AS PONTES AÉREAS QUE SALVARAM ISRAEL
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AS PONTES AÉREAS QUE SALVARAM ISRAEL
AS PONTES AÉREAS QUE SALVARAM ISRAEL
Sem ser um segredo, uma das evidências mais
esquecidas é o quanto o nascimento e a sobrevivência inicial do Estado
de Israel devem à Checoslováquia. Quando o Reino Unido resolveu abdicar
do seu mandato sobre a Palestina
em 1948, fê-lo em conflito simultâneo com as organizações nacionalistas
árabes e com as organizações sionistas judaicas. Como os extremistas
dos dois lados haviam recorrido ao terrorismo, a popularidade de uns e
outros na opinião pública e nos governos ocidentais não era propriamente elevada.
Nessas circunstâncias, um dos raros países que se terá então mostrado
interessado em negociar com os sionistas foi a Checoslováquia.
esquecidas é o quanto o nascimento e a sobrevivência inicial do Estado
de Israel devem à Checoslováquia. Quando o Reino Unido resolveu abdicar
do seu mandato sobre a Palestina
em 1948, fê-lo em conflito simultâneo com as organizações nacionalistas
árabes e com as organizações sionistas judaicas. Como os extremistas
dos dois lados haviam recorrido ao terrorismo, a popularidade de uns e
outros na opinião pública e nos governos ocidentais não era propriamente elevada.
Nessas circunstâncias, um dos raros países que se terá então mostrado
interessado em negociar com os sionistas foi a Checoslováquia.
Para além dos excedentes de guerra, aquele material que sobrara e que
era muito comum nos anos imediatamente seguintes à Segunda Guerra
Mundial, a Checoslováquia possuía uma notável indústria de armamento que, para embaraço dos checos mas também consequência das capitulações de Munique em 1938, passara os anos da Guerra a abastecer os exércitos do III Reich. Depois perdera-se aquele grande cliente e terá sido com agrado – mas também só depois da concordância de Moscovo – que a Checoslováquia respondeu às solicitações dos sionistas judeus. Na encomenda destes últimos incluía-se também aviação de combate…
A encomenda foi satisfeita com uma mistura eclética de aeronaves que, anos antes, se haviam até confrontado nos céus: 25 Messerschmitt Bf 109, de concepção alemã mas de construção checa (acima, com a cruz de David), conjuntamente com 60 Spitfires
(abaixo) que originalmente haviam sido fornecidos pelos britânicos aos
checos. Levá-los da Checoslováquia até ao destino obrigou à montagem de
umas discretas pontes aéreas que receberam os nomes de Operação Balak ou Velvetta, onde se contou com a cumplicidade da Jugoslávia socialista, que disponibilizou uma base aérea onde os caças se reabastecessem para a continuação da sua viagem até Israel.
Esses aviões tiveram uma contribuição importante mas não decisiva para o
desfecho da guerra que Israel então travava (1948). O mesmo não se
poderá dizer do material trazido pela outra ponte aérea em 1973 que terá
sido crucial para Israel. Também é verdade que o fornecedor desta vez
já era outro: os Estados Unidos, o que tornaria dispensáveis os cuidados
em manter a Operação – aqui baptizada Nickel Grass – tão discreta quanto as anteriores. 25 anos depois, Israel voltava a estar em guerra – do Yom Kippur
– com os seus vizinhos árabes mas continuava a não dispor de condições
para poder substituir sozinho o material que a guerra ia destruindo.
[justify]
Os meios e material envolvidos nesta outra ponte aérea não têm qualquer
comparação com as anteriores. Durante um mês os grandes aviões
cargueiros C-5 e C-141
dos Estados Unidos realizaram 567 missões com destino a Israel onde
transportaram mais de 20 mil toneladas de material de guerra, incluindo
até carros de combate M-60 ou peças de artilharia auto-propulsionada de 155 mm. Directamente pelo ar chegaram 40 caças-bombardeiros F-4 e 36 A-4 e ainda 12 cargueiros C-130. Refira-se que o papel cúmplice da Jugoslávia, disponibilizando a base aérea para reabastecimento, foi aqui representado por Portugal com as Lajes, nos Açores.
Mesmo contando com a melhoria de estatuto internacional do fornecedor
do material de guerra – de um país europeu mediano para uma das
superpotências mundiais – e com a melhoria da qualidade desse material –
os Estados Unidos forneceram Israel com o que de mais moderno havia em
termos de equipamento militar – as conclusões a extrair depois da Guerra
do Yom Kippur é que em 25 anos (1948-1973), depois de 4
guerras tacticamente vitoriosas contra os seus vizinhos árabes (1948,
1956, 1967 e 1973), a autonomia estratégica de Israel parecia não ter
evoluído de todo, sempre dependente do exterior para a sua sobrevivência
como Estado.
