Dez impactos da crise da Crimeia nos mercados financeiros
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Dez impactos da crise da Crimeia nos mercados financeiros
Dez impactos da crise da Crimeia nos mercados financeiros
Com uma reunião da NATO marcada para amanhã, bolsas, divisas, matérias-primas e dívida soberana sentem a primeira vaga de efeitos negativos.
Jorge Nascimento Rodrigues
23:37 Segunda feira, 3 de março de 2014 Última atualização há 6 minutos
A crise da Crimeia é o primeiro "cisne cinzento" do ano de 2014, segundo alguns analistas geopolíticos.
A discussão entre os analistas financeiros centra-se, agora, em responder à pergunta milionária - o risco político vai disparar e o contágio nos mercados financeiros vai alastrar, ou a turbulência político-militar na região vai ser limitada e o impacto negativo económico e financeiro será apenas moderado.
Esta crise geopolítica vem somar-se ao risco de deflação na zona euro e à instabilidade nas economias emergentes. Não é, ainda, uma tempestada perfeita, mas o suficiente para dar uma enorme dor de cabeça a Mario Draghi e ao conselho de governadores do Banco Central Europeu que reúne na próxima quinta-feira em Frankfurt.
O efeito da crise da Crimeia na primeira sessão de março em diversos mercados financeiros pode ser observado em 10 pontos.
# As bolsas mundiais caíram 1,19%, segundo o índice MSCI World. Os maiores impactos negativos registaram-se nos índices MSCI para o conjunto da Europa (que desceu 2,51%) e para o conjunto dos BRIC (que desceu 2,43%).
# A Bolsa de Moscovo viveu um crash - o índice MICEX caiu 10,79% e o índice RTSI afundou 12,01%. Desde o início do ano, já desceram 14,31% e 22,71% respetivamente.
# O índice PFTS da Bolsa de Kiev (Ucrânia) caiu 6,63%, depois de ter registado uma subida de 36% entre 20 e 27 de fevereiro, com a queda do anterior presidente.
# As bolsas da Letónia e da Polónia, dois países membros da União Europeia, sentiram a primeira onda de impacto: o índice da Bolsa de Riga caiu 5,71% e o índice WIG 20 da bolsa de Varsóvia desceu 5,11%. A Letónia, no Báltico, já invocou o Artigo 4º da NATO, alegando ameaça à segurança e independência. Foram assinalados exercícios táticos da Frota Russa do Báltico a partir de Kalininegrado, no enclave russo entalado entre a Polónia e a Lituânia.
# As bolsas europeias fecharam no negativo com o Eurostoxx 50 a descer 3%, a maior queda diária desde junho de 2013, durante o verão "quente" da crise das economias emergentes. O PSI 20, índice da Bolsa de Lisboa, caiu 2,57%.
# A volatilidade medida pelo índice VIX subiu, entre 28 de fevereiro e 3 de março, de 14 para 16, longe ainda do máximo deste ano (até à data) de 21,44 registado a 3 de fevereiro. O VIX registou valores acima de 20 durante a crise dos emergentes de junho e do período de shutdown federal nos EUA em outubro do ano passado.
# O rublo registou um mínimo face ao euro, ultrapassando os 50 rublos por euro logo durante o início da manhã, registando um pico de 50,39 a meio da tarde e fechando em 50,17, uma desvalorização de 0,28%, inferior às desvalorizações do florim húngaro (0,71%), do zloty polaco (0,6%) e da coroa norueguesa (0,51%). A desvalorização do rublo face ao euro nos últimos 12 meses já soma 25,3%. A divisa com a maior queda face ao euro no dia de hoje foi o rand sul-africano (0,72%).
# O ouro, as obrigações alemãs (Bunds) e norte-americanas (US Treasuries) a 10 anos revelaram-se como valores refúgio - o preço da onça de ouro subiu 2,2%, as yields das Bunds desceram para 1,56%, já distante de 1,94% registado no fecho de dezembro de 2013; e as yields dos títulos norte-americanos desceram para 2,61%, claramente abaixo do fecho de 2013 em que se registou 3%.
# Commodities sobem - o preço do barril de Brent subiu (em dólares) 1,74%, cotando-se no fecho de hoje em 110,8 dólares, e o preço do trigo (a Ucrânia é um dos 10 produtores do mundo) subiu 4,86%; o índice GSCI Spot da Standard & Poor's relativo a 24 matérias primas subiu 1,63%.
# Devido à descida das yields das Bunds, os prémios de risco em relação à dívida alemã subiram em todos os países periféricos da zona euro, com destaque para a Grécia (mais 12 pontos base), Espanha (mais sete pontos) e Portugal (mais sete pontos).
