Barata tonta
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Barata tonta
MFL E O SALÁRIO MÍNIMO
Antes do Verão, Manuela Ferreira Leite disse que o governo devia esforçar-se por ajudar os mais necessitados. Entretanto, o governo anunciou algumas medidas com esse propósito. Manuela Ferreira Leite acusou o governo de roubar as ideias do PSD. A ideia foi nossa, repetiu. A seguir ao Verão, a crise obrigou o governo a tomar medidas destinadas a minimizar os seus efeitos. Uma delas prevê o aumento do salário mínimo para 450 euros, como acordado em sede de Concertação Social. Manuela Ferreira Leite discorda. Atenta a crise, o aumento devia ser congelado. Em alternativa, os trabalhadores teriam de optar por uma de duas coisas: aumento, ou manutenção do posto de trabalho. A insistir no aumento de 24 euros, caberia ao govervo assegurar que as empresas o podem pagar. Isto, que significa pôr o Estado a pagar os salários das empresas privadas, foi dito por Manuela Ferreira Leite, com ar sério, esta noite, em entrevista a José Gomes Ferreira (SIC-Notícias). A gente já sabia que o PSD era uma coligação de directórios. Mas o da economia planificada só agora deu um arzinho da sua graça.
posted by Eduardo Pitta
Antes do Verão, Manuela Ferreira Leite disse que o governo devia esforçar-se por ajudar os mais necessitados. Entretanto, o governo anunciou algumas medidas com esse propósito. Manuela Ferreira Leite acusou o governo de roubar as ideias do PSD. A ideia foi nossa, repetiu. A seguir ao Verão, a crise obrigou o governo a tomar medidas destinadas a minimizar os seus efeitos. Uma delas prevê o aumento do salário mínimo para 450 euros, como acordado em sede de Concertação Social. Manuela Ferreira Leite discorda. Atenta a crise, o aumento devia ser congelado. Em alternativa, os trabalhadores teriam de optar por uma de duas coisas: aumento, ou manutenção do posto de trabalho. A insistir no aumento de 24 euros, caberia ao govervo assegurar que as empresas o podem pagar. Isto, que significa pôr o Estado a pagar os salários das empresas privadas, foi dito por Manuela Ferreira Leite, com ar sério, esta noite, em entrevista a José Gomes Ferreira (SIC-Notícias). A gente já sabia que o PSD era uma coligação de directórios. Mas o da economia planificada só agora deu um arzinho da sua graça.
posted by Eduardo Pitta
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Re: Barata tonta
Promover a ética
Talvez seja poesia, mas é preciso escutar os poetas. Manuel Alegre apela à renovação da esquerda e ao regresso do Estado como regulador e garante da igualdade, da capacidade de promover bem estar, do respeito pelo valor dos direitos humanos, do trabalho e da dignidade, da luta contra a escravização e a subalternização das pessoas ao dinheiro, da ética.
E absolutamente vergonhosa a chantagem que se tenta fazer com o governo, protagonizada por Augusto Morais, ameaçando com despedimentos a propósito do indispensável aumento do salário mínimo, em tempos de crise mais indispensável que nunca, assim como espantosa é a irresponsabilidade da oposição do PSD a esta medida.
publicado por Sofia Loureiro dos Santos
Talvez seja poesia, mas é preciso escutar os poetas. Manuel Alegre apela à renovação da esquerda e ao regresso do Estado como regulador e garante da igualdade, da capacidade de promover bem estar, do respeito pelo valor dos direitos humanos, do trabalho e da dignidade, da luta contra a escravização e a subalternização das pessoas ao dinheiro, da ética.
E absolutamente vergonhosa a chantagem que se tenta fazer com o governo, protagonizada por Augusto Morais, ameaçando com despedimentos a propósito do indispensável aumento do salário mínimo, em tempos de crise mais indispensável que nunca, assim como espantosa é a irresponsabilidade da oposição do PSD a esta medida.
publicado por Sofia Loureiro dos Santos
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Re: Barata tonta
O "crash" de Manuela
Fernando Sobral
fsobral@mediafin.pt
Tudo o que sobe desce. Isaac Newton sabia do que falava. Foi um dos investidores da South Sea Company, empresa que prometia grandes lucros com a exploração comercial dos mares do Sul. Os resultados não acompanharam as expectativas e Newton foi um dos que viu uma das primeiras "bolhas financeiras" rebentar-lhe nas mãos.
