas e que com esse anúncio ia até ser suspenso o despacho que dava todo o poder nos gastos dos ministérios a Gaspar (entretanto o dito despacho continua a vigorar), tudo levava a crer que já estava tudo pensado. Mas, como é habitual neste Governo, nada estava feito, nada estava estudado.
Não, o Governo não sabe o que fazer. O que não surpreende. Andam há meses para explicar como vão fazer o corte de 4000 milhões, que fará agora quando têm de acrescentar mais 1300. No final será como de costume: uma coisa feita em cima do joelho sem reflexão ou critério com um valor no fundo da coluna para agradar a burocrata troikiano.
Bom, pode ser que a um qualquer ministro reste um pingo de bom senso e tenha explicado o óbvio: o corte de 5500 milhões pode ser feito claro está, mas com ele vai o País. Vai a nossa coesão social, as desigualdades atingiriam níveis inimagináveis, o desemprego dispararia , a nossa saúde pública não teria o mínimo de qualidade e a nossa educação pública seria apenas uma caricatura. Mas não, mesmo que isso tivesse acontecido, lá estaria o primeiro-ministro para destratar tal herege.
O facto é que o Governo com o fim da quimera dos 4,5% e com a constatação do criminoso falhanço da receita troikiana não sabe, pura e simplesmente, o que fazer. Tentou ir buscar o passado para se desculpar, mas desculpas não servem para governar um país.
Agora o Governo tem um novo discurso: o consenso. Aliás, o ministro Maduro, na conferência de imprensa, repetiu e voltou a repetir a palavra. Esqueceu-se foi de explicar de que consenso estava a falar. Consenso sobre o quê? Em relação a que políticas? O responsável pela comunicação do Governo passou a mensagem, o coordenador político é que se esqueceu de lhe dar conteúdo.
De que consenso se fala quando grande parte do PSD, do PS, de todos os parceiros sociais sem excepção, da esquerda à direita, dizem que o caminho que o Governo e a troika querem continuar a prosseguir não é o defendido por eles?
O consenso na boca do Governo não passa duma palavra vazia de significado. Pior, o consenso que o Governo quer é em redor de políticas e medidas que já se provaram erradas e que estão a destruir o País. Consensos para o suicídio, não obrigado.
2-O CDS está a ser alvo de bullying político. A falta de respeito é tanta que o primeiro-ministro até no Parlamento trata mal o líder parlamentar do CDS.
Pode João Almeida falar, Diogo Feio gritar, Pires de Lima pedir remodelações, Portas faltar a tomadas de posse, que para o primeiro-ministro é música. Não ouve o CDS nem lhe dá a confiança de lhe dizer o que quer que seja.
Passos Coelho sabe que Portas sabe que está amarrado ao Governo e está a fazê-lo pagar o episódio da TSU, desconsiderações passadas e outras mais recentes. Portas teve a oportunidade de sair do Governo (e ele sabia, e sabe, que o caminho estava errado) e conservar capital político, agora é tarde. Vai ser humilhado até ao fim por Passos Coelho e depois vai sofrer uma hecatombe eleitoral. Há horas infelizes.
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O discurso do Presidente
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O discurso do Presidente
por JOÃO MARCELINO
Hoje
1 Muita gente em Portugal tem o hábito de comentar o que não ouviu nem leu. Basta-lhe ouvir falar. Às vezes, nem é preciso tanto: chega--lhe imaginar o que convém ao seu grupo de interesses. Que alguém lhe sopre "o que isto significa" ou "o que nós devemos dizer" é sempre uma dádiva de consideração que não pode passar sem o devido empenhamento pessoal no ruído que se faça na praça.
Mas afinal o que disse o Presidente da República, Cavaco Silva? O que motivou a reação indignada da extrema-esquerda a que se juntou o PS?
Leio o discurso algumas vezes do princípio ao fim e não percebo o tom das primeiras reações socialistas.
