Síria: EUA avaliam novas opções de intervenção
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Síria: EUA avaliam novas opções de intervenção
Síria: EUA avaliam novas opções de intervenção
Atualizado em 4 de maio, 2013 - 10:07 (Brasília) 13:07 GMT
Barack Obama diz que envio de tropas americanas para a Síria não é uma opção
Pressionados pela possibilidade
de que o conflito na Síria descambe em uma crise regional, por
informações sobre o uso de armas químicas em combate e por uma escalada
da violência no país, os Estados Unidos estão começando a analisar novas
opções de intervenção no embate entre grupos insurgentes e forças fiéis
a Bashar Al-Assad.
Já se passaram dois anos desde o início do
conflito sírio. Mais de 60 mil pessoas morreram segundo a ONU. E não só
os combates não parecem dar sinais de trégua como cada vez mais envolvem
países vizinhos.
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Neste sábado, por exemplo,
autoridades militares israelenses confirmaram, sob condição de
anonimato, informações divulgadas por fontes americanas de que Israel
teria realizado uma ataque aéreo contra a Síria. O alvo, segundo os
israelenses, seria um carregamento de mísseis para o grupo libanês
Hezbollah. Autoridades sírias, porém, negam que o ataque tenha ocorrido.
Pouco antes, forças rebeldes denunciaram a
ocorrência de dois novos massacres, dessa vez na área costeira da Síria.
Segundo os insurgentes, pelo menos 50 pessoas teriam morrido na cidade
de al-Bayda na quinta-feira e dezenas de outras na cidade de Baniyas, o
que levou centenas de pessoas a fugirem da região. Vídeos mostrando
corpos queimados e mutilados de mulheres e crianças foram colocados na
internet para mostrar a escala da matança - embora sua procedência não
possa ser verificada.
As pressões para uma mudança de atitude dos
Estados Unidos frente ao conflito sírio começaram a aumentar com as
denúncias, ainda não confirmadas, de que tropas oficiais de Assad teriam
usado armas químicas contra a população civil e os insurgentes.
No passado, o próprio Obama havia afirmado que o
uso desse tipo de arma seria um divisor de águas, fazendo com que os
americanos tivessem de tomar uma atitude mais drástica frente ao
conflito.
Mudança de posição
Obama disse na última sexta-feira não ver nenhum
cenário em que tropas americanas seriam enviadas para a Síria - mas
isso não quer dizer que os americanos não planejem ampliar seu
engajamento no conflito.
Tanto que, na véspera desse pronunciamento, o
secretário de Defesa americano, Chuck Hagel, admitiu pela primeira vez
que o governo está estudando diversas opções para a Síria, incluindo
fornecer armas a rebeldes sírios.
No ano passado, Obama rejeitara essa ideia,
proposta pela então secretária de Estado Hillary Clinton. A retomada do
projeto parece sinalizar, portanto, uma significativa mudança de posição
de seu governo.
"Há muitas opções sobre a mesa (no que diz
respeito à intervenção americana na Síria) e elas tem o mesmo peso neste
momento", revelou uma autoridade americana ao jornal New York Times, segundo um artigo publicado neste sábado.
Segundo analistas, além do apoio militar a
insurgentes, pelo menos outras três alternativas vêm sendo debatidas
pelos americanos e seus aliados para a Síria: a realização de ataques
aéreos "cirúrgicos", uma campanha aérea mais ampla e a imposição de uma
uma zona de exclusão aérea sobre o território do país.
"Os argumentos para algum tipo de intervenção
estão crescendo, impulsionados por esse suposto uso de armas químicas",
explicou, em um artigo recente, Jonathan Marcus, correspondente da BBC
especializado em assuntos diplomáticos.
"O medo não é só que o número de mortos seja
muito grande se essas armas forem usadas - porque esse número já atingiu
patamares altíssimos. Há muita preocupação com a possibilidade de que
essas armas caiam em mãos de grupos jihadistas ou do Hezbollah, aliados
de Assad no Líbano. Nessa linha de raciocínio, quanto mais a guerra
demorar, maior será o número de vítimas e o risco de o conflito se
espalhar para outros países da região."