A actual crise financeira está, também, a rebentar uma outra "bolha": a dos políticos que parecem enfadados por o serem. Um caso surpreendente é o de Manuela Ferreira Leite. Às altas expectativas de subida, está a seguir-se um "crash" político. A um líder, em tempos de dificuldade, pede-se confiança e estímulo. O que diz Ferreira Leite ("vamos querer salvaguardar o emprego ou melhorar o nível de vida"?) é de quem vive a olhar para a contabilidade e ignora a economia real. A questão é outra. Propor emprego com salários de ficção não é uma política económica. É óbvio que os políticos não podem prometer o Céu ainda na Terra. Devem ser realistas, mas têm de ser os líderes da luta. Não podem defender que a felicidade das pessoas se resolve com uma malga de sopa, dinheiro para a bica e os cigarros e o cinto apertado. Ninguém se conforma já com a tese dos poupados e honrados. Se não promete um amanhã melhor para que serve um político? É certo que a líder do PSD finalmente viu a luz: quer acabar com o pagamento por conta que ela própria criou. Mas isso não ilude a dúvida: com um discurso tão miserabilista, Manuela Ferreira Leite quererá mesmo ser primeira-ministra?
Fernando Sobral
fsobral@mediafin.pt
Tudo o que sobe desce. Isaac Newton sabia do que falava. Foi um dos investidores da South Sea Company, empresa que prometia grandes lucros com a exploração comercial dos mares do Sul. Os resultados não acompanharam as expectativas e Newton foi um dos que viu uma das primeiras "bolhas financeiras" rebentar-lhe nas mãos.
A actual crise financeira está, também, a rebentar uma outra "bolha": a dos políticos que parecem enfadados por o serem. Um caso surpreendente é o de Manuela Ferreira Leite. Às altas expectativas de subida, está a seguir-se um "crash" político. A um líder, em tempos de dificuldade, pede-se confiança e estímulo. O que diz Ferreira Leite ("vamos querer salvaguardar o emprego ou melhorar o nível de vida"?) é de quem vive a olhar para a contabilidade e ignora a economia real. A questão é outra. Propor emprego com salários de ficção não é uma política económica. É óbvio que os políticos não podem prometer o Céu ainda na Terra. Devem ser realistas, mas têm de ser os líderes da luta. Não podem defender que a felicidade das pessoas se resolve com uma malga de sopa, dinheiro para a bica e os cigarros e o cinto apertado. Ninguém se conforma já com a tese dos poupados e honrados. Se não promete um amanhã melhor para que serve um político? É certo que a líder do PSD finalmente viu a luz: quer acabar com o pagamento por conta que ela própria criou. Mas isso não ilude a dúvida: com um discurso tão miserabilista, Manuela Ferreira Leite quererá mesmo ser primeira-ministra?
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Re: Barata tonta
IRRESPONSABILIDADE E MEDIDA ELEITORAL e , num momento de CRISE, dar um aumento SUPERIOR A INFLACAO....................
RONALDO ALMEIDA- Pontos : 10367
Re: Barata tonta
RONALDO ALMEIDA escreveu:IRRESPONSABILIDADE E MEDIDA ELEITORAL e , num momento de CRISE, dar um aumento SUPERIOR A INFLACAO....................
Como sempre você não lê a notícia. Esse aumento faz parte de um pacto assinado há um ano, com todos os parceiros sociais, e tem como objectivo atingir os 500 euros em 2011. Por isso, se tivesse atento, verificaria que não é uma medida eleitoral. É o cumprimento de um pacto.
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Re: Barata tonta
Esta bem, mas a CRISE esta ai . As coisas mudaram, planos sao para serem quebrados!!
RONALDO ALMEIDA- Pontos : 10367
Re: Barata tonta
RONALDO ALMEIDA escreveu:Esta bem, mas a CRISE esta ai . As coisas mudaram, planos sao para serem quebrados!!
Engana-se sempre. Não são planos. São PACTOS.
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Re: Barata tonta
Ai sim? e SE NAO HA DINHEIRO? Como e que e? Aumentam-se os IMPOSTOS?
