O relatório do FMI e...
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O relatório do FMI e...
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No fundo do fundo
por FERNANDA CÂNCIO
Ontem
Há semanas, os media portugueses juravam que nunca mais um acrónimo internacional sonante e cartões de visita de "consultor" os fariam propagar balelas. Assim, quando por exemplo o diretor do Jornal de Negócios divulga um relatório do FMI e o qualifica de "análise correta", em sintonia com as direções de outros jornais económicos, é de acreditar.
Pena que o documento esteja cheio de propostas inconstitucionais - desde quando é que é "correto" infringir a lei? -, de falsificações grosseiras da realidade (diz que o atual governo "melhorou a avaliação dos professores"), de afirmações risíveis pela sua total descontextualização (como a de que Portugal apresenta nos últimos 30 anos um dos mais elevados incrementos de despesa na saúde das economias avançadas - o Serviço Nacional de Saúde foi criado em 1979, estúpidos), assim como de contradições e conclusões abusivas e infundamentadas.
O DN de ontem iniciou o levantamento de erros e distorções, sobretudo na área da educação; no i demonstrou-se o ridículo de dizer que o sistema de pensões deve ser alterado para incrementar o envelhecimento ativo - somos o país da UE com mais idosos acima dos 65 que trabalham, 14,4% contra 4,8% de média -; o próprio Negócios desmontou a ideia de que as prestações sociais beneficiam sobretudo os mais abonados. Mas há muito mais: o FMI reconhece estar o gasto em subsídio de desemprego abaixo do da generalidade da UE e que não se deve, num momento de crise severa, mexer nos apoios sociais no fito exclusivo da poupança; a seguir propõe passar o subsídio, ao fim de 10 meses de desemprego, para 400 e poucos euros. Objetivo? Cortar "de 300 a 600 milhões".
Pior: na página 62, calcula-se a poupança resultante da preconizada generalização dos contratos de associação (baseada na asserção, "justificada" com resultados do PISA de há uma década e a não consubstanciada melhor performance das escolas privadas com contrato de associação, de que o sistema público é ineficiente) em 580 milhões de euros. Como? Citando o relatório do Tribunal de Contas que estima ser cada aluno em escolas com contratos de associação mais barato 400 euros que nos estabelecimentos públicos, e multiplicando esse valor pelo 1,5 milhão de estudantes portugueses de todos os graus de ensino abaixo da universidade. Num tocante acesso de honestidade, o FMI reconhece em rodapé que um outro estudo - encomendado por este governo - calcula a diferença em apenas 50 euros; mas escusa-se a justificar a escolha da verba mais alta, como a reparar que o TC reconhece estarem as suas conclusões desatualizadas (devido aos cortes efetuados desde 2010). Quanto ao facto de o outro estudo dizer que cada turma dos 2º e 3º ciclos no público custa menos 15 mil euros que em contrato de associação, nem vê-lo.
Ideologia travestida de parecer técnico, diz-se. Também, claro. Mas sobretudo incompetência e desonestidade. De quem o fez, de quem o avaliza e de quem o não denuncia.
In DN
No fundo do fundo
por FERNANDA CÂNCIO
Ontem
Há semanas, os media portugueses juravam que nunca mais um acrónimo internacional sonante e cartões de visita de "consultor" os fariam propagar balelas. Assim, quando por exemplo o diretor do Jornal de Negócios divulga um relatório do FMI e o qualifica de "análise correta", em sintonia com as direções de outros jornais económicos, é de acreditar.
Pena que o documento esteja cheio de propostas inconstitucionais - desde quando é que é "correto" infringir a lei? -, de falsificações grosseiras da realidade (diz que o atual governo "melhorou a avaliação dos professores"), de afirmações risíveis pela sua total descontextualização (como a de que Portugal apresenta nos últimos 30 anos um dos mais elevados incrementos de despesa na saúde das economias avançadas - o Serviço Nacional de Saúde foi criado em 1979, estúpidos), assim como de contradições e conclusões abusivas e infundamentadas.
O DN de ontem iniciou o levantamento de erros e distorções, sobretudo na área da educação; no i demonstrou-se o ridículo de dizer que o sistema de pensões deve ser alterado para incrementar o envelhecimento ativo - somos o país da UE com mais idosos acima dos 65 que trabalham, 14,4% contra 4,8% de média -; o próprio Negócios desmontou a ideia de que as prestações sociais beneficiam sobretudo os mais abonados. Mas há muito mais: o FMI reconhece estar o gasto em subsídio de desemprego abaixo do da generalidade da UE e que não se deve, num momento de crise severa, mexer nos apoios sociais no fito exclusivo da poupança; a seguir propõe passar o subsídio, ao fim de 10 meses de desemprego, para 400 e poucos euros. Objetivo? Cortar "de 300 a 600 milhões".
