crise nas forcas armadas
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crise nas forcas armadas
Remunerações, pensões e apoio de saúde
Loureiro dos Santos apela à “responsabilidade primária” de Sócrates para resolver problemas dos militares
30.10.2008 - 14h54 Lusa
O antigo chefe do Estado-Maior do Exército general Loureiro dos Santos defendeu hoje que é o primeiro-ministro que tem “a responsabilidade primária” de atender aos problemas e reivindicações feitas pelas associações militares ao longo dos últimos anos.
“Eu julgo que a solução deste problema passa pelas principais figuras do Estado, pelo primeiro-ministro e pelo Presidente da República – como comandante supremo das Forças Armadas –, mas especialmente pelo primeiro-ministro, que é o chefe do Governo e é aquele que tem a responsabilidade primária de atender a estes problemas”, disse à Lusa Loureiro dos Santos.
Para Loureiro dos Santos, “as questões essenciais – o sistema remuneratório, o pagamento de pensões e a questão do apoio de saúde [aos militares] – não têm sido resolvidas” pelo Governo de José Sócrates.
“Penso que o primeiro-ministro estará preocupado com isto, pretende resolver este problema ou pretende minorar as situações inconvenientes que existem, mas convém que não fique para as calendas, a verdade é que isto já se anda a dizer há muito tempo e em termos concretos não tem sido nada praticamente feito”, afirmou o ex-chefe de Estado-Maior do Exército.
Risco de atitudes irreflectidas dos jovens
Questionado sobre os “cortes” na Assistência na Doença aos Militares (ADM), uma das principais reivindicações associativas, Loureiro dos Santos defendeu que “não é só isso”. “De acordo com essa equivalência [entre administração pública e profissão militar], nos escalões correspondentes, os militares deveriam auferir as mesmas remunerações e não auferem, pelo contrário! Por exemplo, os magistrados estão a ganhar o dobro do que ganham os militares”, explicou.
“O Governo é que é o representante sindical da instituição militar e, por conseguinte, tem de velar pela justiça (...), não pode deixar crescer este fosso, esta distância, que vai criar uma sensação de injustiça enorme”,
Segundo o general, esta conjuntura de “injustiça” pode levar a atitudes mais “irreflectidas” por parte de militares mais jovens, um alerta que já tinha deixado hoje de manhã à TSF.
“Penso que está fora de questão qualquer coisa organizada, mas [podem surgir] actos um pouco irreflectidos que normalmente as pessoas mais novas são levadas a praticar, não têm a prudência, nem a experiência, nem as precauções dos mais velhos”, concluiu.
Artigo no PÚBLICO
No último sábado, num artigo no PÚBLICO, Loureiro dos Santos estabeleceu um paralelo entre os actuais “sinais preocupantes” que se vivem no meio militar e o 25 de Novembro de 1975.
“[Presidente da República e primeiro-ministro] leiam com atenção os sinais que saem da instituição e ajam, sem demora, em conformidade”, lê-se no artigo, intitulado “Instituição militar: sinais preocupantes”.
“Convém não nos julgarmos blindados contra situações desagradáveis que possam vir a surgir, nem que insistamos em pensar que ‘acontecimentos (funestos) do passado não voltam a acontecer’”, acrescenta, no seu texto, o general.
Loureiro dos Santos apela à “responsabilidade primária” de Sócrates para resolver problemas dos militares
30.10.2008 - 14h54 Lusa
O antigo chefe do Estado-Maior do Exército general Loureiro dos Santos defendeu hoje que é o primeiro-ministro que tem “a responsabilidade primária” de atender aos problemas e reivindicações feitas pelas associações militares ao longo dos últimos anos.
“Eu julgo que a solução deste problema passa pelas principais figuras do Estado, pelo primeiro-ministro e pelo Presidente da República – como comandante supremo das Forças Armadas –, mas especialmente pelo primeiro-ministro, que é o chefe do Governo e é aquele que tem a responsabilidade primária de atender a estes problemas”, disse à Lusa Loureiro dos Santos.
Para Loureiro dos Santos, “as questões essenciais – o sistema remuneratório, o pagamento de pensões e a questão do apoio de saúde [aos militares] – não têm sido resolvidas” pelo Governo de José Sócrates.
“Penso que o primeiro-ministro estará preocupado com isto, pretende resolver este problema ou pretende minorar as situações inconvenientes que existem, mas convém que não fique para as calendas, a verdade é que isto já se anda a dizer há muito tempo e em termos concretos não tem sido nada praticamente feito”, afirmou o ex-chefe de Estado-Maior do Exército.
Risco de atitudes irreflectidas dos jovens
Questionado sobre os “cortes” na Assistência na Doença aos Militares (ADM), uma das principais reivindicações associativas, Loureiro dos Santos defendeu que “não é só isso”. “De acordo com essa equivalência [entre administração pública e profissão militar], nos escalões correspondentes, os militares deveriam auferir as mesmas remunerações e não auferem, pelo contrário! Por exemplo, os magistrados estão a ganhar o dobro do que ganham os militares”, explicou.
“O Governo é que é o representante sindical da instituição militar e, por conseguinte, tem de velar pela justiça (...), não pode deixar crescer este fosso, esta distância, que vai criar uma sensação de injustiça enorme”,
Segundo o general, esta conjuntura de “injustiça” pode levar a atitudes mais “irreflectidas” por parte de militares mais jovens, um alerta que já tinha deixado hoje de manhã à TSF.
“Penso que está fora de questão qualquer coisa organizada, mas [podem surgir] actos um pouco irreflectidos que normalmente as pessoas mais novas são levadas a praticar, não têm a prudência, nem a experiência, nem as precauções dos mais velhos”, concluiu.
Artigo no PÚBLICO
No último sábado, num artigo no PÚBLICO, Loureiro dos Santos estabeleceu um paralelo entre os actuais “sinais preocupantes” que se vivem no meio militar e o 25 de Novembro de 1975.
“[Presidente da República e primeiro-ministro] leiam com atenção os sinais que saem da instituição e ajam, sem demora, em conformidade”, lê-se no artigo, intitulado “Instituição militar: sinais preocupantes”.
“Convém não nos julgarmos blindados contra situações desagradáveis que possam vir a surgir, nem que insistamos em pensar que ‘acontecimentos (funestos) do passado não voltam a acontecer’”, acrescenta, no seu texto, o general.
RONALDO ALMEIDA- Pontos : 10367
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