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Grécia precisa de novo perdão, mas BCE e Berlim dizem não

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Grécia precisa de novo perdão, mas BCE e Berlim dizem não  Empty Grécia precisa de novo perdão, mas BCE e Berlim dizem não

Mensagem por Vitor mango Ter Out 30, 2012 4:49 am

Grécia precisa de novo perdão, mas BCE e Berlim dizem não












Por Bruno Faria Lopes, publicado em 30 Out 2012 - 03:10 | Actualizado há 7 horas 33 minutos















Tensão sobre o que fazer com a Grécia reabre o tema da permanência do país na zona euro e o risco de instabilidade na região


























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A crise da zona euro está adormecida – mas no epicentro, a Grécia, vai
sendo desenhado um novo abalo. Depois das notícias sobre o desejo por
parte da troika de uma segunda reestruturação de dívida na Grécia,
representantes do governo da Alemanha e do conselho de governadores do
Banco Central Europeu responderam ontem com uma palavra: “Não”. Nos
próximos dias haverá vários contactos e reuniões presenciais quer entre
ministros das finanças da zona euro, quer entre a chanceler alemã Angela
Merkel e a directora-geral do FMI Christine Lagarde. O objectivo é
evitar um novo pico de incerteza na zona euro e encontrar um novo
remendo para um país em queda livre.

Do ponto de vista económico, o ponto de partida é simples de
diagnosticar. A Grécia enfrenta em 2013 o sexto ano consecutivo de
recessão, com uma perda acumulada do PIB superior a 24%. Com a economia
em colapso incontido (a previsão é de -4% em 2013) e sem expectativa de
recuperação a breve prazo, não há forma de assegurar que o rácio de
dívida baixará para 120% do PIB em 2020, reconheceram já técnicos da
burocracia europeia (à Reuters em Julho) e da troika (numa versão
preliminar, noticiada pelo “Der Spiegel”, do relatório de avaliação a
apresentar em Novembro). Depois da primeira reestruturação se ter
centrado nos créditos de investidores privados, a segunda não conseguirá
evitar perdas para alguns ou todos os credores oficiais do país (onde
se incluem todos os países europeus que emprestaram à Grécia, o Banco
Central Europeu e o FMI).

A resposta política europeia ao problema económico grego está, contudo,
longe de ser simples – sobretudo na Alemanha, o principal credor
soberano. Qualquer mudança (mais tempo, mais dinheiro ou um eventual
perdão, etc.) ao desenho actual do segundo pacote grego terá de ser
aprovado no parlamento alemão e os conservadores do CSU (partido
coligado com a CDU de Merkel) começam a rebelar-se em em cada vez maior
número contra o que entendem ser concessões a um país percebido como
incumpridor dos termos da troika.

A par do CSU, Merkel enfrenta oposição forte por parte do tablóide mais
influente no país, o “Bild”, que defende abertamente a saída da Grécia
do euro. A versão preliminar do relatório da troika indica que a Grécia
cumpriu 60% das medidas impostas.

Merkel enfrenta legislativas em Setembro de 2013 e rejeita a hipótese
de reestruturação da dívida grega. Mesmo uma nova assistência financeira
ao país – sob a forma de financiamento para uma recompra de dívida por
parte do governo grego – enfrentará resistência parlamentar. “A lei
orçamental alemã, no artigo 39, diz que só podem ser concedidos créditos
quando não há a perspectiva de incumprimento”, afirmou ontem o
porta-voz do governo, Steffen Seibert.

Mas recompra de dívida é mesmo a hipótese mais provável, tendo sido
sinalizada pelo ministro das Finanças Wolfgang Schaeuble. O presidente
francês, François Hollande, a directora geral do FMI, Christine Lagarde,
e os líderes do Banco Mundial e da OCDE passarão esta semana por Berlim
para reuniões com Merkel sobre a saída de curto prazo.

Para já sabe-se apenas que o Banco Central Europeu – um dos principais
credores – ficará de fora. Outra certeza está na dureza económica e
política das medidas impostas para a Grécia beneficiar de qualquer
cedência. Estas podem incluir uma provisão que sobe automaticamente os
impostos caso as medidas orçamentais não estejam a ser cumpridas.

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Só discuto o que nao sei ...O ke sei ensino ...POIZ
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Vitor mango
Vitor mango

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