Pior: na página 62, calcula-se a poupança resultante da preconizada generalização dos contratos de associação (baseada na asserção, "justificada" com resultados do PISA de há uma década e a não consubstanciada melhor performance das escolas privadas com contrato de associação, de que o sistema público é ineficiente) em 580 milhões de euros. Como? Citando o relatório do Tribunal de Contas que estima ser cada aluno em escolas com contratos de associação mais barato 400 euros que nos estabelecimentos públicos, e multiplicando esse valor pelo 1,5 milhão de estudantes portugueses de todos os graus de ensino abaixo da universidade. Num tocante acesso de honestidade, o FMI reconhece em rodapé que um outro estudo - encomendado por este governo - calcula a diferença em apenas 50 euros; mas escusa-se a justificar a escolha da verba mais alta, como a reparar que o TC reconhece estarem as suas conclusões desatualizadas (devido aos cortes efetuados desde 2010). Quanto ao facto de o outro estudo dizer que cada turma dos 2º e 3º ciclos no público custa menos 15 mil euros que em contrato de associação, nem vê-lo.
Ideologia travestida de parecer técnico, diz-se. Também, claro. Mas sobretudo incompetência e desonestidade. De quem o fez, de quem o avaliza e de quem o não denuncia.
In DN
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Joao Ruiz- Pontos : 32035
Re: O relatório do FMI e...
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Eis o famoso relatório, em inglês:
http://www.dn.pt/DNMultimedia/DOCS+PDFS/Relat%F3rioFMI.pdf
Logo que a consiga, colarei aqui a tradução.
Eis o famoso relatório, em inglês:
http://www.dn.pt/DNMultimedia/DOCS+PDFS/Relat%F3rioFMI.pdf
Logo que a consiga, colarei aqui a tradução.
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Governo tem legitimidade para tomar todas as medidas
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Governo tem legitimidade para tomar todas as medidas
Ontem
O primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, defendeu hoje que o Governo PSD/CDS-PP tem legitimidade para tomar todas as medidas, desde que elas respeitem a Constituição e a lei.
Pedro Passos Coelho rejeitou assim a ideia defendida pelo PS de que o executivo não tem mandato eleitoral para aplicar as propostas de cortes na despesa incluídas no relatório do Fundo Monetário Internacional divulgado na quarta-feira.
"O Governo não foi eleito apenas para executar o memorando de entendimento com a 'troika'. O Governo foi eleito para governar o país de acordo com o seu próprio programa e de acordo com as necessidades que o país tem. O Governo tem, portanto, toda a legitimidade para vir a tomar todas as medidas que sejam necessárias para preparar o futuro do país, quaisquer que elas sejam, desde que elas sejam conformes à nossa Constituição e às nossas leis", defendeu o primeiro-ministro, em conferência de imprensa, na sua residência oficial, em Lisboa.
Segundo Passos Coelho, "o Governo está legitimado para governar, essa é uma questão que não tem discussão", e pretende cumprir o seu mandato até ao fim.
"Realizaram-se eleições há cerca de um ano e meio e o Governo, que é suportado pelos dois partidos que têm maioria parlamentar, está mandatado pelo povo português para cumprir o seu mandato de quatro anos, e esse é o nosso propósito", afirmou.
In DN
Governo tem legitimidade para tomar todas as medidas
Ontem
O primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, defendeu hoje que o Governo PSD/CDS-PP tem legitimidade para tomar todas as medidas, desde que elas respeitem a Constituição e a lei.
Pedro Passos Coelho rejeitou assim a ideia defendida pelo PS de que o executivo não tem mandato eleitoral para aplicar as propostas de cortes na despesa incluídas no relatório do Fundo Monetário Internacional divulgado na quarta-feira.
"O Governo não foi eleito apenas para executar o memorando de entendimento com a 'troika'. O Governo foi eleito para governar o país de acordo com o seu próprio programa e de acordo com as necessidades que o país tem. O Governo tem, portanto, toda a legitimidade para vir a tomar todas as medidas que sejam necessárias para preparar o futuro do país, quaisquer que elas sejam, desde que elas sejam conformes à nossa Constituição e às nossas leis", defendeu o primeiro-ministro, em conferência de imprensa, na sua residência oficial, em Lisboa.
Segundo Passos Coelho, "o Governo está legitimado para governar, essa é uma questão que não tem discussão", e pretende cumprir o seu mandato até ao fim.
"Realizaram-se eleições há cerca de um ano e meio e o Governo, que é suportado pelos dois partidos que têm maioria parlamentar, está mandatado pelo povo português para cumprir o seu mandato de quatro anos, e esse é o nosso propósito", afirmou.
In DN
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Joao Ruiz- Pontos : 32035
"O que está no relatório do FMI é contrário ao que prometeu"
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"O que está no relatório do FMI é contrário ao que prometeu"
por Lusa, texto publicado por Sofia Fonseca
Ontem
Fotografia © Vítor Rios/Global Imagens
O secretário-geral do PS avisou hoje o Governo que "não tem legitimidade" para aplicar as medidas que constam do relatório do FMI, mas não esclareceu se o partido poderá avançar com uma moção de censura.
