Vagueando na Notícia


Participe do fórum, é rápido e fácil

Vagueando na Notícia
Vagueando na Notícia
Gostaria de reagir a esta mensagem? Crie uma conta em poucos cliques ou inicie sessão para continuar.

Contágio da crise da dívida já está a ir além da periferia europeia

Ir para baixo

Contágio da crise da dívida já está a ir além da periferia europeia  Empty Contágio da crise da dívida já está a ir além da periferia europeia

Mensagem por Vitor mango Qua Nov 16, 2011 5:15 am

Contágio da crise da dívida já está a ir além da periferia europeia


16.11.2011 - 07:29 Por Ana Rita Faria





  • 1 de 13 notícias em Economia
  • seguinte »








Contágio da crise da dívida já está a ir além da periferia europeia  361880?tp=UH&db=IMAGENS&w=350&ts=1321445535,97438
Mercados mostraram ontem não acreditar numa solução para a crise
(Foto: Alex Domanski/Reuters)






A crise da dívida soberana não dá sinais de
abrandamento e, pior do que isso, está a ir além do seu raio de acção
convencional - a periferia europeia.









Depois dos resgates à Grécia, Portugal e Irlanda e do crescente
receio de que a Itália e a Espanha sigam o mesmo caminho, o efeito de
contágio também voltou a perturbar a França e a Bélgica e está mesmo a
ameaçar economias até agora intocáveis, como a Áustria e a Holanda.

Numa
altura em que a zona euro se abeira da recessão (ver texto em baixo),
os mercados mostram-se cada vez mais desconfiados da capacidade de os
líderes europeus responderem de forma concertada à crise da dívida. A
ampliação do fundo de resgate do euro - o Fundo Europeu de Estabilização
Financeira (FEEF), que foi acordada na cimeira europeia do mês passado,
deveria ser a grande arma para proteger a Itália e a Espanha dos
ataques dos mercados e travar a crise da dívida. Mas, em mais um caso de
"déjà vu" nesta crise, o acordo para salvar a zona euro está a ser
ultrapassado pelos acontecimentos.

Na Itália e na Espanha, as
taxas de juro da dívida estão em níveis recorde no mercado secundário.
Na terceira maior economia europeia, nem mesmo a saída de Silvio
Berlusconi e a formação de um Governo tecnocrata liderado por Mario
Monti (ver págs. 18/19) parecem ter aliviado o preço que os investidores
pedem para comprar dívida italiana. Na dívida a dez anos, as taxas de
juro voltaram ontem a passar a barreira dos 7%, um nível considerado
insustentável. A Espanha também já anda perto deste patamar: ontem, os
juros nos mercados bateram novo recorde (6,3%) e, numa emissão de dívida
a 12 e 18 meses, o país vizinho teve de pagar a maior taxa desde 1997. O
spread (diferença) entre as taxas de juro das obrigações espanholas a
dez anos e das alemãs (que são consideradas a referência para os
investidores) voltou a atingir um novo recorde histórico desde a criação
do euro.

Além da periferia

Mas as inquietações já
não se dirigem apenas ao chamado grupo dos PIIGS (Portugal, Irlanda,
Itália, Grécia e Espanha). A segunda maior economia europeia, a França,
viu ontem disparar os preços dos credit default swaps (seguros contra o
risco de incumprimento) e o spread da sua dívida face à alemã atingiu o
valor mais alto desde a criação da zona euro. Um sinal de que os
investidores mostram pouca confiança numa economia praticamente
estagnada, com uma elevada exposição à dívida italiana (os bancos
franceses são os maiores detentores de títulos italianos) e com uma
dívida pública que atingirá os 91,7% em 2013, em parte devido às
contribuições da França para os resgates grego, irlandês e português.

Um
estudo divulgado ontem pela organização Lisbon Council, chamado Euro
Plus Monitor, dizia que a situação da França deveria estar a fazer soar
os alarmes na zona euro, devido à incapacidade do país de fazer
ajustamentos rápidos à sua economia - algo que, defende este think-tank,
não está de acordo com o actual rating máximo da França.

Mas não
é só a segunda maior economia europeia que está debaixo de olho nos
mercados. As taxas de juro da dívida da Bélgica, que, no início da crise
soberana, tinha sido dada como uma das potenciais vítimas, voltaram
agora a divergir das obrigações alemães e essa diferença está a um nível
recorde desde a entrada no euro.

O mesmo aconteceu com a
Holanda e a Áustria que, até agora, tinham conseguido manter-se dentro
do grupo privilegiado da Alemanha. O Governo austríaco apressou-se a
reagir e anunciou ontem que vai acelerar os cortes na despesa e
introduzir um travão à dívida na Constituição, à semelhança do que
existe na maior economia europeia. Reflectindo o agravamento da crise da
dívida, os mercados accionistas acentuaram ontem as quedas e o euro
perdeu força face ao dólar e ao iene.

Com os investidores a
mostrarem-se cada vez menos desconfiados da dívida soberana da zona
euro, o próprio plano europeu para reforço do FEEF vê-se em apuros. A
subida dos juros torna não só mais caro o plano de garantir uma parte da
dívida emitida por um Estado do euro, mas também dificulta o objectivo
de atrair contribuições de outros países fora da Europa. Além disso,
mesmo com a alavancagem do FEEF para 1 milhão de milhões de euros, a
capacidade do fundo parece ser insuficiente para resolver uma crise que
está a ir muito mais além dos países periféricos.

_________________
Só discuto o que nao sei ...O ke sei ensino ...POIZ
Contágio da crise da dívida já está a ir além da periferia europeia  Batmoon_e0
Vitor mango
Vitor mango

Pontos : 117576

Ir para o topo Ir para baixo

Ir para o topo

- Tópicos semelhantes

 
Permissões neste sub-fórum
Não podes responder a tópicos