RONALDO ALMEIDA- Pontos : 10367
Re: Barata tonta
Aumentar salario minimo em TEMPO DE CRISE e BRINCAR com as pessoas!! Apreocupacao neste momento deve ser em MANTER OS EMPREGOS!!
RONALDO ALMEIDA- Pontos : 10367
Re: Barata tonta
RONALDO ALMEIDA escreveu:Aumentar salario minimo em TEMPO DE CRISE e BRINCAR com as pessoas!! Apreocupacao neste momento deve ser em MANTER OS EMPREGOS!!
Enganou-se. Não aumentar é que é brincar com as pessoas. Ou pensa que a crise só atinge os mais ricos?? Acha que não atinge os que vivem com o ordenado mínimo? Não foi isso que Cavaco e MFL diziam h+a muito pouco tempo. Que se devia ter em atenção os mais desfavorecidos?? Eu juro que ouvi.
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Re: Barata tonta
RONALDO ALMEIDA escreveu:CLARO, mas acima da INFLACAO, nao da!!
Se for abaixo é baixar ainda mais o seu poder de compra numa época que se prevê má também para os mais pobres.
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Re: Barata tonta
SOCRATES E DEUS? Sabe prever o futuro ate 2011? E o que e que os SINDICATOS teem a ver com o SALARIO MINIMO DOS OUTROS?????????????????
RONALDO ALMEIDA- Pontos : 10367
Re: Barata tonta
RONALDO ALMEIDA escreveu:SOCRATES E DEUS? Sabe prever o futuro ate 2011? E o que e que os SINDICATOS teem a ver com o SALARIO MINIMO DOS OUTROS?????????????????
Quais outros????
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Re: Barata tonta
SE nao ha problema, porque nao aumentar o salario minimo para 1000 euros?
RONALDO ALMEIDA- Pontos : 10367
Re: Barata tonta
RONALDO ALMEIDA escreveu:SE nao ha problema, porque nao aumentar o salario minimo para 1000 euros?
Amigo RON
Só ontem soube pleos jornalistas que chamar socialista a um americano é igual a chamar comunista
ORA isto como sabe ou deverian saber nada tem a ver connosco
Em Portugal os maiores inimigos dos comunistas foram os socialistas como sabe
Vitor mango- Pontos : 118184
Re: Barata tonta
RONALDO ALMEIDA escreveu:SE nao ha problema, porque nao aumentar o salario minimo para 1000 euros?
Porra que você hoje não está nos seus dias. O Pacto assinado o ano passado com os parceiros sociais e institucionais prevê um aumento gradual para 500 Euros em 2011. 500, senhor Ronaldo. Não 1000. Os numeros não aparecem ao acaso.... Capiche?
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Re: Barata tonta
Vitor mango escreveu:RONALDO ALMEIDA escreveu:SE nao ha problema, porque nao aumentar o salario minimo para 1000 euros?
Amigo RON
Só ontem soube pleos jornalistas que chamar socialista a um americano é igual a chamar comunista
ORA isto como sabe ou deverian saber nada tem a ver connosco
Em Portugal os maiores inimigos dos comunistas foram os socialistas como sabe
EM PORTUGAL os SOCIALISTAS sao FALSIFICADOS!!
RONALDO ALMEIDA- Pontos : 10367
Re: Barata tonta
Mínimo
Ferreira Leite demonstrou que o muito que supostamente sabe sobre doutrina económica lhe falta em sensibilidade política.
Rita Marques Guedes
Não é fácil criticar a subida do salário mínimo nacional. Tanto mais quando se trata de uma subida muitíssimo mínima num salário também muitíssimo mínimo. A líder do PSD fê-lo. E ao fazê-lo, dando primazia a razões técnicas, demonstrou que o muito que supostamente sabe sobre doutrina financeira lhe falta em sensibilidade política.
Por mais que se possa defender que esta subida é desadequada nas actuais circunstâncias – argumento discutível – porque tende a pressionar os custos das empresas, a gerar mais desemprego e também uma baixa de competitividade da nossa economia, a verdade é que por cima destas teses temos duas realidades: a primeira é a de que este aumento se baseia no acordo tripartido (Governo, sindicatos e patrões) assinado em Dezembro de 2006, na Concertação Social, o qual estipulou que o salário mínimo nacional seria fixado em 403 euros, em 2007, atingiria os 450 em 2009 e os 500 em 2011; a segunda é a de que se está a falar de um aumento de 24 euros mensais num salário que vai pouco além dos 400 euros. Trata-se de uma questão de dignidade humana e uma vez aqui chegados devia-se colocar ponto final nas contra-argumentações de natureza economicista. Como é que se vive com pouco mais de 400 euros por mês e, perante isto, como é que se pode vir dizer que é um erro subir este patamar de rendimento mensal?