"O primeiro-ministro deve ter bem presente as palavras que estou a dizer: Não tem mandato, nem o Governo tem legitimidade porque aquilo que está no relatório do FMI é ao contrário daquilo que o primeiro-ministro prometeu aos portugueses", avisou António José Seguro, à margem de uma visita a uma fábrica de calçado do grupo Kyaia, em Paredes de Coura.
Contudo, escusou-se, perante a insistência dos jornalistas, a esclarecer se poderá avançar com uma moção de censura ao Governo, caso a maioria PSD/CDS-PP venha a implementar as medidas agora conhecidas.
Em causa estão as propostas de cortes na despesa incluídas no relatório do Fundo Monetário Internacional (FMI) divulgado na quarta-feira.
"Se não seguir esse caminho [agenda de crescimento defendida pelo PS], terei muito gosto em responder a essa pergunta, na altura", afirmou Seguro, sustentando: "Os portugueses não votaram no FMI para governar Portugal".
Hoje o primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, defendeu que o Governo PSD/CDS-PP tem legitimidade para tomar todas as medidas, desde que elas respeitem a Constituição e a lei.
"O Governo não foi eleito apenas para executar o memorando de entendimento com a 'troika'. O Governo foi eleito para governar o país de acordo com o seu próprio programa e de acordo com as necessidades que o país tem. O Governo tem, portanto, toda a legitimidade para vir a tomar todas as medidas que sejam necessárias para preparar o futuro do país, quaisquer que elas sejam, desde que elas sejam conformes à nossa Constituição e às nossas leis", defendeu o primeiro-ministro, em conferência de imprensa, na sua residência oficial, em Lisboa.
Segundo Passos Coelho, "o Governo está legitimado para governar, essa é uma questão que não tem discussão", e pretende cumprir o seu mandato até ao fim.
"Realizaram-se eleições há cerca de um ano e meio e o Governo, que é suportado pelos dois partidos que têm maioria parlamentar, está mandatado pelo povo português para cumprir o seu mandato de quatro anos, e esse é o nosso propósito", afirmou.
In DN
"O que está no relatório do FMI é contrário ao que prometeu"
por Lusa, texto publicado por Sofia Fonseca
Ontem
Fotografia © Vítor Rios/Global Imagens
O secretário-geral do PS avisou hoje o Governo que "não tem legitimidade" para aplicar as medidas que constam do relatório do FMI, mas não esclareceu se o partido poderá avançar com uma moção de censura.
"O primeiro-ministro deve ter bem presente as palavras que estou a dizer: Não tem mandato, nem o Governo tem legitimidade porque aquilo que está no relatório do FMI é ao contrário daquilo que o primeiro-ministro prometeu aos portugueses", avisou António José Seguro, à margem de uma visita a uma fábrica de calçado do grupo Kyaia, em Paredes de Coura.
Contudo, escusou-se, perante a insistência dos jornalistas, a esclarecer se poderá avançar com uma moção de censura ao Governo, caso a maioria PSD/CDS-PP venha a implementar as medidas agora conhecidas.
Em causa estão as propostas de cortes na despesa incluídas no relatório do Fundo Monetário Internacional (FMI) divulgado na quarta-feira.
"Se não seguir esse caminho [agenda de crescimento defendida pelo PS], terei muito gosto em responder a essa pergunta, na altura", afirmou Seguro, sustentando: "Os portugueses não votaram no FMI para governar Portugal".
Hoje o primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, defendeu que o Governo PSD/CDS-PP tem legitimidade para tomar todas as medidas, desde que elas respeitem a Constituição e a lei.
"O Governo não foi eleito apenas para executar o memorando de entendimento com a 'troika'. O Governo foi eleito para governar o país de acordo com o seu próprio programa e de acordo com as necessidades que o país tem. O Governo tem, portanto, toda a legitimidade para vir a tomar todas as medidas que sejam necessárias para preparar o futuro do país, quaisquer que elas sejam, desde que elas sejam conformes à nossa Constituição e às nossas leis", defendeu o primeiro-ministro, em conferência de imprensa, na sua residência oficial, em Lisboa.
Segundo Passos Coelho, "o Governo está legitimado para governar, essa é uma questão que não tem discussão", e pretende cumprir o seu mandato até ao fim.
"Realizaram-se eleições há cerca de um ano e meio e o Governo, que é suportado pelos dois partidos que têm maioria parlamentar, está mandatado pelo povo português para cumprir o seu mandato de quatro anos, e esse é o nosso propósito", afirmou.
In DN
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Joao Ruiz- Pontos : 32035
PSD diz que corte de 4 mil milhões será "permanente"
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PSD diz que corte de 4 mil milhões será "permanente"
por Lusa, texto publicado por Sofia Fonseca
Ontem
Fotografia Gerardo Santos/Global Imagens
O PSD garantiu hoje que o corte nas funções estruturais do Estado assumido pelo Governo perante a 'troika' será de caráter "permanente" e esclareceu que o aumento do empréstimo a Portugal não inviabiliza esse corte.