2 O que disse Cavaco Silva é de uma clareza cristalina, e nem sequer é novo: "Portugal não está em condições de juntar uma grave crise política à crise económica e social em que está mergulhado." Já o afirmou vezes sem conta. E foi ao justificar essa sua convicção, que muitos portugueses partilham, que disse por exemplo isto: "É essencial alcançar um consenso político alargado que garanta que, quaisquer que sejam as conceções político-ideológicas, quaisquer que sejam os partidos que se encontrem no Governo, o País, depois de encerrado o atual ciclo do programa de ajustamento, adotará políticas compatíveis com as regras fixadas no Tratado Orçamental que Portugal subscreveu." Isto, por exemplo, não poderia ser, igualmente, interpretado como uma crítica a PSD e CDS, que durante tanto tempo hostilizaram a posição, e as propostas, do PS?
E quando critica a "conflitualidade permanente" ou a "visão imediatista" não está, ainda, a falar de todos os partidos, sem exceção?
3 O problema não pode estar naquilo que Cavaco Silva disse. Já se sabe que o PR gostaria de ver o Governo terminar a atual e difícil legislatura - este ou qualquer outro (que só poderia ser do PS).
A única lacuna do discurso do PR, que no entanto se percebe face à delicadeza do momento político e daquilo que são as suas convicções, foram as palavras escolhidas para criticar/caracterizar a ação governativa: "fadiga de austeridade", "sem crescimento económico não haverá consolidação orçamental e de longo prazo", "é indiscutível que a execução do Programa (da troika) tem revelado consequências gravosas". É curto.
Quando se interroga sobre se "alguns dos pressupostos do Programa [que] não se revelaram ajustados à evolução da realidade" não deveriam ter sido tidos "em conta mais cedo", Cavaco Silva não poderia ter explicitado o Governo a par da referência à troika? Sim, poderia. E seria mais justo.
A verdade é que no passado foi implacável com José Sócrates. Aí não lhe faltaram os adjetivos. Mas o quadro era outro, o tempo de governação também e os resultados aqueles que se conhecem (a que se somaram os problemas pessoais com o ex-primeiro-ministro).
4 O PS, numa primeira fase, exagerou. Ontem, no Congresso, António José Seguro colocou as coisas no devido lugar. As críticas baixaram de tom e só apareceram no final de um inteligente discurso em direção ao País. Porque, no fundo, PS e PR estão de acordo. É preciso outro caminho. O próprio Governo o reconhece quando agora tenta mudar de políticas, de posição face ao PS e face aos dirigentes europeus e à ditadura da austeridade que está a traçar uma perigosa linha entre o Sul e o Norte.
Portugal não precisa de mais problemas na hierarquia do Estado. Seria bom que esta polémica artificial ficasse apenas no âmbito da habitual balbúrdia das tricas políticas, das conveniências de um congresso e da vontade da extrema-esquerda em disparar sempre contra tudo e contra todos.
Esta semana houve mais um remendo no Governo. No total, tudo somado, há mais um ministro e já se mexeram em cerca de 20 secretários de Estado. Que grande remodelação Pedro Passos Coelho acredita que nunca faria...
In DN
O discurso do Presidente
por JOÃO MARCELINO
Hoje
1 Muita gente em Portugal tem o hábito de comentar o que não ouviu nem leu. Basta-lhe ouvir falar. Às vezes, nem é preciso tanto: chega--lhe imaginar o que convém ao seu grupo de interesses. Que alguém lhe sopre "o que isto significa" ou "o que nós devemos dizer" é sempre uma dádiva de consideração que não pode passar sem o devido empenhamento pessoal no ruído que se faça na praça.
Mas afinal o que disse o Presidente da República, Cavaco Silva? O que motivou a reação indignada da extrema-esquerda a que se juntou o PS?
Leio o discurso algumas vezes do princípio ao fim e não percebo o tom das primeiras reações socialistas.
2 O que disse Cavaco Silva é de uma clareza cristalina, e nem sequer é novo: "Portugal não está em condições de juntar uma grave crise política à crise económica e social em que está mergulhado." Já o afirmou vezes sem conta. E foi ao justificar essa sua convicção, que muitos portugueses partilham, que disse por exemplo isto: "É essencial alcançar um consenso político alargado que garanta que, quaisquer que sejam as conceções político-ideológicas, quaisquer que sejam os partidos que se encontrem no Governo, o País, depois de encerrado o atual ciclo do programa de ajustamento, adotará políticas compatíveis com as regras fixadas no Tratado Orçamental que Portugal subscreveu." Isto, por exemplo, não poderia ser, igualmente, interpretado como uma crítica a PSD e CDS, que durante tanto tempo hostilizaram a posição, e as propostas, do PS?