Opções
Insurgentes em Allepo: conflito já se arrasta por dois anos
É claro que cada opção de engajamento dos EUA no conflito implica em uma série de riscos e custos.
Se os americanos decidirem fornecer armas,
mísseis antiaéreos, treinamento e equipamento militar para os rebeldes
sírios de fato podem ajudar a fazer com que o impasse do conflito seja
resolvido no médio prazo a favor dos insurgentes - e sem colocar em
risco a vida de soldados americanos.
No curto prazo, porém, há sempre o risco de que
mais armas signifiquem apenas uma escalada da violência, com o aumento
do número de mortos e feridos. Por isso, essa é uma opção bastante
criticada por autoridades da ONU.
Além disso, segundo Marcus, como entre os
insurgentes sírios é forte a presença de combatentes jihadistas,
autoridades dos Estados Unidos também temem que, no longo prazo, tais
armas acabem sendo usadas contra tropas americanas - como ocorreu no
Afeganistão, depois que os EUA armaram combatentes mujahedin contra
tropas soviéticas.
Para completar, a estratégia poderia prejudicar bastante as relações entre Washington e Moscou - visto como aliado de Assad.
Ataques aéreos
Um ataque aéreo cirúrgico poderia ser lançado a
partir de aviões de fora do espaço aéreo sírio ou de navios de guerra e
submarinos estacionados no Mediterrâneo.
"A escolha do alvo, porém, seria bastante
complicada - e não está claro se as supostas instalações contendo armas
químicas poderiam ser atingidas sem liberar produtos químicos perigosos
para a atmosfera", diz Marcus.
Segundo informações publicadas pelo New York Times
neste sábado, um dos possíveis alvos seriam as estradas e outras vias
de escoamento sírias - o que impediria Assad de colaborar e receber a
colaboração de outros grupos da região.
Uma terceira outra opção de intervenção no
conflito sírio seria uma campanha aérea mais extensa - mas o risco de
mortes entre civis também seria maior.
De acordo com Marcos, essa campanha precisaria
ser precedida de ataques para destruir o sistema antiaéreo da Síria -
seus mísseis, radares e centros de comando.
A quantidade de recursos usada numa operação
desse tipo também seria maior - e não está claro se haveria apoio entre a
opinião pública americana para tais dispêndios em tempos de crise.
A quarta opção debatida por americanos e seus
aliados seria o estabelecimento de uma zona de exclusão aérea no
território sírio, assegurada por mísseis dos EUA e da Otan alocados na
Turquia.
O maior problema, nesse caso, é que os EUA
precisariam garantir o apoio de seus aliados regionais e da Otan para o
projeto - e muitos países parecem demonstrar resistências a uma ação
desse tipo.
Atualizado em 4 de maio, 2013 - 10:07 (Brasília) 13:07 GMT
Barack Obama diz que envio de tropas americanas para a Síria não é uma opção
Pressionados pela possibilidade
de que o conflito na Síria descambe em uma crise regional, por
informações sobre o uso de armas químicas em combate e por uma escalada
da violência no país, os Estados Unidos estão começando a analisar novas
opções de intervenção no embate entre grupos insurgentes e forças fiéis
a Bashar Al-Assad.
Já se passaram dois anos desde o início do
conflito sírio. Mais de 60 mil pessoas morreram segundo a ONU. E não só
os combates não parecem dar sinais de trégua como cada vez mais envolvem
países vizinhos.
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- Internacional
Neste sábado, por exemplo,
autoridades militares israelenses confirmaram, sob condição de
anonimato, informações divulgadas por fontes americanas de que Israel
teria realizado uma ataque aéreo contra a Síria. O alvo, segundo os
israelenses, seria um carregamento de mísseis para o grupo libanês
Hezbollah. Autoridades sírias, porém, negam que o ataque tenha ocorrido.
Pouco antes, forças rebeldes denunciaram a
ocorrência de dois novos massacres, dessa vez na área costeira da Síria.