"O plano que a 'troika' - Fundo Monetário Internacional, Comissão Europeia e Banco Central Europeu - nos apresentou e ao qual o Governo está comprometido é um corte estrutural de cerca de 4 mil milhões de euros. Um corte estrutural significa que é um corte permanente", afirmou o deputado social-democrata Duarte Pacheco aos jornalistas, no Parlamento.
A Comissão Europeia confirmou hoje que o empréstimo português deverá ser aumentado em "três a quatro mil milhões de euros", devido a alterações cambiais e nos empréstimos concedidos pelo Fundo Europeu de Estabilização Financeira (FEEF), aproximadamente o mesmo valor que o Governo propõe cortar nas funções estruturais do Estado.
"Não estamos a falar de um corte temporário que poderia, esse sim, ser tapado com um financiamento suplementar. Não queremos um financiamento suplementar para tapar um corte suplementar. Queremos que o corte seja estrutural para, por essa via, os impostos e a carga fiscal, que já hoje todos consideram excessiva possa, ela própria, baixar", reforçou Duarte Pacheco.
O Jornal de Negócios noticia na sua edição de hoje que Portugal vai receber "mais três a quatro mil milhões [de euros] da 'troika'", elevando o empréstimo "para 81 a 82 mil milhões de euros", uma informação que foi confirmada à Lusa pelo porta-voz da Comissão Europeia para os Assuntos Económicos e financeiros, Simon O'Connor.
Tendo em conta estas alterações, acrescenta o porta-voz da "Comissão Barroso", "Portugal pode esperar receber mais três a quatro mil milhões de euros do que estava inicialmente previsto no plano de 2011, sem condicionalidade extra".
O empréstimo inicial a Portugal incluía 26 mil milhões de euros do FMI, 26 mil milhões de euros do Mecanismo Europeu de Estabilidade e 26 mil milhões de euros do FEEF
In DN
PSD diz que corte de 4 mil milhões será "permanente"
por Lusa, texto publicado por Sofia Fonseca
Ontem
Fotografia Gerardo Santos/Global Imagens
O PSD garantiu hoje que o corte nas funções estruturais do Estado assumido pelo Governo perante a 'troika' será de caráter "permanente" e esclareceu que o aumento do empréstimo a Portugal não inviabiliza esse corte.
"O plano que a 'troika' - Fundo Monetário Internacional, Comissão Europeia e Banco Central Europeu - nos apresentou e ao qual o Governo está comprometido é um corte estrutural de cerca de 4 mil milhões de euros. Um corte estrutural significa que é um corte permanente", afirmou o deputado social-democrata Duarte Pacheco aos jornalistas, no Parlamento.
A Comissão Europeia confirmou hoje que o empréstimo português deverá ser aumentado em "três a quatro mil milhões de euros", devido a alterações cambiais e nos empréstimos concedidos pelo Fundo Europeu de Estabilização Financeira (FEEF), aproximadamente o mesmo valor que o Governo propõe cortar nas funções estruturais do Estado.
"Não estamos a falar de um corte temporário que poderia, esse sim, ser tapado com um financiamento suplementar. Não queremos um financiamento suplementar para tapar um corte suplementar. Queremos que o corte seja estrutural para, por essa via, os impostos e a carga fiscal, que já hoje todos consideram excessiva possa, ela própria, baixar", reforçou Duarte Pacheco.
O Jornal de Negócios noticia na sua edição de hoje que Portugal vai receber "mais três a quatro mil milhões [de euros] da 'troika'", elevando o empréstimo "para 81 a 82 mil milhões de euros", uma informação que foi confirmada à Lusa pelo porta-voz da Comissão Europeia para os Assuntos Económicos e financeiros, Simon O'Connor.
Tendo em conta estas alterações, acrescenta o porta-voz da "Comissão Barroso", "Portugal pode esperar receber mais três a quatro mil milhões de euros do que estava inicialmente previsto no plano de 2011, sem condicionalidade extra".
O empréstimo inicial a Portugal incluía 26 mil milhões de euros do FMI, 26 mil milhões de euros do Mecanismo Europeu de Estabilidade e 26 mil milhões de euros do FEEF
In DN
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Joao Ruiz- Pontos : 32035
Movimento de cidadãos apela a um "Portugal soberano"
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Movimento de cidadãos apela a um "Portugal soberano"
por Lusa
Ontem
O arquitecto Álvaro Siza Vieira, a cineasta Raquel Freire e a escritora Alice Vieira estão entre os subscritores de um apelo na Internet que pede um "Portugal soberano e desenvolvido" e livre do programa de assistência financeira internacional.
"Vencendo a resignação e a manipulação fatalista, afirmamos o nosso inconformismo perante um pacto de agressão que está a conduzir Portugal e o povo português ao declínio económico, ao empobrecimento e à perda de direitos duramente conquistados, num quadro de intolerável regressão social", dizem os subscritores do apelo, que conta já com a assinatura de mais de 600 personalidades.