Ler mais: http://expresso.sapo.pt/dez-impactos-da-crise-da-crimeia-nos-mercados-financeiros=f859070#ixzz2uyrSy1iv
Com uma reunião da NATO marcada para amanhã, bolsas, divisas, matérias-primas e dívida soberana sentem a primeira vaga de efeitos negativos.
Jorge Nascimento Rodrigues
23:37 Segunda feira, 3 de março de 2014 Última atualização há 6 minutos
A crise da Crimeia é o primeiro "cisne cinzento" do ano de 2014, segundo alguns analistas geopolíticos.
A discussão entre os analistas financeiros centra-se, agora, em responder à pergunta milionária - o risco político vai disparar e o contágio nos mercados financeiros vai alastrar, ou a turbulência político-militar na região vai ser limitada e o impacto negativo económico e financeiro será apenas moderado.
Esta crise geopolítica vem somar-se ao risco de deflação na zona euro e à instabilidade nas economias emergentes. Não é, ainda, uma tempestada perfeita, mas o suficiente para dar uma enorme dor de cabeça a Mario Draghi e ao conselho de governadores do Banco Central Europeu que reúne na próxima quinta-feira em Frankfurt.
O efeito da crise da Crimeia na primeira sessão de março em diversos mercados financeiros pode ser observado em 10 pontos.
# As bolsas mundiais caíram 1,19%, segundo o índice MSCI World. Os maiores impactos negativos registaram-se nos índices MSCI para o conjunto da Europa (que desceu 2,51%) e para o conjunto dos BRIC (que desceu 2,43%).
# A Bolsa de Moscovo viveu um crash - o índice MICEX caiu 10,79% e o índice RTSI afundou 12,01%. Desde o início do ano, já desceram 14,31% e 22,71% respetivamente.
# O índice PFTS da Bolsa de Kiev (Ucrânia) caiu 6,63%, depois de ter registado uma subida de 36% entre 20 e 27 de fevereiro, com a queda do anterior presidente.
# As bolsas da Letónia e da Polónia, dois países membros da União Europeia, sentiram a primeira onda de impacto: o índice da Bolsa de Riga caiu 5,71% e o índice WIG 20 da bolsa de Varsóvia desceu 5,11%. A Letónia, no Báltico, já invocou o Artigo 4º da NATO, alegando ameaça à segurança e independência. Foram assinalados exercícios táticos da Frota Russa do Báltico a partir de Kalininegrado, no enclave russo entalado entre a Polónia e a Lituânia.
# As bolsas europeias fecharam no negativo com o Eurostoxx 50 a descer 3%, a maior queda diária desde junho de 2013, durante o verão "quente" da crise das economias emergentes. O PSI 20, índice da Bolsa de Lisboa, caiu 2,57%.
# A volatilidade medida pelo índice VIX subiu, entre 28 de fevereiro e 3 de março, de 14 para 16, longe ainda do máximo deste ano (até à data) de 21,44 registado a 3 de fevereiro. O VIX registou valores acima de 20 durante a crise dos emergentes de junho e do período de shutdown federal nos EUA em outubro do ano passado.
# O rublo registou um mínimo face ao euro, ultrapassando os 50 rublos por euro logo durante o início da manhã, registando um pico de 50,39 a meio da tarde e fechando em 50,17, uma desvalorização de 0,28%, inferior às desvalorizações do florim húngaro (0,71%), do zloty polaco (0,6%) e da coroa norueguesa (0,51%). A desvalorização do rublo face ao euro nos últimos 12 meses já soma 25,3%. A divisa com a maior queda face ao euro no dia de hoje foi o rand sul-africano (0,72%).
# O ouro, as obrigações alemãs (Bunds) e norte-americanas (US Treasuries) a 10 anos revelaram-se como valores refúgio - o preço da onça de ouro subiu 2,2%, as yields das Bunds desceram para 1,56%, já distante de 1,94% registado no fecho de dezembro de 2013; e as yields dos títulos norte-americanos desceram para 2,61%, claramente abaixo do fecho de 2013 em que se registou 3%.
# Commodities sobem - o preço do barril de Brent subiu (em dólares) 1,74%, cotando-se no fecho de hoje em 110,8 dólares, e o preço do trigo (a Ucrânia é um dos 10 produtores do mundo) subiu 4,86%; o índice GSCI Spot da Standard & Poor's relativo a 24 matérias primas subiu 1,63%.
# Devido à descida das yields das Bunds, os prémios de risco em relação à dívida alemã subiram em todos os países periféricos da zona euro, com destaque para a Grécia (mais 12 pontos base), Espanha (mais sete pontos) e Portugal (mais sete pontos).
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Só discuto o que nao sei ...O ke sei ensino ...POIZ
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