A tragédia de Maria Luís
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A tragédia de Maria Luís
A tragédia de Maria Luís
29/07/13 00:05 | João Galamba
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Maria Luís Albuquerque entrou a matar no caso dos ‘swaps', acusando o anterior Governo, e em particular a equipa do ministério das Finanças, de ter criado o problema, de nada ter feito para o resolver e - pior - de ter ocultado informação essencial sobre este dossiê aquando da transição de pastas, o que dificultou o trabalho do novo governo .
Maria Luís Albuquerque entrou a matar no caso dos ‘swaps', acusando o anterior Governo, e em particular a equipa do ministério das Finanças, de ter criado o problema, de nada ter feito para o resolver e - pior - de ter ocultado informação essencial sobre este dossiê aquando da transição de pastas, o que dificultou o trabalho do novo governo .
Em primeiro lugar, não foi o Governo anterior que criou o problema: não só a gestão do risco financeiro, na qual se insere a contratualização de ‘swaps', é uma responsabilidade da administração das empresas públicas, como se trata de uma prática que precede o Governo anterior.
Em segundo lugar, Maria Luís Albuquerque omitiu todas as iniciativas do Governo anterior sobre este tema (auditoria feita pala IGF ao passivo oneroso do Sector Empresarial do Estado, em 2008; despacho de 30 de janeiro de 2009; introdução, em 2010, do sistema de normalização contabilística; despacho de 30 de maio de 2011; despacho de 9 de junho de 2011).
E, finalmente, os depoimentos e documentos apresentados por Teixeira dos Santos e Costa Pina, confirmados num comunicado de Vítor Gaspar, desmentem a afirmação de que nada havia sido referido na transição de pastas e que, por isso, este Governo não tinha conhecimento do problema. Não só tinha conhecimento, como tinha conhecimento detalhado. A troca de ‘emails'com Pedro Felício, à data diretor geral do Tesouro e Finanças, iniciada um dia após a sua tomada de posse como secretária de Estado, revela que foi enviada toda a informação a Maria Luís Albuquerque, incluindo um ficheiro de excel sobre 145 contratos bem como um relatório sobre o tema. Toda esta informação decorre de iniciativas do anterior Governo, o tal que nada havia feito.
Os factos conhecidos permitem concluir que Maria Luís Albuquerque sugeriu uma falsidade (foi o Governo anterior que criou o problema), omitiu uma verdade (o Governo anterior nada fez para resolver o problema) e, não há outra palavra, mentiu sobre a transição de pastas e sobre o conhecimento que tinha e que lhe foi disponibilizado sobre a matéria. Estamos, pois, perante uma tentativa de construir uma narrativa que recorre a todos os tipos possíveis de mentira. Mas o rol de falsidades não termina aqui.
A (mentirosa) campanha política urdida por Maria Luís Albuquerque contra o anterior Governo tinha um único objetivo: ocultar as suas próprias responsabilidades. Entre a tomada de posse deste Governo e o final de 2012, Maria Luís Albuquerque acabou por criar um problema (travou a solução proposta pelo anterior governo e não avançou com uma alternativa), demorou uma eternidade para o resolver (as perdas duplicaram) e tentou encobrir os seus atos lançando lama sobre terceiros (governo anterior e não só). Como em todas as tragédias, acabou vítima dos seus próprios atos.
29/07/13 00:05 | João Galamba
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Maria Luís Albuquerque entrou a matar no caso dos ‘swaps', acusando o anterior Governo, e em particular a equipa do ministério das Finanças, de ter criado o problema, de nada ter feito para o resolver e - pior - de ter ocultado informação essencial sobre este dossiê aquando da transição de pastas, o que dificultou o trabalho do novo governo .
Maria Luís Albuquerque entrou a matar no caso dos ‘swaps', acusando o anterior Governo, e em particular a equipa do ministério das Finanças, de ter criado o problema, de nada ter feito para o resolver e - pior - de ter ocultado informação essencial sobre este dossiê aquando da transição de pastas, o que dificultou o trabalho do novo governo .
Em primeiro lugar, não foi o Governo anterior que criou o problema: não só a gestão do risco financeiro, na qual se insere a contratualização de ‘swaps', é uma responsabilidade da administração das empresas públicas, como se trata de uma prática que precede o Governo anterior.
Em segundo lugar, Maria Luís Albuquerque omitiu todas as iniciativas do Governo anterior sobre este tema (auditoria feita pala IGF ao passivo oneroso do Sector Empresarial do Estado, em 2008; despacho de 30 de janeiro de 2009; introdução, em 2010, do sistema de normalização contabilística; despacho de 30 de maio de 2011; despacho de 9 de junho de 2011).
E, finalmente, os depoimentos e documentos apresentados por Teixeira dos Santos e Costa Pina, confirmados num comunicado de Vítor Gaspar, desmentem a afirmação de que nada havia sido referido na transição de pastas e que, por isso, este Governo não tinha conhecimento do problema. Não só tinha conhecimento, como tinha conhecimento detalhado. A troca de ‘emails'com Pedro Felício, à data diretor geral do Tesouro e Finanças, iniciada um dia após a sua tomada de posse como secretária de Estado, revela que foi enviada toda a informação a Maria Luís Albuquerque, incluindo um ficheiro de excel sobre 145 contratos bem como um relatório sobre o tema. Toda esta informação decorre de iniciativas do anterior Governo, o tal que nada havia feito.
Os factos conhecidos permitem concluir que Maria Luís Albuquerque sugeriu uma falsidade (foi o Governo anterior que criou o problema), omitiu uma verdade (o Governo anterior nada fez para resolver o problema) e, não há outra palavra, mentiu sobre a transição de pastas e sobre o conhecimento que tinha e que lhe foi disponibilizado sobre a matéria. Estamos, pois, perante uma tentativa de construir uma narrativa que recorre a todos os tipos possíveis de mentira. Mas o rol de falsidades não termina aqui.
A (mentirosa) campanha política urdida por Maria Luís Albuquerque contra o anterior Governo tinha um único objetivo: ocultar as suas próprias responsabilidades. Entre a tomada de posse deste Governo e o final de 2012, Maria Luís Albuquerque acabou por criar um problema (travou a solução proposta pelo anterior governo e não avançou com uma alternativa), demorou uma eternidade para o resolver (as perdas duplicaram) e tentou encobrir os seus atos lançando lama sobre terceiros (governo anterior e não só). Como em todas as tragédias, acabou vítima dos seus próprios atos.
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Só discuto o que nao sei ...O ke sei ensino ...POIZ
Vitor mango- Pontos : 118274
Re: A tragédia de Maria Luís
Os factos conhecidos permitem concluir que Maria Luís Albuquerque sugeriu uma falsidade (foi o Governo anterior que criou o problema), omitiu uma verdade (o Governo anterior nada fez para resolver o problema) e, não há outra palavra, mentiu sobre a transição de pastas e sobre o conhecimento que tinha e que lhe foi disponibilizado sobre a matéria. Estamos, pois, perante uma tentativa de construir uma narrativa que recorre a todos os tipos possíveis de mentira. Mas o rol de falsidades não termina aqui.
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