O catedrático José Barata Moura, o presidente do Sindicato dos Jornalistas, Alfredo Maia, o secretário-geral da UGT, João Proença, e o Capitão de Abril Duran Clemente estão também entre os subscritores do apelo.
Portugal, dizem, "tem futuro, tem recursos, a começar pelo seu povo, e capacidades para se afirmar como nação soberana e desenvolvida", e "é possível encetar um caminho de crescimento, de valorização do trabalho e de dignificação das condições de vida do povo português".
Nesse sentido, os autores apelam a "todos os democratas e patriotas, para que manifestem a sua opinião e para que inscrevam, como imperativo patriótico da sua intervenção cívica e política, a denúncia e a rejeição" do programa de assistência financeira que "está a ser imposto" a Portugal.
A 23 de fevereiro realiza-se a conferência nacional "Em defesa de um Portugal soberano e desenvolvido", na Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa, informaram também os autores do texto, que está disponível no site do movimento, que tem também uma página no Facebook
In DN
Movimento de cidadãos apela a um "Portugal soberano"
por Lusa
Ontem
O arquitecto Álvaro Siza Vieira, a cineasta Raquel Freire e a escritora Alice Vieira estão entre os subscritores de um apelo na Internet que pede um "Portugal soberano e desenvolvido" e livre do programa de assistência financeira internacional.
"Vencendo a resignação e a manipulação fatalista, afirmamos o nosso inconformismo perante um pacto de agressão que está a conduzir Portugal e o povo português ao declínio económico, ao empobrecimento e à perda de direitos duramente conquistados, num quadro de intolerável regressão social", dizem os subscritores do apelo, que conta já com a assinatura de mais de 600 personalidades.
O catedrático José Barata Moura, o presidente do Sindicato dos Jornalistas, Alfredo Maia, o secretário-geral da UGT, João Proença, e o Capitão de Abril Duran Clemente estão também entre os subscritores do apelo.
Portugal, dizem, "tem futuro, tem recursos, a começar pelo seu povo, e capacidades para se afirmar como nação soberana e desenvolvida", e "é possível encetar um caminho de crescimento, de valorização do trabalho e de dignificação das condições de vida do povo português".
Nesse sentido, os autores apelam a "todos os democratas e patriotas, para que manifestem a sua opinião e para que inscrevam, como imperativo patriótico da sua intervenção cívica e política, a denúncia e a rejeição" do programa de assistência financeira que "está a ser imposto" a Portugal.
A 23 de fevereiro realiza-se a conferência nacional "Em defesa de um Portugal soberano e desenvolvido", na Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa, informaram também os autores do texto, que está disponível no site do movimento, que tem também uma página no Facebook
In DN
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Joao Ruiz- Pontos : 32035
PS e PSD "têm dado mostras de ansiedade e desorientação"
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PS e PSD "têm dado mostras de ansiedade e desorientação"
por Lusa, texto publicado por Sofia Fonseca
Hoje
O secretário nacional do PS, Eurico Brilhante Dias, afirmou hoje que "é preciso parar a espiral recessiva" e rejeitou que os socialistas tenham pressa de ir a eleições, sublinhando que PSD e CDS é que mostram "ansiedade e desorientação".
Eurico Brilhante Dias dava assim a réplica ao vice presidente do PSD, Jorge Moreira da Silva, que acusou o PS de "aparentar ter pressa em ter eleições" e desafiou os socialistas a assumirem as suas opções no que respeita à redefinição das funções do Estado.
"O PS não tem tido nunca pressa de ir a eleições. Quem parece que tem pressa de ir a eleições nalgumas circunstâncias parecem ser muitos militantes do PSD e do CDS", disse o dirigente socialista, salientando que o PS tem sido "um referencial de estabilidade" nos últimos 12 meses e que "quem tem dado mostras de ansiedade e de desorientação tem sido o PSD e o CDS".
O secretário nacional do PS considerou, por outro lado, que "ninguém começa a fazer uma reforma, cortando nos benefícios dos portugueses", afirmando que "o PS está sempre disponível para participar numa verdadeira reforma do Estado", mas não para fazer um corte de 4 mil milhões de euros, que oculta "um erro de política do Governo e de execução orçamental".
Eurico Brilhante Dias reforçou que o PS "não concorda" com o caminho de austeridade que tem sido seguido, temendo que se sigam mais cortes.
"É preciso parar a espiral recessiva e o que o Governo nos propõe é dar mais um empurrãozinho numa espiral recessiva que já está em andamento", declarou.
In DN
PS e PSD "têm dado mostras de ansiedade e desorientação"
por Lusa, texto publicado por Sofia Fonseca
Hoje
O secretário nacional do PS, Eurico Brilhante Dias, afirmou hoje que "é preciso parar a espiral recessiva" e rejeitou que os socialistas tenham pressa de ir a eleições, sublinhando que PSD e CDS é que mostram "ansiedade e desorientação".
