Muralha de defesa do euro estará pronta "em breve" com muitos mais milhões
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Muralha de defesa do euro estará pronta "em breve" com muitos mais milhões
Muralha de defesa do euro estará pronta "em breve" com muitos mais milhões
09 Dezembro 2011 | 10:28
Eva Gaspar - egaspar@negocios.pt
Partilhar37
Tamanho
O Fundo Europeu será
reforçado, a entrada em vigor do seu sucessor (mais robusto) será
antecipada e durante algum tempo ambos coexistirão. O BCE vai ajudá-los,
mas na rectaguarda, como seu "agente". Em contrapartida, os Estados
deverão reforçar os meios do FMI em 200 mil milhões de euros para que a
instituição de que os EUA são os maiores accionistas possa estar em
melhores condições de ajudar países europeus.
Os
líderes dos 17 países do euro prometeram esta madrugada que "muito
rapidamente" estarão concluídos os expedientes que permitirão ao Fundo
Europeu de Estabilidade Financeira (FEEF) estar em condições de
mobilizar muitos mais meios financeiros do que os 440 mil milhões de
euros que pode angariar, sendo que quase metade deste valor está já
comprometido nos programas de ajuda em curso à Irlanda, Portugal e ao
segundo que está ainda em negociação para a Grécia.
O compromisso está escrito na declaração emitida
esta madrugada pelos 17 líderes dos países do euro. A promessa
enquadra-se no reforço dos mecanismos de solidariedade, que acompanha o
compromisso de caminhar para a tal "União de Estabilidade" com regras
mais exigentes e perenes, que, devido ao veto do Reino Unido, terão de ser escritas num Tratado internacional, à margem do quadro da União Europeia.
Esse
reforço da capacidade imediata de resposta à crise tem sido exigido por
uma maioria crescente de países do euro, assustados com a probabilidade
de Itália,
mas também Espanha, serem forçadas a pedir algum tipo de socorro, dada a
rápida degradação das respectivas condições de financiamento nos
mercados.
A Alemanha tem resistido, em especial à pressão para
que o BCE entre em cena, argumentando que é preciso dar tempo para que
os instrumentos recentemente criados possam mostrar o seu potencial de
estabilização do euro e que pôr o banco central a financiar Governos
seria uma violação grosseira e indesejável dos Tratados.
Para já,
fica renovada a promessa de pôr "rapidamente em marcha" os expedientes
acordados na cimeira de 26 de Outubro para alavancar o FEEF (venda de seguros e associação com FMI) e que, nos cálculos de alguns líderes europeus, poderão elevar a capacidade de actuação do Fundo para um bilião de euros.
BCE será "testa de ferro", não mais
Na declaração, os líderes europeus congratulam-se ainda com a disponibilidade ontem manifestada por Mário Draghi de o Banco Central Europeu (BCE) funcionar como "agente" do FEEF e do seu sucessor, o Mecanismo Permanente
de Estabilidade (MEE), cuja entrada em vigor será desejavelmente
antecipada em um ano, para Julho de 2012 - logo que 90% da sua base de
capital, de 80 mil milhões de euros, esteja realizada, o que promete
dores de cabeça redobradas para os Estados (em particular Itália e
Espanha) que estão sem margem para despesas extra.
Como "agente nas operações de mercado", o BCE
limitar-se-á a dar apoio técnico a estes veículos financeiros detidos
pelos Governos do euro. Apesar da intensa pressão que tem sido exercida
sobre Frankfurt e Berlim,
esta linguagem não pode ser interpretada como abertura para qualquer
tipo de intervenção mais robusta do BCE como comprador no mercado da
dívida soberana.
O FEEF poderá funcionar em simultâneo com o MEE
para dar continuidade a programas de financiamento que "comecem até
meados de 2013", com os líderes a comprometerem-se reforçar as garantias
destes veículos para manter sempre disponível em 500 mil milhões de
euros a sua capacidade de empréstimo que "voltará a ser reexaminada em
Março" do próximo ano.
Dez dias para pensar como a Europa pode ajudar o FMI a ajudar ... a Europa
Perante
a recusa de Angela Merkel, que terá ficado praticamente isolada a negar
a concessão de uma licença bancária ao MEE (o que lhe permitiria
financiar-se junto do BCE e, por essa via, ter uma capacidade de
empréstimo quase ilimitada), sobra a solução bizantina de a Europa
ajudar o Fundo Monetário Internacional (FMI) a ajudar ... a Europa.
Nesse
sentido, ficou escrito o compromisso de, no espaço de dez dias, os
Estados do euro (não se faz qualquer referência aos respectivos bancos
centrais) e "outros" "considerarem e decidirem" reforçar os recursos do
FMI em 200 mil milhões de euros, "através de empréstimos bilaterais",
para assegurar que o FMI dispõe de recursos adequados para lidar com a
crise. Em paralelo, fica expresso o desejo de que o reforço agora
prometido pelos europeus seja acompanhado de "contribuições paralelas da
comunidade internacional", num apelo dirigido aos emergentes (China à
cabeça) mas também aos Estados Unidos.
A declaração suaviza ainda
os termos em que o sector privado pode ser chamado a renegociar dívida
de um país que peça ajuda aos seus pares através do MEE.
Em vez de ser um procedimento automático, como inicialmente defendia a chanceler alemã Angela Merkel,
o envolvimento do sector privado em futuros resgates será analisado
caso a caso, à luz da doutrina do Fundo Monetário Internacional (FMI).
Isso
significa que países do euro que peçam, possivelmente a partir de
meados de 2013, ajuda ou reforço da ajuda já concedida, terão de se
submeter às regras do FMI que, frequentemente, exige perdão de dívida detida por privados a troco dos seus empréstimos.