Se é para isto que o PSD está a investir na criação de grupos de trabalho e de gabinetes de estudo, melhor seria que se reequacionasse rapidamente as suas funções e as suas capacidades, porque se assim não for vamos ter um partido cada vez mais autista e desalinhado da realidade apesar de cromo em tratados sobre as doutrinas económicas.
Quando se fala nas consequências da crise e quando se demonstra grande preocupação com o que ela implica a nível de estrangulamento social, com a pobreza já existente a acentuar-se para níveis ainda mais baixos e com uma nova pobreza a emergir com mais força, pergunta-se como se conjuga esta preocupação com a crítica expressa à subida do salário mínimo?
Ponto é que ao insurgir-se contra este aumento, Ferreira Leite deixou que sobressaísse a sua visão estritamente técnica sobre os assuntos, deixando de lado a perspectiva política que sobre os mesmos terá que ter.
Pode agora o PSD vir fazer os mais variados exercícios de demonstração dos erros do Orçamento de Estado para 2009, pode até vir insurgir-se contra as mais diversas opções do Governo. O facto é que abriu o flanco e deu ao PS e ao Governo uma deixa de valor inquestionável para lhe atirarem em todas as oportunidades com o intuito de demonstrarem que o PSD é insensível do ponto de vista social – é de facto extraordinário como é que a actual direcção do PSD se permite dar ao PS e ao Governo um pretexto tão forte e tão duradouro para estes a atacarem.
Razão para dizer que se é para isto, mais valia que a líder do PSD continuasse na sua clausura e no seu silêncio. Sempre se pouparia a si e ao seu partido.
____
Rita Marques Guedes, Jurista
Ferreira Leite demonstrou que o muito que supostamente sabe sobre doutrina económica lhe falta em sensibilidade política.
Rita Marques Guedes
Não é fácil criticar a subida do salário mínimo nacional. Tanto mais quando se trata de uma subida muitíssimo mínima num salário também muitíssimo mínimo. A líder do PSD fê-lo. E ao fazê-lo, dando primazia a razões técnicas, demonstrou que o muito que supostamente sabe sobre doutrina financeira lhe falta em sensibilidade política.
Por mais que se possa defender que esta subida é desadequada nas actuais circunstâncias – argumento discutível – porque tende a pressionar os custos das empresas, a gerar mais desemprego e também uma baixa de competitividade da nossa economia, a verdade é que por cima destas teses temos duas realidades: a primeira é a de que este aumento se baseia no acordo tripartido (Governo, sindicatos e patrões) assinado em Dezembro de 2006, na Concertação Social, o qual estipulou que o salário mínimo nacional seria fixado em 403 euros, em 2007, atingiria os 450 em 2009 e os 500 em 2011; a segunda é a de que se está a falar de um aumento de 24 euros mensais num salário que vai pouco além dos 400 euros. Trata-se de uma questão de dignidade humana e uma vez aqui chegados devia-se colocar ponto final nas contra-argumentações de natureza economicista. Como é que se vive com pouco mais de 400 euros por mês e, perante isto, como é que se pode vir dizer que é um erro subir este patamar de rendimento mensal?
Se é para isto que o PSD está a investir na criação de grupos de trabalho e de gabinetes de estudo, melhor seria que se reequacionasse rapidamente as suas funções e as suas capacidades, porque se assim não for vamos ter um partido cada vez mais autista e desalinhado da realidade apesar de cromo em tratados sobre as doutrinas económicas.
Quando se fala nas consequências da crise e quando se demonstra grande preocupação com o que ela implica a nível de estrangulamento social, com a pobreza já existente a acentuar-se para níveis ainda mais baixos e com uma nova pobreza a emergir com mais força, pergunta-se como se conjuga esta preocupação com a crítica expressa à subida do salário mínimo?
Ponto é que ao insurgir-se contra este aumento, Ferreira Leite deixou que sobressaísse a sua visão estritamente técnica sobre os assuntos, deixando de lado a perspectiva política que sobre os mesmos terá que ter.
