A minorca catarina de Bragança nao queria ir para a cama com o Rei ...v----eja porque ..
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A minorca catarina de Bragança nao queria ir para a cama com o Rei ...v----eja porque ..
MARTIN PAGE A PRIMEIRA ALDEIA GLOBAL
.....tra, hoje em dia, pendurada na residência do embaixador de Portugal em Londres, representa a frota inglesa a largar de Lisboa em direcção a Inglaterra, transportando a princesa. Grandes multidões acolheram-na, entusiasticamente, quando ela chegou a Portsmouth. John Evelyn anotou, no seu diário, que ela era pequena e tinha um queixo ligeiramente sobressaído, mas, fora isso, a sua beleza era aceitável. Diz-se que o rei, ao vê-la pela primeira vez, terá, no entanto, comentado: «Trouxeram-me um morcego.»
Casaram à pressa, na Catedral de Portsmouth, e retiraram-se para um quarto. Aqui, Catarina, agora rainha de Inglaterra, recusou-se a consumar o casamento, porque este tinha sido celebrado na Igreja Anglicana. Ordenaram, então, que um padre católico fosse ao quarto e aí celebrasse uma missa nupcial, que foi apenas testemunhada por quatro nobres e três damas de companhia, todos portugueses. Depois, a rainha anuiu em ir para a cama com o rei.
Porque nenhum deles falava uma palavra da língua do outro, o casal real conversava em espanhol. Viajaram de barco, ao longo da costa sul, tendo, depois, subido o Tamisa até Londres, onde foram recebidos por multidões ainda maiores e mais entusiásticas. A popularidade da nova rainha, pelo menos na corte, foi, no entanto, de pouca dura. Como escreveu Samuel Pepys, os membros da corte ficavam espantados ao verem as damas de companhia portuguesas beijarem na cara todos aqueles que conheciam pela primeira vez. O médico pessoal da rainha, o Dr. Mendes, considerou a água imprópria para beber, tendo publicado, mais tarde, um panfleto recomendando o consumo da água de Tunbridge Wells. A nova rainha trouxe os próprios cozinheiros e insistia em comer apenas comida portuguesa. Recusou-se ainda a usar vestidos ingleses, preferindo as roupas com aspecto arcaico da corte portuguesa.
Por seu lado, o rei Carlos continuou a andar publicamente com Lady Castlemayne. O título foi-lhe arranjado pelo monarca, a partir do momento em que fez lorde um plebeu em contrapartida de se casar com Lady Castlemayne. Sob esta capa, o novo lorde assumiu o papel de pai dos seis filhos que, ao longo de seis anos, Lady Castlemayne deu a Sua Majestade. Oficialmente, o rei era apenas
• as suas damas de companhia portuguesas, Catarina acabou por aceder. Pepys relata a seguinte história: Lady Castlemayne entrou, um dia, no quarto de vestir da rainha, onde lhe estavam a entrançar o cabelo, de acordo com o que era, então, a moda portuguesa. Lady
• Castlemayne comentou que Sua Majestade devia ter muita paciência para se sujeitar àquele ritual. Consta que a rainha terá respondido: «Esta é das coisas que menos põem à prova a minha paciência.» Alguns dias mais tarde, a 10 de Junho de 1665, escreveu Pepys no seu diário: «A rainha, em conversa informal com as suas damas, na sala de visitas, disse a Lady Castlemayne que temia que o rei se constipasse já que ficava até muito tarde em casa dela. Lady Castlemayne respondeu, de imediato, dizendo que o rei costumava sair de -lá a horas (uma, duas, ou três da manhã, no máximo), pelo que só poderia estar em outro sítio.»
Entrando e ouvindo, «o rei disse ao ouvido de Lady Castlemayne que ela era uma mulher atrevida e impertinente, ordenando-lhe que deixasse a corte e que não regressasse até ele a mandar chamar... Foi para um aposento em Pell Mell, onde permaneceu durante dois ou
• três dias». Depois, escreveu ao rei a perguntar se podia voltar para recolher as suas coisas. Ele respondeu que, primeiro, devia ir identificá-las. Quando ela chegou, o rei aguardava-a. Lady Castlemayne ameaçou publicar as cartas de amor que ele lhe escrevera. Ambos cederam e tornaram-se, de novo, nas palavras de Pepys, «muito amigos».
Para Pepys, este episódio não foi nada bom para o erário público, porque os portugueses, aproveitando-se do escândalo público do adultério do rei e das desconsiderações de que eram vítimas na corte, encontraram pretexto para atrasar mais o pagamento da parte do dote que ainda era devida. O pior é que, como então Pepys afirmou, não era fácil que «os centros financeiros emprestassem sequer um centavo». Para agravar as coisas, a dádiva de Tânger, longe de ser o jackpot que Pepys e outros esperavam, estava a custar à coroa 55 000 libras anuais na manutenção de uma guarnição que praticamente não tinha contrapartidas comerciais.
O rei, por fim, rompeu com Lady Castlemayne a favor de Louise
.....tra, hoje em dia, pendurada na residência do embaixador de Portugal em Londres, representa a frota inglesa a largar de Lisboa em direcção a Inglaterra, transportando a princesa. Grandes multidões acolheram-na, entusiasticamente, quando ela chegou a Portsmouth. John Evelyn anotou, no seu diário, que ela era pequena e tinha um queixo ligeiramente sobressaído, mas, fora isso, a sua beleza era aceitável. Diz-se que o rei, ao vê-la pela primeira vez, terá, no entanto, comentado: «Trouxeram-me um morcego.»