E quando critica a "conflitualidade permanente" ou a "visão imediatista" não está, ainda, a falar de todos os partidos, sem exceção?
3 O problema não pode estar naquilo que Cavaco Silva disse. Já se sabe que o PR gostaria de ver o Governo terminar a atual e difícil legislatura - este ou qualquer outro (que só poderia ser do PS).
A única lacuna do discurso do PR, que no entanto se percebe face à delicadeza do momento político e daquilo que são as suas convicções, foram as palavras escolhidas para criticar/caracterizar a ação governativa: "fadiga de austeridade", "sem crescimento económico não haverá consolidação orçamental e de longo prazo", "é indiscutível que a execução do Programa (da troika) tem revelado consequências gravosas". É curto.
Quando se interroga sobre se "alguns dos pressupostos do Programa [que] não se revelaram ajustados à evolução da realidade" não deveriam ter sido tidos "em conta mais cedo", Cavaco Silva não poderia ter explicitado o Governo a par da referência à troika? Sim, poderia. E seria mais justo.
A verdade é que no passado foi implacável com José Sócrates. Aí não lhe faltaram os adjetivos. Mas o quadro era outro, o tempo de governação também e os resultados aqueles que se conhecem (a que se somaram os problemas pessoais com o ex-primeiro-ministro).
4 O PS, numa primeira fase, exagerou. Ontem, no Congresso, António José Seguro colocou as coisas no devido lugar. As críticas baixaram de tom e só apareceram no final de um inteligente discurso em direção ao País. Porque, no fundo, PS e PR estão de acordo. É preciso outro caminho. O próprio Governo o reconhece quando agora tenta mudar de políticas, de posição face ao PS e face aos dirigentes europeus e à ditadura da austeridade que está a traçar uma perigosa linha entre o Sul e o Norte.
Portugal não precisa de mais problemas na hierarquia do Estado. Seria bom que esta polémica artificial ficasse apenas no âmbito da habitual balbúrdia das tricas políticas, das conveniências de um congresso e da vontade da extrema-esquerda em disparar sempre contra tudo e contra todos.
Esta semana houve mais um remendo no Governo. No total, tudo somado, há mais um ministro e já se mexeram em cerca de 20 secretários de Estado. Que grande remodelação Pedro Passos Coelho acredita que nunca faria...
In DN
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Amigos?Longe! Inimigos? O mais perto possível!
Joao Ruiz- Pontos : 32035
O que o Governo anda a descobrir 22 meses depois
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O que o Governo anda a descobrir 22 meses depois
por FILOMENA MARTINS
Hoje
Vinte e dois meses após ter assumido a governação para a qual se disse preparado, o Governo anunciou finalmente a solução mágica para nos tirar da crise: eis a agenda para o crescimento, uma espécie de ressurreição permitida a Santos Pereira, o sobrevivente da dúzia e meia de remodelações deste Executivo. E demorou apenas menos umas semanas, depois de ter passado o restante tempo a ignorar, escorraçar e a dar todos os argumentos ao PS para este se poder distanciar das políticas em curso decorrentes do memorando do qual foi o principal subscritor, a perceber que só havia uma forma de encurralar os socialistas: envolvê-los nas soluções, que é exatamente o que significam os apelos de "consenso" que agora brotam como cogumelos nas bocas de todos os ministros. Mas as demoras de perceção não se ficam, infelizmente, por aqui. Durão Barroso, o "nosso" líder da Comissão Europeia, para onde saltou de um país já a afundar-se nos idos de novembro de 2004, só se lembrou agora de dizer que afinal os portugueses não são preguiçosos e, mil reuniões com a sr. Merkel depois, que há limites para a austeridade. E, imagine-se, até o dr. Gaspar, o rei do Excel, concordou com ele. Mas há mais. Um ano depois dos primeiros avisos, o ministro das Finanças descobriu também que quase todos os administradores das empresas públicas tinham feito uns investimentos de risco, os tais swap, que vão ficar caros aos contribuintes, mas que a comissão de inquérito já criada pela maioria e a investigação em curso hão de levar a umas conclusões vagas e à responsabilização de quem já não o pode ser. E parece que há outras medidas geniais, inventadas agora pelo Executivo apesar de todos os taxistas e jogadores de sueca de café as propagandearem há meses largos, como pôr a banca a financiar a economia e renegociar as PPP. E enquanto o tempo passa, e o País vai descobrindo "buracos" financeiros por todos os lados como um queijo suíço, quem manda acha que basta mudar o discurso e anunciar um "agora é que é". É tarde. Demasiado tarde. O tempo não para. Nem perdoa.
