McCain desiste de voto hispânico
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McCain desiste de voto hispânico
McCain desiste de voto hispânico
O destino de uma campanha eleitoral é moldado por pequenos gestos e decisões. Para o candidato republicano à presidência dos EUA, John McCain, uma das decisões cruciais dos últimos dias foi abandonar os anúncios de campanha em ‘espanhol’. Tudo porque os seus conselheiros já dão como perdido o eleitorado latino. Para alguém que, em 1998 e 2004, foi eleito para o Senado com apoio esmagador da comunidade hispânica esta decisão é surpreendente. Ou talvez não.
A empresa de sondagens Gallup refere que apenas 29% dos latinos dos EUA vão votar McCain, valor que revela uma perda de apoio de 12% junto desta comunidade no último mês.
A confirmar-se este mau resultado, o senador do Arizona arrisca-se a ser o candidato republicano com pior resultado entre os hispânicos desde Bob Dole, que em 1996 obteve apenas 20% do voto latino. O presidente George W. Bush conseguiu 40% em 2000 e 44% quando foi reeleito, em 2004.
Apesar dos dados negativos, a suspensão de anúncios em ‘espanhol’ deve-se, afirmam fontes da campanha, à falta de verba e a uma redefinição de prioridades. Mas outros referem que McCain foi pressionado pelas bases do próprio partido. Os conservadores brancos e anglo-saxões, defensores de uma ideologia ‘nativista’, vêem com maus olhos o aumento da imigração e a expansão do ‘espanhol’, que em alguns estados do Sul é já mais falado que o inglês.
O abandono do eleitorado hispânico pode ser um erro fatal, mas o voto já tinha sido condenado por erros anteriores. Os assessores de McCain são os primeiros a reconhecê-lo: 'Os latinos estão, sobretudo, preocupados com a situação económica. E nós apostámos nos valores morais e numa campanha negativa.'
O rival democrata, Barack Obama, foi bem mais directo ao alvo quando centrou os anúncios ‘espanhóis’ nas questões da saúde e educação, preocupações principais da comunidade hispânica.
Num último esforço para vencer o desalento, McCain regressou nesta semana ao New Hampshire, estado onde venceu as primárias neste ano e em 2000. Nessas ocasiões conseguiu ressurgir aí depois de a candidatura ser dada como morta. Espera agora resultado idêntico, apesar de as sondagens nesse estado o colocarem com novo pontos percentuais de atraso em relação a Obama.
'Sei que posso contar convosco para vencer esta corrida a partir de trás', afirmou, em Troy, Ohio. Mas o entusiasmo foi escasso. Pouco antes da entrada do candidato, uma activista pedia, por megafone: 'Por favor, gritem um pouco mais quando ele chegar, para o fazerem sentir-se bem-vindo.'
MCCLELLAN APOIA OBAMA
Um novo ‘desertor’ republicano declarou ontem apoio a Barack Obama. Scott McClellan, o rosto da administração Bush entre 2003 e 2006, explicou: 'Desde o início disse que apoiaria o candidato com mais possibilidades de mudar Washington.' Antes dele tinham feito o mesmo Colin Powell, ex-secretário de Estado de Bush, e Matt Dowd, antigo estratego do presidente.
EUA EM NÚMEROS
COLÉGIO ELEITORAL
As eleições presidenciais nos EUA são, de facto, a escolha do colégio eleitoral que designa o vencedor. É formado por 538 membros, correspondentes a 100 senadores – dois por cada estado –, mais 435 representantes, proporcionais à população de cada estado, e três pelo distrito de Columbia, onde se situa Was-hington. A maioria exigida é 270.
306 votos no colégio eleitoral a favor de Barack Obama previa ontem o site Real Clear Politics a partir das sondagens por estado. Obama tem 259 seguros e 47 favoráveis, enquanto McCain soma 137 seguros e 20 favoráveis. Há ainda 75 considerados indecisos.
