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Israelenses se reúnem em praças e discutem soluções para conflito no Oriente Médio

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Israelenses se reúnem em praças e discutem soluções para conflito no Oriente Médio Empty Israelenses se reúnem em praças e discutem soluções para conflito no Oriente Médio

Mensagem por Vitor mango Ter Jun 25, 2013 5:11 am

Israelenses se reúnem em praças e discutem soluções para conflito no Oriente Médio Publicidade
Israelenses se reúnem em praças e discutem soluções para conflito no Oriente Médio
Criação do Estado Palestino é alternativa mais abordada, mas outras ideias também foram debatidas em Tel Aviv

Guila Flint/Opera Mundi
Israelenses se reúnem em praças e discutem soluções para conflito no Oriente Médio Abreguila2
Mais de 30 mesas de debate foram realizadas em Tel Aviv

Uma coalizão de 20 grupos pacifistas organizou um evento inédito em Israel neste domingo (24/06): o público foi convidado a participar de mesas redondas em praças nas principais cidades do país para conversar com intelectuais, políticos e militares da reserva sobre o inexistente processo de paz com os palestinos.

Em Tel Aviv o evento ocorreu em frente ao Museu de Arte Moderna, com mais de 30 mesas de debate sobre diversos aspectos do tema, desde a ampliação dos assentamentos israelenses na Cisjordânia até alternativas para a solução de dois Estados que, para muitos, "está morta".

Centenas de israelenses responderam ao chamado dos organizadores e compareceram. Cada pessoa escolheu a mesa da qual queria participar e rapidamente a praça se encheu de gente discutindo os problemas que os lideres políticos atuais tentam empurrar para debaixo do tapete.

"Estilhaço no traseiro"

Não só tentam empurrar para debaixo do tapete mas também afirmam que "não têm solução".

O ministro da Indústria e Comercio, Naftali Benet, do partido de extrema-direita Habait Hayehudi (Lar Judaico), chegou a comparar a questão palestina com um "estilhaço no traseiro" da sociedade israelense.

Benet, que é um dos principais parceiros do primeiro ministro Benjamin Netanyahu na coalizão governamental, contou um episódio que aconteceu a um amigo seu, que, ferido em uma guerra, ficou com um estilhaço no traseiro. Se operasse ia ficar aleijado, se não operasse o estilhaço iria continuar incomodando. Decidiu não operar.

De acordo com o ministro, o mesmo se aplica à questão dos territórios palestinos ocupados, ou seja, se Israel devolvê-los ficaria "aleijado". Portanto, segundo Benet, não há alternativa exceto continuar com o "estilhaço no traseiro".

Para Benet a chamada solução de dois Estados é "coisa do passado, perdeu a relevância".

No entanto, para muitos israelenses, a solução do conflito com os palestinos é fundamental para garantir o futuro do próprio Estado de Israel.

Entre eles está o militar da reserva e escritor Shaul Arieli. Arieli é o autor da ideia de unificar todos os grupos pacifistas em uma iniciativa para reavivar o debate sobre o conflito com os palestinos dentro da sociedade israelense.

Guila Flint/Opera Mundi
Israelenses se reúnem em praças e discutem soluções para conflito no Oriente Médio Arieli
Arieli é considerado um dos principais especialistas nas possíveis fronteiras com a criação doEstado Palestino

De acordo com Arieli, milhares de israelenses participaram das mesas redondas neste domingo. "Conseguimos reunir milhares de pessoas simultaneamente em 11 cidades de Israel, para devolver o debate sobre a paz com os palestinos à agenda pública", disse Arieli a Opera Mundi.

"Esse tema tem sido retirado da agenda tanto pelo governo como pela mídia, mas o nosso evento demonstra que o publico israelense tem interesse em ouvir e falar sobre esse assunto", afirmou.

Arieli, que é um coronel da reserva do Exército de Israel, tem dedicado todo o seu tempo, desde que se aposentou, a convencer o público e as autoridades locais de que a paz com os palestinos é possível.

Solução de dois Estados

Ele defende a solução de dois Estados e é considerado um dos maiores especialistas nos detalhes geopoliticos das fronteiras futuras entre Israel e Palestina.

"Para resolver o conflito há quatro parâmetros principais", disse, "a fronteira de 1967 e uma possível troca de territórios (parte dos assentamentos israelenses permaneceria na Cisjordânia e, em troca, Israel entregaria aos palestinos territórios do país com área idêntica)".

Para Arieli, Jerusalém Oriental "seria dividida entre Israel e Palestina" e parte de Jerusalém Oriental se tornaria a capital da Palestina, o Estado Palestino seria desmilitarizado e haveria acordos militares regionais. O problema dos refugiados palestinos seria resolvido com indenizações e o direito de retorno ao Estado Palestino futuro.
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Para que essa solução possa ser viabilizada, Arieli calcula que de 100 mil a 130 mil colonos devam ser retirados de assentamentos nos territórios ocupados.

A proposta defendida por Arieli expressa um consenso amplo entre a grande maioria dos grupos pacifistas em Israel.

