Afilhado e herdeiro de Rosalina acusa justiça portuguesa inShare
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Afilhado e herdeiro de Rosalina acusa justiça portuguesa inShare
Afilhado e herdeiro de Rosalina acusa justiça portuguesa
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8 de Outubro, 2011por Felícia Cabrita
Armando Carvalho recorda a vida da madrinha, Rosalina Ribeiro. Conta que o advogado Duarte Lima era «uma espécie de Deus» para Rosalina e que quis que ela pusesse uma propriedade numa offshore. Termina com «um aviso à navegação»: «Rosalina Ribeiro tem família».
Em que é que esta herança vai mudar a sua vida?
Aconteça o que acontecer, vou continuar a ser a mesma pessoa. Não entendo como o dinheiro leva as pessoas a certas loucuras, como o que aconteceu à minha madrinha. Mas a culpa não é só de quem a matou. É também, do ponto de vista moral, de quem a atirou para esta situação. Os anos de guerras em tribunal por esta maldita herança levaram-na a uma exaustão total e só lhe trouxeram tristezas. No fim, já não acreditava em ninguém. Acredite que nunca soube, e continuo sem saber, o que é que a minha madrinha possuía. Sabia apenas que era seu herdeiro. Ela sempre me disse que esta casa seria para mim, mas, como andava com dificuldades financeiras, cheguei a dizer-lhe para vender a casa porque eu não tinha qualquer interesse no Brasil.
Pelos vistos, as coisas mudaram.
Apenas pelas tristes circunstâncias. Aliás, ela fartou-se de me convidar para eu vir cá e eu nunca aceitei. Os únicos sonhos que eu tinha relacionados com o Brasil eram o de passar cá um Carnaval e subir o Amazonas. E a que Carnaval mais triste tenho vindo a assistir!
O que mais o chocou em tudo isto?
Olhe, em primeiro lugar, deixe-me dar os parabéns ao seu jornal pelo trabalho que tem feito. Só assim fiquei a par de muitas coisas. E, ao contrário dos falsos moralistas que vos têm atacado por terem publicado a fotografia da minha madrinha morta, eu só tenho a agradecer. Chocou-me ver, não pela foto em si, mas porque, como ainda tenho muita dificuldade em aceitar o que aconteceu, gostava de guardar a imagem dela em vida. Mas o que me revolta mais é a reacção desses senhores da ERC (Entidade Reguladora para _Comunicação Social), que eu penso que são juízes, a processarem o jornal. Dizem que é pelo direito à imagem, não é? Mas qual imagem? Ela está morta. Os jornalistas têm feito mais por ela do que a Justiça em Portugal, que não mexeu um dedo porque sempre a trataram como a amante de Lúcio. Se fosse com a mulher do milionário era tudo tão diferente… Ela morreu porque a Justiça em Portugal é lenta – lenta, até à morte. Quantas mais pessoas terão de morrer por causa desta maldita herança?
Rosalina tem sido apontada com uma caça fortunas.
Por isso é que, nem que eu tenha de gastar tudo o que ela me deixou, não descansarei enquanto não limpar a sua honra. 'Adúltera', chama-lhe a Olímpia, não é? Será que a senhora se esqueceu de que, se mantiver esse raciocínio conservador, também ela é fruto de uma relação adúltera? Esqueceu-se de que Lúcio era casado, mas mantinha fora do matrimónio uma relação com a sua mãe, que também foi sua funcionária? Mas eu não gostaria de entrar nesse tipo de discurso, serve apenas para recordar.
A sua madrinha vinha de uma família de poucos haveres?
Sim. O pai da minha madrinha abandonou-a e à mãe, que era funcionária dos correios e morreu cedo. Por isso, ela foi viver com o irmão da mãe, o tio Armando, que era casado com a tia Camila, prima do meu pai. Vivíamos ao lado uns dos outros na Penha de França. Ela conseguiu estudar, tirou o curso comercial, e começou a trabalhar cedo.
Também casou muito cedo e com um homem muito rico.
Sim, casou aos 19 anos com o Luís Ribeiro, que era viúvo e tinha o triplo da idade dela. Ele negociava em madeiras e tinha uma serração em Chelas. Quando ela acabou o curso, foi trabalhar para um escritório onde um dos filhos dele, que era advogado, também trabalhava. Era uma mulher muito bonita e gostava de contar que o filho se apaixonara por ela, mas que o pai se tinha chegado à frente.
Foi um casamento de amor ou de conveniência?
Nem uma coisa nem outra. E o facto de ele ter o triplo da idade não quer dizer nada. Há muitos casamentos assim e ele era uma pessoa muito interessante. A minha madrinha gostava do senhor, mas estava a mentir se dissesse que foi o amor da sua vida. O que eu penso é que a tia Camila era muito repressiva, não lhe dava rédea, e, portanto, ela casou para sair do meio fechado em que vivia e para ser independente. E morreu sem o conseguir. Penso que nunca foi feliz, passou a vida a cuidar dos outros.
felicia.cabrita@sol.pt
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8 de Outubro, 2011por Felícia Cabrita
Armando Carvalho recorda a vida da madrinha, Rosalina Ribeiro. Conta que o advogado Duarte Lima era «uma espécie de Deus» para Rosalina e que quis que ela pusesse uma propriedade numa offshore. Termina com «um aviso à navegação»: «Rosalina Ribeiro tem família».