12% dos cerca de 300 milhões de habitantes dos EUA vivem abaixo do nível de pobreza, segundo estatísticas que apontam 19,8% para Espanha, 18% para Portugal, 14% para o Reino Unido, 6,2% para França e O,95% para a Formosa.
EDUCAÇÃO
Com 97% de alfabetizados, o país tem um sistema de educação pública descentralizado. As escolas são geridas por distritos com poder para cobrar impostos aos habitantes.
300 000 bilionários é o número calculado pela revista ‘Forbes’, o que dá 1% da população.
DEMOCRATAS JÁ TÊM MAIS VOTOS
John McCain visitou ontem o estado do Colorado numa altura em que as sondagens persistem em colocar na frente o rival democrata, Barack Obama.
Além disso, o voto antecipado já em curso nesse estado – e também no Iowa, Carolina do Norte, Ohio, Nevada e Novo México, estados ‘obtidos’ por George W. Bush em 2004 – parece revelar também vantagem de Obama. A Florida, outro estado em voto antecipado, é a excepção, mas a vantagem de McCain parece ser escassa. Como os votos só são contados após 4 de Novembro, as projecções são baseadas na análise das tendências dos eleitores.
Entretanto, Obama parou a campanha para visitar a avó, Madelyn Dunham, de 85 anos, que está gravemente doente.
SONDAGENS DIA A DIA
A média das sondagens diárias que estão a ser efectuadas por diversos institutos internacionais continua a situar o candidato democrata à presidência dos EUA na frente das intenções de voto.
BARACK OBAMA/DEMOCRATAS
Rasmussen Reports 52%
Reuters/Z-Span/Zogby 51%
Gallup 50%
CNN 51%
JOHN MACCAIN/REPUBLICANOS
Rasmussen Reports 45%
Reuters/Z-Span/Zogby 41%
Gallup 46%
CNN 46%
A CAMPANHA NA TV
CBS E O VOTO ANTECIPADO
A afluência às urnas para o voto antecipado tem sido maciça, causando longas filas de espera junto das assembleias.
AVÓ DE OBAMA NA CNN
Madelyn Dunham, avó de Barack Obama, está gravemente doente e recebeu ontem a visita do neto, no Havai.
O QUE DIZ A IMPRENSA
'O senador do Illinois demonstrou que é uma boa escolha para se tornar no 44.º presidente dos EUA' - ‘The New York Times’
'O caminho do nomeado republicano (...) poderá depender de algo inesperado que tome o controlo da corrida' -‘The Washington Post’
'Proeminentes republicanos (Joel Haugen e Scott McClellan) desertam para apoiar Obama.' - ‘ The Guardian’
PORTUGUÊS NA AMÉRICA
'O MELHOR É O MENOS COMPROMETIDO COM BUSH'
' O melhor presidente para os Estados Unidos será aquele que rejeite Abu Ghraib e Guantanamo e faça regressar o país ao espírito da sua Constituição', diz Fernando Santos, jornalista emigrado há mais de 34 anos, residente em Newark, no estado de New Jersey.
A localidade é famosa pela dimensão das comemorações do Dia de Portugal e Fernando Santos uma testemunha do seu estado de espírito, com uma independência tão responsável que recusa revelar a sua escolha pessoal, embora aponte o critério de opção: 'Precisamos de um governo que seja, como dizia Abraham Lincoln, ‘do povo, pelo povo e para o povo’, que foi o que não aconteceu nos últimos oito anos. Por isso, o que oferece melhores garantias é o menos comprometido com a actual administração de George W. Bush.'
Fernando Santos tem votado em todas as eleições desde que, em 1983, passou a usufruir do direito de votar, dividindo-se por republicanos e democratas. Dá ênfase também às legislativas: 'Há três congressistas luso-americanos – Devin Nunes (republicano), Dennis Cardoza e Jim Costa (democratas), eleitos pela Califórnia – mas o peso do 1,1 milhão de ascendência portuguesa não se pode comparar com a influência dos hispanos.'