Pode agora o PSD vir fazer os mais variados exercícios de demonstração dos erros do Orçamento de Estado para 2009, pode até vir insurgir-se contra as mais diversas opções do Governo. O facto é que abriu o flanco e deu ao PS e ao Governo uma deixa de valor inquestionável para lhe atirarem em todas as oportunidades com o intuito de demonstrarem que o PSD é insensível do ponto de vista social – é de facto extraordinário como é que a actual direcção do PSD se permite dar ao PS e ao Governo um pretexto tão forte e tão duradouro para estes a atacarem.
Razão para dizer que se é para isto, mais valia que a líder do PSD continuasse na sua clausura e no seu silêncio. Sempre se pouparia a si e ao seu partido.
____
Rita Marques Guedes, Jurista
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Re: Barata tonta
TECNICA? Ai sim? Entao porque SOCRATES esta tao preocupado com o DEFICIT? so 24 euros? Entao porque SOCRATES quer limitar a 2.9% o aumento da FUNCAO PUBLICA? MAIS COERENCIA ,PEDE-SE!!
RONALDO ALMEIDA- Pontos : 10367
Re: Barata tonta
RONALDO ALMEIDA escreveu:TECNICA? Ai sim? Entao porque SOCRATES esta tao preocupado com o DEFICIT? so 24 euros? Entao porque SOCRATES quer limitar a 2.9% o aumento da FUNCAO PUBLICA? MAIS COERENCIA ,PEDE-SE!!
Talvez a culpa seja minha, mas hoje não o compreendo. Não sei o quer dizer. Talvez amanhã esteja mais lúcido...
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Re: Barata tonta
REFIRO-ME A ISTO:Ferreira Leite deixou que sobressaísse a sua visão estritamente técnica sobre os assuntos, deixando de lado a perspectiva política que sobre os mesmos terá que ter.
RONALDO ALMEIDA- Pontos : 10367
Re: Barata tonta
«Há uns meses, muitos portugueses terão ficado surpreendidos com o facto de 35 por cento dos pobres identificados num estudo de Alfredo Bruto da Costa viverem dos rendimentos do seu trabalho. A conclusão contrariou a ideia corrente que a pobreza está associada, em diferentes graus de intensidade, à exclusão social ou ao desemprego crónico. Pelo contrário, muitos dos pobres do país trabalham e não custa advinhar que a maioria faz parte dessa legião de assalariados que recebem 426 euros de salário mínimo. Agora que se discute a decisão do Governo em avançar com o acordo assumido na Concertação Social em 2006, e que aponta para um ordenado mínimo de 500 euros em 2011, valia a pena ter esta realidade em consideração. Mas de imediato se ouviram críticas de empresários ou uma reacção dúbia de Manuela Ferreira Leite, que lamentou a oportunidade do anúncio por “roçar a irresponsabilidade”, embora tenha dito que no lugar de José Sócrates se esforçaria pela sua execução.
No país com o mais elevado índice de desigualdade social da Europa, garantir a quem trabalha um mínimo de dignidade é um imperativo moral. Mas a concretização desse imperativo exige condições económicas, dirão muitos. É verdade, mas custa a acreditar que uma empresa média que tem, por exemplo, 100 trabalhadores com o salário mínimo entre em dificuldades por ver a sua factura salarial agravar-se em 2400 euros mensais. Como custa a acreditar que um patrão se sinta obrigado a despedir um trabalhador apenas porque terá de lhe pagar mais 24 euros por mês. Exceptuando situações extremas, que hão-de existir, este cenário só acontecerá se os empresários seguirem a inqualificável sugestão do presidente da associação das PME, Augusto Morais, que numa declaração pública decidiu recomendar aos seus associados “que não renovem os contratos” dos trabalhadores com salário mínimo. Para que as empresas possam manter os actuais níveis de competitividade? Não, para promover o aumento do desemprego e, dessa forma, penalizar o primeiro-ministro.
