PIOR CEGO E AQUELE QUE NAO QUER VER
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PIOR CEGO E AQUELE QUE NAO QUER VER
A CAVERNA DE SOCRATES!!
Artigos deste autor
Paulo Pinto Mascarenhas
A caverna de Sócrates
paulopintomascarenhas@gmail.com
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Tal como no Mito da Caverna de Platão, alguns responsáveis políticos portugueses estão agrilhoados a uma parede escura onde vêem sombras que confundem com a realidade. Na parede do fundo do túnel chamado Portugal ainda não se vislumbra qualquer luz e as sombras soturnas da crise tomam a forma de um liberalismo que nunca existiu.
Ora, este monstro – a que alguns chamam neoliberalismo – é apenas o reflexo distorcido de um sistema económico dominado pelo Estado. Como sabem todos aqueles que – no exterior da caverna socialista – se mantém imunes ao contágio da cegueira.
O pior cego é aquele que não quer que os outros vejam. Transformar os mercados em inimigos do Estado, ou vice-versa, como pretendeu o primeiro-ministro no último debate quinzenal no Parlamento, é um erro com consequências graves para o desenvolvimento. Este discurso ziguezagueante, que se altera ao sabor da oportunidade, não merece ser levado a sério pelos portugueses.
José Sócrates sabe melhor que ninguém que a crise económica em que vivemos é anterior à actual situação internacional. O país continuou durante os últimos três anos a minguar, sempre abaixo da média europeia. Pelo menos desde Abril deste ano, quando saiu o boletim da Primavera da Comissão Europeia, que se sabia que Portugal iria ser ultrapassado em 2009 por países como a Estónia ou a Eslováquia no ranking da riqueza por habitante (PIB per capita). O desemprego cresceu como nunca desde a promessa dos 150 mil postos de trabalho.
O primeiro-ministro tem de escutar a exigência do Presidente da República no discurso das comemorações do 5 de Outubro. Chegou a hora de dizer a verdade aos portugueses. Só assim pode pensar em pedir a mobilização de todos.
Se Durão Barroso falou um dia do país que estava de tanga, José Sócrates desculpa-se agora com a imagem de um mundo andrajoso. A crise financeira internacional é mais uma das muitas sombras eleitoralistas que escondem a ausência de reformas. Como já sucedeu no passado recente, os portugueses podem voltar a descobrir que é o rei quem vai nu. Basta ler os blogues, para ter a noção da crescente desconfiança. O Orçamento do Estado para 2009 não deveria ficar na história como mais um episódio do ‘Mito da Caverna’ de Sócrates.
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Paulo Pinto Mascarenhas
A caverna de Sócrates
paulopintomascarenhas@gmail.com
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Tal como no Mito da Caverna de Platão, alguns responsáveis políticos portugueses estão agrilhoados a uma parede escura onde vêem sombras que confundem com a realidade. Na parede do fundo do túnel chamado Portugal ainda não se vislumbra qualquer luz e as sombras soturnas da crise tomam a forma de um liberalismo que nunca existiu.
Ora, este monstro – a que alguns chamam neoliberalismo – é apenas o reflexo distorcido de um sistema económico dominado pelo Estado. Como sabem todos aqueles que – no exterior da caverna socialista – se mantém imunes ao contágio da cegueira.
O pior cego é aquele que não quer que os outros vejam. Transformar os mercados em inimigos do Estado, ou vice-versa, como pretendeu o primeiro-ministro no último debate quinzenal no Parlamento, é um erro com consequências graves para o desenvolvimento. Este discurso ziguezagueante, que se altera ao sabor da oportunidade, não merece ser levado a sério pelos portugueses.
José Sócrates sabe melhor que ninguém que a crise económica em que vivemos é anterior à actual situação internacional. O país continuou durante os últimos três anos a minguar, sempre abaixo da média europeia. Pelo menos desde Abril deste ano, quando saiu o boletim da Primavera da Comissão Europeia, que se sabia que Portugal iria ser ultrapassado em 2009 por países como a Estónia ou a Eslováquia no ranking da riqueza por habitante (PIB per capita). O desemprego cresceu como nunca desde a promessa dos 150 mil postos de trabalho.
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Se Durão Barroso falou um dia do país que estava de tanga, José Sócrates desculpa-se agora com a imagem de um mundo andrajoso. A crise financeira internacional é mais uma das muitas sombras eleitoralistas que escondem a ausência de reformas. Como já sucedeu no passado recente, os portugueses podem voltar a descobrir que é o rei quem vai nu. Basta ler os blogues, para ter a noção da crescente desconfiança. O Orçamento do Estado para 2009 não deveria ficar na história como mais um episódio do ‘Mito da Caverna’ de Sócrates.
RONALDO ALMEIDA- Pontos : 10367
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