Alternativas

Entre os oradores nas diversas mesas de debate em Tel Aviv, no entanto, também havia intelectuais e ativistas que consideram outros tipos de solução. Entre eles estavam o jornalista Meron Rapoport e o diretor da ONG IPCRI (Israel Palestine Center for Research and Information), Dan Gondenblatt.

"A solução da separação entre as populações é perigosa", disse Rapoport, "são duas populações entrelaçadas no mesmo espaço geográfico". "É preciso pensar em novos modelos, como o modelo de dois Estados na mesma terra, no mesmo espaço geográfico, com total liberdade de movimentação entre eles e a derrubada do muro que Israel construiu na Cisjordânia".

Como perspectiva de longo prazo, Rapoport defende que todos os palestinos e israelenses possam morar e trabalhar em qualquer lugar no espaço geográfico entre o mar (Mediterrâneo) e o rio (Jordão).

Como exemplo, o jornalista menciona a União Europeia, onde qualquer cidadão de um dos estados que compõem a união pode morar e trabalhar em todo o espaço geográfico, mas só pode votar no país no qual é cidadão.

Para Goldenblatt, foi um erro não colocar mesas redondas também nos assentamentos.

"Também devemos debater essas questões com os colonos", disse, "no próximo evento espero poder participar de uma mesa redonda em Ariel (um dos maiores assentamentos israelenses na Cisjordânia)".

"Em vez de ter raiva dos colonos, devemos entender que os responsáveis são os diversos governos israelenses que promoveram a colonização".

Tanto Goldenblatt como Rapoport apoiam a permanência dos colonos nos assentamentos, que, segundo a proposta deles, ficarão sob a soberania do futuro Estado Palestino.

Para eles, retirar os quase 600.000 israelenses que já vivem nos territórios ocupados seria uma missão impossível e a única maneira realista de resolver o problema é "respeitar a liberdade e a dignidade de todos os cidadãos, tanto israelenses como palestinos, dentro do espaço geográfico conjunto e por meio da colaboração entre os dois Estados soberanos".

Colonização é reversível?

Outra mesa redonda, dirigida pela ativista do movimento Paz Agora, Hagit Ofran, e pela jurista Talia Sasson, ex-diretora do Departamento Criminal da Procuradoria Geral da Justiça, se concentrou em uma das questões mais espinhosas do conflito – a existência de centenas de assentamentos israelenses que pontilham toda a Cisjordânia.

Sasson, autora do relatório sobre acampamentos ilegais, produzido em 2005 segundo pedido do ex-premiê Ariel Sharon, defende o congelamento imediato de todas as atividades de colonização na Cisjordânia e a retirada de grande parte dos assentamentos.

Guila Flint/Opera Mundi
Israelenses se reúnem em praças e discutem soluções para conflito no Oriente Médio Talia
Talia Sasson defende a retirada da maioria dos israelenses que vive nos assentamentos

Ofran dirige, há seis anos, o projeto de monitoramento dos assentamentos do Paz Agora e acompanha diariamente a construção nos territórios ocupados.

"Não concordo que a solução de dois Estados seja coisa do passado", afirmou Sasson, "esse discurso só ajuda a direita".

Para Ofran, a colonização é "um dos problemas mais difíceis do Estado de Israel". "Israel não poderá continuar sustentando e protegendo os assentamentos", afirmou.

Segundo Hagit Ofran, houve uma mudança estratégica no discurso dos lideres dos colonos. "Antes eles reclamavam que o governo não lhes deixava construir, e agora, recentemente, passaram a afirmar que já construíram tanto que a situação tornou-se irreversível e já é impossível retirá-los", analisou.

"Com nossas próprias mãos"

O escritor A. B. Yehoshua, considerado um dos mais importantes de Israel, disse ao público reunido na praça de Tel Aviv que "nuvens negras de fanatismo nacionalista e religioso cobrem nosso país".

Guila Flint/Opera Mundi
Israelenses se reúnem em praças e discutem soluções para conflito no Oriente Médio Yehoshua
Yehoshua diz que solução deve ser buscada por israelenses e palestinos, e não pela comunidade internacional

De acordo com o escritor, muitos de seus colegas no exterior lhe perguntam – "onde está o campo pacifista israelense?", em referência ao que chamou de "paralisia" que se apoderou dos pacifistas israelenses.

"A criação de um Estado Palestino é uma obrigação moral, os palestinos merecem ter exatamente os mesmos direitos que nós temos, e que todos os povos do mundo merecem", afirmou.

"Há um desânimo geral que tomou o campo pacifista em Israel, muitos esperam que a comunidade internacional nos obrigue a retirar a ocupação, mas devemos entender que a salvação não virá de fora, só nós, israelenses e palestinos, com nossas próprias mãos, poderemos trazê-la".

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Mensagem por Vitor mango Ter Jun 25, 2013 5:14 am

o Estado Palestino seria desmilitarizado e haveria acordos militares regionais.

a estupidez tem limites

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