Análise | | explosão que feriu quatro soldados israelenses joga nas mãos do Hezbollah

Análise | | explosão que feriu quatro soldados israelenses joga nas mãos do Hezbollah
O incidente, no qual quatro soldados israelenses ficaram feridos na fronteira libanesa, servirá os esforços da organização para desviar debate interno da guerra na Síria para as tensões com Israel.
Por Amos Harel | 7 de agosto de 2013 | 00:50 | 5



Israel, como tem sido seu costume ultimamente, está oferecendo muito pouca informação sobre a localização e natureza do incidente, que ocorreu na quarta-feira de manhã, perto da fronteira com o Líbano, no qual quatro Golani Brigada de Infantaria soldados ficaram feridos. Os detalhes algum conflito tem que ser definido com base em relatórios oficiais e as avaliações não oficiais por parte das forças de segurança libanesas e da mídia. De acordo com esses relatos, uma força militar israelense atingiu uma bomba depois de entrar em território libanês. As versões são contraditórias: O incidente ocorreu a 400 metros, 150 metros, ou simplesmente seis metros (de acordo com uma terceira versão) ao norte de ambos a cerca da fronteira ou a chamada linha azul que marca a fronteira internacional entre as duas nações.

A fronteira de 'fina linha azul'

Qual é a razão para esta confusão? Em maio de 2000, quando o primeiro-ministro Ehud Barak ordenou a retirada das tropas das Forças de Defesa de Israel do sul do Líbano, a fronteira foi redesenhado por uma equipe de especialistas nomeado pela Organização das Nações Unidas. Em muitos lugares, a cerca da fronteira foi construído alguns distância ao sul da linha "azul" resultante. Essa distância varia: em alguns lugares é tão pouco como dois ou três metros, em outro lugar, é uma tira de mais de 100 metros de largura.

A razão é geralmente topográfico, ou seja, uma pedra íngreme na margem de um rio que torna impossível para colocar a cerca, precisamente onde deveria ter sido. Isso cria enclaves que estão sob soberania israelense, mas tem, desde a retirada, está sob o controlo de facto dos libaneses (na prática, isto significa que o Hezbollah). O IDF, por sua vez, não recebeu instruções para demonstrar soberania nesses enclaves. Israel levou muito pouca ação lá, deixando Hezbollah livre para estabelecer sua presença.

Um tal enclave serviu como centro de trampolim e de comando para a operação 2006 julho Hezbollah envolvendo o seqüestro de dois soldados israelenses que levaram à eclosão da Segunda Guerra do Líbano.

O retorno de um velho padrão

Após a guerra, o IDF também começou a operar no enclaves norte da cerca. De tempos em tempos, as incursões de Israel lá ou mesmo de atividade no lado israelense do muro resultaram em tensões com os libaneses. Em 2008, houve uma troca de tiros com o exército libanês, e em agosto de 2010 o tenente-coronel (res.) Dov Harari, o comandante de um batalhão, foi morto por um franco-atirador do exército libanês. Mas a maioria das incursões passar sem confronto.

Em alguns casos, tem havido relatos de reivindicações libanesas que o Exército israelense vai além dos enclaves e entra em território soberano libanês.

O incidente da madrugada de ontem terá de ser analisada pelo IDF a partir do ângulo operacional. Foram movimentos dos soldados detectada, houve um retorno aqui para um padrão de atividade que o inimigo está familiarizado com, ou havia uma inteligência levar antes da explosão?

A IDF também tentará determinar quem expôs as minas terrestres, o Hezbollah, o Exército libanês ou outra milícia na área. Não há dúvida de que tinha o incidente resultou em mortes e nem feridos, Israel seria hoje tiveram de lidar com um evento de uma magnitude completamente diferente. No futuro, o possível risco deve ser pesado contra o benefício da atividade militar que o IDF deseja realizar.

Uma questão diferente será solicitado a nível político. Nos últimos meses, a intervenção do Hezbollah na guerra civil na Síria aumentou dramaticamente. Os mais perdas a organização tem sofrido, o mais difícil tem sido para o Hezbollah para escondê-los. Crítica do Hezbollah em casa, para agir como Damasco e procurador de Teerã na guerra com o desrespeito pelos interesses do Líbano, também cresceu. Por sua parte, Israel adicionou lenha à fogueira pela divulgação de informações sobre a intervenção do Hezbollah e, ​​ocasionalmente, por meio de declarações públicas. No mês passado, IDF Chefe de Gabinete o tenente-general Benny Gantz disse: "As chamas da Síria estão começando a lamber a orla do manto de Hassan Nasrallah".

Chamando-o de "agressão israelense"

Agora Hezbollah pode tentar forçar a sua função na defesa do Líbano contra o que descrevem como uma agressão israelense. O incidente também servirá, pelo menos, os esforços da organização a curto prazo para desviar o debate interno no Líbano desde os desdobramentos da situação na Síria assassina as tensões com Israel. Mas, a longo prazo, é duvidoso que um incidente táctico como esta pode superar as ramificações do derramamento de sangue na Síria.

O Líbano também deverá apresentar um protesto formal sobre o incidente às Nações Unidas. Por outro lado, é difícil atribuir significado dramática para o movimento. Primeiro de tudo, os elementos no Líbano continuam a violar resolução de Segurança da ONU 1701 - que levou ao cessar-fogo, há sete anos -, continuando a fornecer Hezbollah com mísseis e foguetes vindos da Síria. Em segundo lugar, mesmo se Israel violou a soberania do Líbano, fá-lo - de acordo com relatórios do Líbano - o tempo todo com freqüentes incursões por Israel aviões da Força Aérea no espaço aéreo do Líbano.