Segundo os insurgentes, pelo menos 50 pessoas teriam morrido na cidade
de al-Bayda na quinta-feira e dezenas de outras na cidade de Baniyas, o
que levou centenas de pessoas a fugirem da região. Vídeos mostrando
corpos queimados e mutilados de mulheres e crianças foram colocados na
internet para mostrar a escala da matança - embora sua procedência não
possa ser verificada.
As pressões para uma mudança de atitude dos
Estados Unidos frente ao conflito sírio começaram a aumentar com as
denúncias, ainda não confirmadas, de que tropas oficiais de Assad teriam
usado armas químicas contra a população civil e os insurgentes.
No passado, o próprio Obama havia afirmado que o
uso desse tipo de arma seria um divisor de águas, fazendo com que os
americanos tivessem de tomar uma atitude mais drástica frente ao
conflito.
Mudança de posição
Obama disse na última sexta-feira não ver nenhum
cenário em que tropas americanas seriam enviadas para a Síria - mas
isso não quer dizer que os americanos não planejem ampliar seu
engajamento no conflito.
Tanto que, na véspera desse pronunciamento, o
secretário de Defesa americano, Chuck Hagel, admitiu pela primeira vez
que o governo está estudando diversas opções para a Síria, incluindo
fornecer armas a rebeldes sírios.
No ano passado, Obama rejeitara essa ideia,
proposta pela então secretária de Estado Hillary Clinton. A retomada do
projeto parece sinalizar, portanto, uma significativa mudança de posição
de seu governo.
"Há muitas opções sobre a mesa (no que diz
respeito à intervenção americana na Síria) e elas tem o mesmo peso neste
momento", revelou uma autoridade americana ao jornal New York Times, segundo um artigo publicado neste sábado.
Segundo analistas, além do apoio militar a
insurgentes, pelo menos outras três alternativas vêm sendo debatidas
pelos americanos e seus aliados para a Síria: a realização de ataques
aéreos "cirúrgicos", uma campanha aérea mais ampla e a imposição de uma
uma zona de exclusão aérea sobre o território do país.
"Os argumentos para algum tipo de intervenção
estão crescendo, impulsionados por esse suposto uso de armas químicas",
explicou, em um artigo recente, Jonathan Marcus, correspondente da BBC
especializado em assuntos diplomáticos.
"O medo não é só que o número de mortos seja
muito grande se essas armas forem usadas - porque esse número já atingiu
patamares altíssimos. Há muita preocupação com a possibilidade de que
essas armas caiam em mãos de grupos jihadistas ou do Hezbollah, aliados
de Assad no Líbano. Nessa linha de raciocínio, quanto mais a guerra
demorar, maior será o número de vítimas e o risco de o conflito se
espalhar para outros países da região."
Opções
Insurgentes em Allepo: conflito já se arrasta por dois anos
É claro que cada opção de engajamento dos EUA no conflito implica em uma série de riscos e custos.
Se os americanos decidirem fornecer armas,
mísseis antiaéreos, treinamento e equipamento militar para os rebeldes
sírios de fato podem ajudar a fazer com que o impasse do conflito seja
resolvido no médio prazo a favor dos insurgentes - e sem colocar em
risco a vida de soldados americanos.
No curto prazo, porém, há sempre o risco de que
mais armas signifiquem apenas uma escalada da violência, com o aumento
do número de mortos e feridos. Por isso, essa é uma opção bastante
criticada por autoridades da ONU.
Além disso, segundo Marcus, como entre os
insurgentes sírios é forte a presença de combatentes jihadistas,
autoridades dos Estados Unidos também temem que, no longo prazo, tais
armas acabem sendo usadas contra tropas americanas - como ocorreu no
Afeganistão, depois que os EUA armaram combatentes mujahedin contra
tropas soviéticas.
Para completar, a estratégia poderia prejudicar bastante as relações entre Washington e Moscou - visto como aliado de Assad.
Ataques aéreos
Um ataque aéreo cirúrgico poderia ser lançado a
partir de aviões de fora do espaço aéreo sírio ou de navios de guerra e
submarinos estacionados no Mediterrâneo.