F. J. Gonçalves com agências/João Vaz
O destino de uma campanha eleitoral é moldado por pequenos gestos e decisões. Para o candidato republicano à presidência dos EUA, John McCain, uma das decisões cruciais dos últimos dias foi abandonar os anúncios de campanha em ‘espanhol’. Tudo porque os seus conselheiros já dão como perdido o eleitorado latino. Para alguém que, em 1998 e 2004, foi eleito para o Senado com apoio esmagador da comunidade hispânica esta decisão é surpreendente. Ou talvez não.
A empresa de sondagens Gallup refere que apenas 29% dos latinos dos EUA vão votar McCain, valor que revela uma perda de apoio de 12% junto desta comunidade no último mês.
A confirmar-se este mau resultado, o senador do Arizona arrisca-se a ser o candidato republicano com pior resultado entre os hispânicos desde Bob Dole, que em 1996 obteve apenas 20% do voto latino. O presidente George W. Bush conseguiu 40% em 2000 e 44% quando foi reeleito, em 2004.
Apesar dos dados negativos, a suspensão de anúncios em ‘espanhol’ deve-se, afirmam fontes da campanha, à falta de verba e a uma redefinição de prioridades. Mas outros referem que McCain foi pressionado pelas bases do próprio partido. Os conservadores brancos e anglo-saxões, defensores de uma ideologia ‘nativista’, vêem com maus olhos o aumento da imigração e a expansão do ‘espanhol’, que em alguns estados do Sul é já mais falado que o inglês.
O abandono do eleitorado hispânico pode ser um erro fatal, mas o voto já tinha sido condenado por erros anteriores. Os assessores de McCain são os primeiros a reconhecê-lo: 'Os latinos estão, sobretudo, preocupados com a situação económica. E nós apostámos nos valores morais e numa campanha negativa.'
O rival democrata, Barack Obama, foi bem mais directo ao alvo quando centrou os anúncios ‘espanhóis’ nas questões da saúde e educação, preocupações principais da comunidade hispânica.
Num último esforço para vencer o desalento, McCain regressou nesta semana ao New Hampshire, estado onde venceu as primárias neste ano e em 2000. Nessas ocasiões conseguiu ressurgir aí depois de a candidatura ser dada como morta. Espera agora resultado idêntico, apesar de as sondagens nesse estado o colocarem com novo pontos percentuais de atraso em relação a Obama.
'Sei que posso contar convosco para vencer esta corrida a partir de trás', afirmou, em Troy, Ohio. Mas o entusiasmo foi escasso. Pouco antes da entrada do candidato, uma activista pedia, por megafone: 'Por favor, gritem um pouco mais quando ele chegar, para o fazerem sentir-se bem-vindo.'
MCCLELLAN APOIA OBAMA
Um novo ‘desertor’ republicano declarou ontem apoio a Barack Obama. Scott McClellan, o rosto da administração Bush entre 2003 e 2006, explicou: 'Desde o início disse que apoiaria o candidato com mais possibilidades de mudar Washington.' Antes dele tinham feito o mesmo Colin Powell, ex-secretário de Estado de Bush, e Matt Dowd, antigo estratego do presidente.
EUA EM NÚMEROS
COLÉGIO ELEITORAL
As eleições presidenciais nos EUA são, de facto, a escolha do colégio eleitoral que designa o vencedor. É formado por 538 membros, correspondentes a 100 senadores – dois por cada estado –, mais 435 representantes, proporcionais à população de cada estado, e três pelo distrito de Columbia, onde se situa Was-hington. A maioria exigida é 270.
306 votos no colégio eleitoral a favor de Barack Obama previa ontem o site Real Clear Politics a partir das sondagens por estado. Obama tem 259 seguros e 47 favoráveis, enquanto McCain soma 137 seguros e 20 favoráveis. Há ainda 75 considerados indecisos.