Cavaco e o CDS
Mesmo o segundo discurso de Cavaco Silva mais claro dos últimos tempos - o primeiro tinha sido o de há dois anos, na tomada de posse do segundo mandato, sobre o Governo de Sócrates - precisou de tradutor. E lá veio a insuspeita Manuela Ferreira Leite dizer que não devia ter sido o PS o único a enfiar "a carapuça" das palavras presidenciais. Sobre a dimensão de Cavaco, pouco mais há a dizer. Foi igual a si próprio: tem partido, tomou partido, não preside a todos os portugueses. Já um dos destinatários das suas palavras, o CDS, pode parar de assobiar para o lado. Ou de fazer emboscadas políticas, como a última, em que pôs o AICEP, tutelado por Portas, a anunciar medidas económicas horas antes de Santos Pereira. Os democratas-cristãos ficaram fora da remodelação, estão colados às medidas para a reforma do Estado por mais que o seu líder as vá adiando e receberam a indicação clara de que não contam com o apoio do Presidente para crises políticas, sejam quais forem as brechas que as suas diabrites forem abrindo na coligação maioritária. Não vai ser fácil ao CDS sair deste colete de forças e não sair deste Governo reduzido novamente a partido do táxi.
Paulo Macedo e a Saúde
Ir fazer um exame médico significa meio dia de trabalho perdido, no mínimo. Ir com um filho ao pediatra, outro tanto, sendo otimista. Propor que centros de saúde e outras zonas de atendimento a doentes funcionem em horário pós-laboral e aos sábados parece uma coisa tão óbvia que só não se percebe porque não existe já. Criem-se pois as condições e ignore-se a barulheira que já se faz ouvir e que deve ter sido a razão para que nunca antes um ministro tivesse tido coragem de o impor.
Os novos líderes sindicais
Arménio Carlos é mais radical do que o era Carvalho da Silva. Carlos Silva é também muito menos moderado do que João Proença. CGTP e UGT, as duas centrais sindicais, estão pois mais próximas do que nunca, como se viu no desfile do 25 de Abril, que juntou os seus novos líderes. Com a grave situação social do País, a radicalização do discurso sindical e a possibilidade de ser rasgado o acordo de concertação podem fazer faísca a sério. O ministro da Economia veio a correr da Colômbia para se fazer ver no congresso da UGT, mostrando que o Governo está consciente dos perigos. Chegará?
Os tempos da Justiça
Tal como o "caso" Casa Pia, o processo de Isaltino Morais levava dez anos. Entre dezenas de recursos, incidentes processuais e outras manobras que tais, o autarca de Oeiras foi detido esta semana, quatro anos e duas reduções depois de ser conhecida a primeira sentença. Não é morosidade dos tribunais. São eternidades judiciais. Durante as quais os cidadãos criam firmes convições sobre a Justiça e a sua relação com quem tem poder para nela se mover. E que levantam dúvidas sobre dúvidas, até sobre os condenados. Eis uma área onde o "mais vale tarde do que nunca" não devia ser aplicável.