Publicada por
A.Teixeira
à(s)
5:50 PM
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Armamento,
Aviação,
Eslovaquia,
Estados Unidos,
Estratégia,
Israel,
República Checa
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Só discuto o que nao sei ...O ke sei ensino ...POIZ
Vitor mango- Pontos : 118212
Re: AS PONTES AÉREAS QUE SALVARAM ISRAEL
.
Só agora é que descobriu isto, Mango?
Claro, só tem EUA na cabeça, neste assunto...
Só agora é que descobriu isto, Mango?
Claro, só tem EUA na cabeça, neste assunto...
_________________
Amigos?Longe! Inimigos? O mais perto possível!
Joao Ruiz- Pontos : 32035
Re: AS PONTES AÉREAS QUE SALVARAM ISRAEL
Não entendo muito bem a que propósito é colocado aqui este artigo.
Como todos sabem, Israel produz, quando muito, armamento ligeiro para os seus infantes. Da mesma forma, os países que cercam Israel se abastecem de material de guerra mais sofisticado em países grandes produtores de armamento.
As fábricas de armamento, constituem, como todos sabem, grandes fontes de receita das grandes potências e, talvez, por essa razão, o mundo não se liberte de conflitos permanentes pois, se esses conflitos acabassem, as fábricas de material de guerra teriam que fechar e muita gente teria que ir para o desemprego.
Mas a propósito do armamento usado nos conflitos do Médio Oriente, todos aqueles que por motivo da sua idade foram seus contemporâneos, sabem que na Guerra dos 6 dias ou seja em 1967, Israel usou aviões de combate "MIRAGE e MISTÈRE de origem francesa e o Egípto usou aviões (os que pôde usar que não foram destruídos em terra), Mig de origem soviética.
Já na guerra do Ion Quipur o armamento aéreo israelita foram os aviões PHANTON de origem americana, continuando os egípcios a usar armamento, preponderantemente, de origem soviética. Mais tarde, também os egípcios acabaram por adquirir aviões PHANTON aos americanos.
Na actualidade, continuamos a assistir a uma guerra de interesses das grandes potências no conflito do Médio Oriente, que não tem fim à vista, devido a esses mesmos interesses.
Haja em vista o que está a acontecer na Síria e em Chipre.
Como todos sabem, Israel produz, quando muito, armamento ligeiro para os seus infantes. Da mesma forma, os países que cercam Israel se abastecem de material de guerra mais sofisticado em países grandes produtores de armamento.
As fábricas de armamento, constituem, como todos sabem, grandes fontes de receita das grandes potências e, talvez, por essa razão, o mundo não se liberte de conflitos permanentes pois, se esses conflitos acabassem, as fábricas de material de guerra teriam que fechar e muita gente teria que ir para o desemprego.
Mas a propósito do armamento usado nos conflitos do Médio Oriente, todos aqueles que por motivo da sua idade foram seus contemporâneos, sabem que na Guerra dos 6 dias ou seja em 1967, Israel usou aviões de combate "MIRAGE e MISTÈRE de origem francesa e o Egípto usou aviões (os que pôde usar que não foram destruídos em terra), Mig de origem soviética.
Já na guerra do Ion Quipur o armamento aéreo israelita foram os aviões PHANTON de origem americana, continuando os egípcios a usar armamento, preponderantemente, de origem soviética. Mais tarde, também os egípcios acabaram por adquirir aviões PHANTON aos americanos.
Na actualidade, continuamos a assistir a uma guerra de interesses das grandes potências no conflito do Médio Oriente, que não tem fim à vista, devido a esses mesmos interesses.
Haja em vista o que está a acontecer na Síria e em Chipre.
Vagueante- Pontos : 1698
Re: AS PONTES AÉREAS QUE SALVARAM ISRAEL
o vAGUEANDO É UM MUNDO
lIMITO-ME A IR AI ABAIXO VER QUAIS OS TEMAS QUE O SISTEMA MAIS GOSTOU OU FORAM MAIS LIDOS POR TEMA E REAVIVA-LOS
lIMITO-ME A IR AI ABAIXO VER QUAIS OS TEMAS QUE O SISTEMA MAIS GOSTOU OU FORAM MAIS LIDOS POR TEMA E REAVIVA-LOS
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Só discuto o que nao sei ...O ke sei ensino ...POIZ
Vitor mango- Pontos : 118212
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