(Notícia actualizada às 11h45)
09 Dezembro 2011 | 10:28
Eva Gaspar - egaspar@negocios.pt
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Tamanho
O Fundo Europeu será
reforçado, a entrada em vigor do seu sucessor (mais robusto) será
antecipada e durante algum tempo ambos coexistirão. O BCE vai ajudá-los,
mas na rectaguarda, como seu "agente". Em contrapartida, os Estados
deverão reforçar os meios do FMI em 200 mil milhões de euros para que a
instituição de que os EUA são os maiores accionistas possa estar em
melhores condições de ajudar países europeus.
Os
líderes dos 17 países do euro prometeram esta madrugada que "muito
rapidamente" estarão concluídos os expedientes que permitirão ao Fundo
Europeu de Estabilidade Financeira (FEEF) estar em condições de
mobilizar muitos mais meios financeiros do que os 440 mil milhões de
euros que pode angariar, sendo que quase metade deste valor está já
comprometido nos programas de ajuda em curso à Irlanda, Portugal e ao
segundo que está ainda em negociação para a Grécia.
O compromisso está escrito na declaração emitida
esta madrugada pelos 17 líderes dos países do euro. A promessa
enquadra-se no reforço dos mecanismos de solidariedade, que acompanha o
compromisso de caminhar para a tal "União de Estabilidade" com regras
mais exigentes e perenes, que, devido ao veto do Reino Unido, terão de ser escritas num Tratado internacional, à margem do quadro da União Europeia.
Esse
reforço da capacidade imediata de resposta à crise tem sido exigido por
uma maioria crescente de países do euro, assustados com a probabilidade
de Itália,
mas também Espanha, serem forçadas a pedir algum tipo de socorro, dada a
rápida degradação das respectivas condições de financiamento nos
mercados.
A Alemanha tem resistido, em especial à pressão para
que o BCE entre em cena, argumentando que é preciso dar tempo para que
os instrumentos recentemente criados possam mostrar o seu potencial de
estabilização do euro e que pôr o banco central a financiar Governos
seria uma violação grosseira e indesejável dos Tratados.
Para já,
fica renovada a promessa de pôr "rapidamente em marcha" os expedientes
acordados na cimeira de 26 de Outubro para alavancar o FEEF (venda de seguros e associação com FMI) e que, nos cálculos de alguns líderes europeus, poderão elevar a capacidade de actuação do Fundo para um bilião de euros.
BCE será "testa de ferro", não mais
Na declaração, os líderes europeus congratulam-se ainda com a disponibilidade ontem manifestada por Mário Draghi de o Banco Central Europeu (BCE) funcionar como "agente" do FEEF e do seu sucessor, o Mecanismo Permanente
de Estabilidade (MEE), cuja entrada em vigor será desejavelmente
antecipada em um ano, para Julho de 2012 - logo que 90% da sua base de
capital, de 80 mil milhões de euros, esteja realizada, o que promete
dores de cabeça redobradas para os Estados (em particular Itália e
Espanha) que estão sem margem para despesas extra.
Como "agente nas operações de mercado", o BCE
limitar-se-á a dar apoio técnico a estes veículos financeiros detidos
pelos Governos do euro. Apesar da intensa pressão que tem sido exercida
sobre Frankfurt e Berlim,
esta linguagem não pode ser interpretada como abertura para qualquer
tipo de intervenção mais robusta do BCE como comprador no mercado da
dívida soberana.
O FEEF poderá funcionar em simultâneo com o MEE
para dar continuidade a programas de financiamento que "comecem até
meados de 2013", com os líderes a comprometerem-se reforçar as garantias
destes veículos para manter sempre disponível em 500 mil milhões de
euros a sua capacidade de empréstimo que "voltará a ser reexaminada em
Março" do próximo ano.
Dez dias para pensar como a Europa pode ajudar o FMI a ajudar ... a Europa
Perante
a recusa de Angela Merkel, que terá ficado praticamente isolada a negar
a concessão de uma licença bancária ao MEE (o que lhe permitiria
financiar-se junto do BCE e, por essa via, ter uma capacidade de
empréstimo quase ilimitada), sobra a solução bizantina de a Europa
ajudar o Fundo Monetário Internacional (FMI) a ajudar ... a Europa.
Nesse
sentido, ficou escrito o compromisso de, no espaço de dez dias, os
Estados do euro (não se faz qualquer referência aos respectivos bancos
centrais) e "outros" "considerarem e decidirem" reforçar os recursos do
FMI em 200 mil milhões de euros, "através de empréstimos bilaterais",
para assegurar que o FMI dispõe de recursos adequados para lidar com a
crise. Em paralelo, fica expresso o desejo de que o reforço agora
prometido pelos europeus seja acompanhado de "contribuições paralelas da
comunidade internacional", num apelo dirigido aos emergentes (China à
cabeça) mas também aos Estados Unidos.
A declaração suaviza ainda
os termos em que o sector privado pode ser chamado a renegociar dívida
de um país que peça ajuda aos seus pares através do MEE.
Em vez de ser um procedimento automático, como inicialmente defendia a chanceler alemã Angela Merkel,
o envolvimento do sector privado em futuros resgates será analisado
caso a caso, à luz da doutrina do Fundo Monetário Internacional (FMI).
Isso
significa que países do euro que peçam, possivelmente a partir de
meados de 2013, ajuda ou reforço da ajuda já concedida, terão de se
submeter às regras do FMI que, frequentemente, exige perdão de dívida detida por privados a troco dos seus empréstimos.
(Notícia actualizada às 11h45)
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Só discuto o que nao sei ...O ke sei ensino ...POIZ
Vitor mango- Pontos : 118178
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