In DN
O que o Governo anda a descobrir 22 meses depois
por FILOMENA MARTINS
Hoje
Vinte e dois meses após ter assumido a governação para a qual se disse preparado, o Governo anunciou finalmente a solução mágica para nos tirar da crise: eis a agenda para o crescimento, uma espécie de ressurreição permitida a Santos Pereira, o sobrevivente da dúzia e meia de remodelações deste Executivo. E demorou apenas menos umas semanas, depois de ter passado o restante tempo a ignorar, escorraçar e a dar todos os argumentos ao PS para este se poder distanciar das políticas em curso decorrentes do memorando do qual foi o principal subscritor, a perceber que só havia uma forma de encurralar os socialistas: envolvê-los nas soluções, que é exatamente o que significam os apelos de "consenso" que agora brotam como cogumelos nas bocas de todos os ministros. Mas as demoras de perceção não se ficam, infelizmente, por aqui. Durão Barroso, o "nosso" líder da Comissão Europeia, para onde saltou de um país já a afundar-se nos idos de novembro de 2004, só se lembrou agora de dizer que afinal os portugueses não são preguiçosos e, mil reuniões com a sr. Merkel depois, que há limites para a austeridade. E, imagine-se, até o dr. Gaspar, o rei do Excel, concordou com ele. Mas há mais. Um ano depois dos primeiros avisos, o ministro das Finanças descobriu também que quase todos os administradores das empresas públicas tinham feito uns investimentos de risco, os tais swap, que vão ficar caros aos contribuintes, mas que a comissão de inquérito já criada pela maioria e a investigação em curso hão de levar a umas conclusões vagas e à responsabilização de quem já não o pode ser. E parece que há outras medidas geniais, inventadas agora pelo Executivo apesar de todos os taxistas e jogadores de sueca de café as propagandearem há meses largos, como pôr a banca a financiar a economia e renegociar as PPP. E enquanto o tempo passa, e o País vai descobrindo "buracos" financeiros por todos os lados como um queijo suíço, quem manda acha que basta mudar o discurso e anunciar um "agora é que é". É tarde. Demasiado tarde. O tempo não para. Nem perdoa.
Cavaco e o CDS
Mesmo o segundo discurso de Cavaco Silva mais claro dos últimos tempos - o primeiro tinha sido o de há dois anos, na tomada de posse do segundo mandato, sobre o Governo de Sócrates - precisou de tradutor. E lá veio a insuspeita Manuela Ferreira Leite dizer que não devia ter sido o PS o único a enfiar "a carapuça" das palavras presidenciais. Sobre a dimensão de Cavaco, pouco mais há a dizer. Foi igual a si próprio: tem partido, tomou partido, não preside a todos os portugueses. Já um dos destinatários das suas palavras, o CDS, pode parar de assobiar para o lado. Ou de fazer emboscadas políticas, como a última, em que pôs o AICEP, tutelado por Portas, a anunciar medidas económicas horas antes de Santos Pereira. Os democratas-cristãos ficaram fora da remodelação, estão colados às medidas para a reforma do Estado por mais que o seu líder as vá adiando e receberam a indicação clara de que não contam com o apoio do Presidente para crises políticas, sejam quais forem as brechas que as suas diabrites forem abrindo na coligação maioritária. Não vai ser fácil ao CDS sair deste colete de forças e não sair deste Governo reduzido novamente a partido do táxi.
Paulo Macedo e a Saúde
Ir fazer um exame médico significa meio dia de trabalho perdido, no mínimo. Ir com um filho ao pediatra, outro tanto, sendo otimista. Propor que centros de saúde e outras zonas de atendimento a doentes funcionem em horário pós-laboral e aos sábados parece uma coisa tão óbvia que só não se percebe porque não existe já. Criem-se pois as condições e ignore-se a barulheira que já se faz ouvir e que deve ter sido a razão para que nunca antes um ministro tivesse tido coragem de o impor.
Os novos líderes sindicais
Arménio Carlos é mais radical do que o era Carvalho da Silva. Carlos Silva é também muito menos moderado do que João Proença. CGTP e UGT, as duas centrais sindicais, estão pois mais próximas do que nunca, como se viu no desfile do 25 de Abril, que juntou os seus novos líderes. Com a grave situação social do País, a radicalização do discurso sindical e a possibilidade de ser rasgado o acordo de concertação podem fazer faísca a sério. O ministro da Economia veio a correr da Colômbia para se fazer ver no congresso da UGT, mostrando que o Governo está consciente dos perigos. Chegará?
Os tempos da Justiça
Tal como o "caso" Casa Pia, o processo de Isaltino Morais levava dez anos. Entre dezenas de recursos, incidentes processuais e outras manobras que tais, o autarca de Oeiras foi detido esta semana, quatro anos e duas reduções depois de ser conhecida a primeira sentença. Não é morosidade dos tribunais. São eternidades judiciais. Durante as quais os cidadãos criam firmes convições sobre a Justiça e a sua relação com quem tem poder para nela se mover. E que levantam dúvidas sobre dúvidas, até sobre os condenados. Eis uma área onde o "mais vale tarde do que nunca" não devia ser aplicável.
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