Vagueando na Notícia


Participe do fórum, é rápido e fácil

Vagueando na Notícia
Vagueando na Notícia
Gostaria de reagir a esta mensagem? Crie uma conta em poucos cliques ou inicie sessão para continuar.

Dívida? Mas qual dívida?

Ir para baixo

Dívida? Mas qual dívida? Empty Dívida? Mas qual dívida?

Mensagem por Vitor mango Seg Jun 23, 2014 12:34 am

  Dívida? Mas qual dívida?

Dívida? Mas qual dívida? Diogo-agostinho-3ba8



Dívida? Mas qual dívida?

    0
 
7:00 Segunda feira, 23 de junho de 2014


Portugal voltou aos mercados. Com sucesso, obviamente. Depois dos quatro a zero da Alemanha, os juros em baixa estavam garantidos.

A última tranche a que tínhamos direito por parte da Troika foi recusada. E bem. Se os juros lá fora estão mais baixos, isto é uma boa decisão de gestão. Na linha do que Mário Soares fez, quando era Primeiro-Ministro.

Logo correram os nossos credores a elogiar. Durão Barroso a dar os últimos cartuchos (será mesmo?) apressou-se a dar os parabéns a Portugal.

Como bom aluno, temos de ser um caso de sucesso. Os números estão aí. Estes três anos de ajustamento sentiram-se por completo, na economia portuguesa, mormente nas famílias. Agora é tempo de pôr nos livros este "estudo de caso".

O peso da dívida pública no PIB está nuns astronómicos 133,5%. É pesado demais e precisa de ser contrariado. Como pode um Estado sobreviver assim?

No entanto, o debate a que todos assistimos é do passa culpa. Este debate estéril remete para os defensores do PEC IV e para os acusadores das PPPs e nacionalização do BPN. Tudo certo. Que levem todos a taça para casa. Mas e mudar o chip? Futuro? Conhecem? Não ocorreu na cabeça de quem decide?

Bem sei que no 10 de Junho, as atenções estiveram no estado de saúde do Senhor Presidente da República. Com a saúde não se brinca e merece todos os cuidados. No entanto, no discurso, ficou o apelo para um compromisso a médio prazo sobre a sustentabilidade da dívida pública. A esta proposta seguiu-se o assobio para o lado. No Governo reina a novela Tribunal Constitucional. E que grande lição deu o Ministro das Finanças Alemão, Wolfgang Schäuble: "Ensinaram-me a não comentar nunca as decisões dos tribunais constitucionais, porque nós também temos na Alemanha um Tribunal Constitucional", disse. E disse muito bem.

Perante a aclaração, o ataque e a boa decisão de não recorrer ao último cheque da Troika, pois tal implicaria apresentar já as medidas compensatórias ao último chumbo do Tribunal Constitucional e prolongar a presença da Troika por cá, o que seria complicado para a nossa imagem, perante os mercados, e para o relógio do Caldas, penso que o Governo tem com que se entreter. Entretanto, vamos vendo todos os dias, desta semana, Paulo Portas a anunciar os novos investimentos angariados nas suas viagens.

Todavia, no momento em que estamos perante a saída do pós-troika, a alternativa a este Governo está... em guerra. Extraordinário.

Contudo mais notável é a qualidade do debate que decorre no PS. De Seguro os três anos falam por si, logo a novidade agora é Costa. Estava o, ainda Presidente de Câmara de Lisboa no carro e começou a pensar que solução seria preferível entre o aumento de impostos ou corte na despesa. E voilá, a Terceira Via. Criar riqueza. Não posso deixar de concordar com Pedro Santos Guerreiro, o homem descobriu a pólvora.

É assim a agenda para uma década. É que nem imaginação para novo nome há. Bem sei que Tony Blair anda a aparecer mais, mas esta moda, que os políticos têm, de parar no tempo e nas ideias é assustadora. Pena que quando ande de carro, o ainda Presidente de Câmara de Lisboa não pense mais nos buracos da sua cidade e no lixo que abunda. Se calhar até pensa e fica inspirado. Deve acreditar que com tanto buraco o mercado de reparação automóvel pode crescer beneficiando a economia e que o lixo é consequência da qualidade de vida dos seus lisboetas, demonstrando a propensão ao consumo.

Se eu fosse Seguro ficava calado até às eleições. É que perante as "propostas" de Costa basta o silêncio, para perceber o vazio. Já dizia o outro, todos calados parecem poetas.

E assim vai a nossa dívida. À espera de Godot. À espera de um debate sério que, verdade seja dita, tem surgido a espaços, por movimentos da sociedade civil e petições. Até lá é fazer como aconselhou um eminente estudante, de Filosofia Política, em Paris: a dívida vai-se gerindo.

_________________
Só discuto o que nao sei ...O ke sei ensino ...POIZ
Dívida? Mas qual dívida? Batmoon_e0
Vitor mango
Vitor mango

Pontos : 118184

Ir para o topo Ir para baixo

Ir para o topo

- Tópicos semelhantes

 
Permissões neste sub-fórum
Não podes responder a tópicos