"A escolha do alvo, porém, seria bastante
complicada - e não está claro se as supostas instalações contendo armas
químicas poderiam ser atingidas sem liberar produtos químicos perigosos
para a atmosfera", diz Marcus.
Segundo informações publicadas pelo New York Times
neste sábado, um dos possíveis alvos seriam as estradas e outras vias
de escoamento sírias - o que impediria Assad de colaborar e receber a
colaboração de outros grupos da região.
Uma terceira outra opção de intervenção no
conflito sírio seria uma campanha aérea mais extensa - mas o risco de
mortes entre civis também seria maior.
De acordo com Marcos, essa campanha precisaria
ser precedida de ataques para destruir o sistema antiaéreo da Síria -
seus mísseis, radares e centros de comando.
A quantidade de recursos usada numa operação
desse tipo também seria maior - e não está claro se haveria apoio entre a
opinião pública americana para tais dispêndios em tempos de crise.
A quarta opção debatida por americanos e seus
aliados seria o estabelecimento de uma zona de exclusão aérea no
território sírio, assegurada por mísseis dos EUA e da Otan alocados na
Turquia.
O maior problema, nesse caso, é que os EUA
precisariam garantir o apoio de seus aliados regionais e da Otan para o
projeto - e muitos países parecem demonstrar resistências a uma ação
desse tipo.
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Só discuto o que nao sei ...O ke sei ensino ...POIZ
Vitor mango- Pontos : 117604
Re: Síria: EUA avaliam novas opções de intervenção
Neste sábado, por exemplo,
autoridades militares israelenses confirmaram, sob condição de
anonimato, informações divulgadas por fontes americanas de que Israel
teria realizado uma ataque aéreo contra a Síria. O alvo, segundo os
israelenses, seria um carregamento de mísseis para o grupo libanês
Hezbollah. Autoridades sírias, porém, negam que o ataque tenha ocorrido.
Chegado aqui recusei-me a ler o resto da Noticia
PH***-*** osm americanos para ja utilizam o seu aliado Judeus para morder ...busca busca...depois inventam armas de destruição massias ...bla bla bla
SE nao fosse esta area da Rússia e China iria para muito que os judeus ja teriam enGOLAN...DO a Siria
Porque ?
Teem necessidade de guerras para unir o seu estado judaico que ao fim de 60 anos apenas e só se mantem com um poderiosos exercito arame farpado muros aparthaid
_________________
Só discuto o que nao sei ...O ke sei ensino ...POIZ
Vitor mango- Pontos : 117604
Re: Síria: EUA avaliam novas opções de intervenção
_________________
Só discuto o que nao sei ...O ke sei ensino ...POIZ
Vitor mango- Pontos : 117604
Re: Síria: EUA avaliam novas opções de intervenção
Informação ao Galinheiro
Acho entendo e julgo que jamais e em tempo algum a religião deve esticar-se a um povo na sua forma e formula terrena de estar na vida
Sexo e re3ligião cada qual estica a pila onde deve e busca e jamais a mesma ...bla bla bla
Como Laico e agnostico ( nao sei o que seja mas SOU ... Vomito as tripas quando vejop um mistico aos gritos
Mata mata que é infiel
Acho e entendo que só ha uma palestina livre destas merdas religiosas e cada qual deve ter um passaporte com o grito que na revoluiçao francesa ficou gravado
Todo o Homem nasce nu e livre
Acho entendo e julgo que jamais e em tempo algum a religião deve esticar-se a um povo na sua forma e formula terrena de estar na vida
Sexo e re3ligião cada qual estica a pila onde deve e busca e jamais a mesma ...bla bla bla
Como Laico e agnostico ( nao sei o que seja mas SOU ... Vomito as tripas quando vejop um mistico aos gritos
Mata mata que é infiel
Acho e entendo que só ha uma palestina livre destas merdas religiosas e cada qual deve ter um passaporte com o grito que na revoluiçao francesa ficou gravado
Todo o Homem nasce nu e livre
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Re: Síria: EUA avaliam novas opções de intervenção
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Re: Síria: EUA avaliam novas opções de intervenção
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