12% dos cerca de 300 milhões de habitantes dos EUA vivem abaixo do nível de pobreza, segundo estatísticas que apontam 19,8% para Espanha, 18% para Portugal, 14% para o Reino Unido, 6,2% para França e O,95% para a Formosa.
EDUCAÇÃO
Com 97% de alfabetizados, o país tem um sistema de educação pública descentralizado. As escolas são geridas por distritos com poder para cobrar impostos aos habitantes.
300 000 bilionários é o número calculado pela revista ‘Forbes’, o que dá 1% da população.
DEMOCRATAS JÁ TÊM MAIS VOTOS
John McCain visitou ontem o estado do Colorado numa altura em que as sondagens persistem em colocar na frente o rival democrata, Barack Obama.
Além disso, o voto antecipado já em curso nesse estado – e também no Iowa, Carolina do Norte, Ohio, Nevada e Novo México, estados ‘obtidos’ por George W. Bush em 2004 – parece revelar também vantagem de Obama. A Florida, outro estado em voto antecipado, é a excepção, mas a vantagem de McCain parece ser escassa. Como os votos só são contados após 4 de Novembro, as projecções são baseadas na análise das tendências dos eleitores.
Entretanto, Obama parou a campanha para visitar a avó, Madelyn Dunham, de 85 anos, que está gravemente doente.
SONDAGENS DIA A DIA
A média das sondagens diárias que estão a ser efectuadas por diversos institutos internacionais continua a situar o candidato democrata à presidência dos EUA na frente das intenções de voto.
BARACK OBAMA/DEMOCRATAS
Rasmussen Reports 52%
Reuters/Z-Span/Zogby 51%
Gallup 50%
CNN 51%
JOHN MACCAIN/REPUBLICANOS
Rasmussen Reports 45%
Reuters/Z-Span/Zogby 41%
Gallup 46%
CNN 46%
A CAMPANHA NA TV
CBS E O VOTO ANTECIPADO
A afluência às urnas para o voto antecipado tem sido maciça, causando longas filas de espera junto das assembleias.
AVÓ DE OBAMA NA CNN
Madelyn Dunham, avó de Barack Obama, está gravemente doente e recebeu ontem a visita do neto, no Havai.
O QUE DIZ A IMPRENSA
'O senador do Illinois demonstrou que é uma boa escolha para se tornar no 44.º presidente dos EUA' - ‘The New York Times’
'O caminho do nomeado republicano (...) poderá depender de algo inesperado que tome o controlo da corrida' -‘The Washington Post’
'Proeminentes republicanos (Joel Haugen e Scott McClellan) desertam para apoiar Obama.' - ‘ The Guardian’
PORTUGUÊS NA AMÉRICA
'O MELHOR É O MENOS COMPROMETIDO COM BUSH'
' O melhor presidente para os Estados Unidos será aquele que rejeite Abu Ghraib e Guantanamo e faça regressar o país ao espírito da sua Constituição', diz Fernando Santos, jornalista emigrado há mais de 34 anos, residente em Newark, no estado de New Jersey.
A localidade é famosa pela dimensão das comemorações do Dia de Portugal e Fernando Santos uma testemunha do seu estado de espírito, com uma independência tão responsável que recusa revelar a sua escolha pessoal, embora aponte o critério de opção: 'Precisamos de um governo que seja, como dizia Abraham Lincoln, ‘do povo, pelo povo e para o povo’, que foi o que não aconteceu nos últimos oito anos. Por isso, o que oferece melhores garantias é o menos comprometido com a actual administração de George W. Bush.'
Fernando Santos tem votado em todas as eleições desde que, em 1983, passou a usufruir do direito de votar, dividindo-se por republicanos e democratas. Dá ênfase também às legislativas: 'Há três congressistas luso-americanos – Devin Nunes (republicano), Dennis Cardoza e Jim Costa (democratas), eleitos pela Califórnia – mas o peso do 1,1 milhão de ascendência portuguesa não se pode comparar com a influência dos hispanos.'
F. J. Gonçalves com agências/João Vaz
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