Diabetes: Cientistas reprogramam células e abrem a porta a uma cura

por **Vitor mango** Sáb Fev 08, 2014 11:32 am

Saúde
Diabetes: Cientistas reprogramam células e abrem a porta a uma cura

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Uma equipa de cientistas da Universidade da Califórnia (EUA) pode ter aberto uma porta para a cura da diabetes. As células da pele foram reprogramadas para funcionar como células do pâncreas e começaram a produzir insulina, em testes realizados com ratos.

Um grupo de cientistas da Universidade da Califórnia realizou uma experiência em ratos cujo sucesso se apresenta como um passo decisivo para encontrar uma cura para a diabetes. Os investigadores pegaram na pele e ‘ensinaram-na’ a trabalhar como um pâncreas, o que poderá permitir avançar para uma técnica que mantenha os níveis regulares de açúcar no sangue.
Utilizando ratos geneticamente modificados (para que apresentassem uma doença semelhante à diabetes), os cientistas retiraram fibroblastos (células da pele) e reprogramaram-nas como se fossem células estaminais que dessem origem a um pâncreas. Depois de injetadas nas cobaias, essas células começaram a produzir a insulina em falta.
De acordo com o resumo da investigação, citado pela Associated Press, bastou uma semana para que os resultados fossem comprovados, com os níveis de açúcar no sangue a regressarem ao normal. Dois meses após a injeção das células, as mesmas continuavam a fabricar células produtoras de insulina. Quando as células injetadas foram retiradas, o sangue registou um pico de açúcar, comprovando a relação direta.
“O poder da medicina regenerativa é que pode potencialmente fornecer uma fonte ilimitada de células produtoras de insulina funcionais que podem, posteriormente, ser transplantadas para o paciente”, salientou Sheng Ding, professor do Instituto Gladstone e da Universidade da Califórnia, citado pela AP.
A diabetes ocorre quando o sistema imunológico da pessoa destrói as células produtoras de insulina, obrigando o paciente a injetar diariamente a dose em falta para controlar os níveis de açúcar no sangue.