Casaram à pressa, na Catedral de Portsmouth, e retiraram-se para um quarto. Aqui, Catarina, agora rainha de Inglaterra, recusou-se a consumar o casamento, porque este tinha sido celebrado na Igreja Anglicana. Ordenaram, então, que um padre católico fosse ao quarto e aí celebrasse uma missa nupcial, que foi apenas testemunhada por quatro nobres e três damas de companhia, todos portugueses. Depois, a rainha anuiu em ir para a cama com o rei.
Porque nenhum deles falava uma palavra da língua do outro, o casal real conversava em espanhol. Viajaram de barco, ao longo da costa sul, tendo, depois, subido o Tamisa até Londres, onde foram recebidos por multidões ainda maiores e mais entusiásticas. A popularidade da nova rainha, pelo menos na corte, foi, no entanto, de pouca dura. Como escreveu Samuel Pepys, os membros da corte ficavam espantados ao verem as damas de companhia portuguesas beijarem na cara todos aqueles que conheciam pela primeira vez. O médico pessoal da rainha, o Dr. Mendes, considerou a água imprópria para beber, tendo publicado, mais tarde, um panfleto recomendando o consumo da água de Tunbridge Wells. A nova rainha trouxe os próprios cozinheiros e insistia em comer apenas comida portuguesa. Recusou-se ainda a usar vestidos ingleses, preferindo as roupas com aspecto arcaico da corte portuguesa.
Por seu lado, o rei Carlos continuou a andar publicamente com Lady Castlemayne. O título foi-lhe arranjado pelo monarca, a partir do momento em que fez lorde um plebeu em contrapartida de se casar com Lady Castlemayne. Sob esta capa, o novo lorde assumiu o papel de pai dos seis filhos que, ao longo de seis anos, Lady Castlemayne deu a Sua Majestade. Oficialmente, o rei era apenas
• as suas damas de companhia portuguesas, Catarina acabou por aceder. Pepys relata a seguinte história: Lady Castlemayne entrou, um dia, no quarto de vestir da rainha, onde lhe estavam a entrançar o cabelo, de acordo com o que era, então, a moda portuguesa. Lady
• Castlemayne comentou que Sua Majestade devia ter muita paciência para se sujeitar àquele ritual. Consta que a rainha terá respondido: «Esta é das coisas que menos põem à prova a minha paciência.» Alguns dias mais tarde, a 10 de Junho de 1665, escreveu Pepys no seu diário: «A rainha, em conversa informal com as suas damas, na sala de visitas, disse a Lady Castlemayne que temia que o rei se constipasse já que ficava até muito tarde em casa dela. Lady Castlemayne respondeu, de imediato, dizendo que o rei costumava sair de -lá a horas (uma, duas, ou três da manhã, no máximo), pelo que só poderia estar em outro sítio.»
Entrando e ouvindo, «o rei disse ao ouvido de Lady Castlemayne que ela era uma mulher atrevida e impertinente, ordenando-lhe que deixasse a corte e que não regressasse até ele a mandar chamar... Foi para um aposento em Pell Mell, onde permaneceu durante dois ou
• três dias». Depois, escreveu ao rei a perguntar se podia voltar para recolher as suas coisas. Ele respondeu que, primeiro, devia ir identificá-las. Quando ela chegou, o rei aguardava-a. Lady Castlemayne ameaçou publicar as cartas de amor que ele lhe escrevera. Ambos cederam e tornaram-se, de novo, nas palavras de Pepys, «muito amigos».
Para Pepys, este episódio não foi nada bom para o erário público, porque os portugueses, aproveitando-se do escândalo público do adultério do rei e das desconsiderações de que eram vítimas na corte, encontraram pretexto para atrasar mais o pagamento da parte do dote que ainda era devida. O pior é que, como então Pepys afirmou, não era fácil que «os centros financeiros emprestassem sequer um centavo». Para agravar as coisas, a dádiva de Tânger, longe de ser o jackpot que Pepys e outros esperavam, estava a custar à coroa 55 000 libras anuais na manutenção de uma guarnição que praticamente não tinha contrapartidas comerciais.
O rei, por fim, rompeu com Lady Castlemayne a favor de Louise
Última edição por Vitor mango em Qui Jan 24, 2013 1:39 pm, editado 1 vez(es)
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Só discuto o que nao sei ...O ke sei ensino ...POIZ
Vitor mango- Pontos : 118184
Re: A minorca catarina de Bragança nao queria ir para a cama com o Rei ...v----eja porque ..
Diz-se que o rei, ao vê-la pela primeira vez, terá, no entanto, comentado: «Trouxeram-me um morcego.»
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Re: A minorca catarina de Bragança nao queria ir para a cama com o Rei ...v----eja porque ..
Casaram à pressa, na Catedral de Portsmouth, e retiraram-se para um quarto. Aqui, Catarina, agora rainha de Inglaterra, recusou-se a consumar o casamento, porque este tinha sido celebrado na Igreja Anglicana. Ordenaram, então, que um padre católico fosse ao quarto e aí celebrasse uma missa nupcial, que foi apenas testemunhada por quatro nobres e três damas de companhia, todos portugueses. Depois, a rainha anuiu em ir para a cama com o rei.
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