Para algumas empresas e patrões, o salário mínimo não passa de um artifício destinado a esconder os seus problemas estruturais e a sua incapacidade de sobreviver numa economia moderna. É a continuação por outros meios da desvalorização competitiva de outros tempos, agora não através do valor da moeda mas por via do custo do trabalho. Em casos ainda mais raros, é ainda um meio de gerir recursos humanos numa conjuntura em que a procura de trabalho suplanta largamente a oferta. Em qualquer dos casos, está em causa um modelo que amarra o país ao passado com o argumento de que é melhor haver empregos assim do que não haver empregos nenhuns. Ora aceitar esta premissa é aceitar todo o tipo de atavismos e manipulações. Quando se fala de salário mínimo, está-se a mencionar a situação difícil em que vivem 200 mil trabalhadores. A sua melhoria salarial custará às empresas qualquer coisa como 4,4 milhões de euros por mês. Uma irrelevância que tem como contrapartida o reforço da “dignidade humana” de milhares de portugueses, como muito bem assinalou Bagão Félix.
Exceptuando a ala mais retrógrada do empresariado, é difícil encontrar quem não perceba a intenção do Governo em manter os termos do acordo. Com o limiar da pobreza na União Europeia fixado em torno dos 400 euros por mês, é importante garantir que quem trabalha tenha direito a uma vida decente. Isto é importante para mitigar os danos da pobreza, mas também para valorizar socialmente o trabalho. É certo que, hoje, é muito difícil viver com 426 euros por mês e não será com mais 24 euros que o problema se resolve. Mas, ao menos, dá-se um sinal de que há vontade de melhorar a situação. E esta exigência é não apenas uma obrigação do Estado, porque, como lembrava Bruto da Costa, um dos problemas maiores da pobreza em Portugal é a “conivência” com que a sociedade a encara.»
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[i]
No país com o mais elevado índice de desigualdade social da Europa, garantir a quem trabalha um mínimo de dignidade é um imperativo moral. Mas a concretização desse imperativo exige condições económicas, dirão muitos. É verdade, mas custa a acreditar que uma empresa média que tem, por exemplo, 100 trabalhadores com o salário mínimo entre em dificuldades por ver a sua factura salarial agravar-se em 2400 euros mensais. Como custa a acreditar que um patrão se sinta obrigado a despedir um trabalhador apenas porque terá de lhe pagar mais 24 euros por mês. Exceptuando situações extremas, que hão-de existir, este cenário só acontecerá se os empresários seguirem a inqualificável sugestão do presidente da associação das PME, Augusto Morais, que numa declaração pública decidiu recomendar aos seus associados “que não renovem os contratos” dos trabalhadores com salário mínimo. Para que as empresas possam manter os actuais níveis de competitividade? Não, para promover o aumento do desemprego e, dessa forma, penalizar o primeiro-ministro.
Para algumas empresas e patrões, o salário mínimo não passa de um artifício destinado a esconder os seus problemas estruturais e a sua incapacidade de sobreviver numa economia moderna. É a continuação por outros meios da desvalorização competitiva de outros tempos, agora não através do valor da moeda mas por via do custo do trabalho. Em casos ainda mais raros, é ainda um meio de gerir recursos humanos numa conjuntura em que a procura de trabalho suplanta largamente a oferta. Em qualquer dos casos, está em causa um modelo que amarra o país ao passado com o argumento de que é melhor haver empregos assim do que não haver empregos nenhuns. Ora aceitar esta premissa é aceitar todo o tipo de atavismos e manipulações. Quando se fala de salário mínimo, está-se a mencionar a situação difícil em que vivem 200 mil trabalhadores. A sua melhoria salarial custará às empresas qualquer coisa como 4,4 milhões de euros por mês. Uma irrelevância que tem como contrapartida o reforço da “dignidade humana” de milhares de portugueses, como muito bem assinalou Bagão Félix.
Exceptuando a ala mais retrógrada do empresariado, é difícil encontrar quem não perceba a intenção do Governo em manter os termos do acordo. Com o limiar da pobreza na União Europeia fixado em torno dos 400 euros por mês, é importante garantir que quem trabalha tenha direito a uma vida decente. Isto é importante para mitigar os danos da pobreza, mas também para valorizar socialmente o trabalho. É certo que, hoje, é muito difícil viver com 426 euros por mês e não será com mais 24 euros que o problema se resolve. Mas, ao menos, dá-se um sinal de que há vontade de melhorar a situação. E esta exigência é não apenas uma obrigação do Estado, porque, como lembrava Bruto da Costa, um dos problemas maiores da pobreza em Portugal é a “conivência” com que a sociedade a encara.»
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