Europa de olhos postos na Eslováquia

Europa de olhos postos na Eslováquia
11 Outubro 2011 | 09:45
Ana Luísa Marques - anamarques@negocios.pt






É aguardada com muita
expectativa a votação do parlamento eslovaco ao alargamento do fundo de
resgate do euro. Tudo porque um dos partidos da coligação no poder
ameaça votar contra. A confirmar-se a intenção do Partido da Liberdade e
da Solidariedade (SaS) o governo da Eslováquia cairá.

O
executivo de Iveta Radicova (na foto) decidiu fazer depender a sua
continuação no poder à votação de alargamento do Fundo Europeu de
Estabilidade Financeira (FEEF), ao agendar, para hoje, uma moção de
confiança.

Caso o Partido da Liberdade e da Solidariedade (SaS) –
um dos quatro países que formam a coligação no poder – avance com a
decisão de votar contra, o parlamento eslovaco poderá não ter votos
suficientes para aprovar o alargamento do FEEF.

Mas
a entrada em vigor das alterações ao FEEF acordadas a 21 de Julho (mais
recursos financeiros, linhas de crédito de emergência aos Estados e ao
bancos) está dependente da aprovação de todos os parlamentos nacionais
do euro. Basta que falhe um para que o processo pare.

A coligação
liderada por Radicova convocou para hoje, ainda antes da votação, uma
reunião de emergência para tentar chegar a um acordo com o SaS.

Richard Sulik, líder do SaS, afirmou no passado Domingo, segundo o
"Financial Times", que os 21 deputados do seu partido vão votar contra o
alargamento do FEEF. Caso esta votação se confirme, os 77 deputados da
coligação do governo não conseguem a maioria no parlamento (que tem 150
deputados no total).