Em que é que esta herança vai mudar a sua vida?
Aconteça o que acontecer, vou continuar a ser a mesma pessoa. Não entendo como o dinheiro leva as pessoas a certas loucuras, como o que aconteceu à minha madrinha. Mas a culpa não é só de quem a matou. É também, do ponto de vista moral, de quem a atirou para esta situação. Os anos de guerras em tribunal por esta maldita herança levaram-na a uma exaustão total e só lhe trouxeram tristezas. No fim, já não acreditava em ninguém. Acredite que nunca soube, e continuo sem saber, o que é que a minha madrinha possuía. Sabia apenas que era seu herdeiro. Ela sempre me disse que esta casa seria para mim, mas, como andava com dificuldades financeiras, cheguei a dizer-lhe para vender a casa porque eu não tinha qualquer interesse no Brasil.
Pelos vistos, as coisas mudaram.
Apenas pelas tristes circunstâncias. Aliás, ela fartou-se de me convidar para eu vir cá e eu nunca aceitei. Os únicos sonhos que eu tinha relacionados com o Brasil eram o de passar cá um Carnaval e subir o Amazonas. E a que Carnaval mais triste tenho vindo a assistir!
O que mais o chocou em tudo isto?
Olhe, em primeiro lugar, deixe-me dar os parabéns ao seu jornal pelo trabalho que tem feito. Só assim fiquei a par de muitas coisas. E, ao contrário dos falsos moralistas que vos têm atacado por terem publicado a fotografia da minha madrinha morta, eu só tenho a agradecer. Chocou-me ver, não pela foto em si, mas porque, como ainda tenho muita dificuldade em aceitar o que aconteceu, gostava de guardar a imagem dela em vida. Mas o que me revolta mais é a reacção desses senhores da ERC (Entidade Reguladora para _Comunicação Social), que eu penso que são juízes, a processarem o jornal. Dizem que é pelo direito à imagem, não é? Mas qual imagem? Ela está morta. Os jornalistas têm feito mais por ela do que a Justiça em Portugal, que não mexeu um dedo porque sempre a trataram como a amante de Lúcio. Se fosse com a mulher do milionário era tudo tão diferente… Ela morreu porque a Justiça em Portugal é lenta – lenta, até à morte. Quantas mais pessoas terão de morrer por causa desta maldita herança?
Rosalina tem sido apontada com uma caça fortunas.
Por isso é que, nem que eu tenha de gastar tudo o que ela me deixou, não descansarei enquanto não limpar a sua honra. 'Adúltera', chama-lhe a Olímpia, não é? Será que a senhora se esqueceu de que, se mantiver esse raciocínio conservador, também ela é fruto de uma relação adúltera? Esqueceu-se de que Lúcio era casado, mas mantinha fora do matrimónio uma relação com a sua mãe, que também foi sua funcionária? Mas eu não gostaria de entrar nesse tipo de discurso, serve apenas para recordar.
A sua madrinha vinha de uma família de poucos haveres?
Sim. O pai da minha madrinha abandonou-a e à mãe, que era funcionária dos correios e morreu cedo. Por isso, ela foi viver com o irmão da mãe, o tio Armando, que era casado com a tia Camila, prima do meu pai. Vivíamos ao lado uns dos outros na Penha de França. Ela conseguiu estudar, tirou o curso comercial, e começou a trabalhar cedo.
Também casou muito cedo e com um homem muito rico.
Sim, casou aos 19 anos com o Luís Ribeiro, que era viúvo e tinha o triplo da idade dela. Ele negociava em madeiras e tinha uma serração em Chelas. Quando ela acabou o curso, foi trabalhar para um escritório onde um dos filhos dele, que era advogado, também trabalhava. Era uma mulher muito bonita e gostava de contar que o filho se apaixonara por ela, mas que o pai se tinha chegado à frente.
Foi um casamento de amor ou de conveniência?
Nem uma coisa nem outra. E o facto de ele ter o triplo da idade não quer dizer nada. Há muitos casamentos assim e ele era uma pessoa muito interessante. A minha madrinha gostava do senhor, mas estava a mentir se dissesse que foi o amor da sua vida. O que eu penso é que a tia Camila era muito repressiva, não lhe dava rédea, e, portanto, ela casou para sair do meio fechado em que vivia e para ser independente. E morreu sem o conseguir. Penso que nunca foi feliz, passou a vida a cuidar dos outros.
felicia.cabrita@sol.pt
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Só discuto o que nao sei ...O ke sei ensino ...POIZ
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