Eurico Brilhante Dias dava assim a réplica ao vice presidente do PSD, Jorge Moreira da Silva, que acusou o PS de "aparentar ter pressa em ter eleições" e desafiou os socialistas a assumirem as suas opções no que respeita à redefinição das funções do Estado.
"O PS não tem tido nunca pressa de ir a eleições. Quem parece que tem pressa de ir a eleições nalgumas circunstâncias parecem ser muitos militantes do PSD e do CDS", disse o dirigente socialista, salientando que o PS tem sido "um referencial de estabilidade" nos últimos 12 meses e que "quem tem dado mostras de ansiedade e de desorientação tem sido o PSD e o CDS".
O secretário nacional do PS considerou, por outro lado, que "ninguém começa a fazer uma reforma, cortando nos benefícios dos portugueses", afirmando que "o PS está sempre disponível para participar numa verdadeira reforma do Estado", mas não para fazer um corte de 4 mil milhões de euros, que oculta "um erro de política do Governo e de execução orçamental".
Eurico Brilhante Dias reforçou que o PS "não concorda" com o caminho de austeridade que tem sido seguido, temendo que se sigam mais cortes.
"É preciso parar a espiral recessiva e o que o Governo nos propõe é dar mais um empurrãozinho numa espiral recessiva que já está em andamento", declarou.
In DN
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Passos quer um país onde "cada um trata de si"
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Passos quer um país onde "cada um trata de si"
por Lusa
Hoje
O secretário-geral do PS acusou esta sexta-feira à noite o primeiro-ministro de defender um país em que "cada um trata de si", alertando para que as medidas que constam do relatório do FMI, a serem concretizadas, vão criar "outro país".
"Não são 'propostaszinhas'. São de uma dimensão tal que, a serem aplicadas, configuram um outro país, um país que nós não queremos", afirmou António José Seguro, durante um jantar com centenas de militantes de Ponte de Barca.
Seguro voltou a defender que o PS "não será cúmplice" no corte e 4 mil milhões de euros nas despesas do Estado, reafirmando que o Governo "não tem legitimidade ou mandato" para "fazer o contrário daquilo que prometeu" nas últimas eleições.
"O país do doutor Pedro Passos Coelho é um país com um Estado mínimo, em que cada um trata de si. Nós queremos um país com um Estado forte, eficiente, que combata as desigualdades sociais e que seja solidário com aqueles que mais necessitam", disse ainda.
O líder socialista admitiu contribuir para um processo de "modernização" do Estado, mas rejeitou as medidas que constam do relatório do Fundo Monetário Internacional (FMI), divulgado quarta-feira.
Admitiu, contudo, que para a saída da crise "não há varinhas mágicas ou soluções fáceis".
"O caminho é estreito, mas há outro caminho. E façam-me justiça. Não o digo agora, digo-o há mais de um ano", sublinhou, referindo-se à necessidade de dar "prioridade ao crescimento e ao emprego", além do "rigor orçamental".
Uma agenda que, recordou, é hoje defendida "por personalidades da esquerda à direita", parceiros sociais e pelo Presidente da República.
"Se há este consenso, que mobiliza uma grande parte da sociedade portuguesa, a maioria, porque é que o primeiro-ministro continua isolado e insensível à necessidade de mudarmos de caminho?", questionou.
Num tom crítico, Seguro assinalou que em 2012 os portugueses "cumpriram", mas que o Governo "falhou os objetivos", por utilizar a receita "errada", já que a "austeridade faz parte do problema".
"Então, porquê insistir no mesmo caminho?", questionou.
In DN
Passos quer um país onde "cada um trata de si"
por Lusa
Hoje
O secretário-geral do PS acusou esta sexta-feira à noite o primeiro-ministro de defender um país em que "cada um trata de si", alertando para que as medidas que constam do relatório do FMI, a serem concretizadas, vão criar "outro país".
"Não são 'propostaszinhas'. São de uma dimensão tal que, a serem aplicadas, configuram um outro país, um país que nós não queremos", afirmou António José Seguro, durante um jantar com centenas de militantes de Ponte de Barca.
Seguro voltou a defender que o PS "não será cúmplice" no corte e 4 mil milhões de euros nas despesas do Estado, reafirmando que o Governo "não tem legitimidade ou mandato" para "fazer o contrário daquilo que prometeu" nas últimas eleições.
"O país do doutor Pedro Passos Coelho é um país com um Estado mínimo, em que cada um trata de si. Nós queremos um país com um Estado forte, eficiente, que combata as desigualdades sociais e que seja solidário com aqueles que mais necessitam", disse ainda.
O líder socialista admitiu contribuir para um processo de "modernização" do Estado, mas rejeitou as medidas que constam do relatório do Fundo Monetário Internacional (FMI), divulgado quarta-feira.
Admitiu, contudo, que para a saída da crise "não há varinhas mágicas ou soluções fáceis".
"O caminho é estreito, mas há outro caminho. E façam-me justiça. Não o digo agora, digo-o há mais de um ano", sublinhou, referindo-se à necessidade de dar "prioridade ao crescimento e ao emprego", além do "rigor orçamental".
