Revolta no PSD contra as medidas de austeridade
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Revolta no PSD contra as medidas de austeridade
Revolta no PSD contra as medidas de austeridade
Por Luís Claro, publicado em 11 Set 2012 - 03:10 | Actualizado há 4 horas 45 minutos
JSD, trabalhadores sociais-democratas e personalidades do PSD atacam soluções de Passos e pedem equidade nos sacrifícios
Pela primeira vez a actuação do governo está a levantar um coro de
críticas dentro do PSD e em alguns sectores do CDS. A razão é o pacote
de medidas de austeridade para o próximo ano, que foi anunciado na
sexta-feira pelo primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho.
A JSD, os trabalhadores sociais-democratas (TSD) e personalidades com
peso no partido têm vindo demonstrar o seu descontentamento com a forma
encontrada pelo governo para compensar o desvio orçamental e travar o
desemprego.
“Inaceitável” foi a expressão utilizada pelo social-democrata Alexandre
Relvas para criticar medidas que vão “sujeitar o país ao
experimentalismo social”. O ex-director de campanha de Cavaco Silva
disse, em declarações à Rádio Renascença, que “isto é fazer experiências
com a economia nacional, a mando da troika, o que se traduz num
profundo desrespeito pelos portugueses.” Relvas acusou mesmo o governo
de demonstrar “um enorme desconhecimento da realidade empresarial” por
acreditar que a descida da Taxa Social Única (TSU) irá aumentar a
competitividade.
No mesmo dia, a JSD emitiu um comunicado onde exige ao governo que
aumente a equidade na distribuição dos sacrifícios, cortando na despesa
do Estado. “Não sou contra a austeridade, mas tem de ser equitativa
entre as pessoas e o Estado”, afirma ao i o líder da JSD, Duarte
Marques. Para o deputado do PSD, só é “admissível” pedir sacrifícios às
pessoas caso se peça “um corte semelhante no próprio Estado”.
Uma “sensação de equidade” que é igualmente exigida pelos TSD. Em
comunicado, os trabalhadores sociais-democratas defendem que “não terá
existido a ponderação suficiente” na comunicação de Passos Coelho aos
portugueses, o que terá contribuído “para uma indesejável deterioração
da confiança entre a opinião pública e o executivo”. Mais: o modo como
as medidas foram anunciadas transmite “a incómoda sensação de se
onerarem os rendimentos do trabalho, ao invés, de desonerarem os
rendimentos do capital”.
Nuno Morais Sarmento, ex-ministro do governo de Durão Barroso, diz ao i não
querer fazer comentários, mas acrescenta um “desabafo” sintomático:
“Ainda estou engasgado com as medidas”. Mais directo é o ex-dirigente do
PSD, Miguel Veiga. “Por este caminho não vamos lá”, diz o histórico do
partido, convicto de que o “crescente cavalgar de medidas restritivas
conduz a uma situação de quase ruptura social”.
Críticas que se juntam às de Marcelo Rebelo de Sousa, António Capucho
ou Bagão Félix. “Acho que se deu a machadada final no regime
previdencial”, disse o ex-ministro das Finanças.
Entre as distritais do PSD também há sinais de descontentamento.
Virgílio Macedo, líder da distrital do Porto, discorda do modelo
encontrado para combater o desemprego. “Há um erro de concepção nestas
medidas. O efeito ao nível da competitividade das empresas será residual
e esse eventual efeito positivo poderá ser anulado pela diminuição da
procura interna”, diz o social-democrata.
Virgílio Macedo defende que só será possível saber se existe “uma
verdadeira equidade” quando for conhecido o Orçamento do Estado para
2013, mas avisa que “estas soluções terão de ser acompanhadas de outro
tipo de medidas por uma questão de equidade e justiça fiscal,
nomeadamente a tributação do rendimento de capitais”.
Na sexta-feira, Passos Coelho comprometeu-se a encontrar medidas para
proteger as pessoas com menores rendimentos. O primeiro-ministro falou
num crédito fiscal em sede de IRS a abater no ano seguinte mas, ao que o
i apurou, a fórmula ainda não está fechada e deverá ser discutida com os parceiros sociais. Ao i,
o vice-presidente do PSD, Pedro Pinto, garante que a aplicação do
aumento das taxas para a Segurança Social “não vai ser feita da mesma
maneira para toda a gente”. “Vai haver medidas diferenciadoras consoante
os rendimentos”, diz.