Uma agenda que, recordou, é hoje defendida "por personalidades da esquerda à direita", parceiros sociais e pelo Presidente da República.
"Se há este consenso, que mobiliza uma grande parte da sociedade portuguesa, a maioria, porque é que o primeiro-ministro continua isolado e insensível à necessidade de mudarmos de caminho?", questionou.
Num tom crítico, Seguro assinalou que em 2012 os portugueses "cumpriram", mas que o Governo "falhou os objetivos", por utilizar a receita "errada", já que a "austeridade faz parte do problema".
"Então, porquê insistir no mesmo caminho?", questionou.
In DN
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Joao Ruiz- Pontos : 32035
O grande salto em frente
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O grande salto em frentepor PEDRO MARQUES LOPESHoje20 comentários
Com mais de ano e meio de atraso Passos Coelho apresentou o seu manifesto eleitoral. Está finalmente perante nós, mascarado de relatório do FMI, o que Vítor Gaspar, Passos Coelho e Relvas querem para o País - saberemos dentro em breve se devemos acrescentar Paulo Portas a esta lista. Eis a agenda escondida, o ir para além da troika, aquilo que a Santíssima Trindade sempre quis mas não apresentou aos portugueses receando não ganhar as eleições.
Esqueçamos a falta de vergonha e o desrespeito pelos cidadãos de se mandar para um jornal um documento que a ser implementado mudaria o País para sempre e depois mandar um mero secretário de Estado explicá-lo.
Também não vale a pena debater a ideia que se quis vender dizendo que são simples propostas de âmbito técnico e de se dizer que é um texto que busca consensos: é um documento puramente político e não pretende ser minimamente consensual. A prova disso é que nem os partidos da oposição, nem sindicatos, nem nenhum parceiro social foram tidos ou achados.
A verdade é que Passos Coelho contratou o FMI para lhe escrever o seu programa ideológico.
Como qualquer programa político é marcado ideologicamente, a opção ideológica naturalmente reflecte-se na maneira de fazer os diagnósticos, na forma de levantar as questões e essencialmente nas soluções propostas. Este relatório do FMI não deixa de ter inexactidões graves, erros flagrantes e enormes falsidades, mas sempre com o mesmo objectivo: defender opções políticas (até nisso se aproxima de um manifesto eleitoral). Mais, quando se pede um estudo deste tipo ao FMI sabe-se o que se vai obter. Digamos que a receita é conhecida e, para quem não saiba, não resultou em nenhum lado, da América Latina à Ásia. Pedir ao FMI um estudo sobre a reforma do Estado é perguntar a um muçulmano se prefere cordeiro ou porco. Já sabemos a resposta.
O documento põe em causa, por completo, o caminho seguido em Portugal após a revolução; pretende acabar com o Estado social, que tem sido consensual em Portugal, concorde-se ou não com a forma como está desenhado ou tem funcionado. Não se chega a meio de uma legislatura e se diz que se tem de despedir 50 000 professores, outros tantos militares, polícias e outros milhares largos de funcionários públicos. Também não é o momento para anunciar que se vai roubar 20% do dinheiro que as pessoas emprestaram ao Estado para que lhes fosse devolvido quando fossem velhas. São propostas legítimas, mas o mandato eleitoral não é um cheque em branco. O que está em causa não é propriamente privatizar 49% ou 51% da RTP ou aumentar mais ou menos os impostos: é uma mudança radical na forma de estruturar a comunidade, não pode ser feita sem um mandato claro do povo. Não se podem fazer estas mudanças absolutamente radicais sem eleições e em muitos casos mudando a própria Constituição. Ainda é preciso ouvir o povo para dar o grande salto em frente.
Há aqui ainda, entre muitos outros, um par de problemas. O parceiro de coligação, o CDS? Em que estado fica depois deste episódio, sabendo-se que não concorda com o verdadeiro plano do Governo, apesar de lhe pertencer? Portas e Cavaco estão cada vez mais parecidos nas ideias e nos actos: não se pode esperar nada deles. Não querem, até ver, contar.
O segundo e mais importante tem que ver com o PSD. Revê-se o partido neste programa? É que tudo o que tem sido a actuação deste Governo, sobretudo este programa Governo/FMI, é contra toda a sua história, toda a sua tradição governativa, toda a sua raiz ideológica. Pois, é muito provável que antes mesmo de haver eleições para sufragar o dito plano fossem necessárias eleições no PSD. Os sinais são claros. De Carreiras a Capucho, passando por Mota Amaral e pelo descontentamento visível das bases do partido. Não deixa de ser muito interessante, aliás, comparar este documento do FMI com o Relatório da Plataforma para o Crescimento Sustentável presidida pelo primeiro vice--presidente do PSD, Jorge Moreira da Silva. Não é preciso ler muitas páginas de ambos os documentos para percebermos o quão absolutamente distintas são as visões expostas. É muito difícil perceber como é que o Passos Coelho versão 2012/13 e Moreira da Silva são do mesmo partido.