Com Sónia Cerdeira e Susete Francisco
Por Luís Claro, publicado em 11 Set 2012 - 03:10 | Actualizado há 4 horas 45 minutos
JSD, trabalhadores sociais-democratas e personalidades do PSD atacam soluções de Passos e pedem equidade nos sacrifícios
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Pela primeira vez a actuação do governo está a levantar um coro de
críticas dentro do PSD e em alguns sectores do CDS. A razão é o pacote
de medidas de austeridade para o próximo ano, que foi anunciado na
sexta-feira pelo primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho.
A JSD, os trabalhadores sociais-democratas (TSD) e personalidades com
peso no partido têm vindo demonstrar o seu descontentamento com a forma
encontrada pelo governo para compensar o desvio orçamental e travar o
desemprego.
“Inaceitável” foi a expressão utilizada pelo social-democrata Alexandre
Relvas para criticar medidas que vão “sujeitar o país ao
experimentalismo social”. O ex-director de campanha de Cavaco Silva
disse, em declarações à Rádio Renascença, que “isto é fazer experiências
com a economia nacional, a mando da troika, o que se traduz num
profundo desrespeito pelos portugueses.” Relvas acusou mesmo o governo
de demonstrar “um enorme desconhecimento da realidade empresarial” por
acreditar que a descida da Taxa Social Única (TSU) irá aumentar a
competitividade.
No mesmo dia, a JSD emitiu um comunicado onde exige ao governo que
aumente a equidade na distribuição dos sacrifícios, cortando na despesa
do Estado. “Não sou contra a austeridade, mas tem de ser equitativa
entre as pessoas e o Estado”, afirma ao i o líder da JSD, Duarte
Marques. Para o deputado do PSD, só é “admissível” pedir sacrifícios às
pessoas caso se peça “um corte semelhante no próprio Estado”.
Uma “sensação de equidade” que é igualmente exigida pelos TSD. Em
comunicado, os trabalhadores sociais-democratas defendem que “não terá
existido a ponderação suficiente” na comunicação de Passos Coelho aos
portugueses, o que terá contribuído “para uma indesejável deterioração
da confiança entre a opinião pública e o executivo”. Mais: o modo como
as medidas foram anunciadas transmite “a incómoda sensação de se
onerarem os rendimentos do trabalho, ao invés, de desonerarem os
rendimentos do capital”.
Nuno Morais Sarmento, ex-ministro do governo de Durão Barroso, diz ao i não
querer fazer comentários, mas acrescenta um “desabafo” sintomático:
“Ainda estou engasgado com as medidas”. Mais directo é o ex-dirigente do
PSD, Miguel Veiga. “Por este caminho não vamos lá”, diz o histórico do
partido, convicto de que o “crescente cavalgar de medidas restritivas
conduz a uma situação de quase ruptura social”.
Críticas que se juntam às de Marcelo Rebelo de Sousa, António Capucho
ou Bagão Félix. “Acho que se deu a machadada final no regime
previdencial”, disse o ex-ministro das Finanças.
Entre as distritais do PSD também há sinais de descontentamento.
Virgílio Macedo, líder da distrital do Porto, discorda do modelo
encontrado para combater o desemprego. “Há um erro de concepção nestas
medidas. O efeito ao nível da competitividade das empresas será residual
e esse eventual efeito positivo poderá ser anulado pela diminuição da
procura interna”, diz o social-democrata.
Virgílio Macedo defende que só será possível saber se existe “uma
verdadeira equidade” quando for conhecido o Orçamento do Estado para
2013, mas avisa que “estas soluções terão de ser acompanhadas de outro
tipo de medidas por uma questão de equidade e justiça fiscal,
nomeadamente a tributação do rendimento de capitais”.
Na sexta-feira, Passos Coelho comprometeu-se a encontrar medidas para
proteger as pessoas com menores rendimentos. O primeiro-ministro falou
num crédito fiscal em sede de IRS a abater no ano seguinte mas, ao que o
i apurou, a fórmula ainda não está fechada e deverá ser discutida com os parceiros sociais. Ao i,
o vice-presidente do PSD, Pedro Pinto, garante que a aplicação do
aumento das taxas para a Segurança Social “não vai ser feita da mesma
maneira para toda a gente”. “Vai haver medidas diferenciadoras consoante
os rendimentos”, diz.
Com Sónia Cerdeira e Susete Francisco
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Só discuto o que nao sei ...O ke sei ensino ...POIZ
Vitor mango- Pontos : 118178
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Críticas que se juntam às de Marcelo Rebelo de Sousa, António Capucho
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previdencial”, disse o ex-ministro das Finanças.
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