Este Governo não é bem um Governo, é um terrível acidente. Talvez o pequeníssimo empurrão que falta para que caia não seja dado pelo Presidente da República ou pelo CDS mas pelo Partido Social-Democrata. Veremos se ainda sobra alguma força e carácter ao partido que teve um papel decisivo na construção da nossa democracia.
In DN
O grande salto em frentepor PEDRO MARQUES LOPESHoje20 comentários
Com mais de ano e meio de atraso Passos Coelho apresentou o seu manifesto eleitoral. Está finalmente perante nós, mascarado de relatório do FMI, o que Vítor Gaspar, Passos Coelho e Relvas querem para o País - saberemos dentro em breve se devemos acrescentar Paulo Portas a esta lista. Eis a agenda escondida, o ir para além da troika, aquilo que a Santíssima Trindade sempre quis mas não apresentou aos portugueses receando não ganhar as eleições.
Esqueçamos a falta de vergonha e o desrespeito pelos cidadãos de se mandar para um jornal um documento que a ser implementado mudaria o País para sempre e depois mandar um mero secretário de Estado explicá-lo.
Também não vale a pena debater a ideia que se quis vender dizendo que são simples propostas de âmbito técnico e de se dizer que é um texto que busca consensos: é um documento puramente político e não pretende ser minimamente consensual. A prova disso é que nem os partidos da oposição, nem sindicatos, nem nenhum parceiro social foram tidos ou achados.
A verdade é que Passos Coelho contratou o FMI para lhe escrever o seu programa ideológico.
Como qualquer programa político é marcado ideologicamente, a opção ideológica naturalmente reflecte-se na maneira de fazer os diagnósticos, na forma de levantar as questões e essencialmente nas soluções propostas. Este relatório do FMI não deixa de ter inexactidões graves, erros flagrantes e enormes falsidades, mas sempre com o mesmo objectivo: defender opções políticas (até nisso se aproxima de um manifesto eleitoral). Mais, quando se pede um estudo deste tipo ao FMI sabe-se o que se vai obter. Digamos que a receita é conhecida e, para quem não saiba, não resultou em nenhum lado, da América Latina à Ásia. Pedir ao FMI um estudo sobre a reforma do Estado é perguntar a um muçulmano se prefere cordeiro ou porco. Já sabemos a resposta.
O documento põe em causa, por completo, o caminho seguido em Portugal após a revolução; pretende acabar com o Estado social, que tem sido consensual em Portugal, concorde-se ou não com a forma como está desenhado ou tem funcionado. Não se chega a meio de uma legislatura e se diz que se tem de despedir 50 000 professores, outros tantos militares, polícias e outros milhares largos de funcionários públicos. Também não é o momento para anunciar que se vai roubar 20% do dinheiro que as pessoas emprestaram ao Estado para que lhes fosse devolvido quando fossem velhas. São propostas legítimas, mas o mandato eleitoral não é um cheque em branco. O que está em causa não é propriamente privatizar 49% ou 51% da RTP ou aumentar mais ou menos os impostos: é uma mudança radical na forma de estruturar a comunidade, não pode ser feita sem um mandato claro do povo. Não se podem fazer estas mudanças absolutamente radicais sem eleições e em muitos casos mudando a própria Constituição. Ainda é preciso ouvir o povo para dar o grande salto em frente.
Há aqui ainda, entre muitos outros, um par de problemas. O parceiro de coligação, o CDS? Em que estado fica depois deste episódio, sabendo-se que não concorda com o verdadeiro plano do Governo, apesar de lhe pertencer? Portas e Cavaco estão cada vez mais parecidos nas ideias e nos actos: não se pode esperar nada deles. Não querem, até ver, contar.
O segundo e mais importante tem que ver com o PSD. Revê-se o partido neste programa? É que tudo o que tem sido a actuação deste Governo, sobretudo este programa Governo/FMI, é contra toda a sua história, toda a sua tradição governativa, toda a sua raiz ideológica. Pois, é muito provável que antes mesmo de haver eleições para sufragar o dito plano fossem necessárias eleições no PSD. Os sinais são claros. De Carreiras a Capucho, passando por Mota Amaral e pelo descontentamento visível das bases do partido. Não deixa de ser muito interessante, aliás, comparar este documento do FMI com o Relatório da Plataforma para o Crescimento Sustentável presidida pelo primeiro vice--presidente do PSD, Jorge Moreira da Silva. Não é preciso ler muitas páginas de ambos os documentos para percebermos o quão absolutamente distintas são as visões expostas. É muito difícil perceber como é que o Passos Coelho versão 2012/13 e Moreira da Silva são do mesmo partido.
Este Governo não é bem um Governo, é um terrível acidente. Talvez o pequeníssimo empurrão que falta para que caia não seja dado pelo Presidente da República ou pelo CDS mas pelo Partido Social-Democrata. Veremos se ainda sobra alguma força e carácter ao partido que teve um papel decisivo na construção da nossa democracia.
In DN
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