FMs Árabes instar Kerry: Não vetar proposta palestina para Conselho de Segurança da ONU

FMs Árabes instar Kerry: Não vetar proposta palestina para Conselho de Segurança da ONU
Kerry para manter negociações febris e reuniões ao longo dos próximos dias na Europa com Netanyahu, os palestinos e os ministros árabes para tentar chegar a um compromisso sobre uma proposta do Conselho de Segurança.
Por Barak Ravid | 14 dez 2014 | 12:37

Por Barak Ravid e Associated Press
11 de dezembro de 2014 | 08:17 | 4

Uma delegação de ministros das Relações Exteriores dos países árabes se reunirão com o secretário de Estado dos EUA John Kerry na terça-feira e instá-lo a não impor um veto contra uma resolução palestino-jordaniano pedindo um fim à ocupação israelense até o final de 2016, deve ser o projecto de trouxe para o Conselho de Segurança das Nações Unidas para a votação nas próximas semanas.

O encontro entre Kerry e os chanceleres árabes será realizada em Londres, um dia depois de o secretário de conversações urgentes do Estado com o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, em Roma.

Antes de suas conversas com os ministros árabes, Kerry vai se reunir com uma delegação palestina compreendendo chefe negotiatior Saeb Erekat, e do chefe do serviço de Inteligência Geral da Palestina, Majid Faraj, ministro palestino das Relações Exteriores Riyad al-Maliki disse à Al baseada em Ramallah jornal -Ayyam.

Kerry iniciou a reunião com os palestinos em Londres -, bem como a reunião com Netanyahu em Roma - como parte de suas tentativas de tentar entender como flexível os dois lados são, e se existe a possibilidade de se chegar a um compromisso. Kerry falou por telefone com o presidente palestino, Mahmoud Abbas, na sexta-feira e pediu-lhe para enviar Faraj e Erekat se encontrar com ele em Londres; seu convite para Netanyahu foi prorrogado no início da semana.

As reuniões Kerry vai realizar nos próximos dias com Netanyahu, os palestinos, os chanceleres árabes e seus homólogos europeus fazem parte da tentativa americana para evitar um confronto diplomático no Conselho de Segurança sobre a questão palestina, ou pelo menos adiar o confronto por tanto tempo quanto possível.

"Há um monte de diferentes pessoas que empurram em direções diferentes lá fora, e a questão é que todos nós podemos puxar na mesma direção", Kerry disse a repórteres durante uma visita à Colômbia. "Isso é o que nós estamos olhando."

"Estamos tentando descobrir uma maneira de ajudar a diminuir as tensões e reduzir o potencial de mais conflito e estamos explorando diversas possibilidades para o efeito," Kerry disse a repórteres em Bogotá, quando perguntado se há uma resolução que os EUA poderiam apoiar .

Ainda não está claro se Kerry planeja apresentar Israel e os palestinos, com uma nova proposta ou um compromisso. Em qualquer caso, será muito difícil para ele conseguir tal compromisso. Os palestinos estão decididos a empurrar para a frente a sua resolução no Conselho de Segurança, enquanto Israel, que agora está no meio de uma campanha eleitoral, rejeitou qualquer mudança no Conselho de Segurança da mão.

No fim de semana, Kerry se reuniu com o chanceler francês, Laurent Fabius, à margem da conferência sobre o clima no Peru para falar sobre uma proposta europeia sobre a questão palestina. Ele também chamado de ministro do Exterior russo, Sergei Lavrov, na sexta-feira para discutir "desenvolvimentos em Israel, a Cisjordânia, Jerusalém e da região, bem como as iniciativas em curso na ONU", disse uma autoridade dos EUA. Os dois concordaram em se reunir hoje em Roma para discutir o assunto. Mais tarde, ele falou com Abbas, o Departamento de Estado disse em um comunicado.

A delegação de chanceleres árabes, chefiada pelo secretário-geral da Liga Árabe, Nabil Al-Araby, se reunirá Kerry como parte de seu esforço de lobby de reunião com os ministros das Relações Exteriores de todos os membros permanentes do Conselho de Segurança para obter apoio para o movimento palestino. Os ministros das Relações Exteriores árabes se reunirão na terça-feira de manhã em Paris com Fabius e discutir uma resolução alternativa a ser formulado pela França para apresentar as suas reservas e comentários.

A principal diferença entre a proposta francesa e um palestino-jordaniano é que a resolução palestino propõe uma tabela de tempo de dois anos para acabar com a ocupação da Cisjordânia e de Jerusalém Oriental, enquanto a resolução Francês aloca um período de dois anos para se chegar a uma permanente acordo entre Israel e os palestinos.

"Se o lado francês relaciona-se positivamente aos nossos comentários, vamos relacionar positivamente para os projetos de resolução franceses se eles são levados a um voto no Conselho de Segurança", disse Al-Maliki. "Mas a partir de agora, ainda estamos comprometidos com a resolução palestino-jordaniana", acrescentou.

Depois do encontro com Kerry em Londres, os chanceleres árabes também se reunirá com o ministro das Relações Exteriores britânico Philip Hammond, e possivelmente com Lavrov.

Da Jordânia Embaixador da ONU Dina Kawar disse no início deste mês que ela esperava uma resolução poderia ser submetida a votação em dezembro ou janeiro. "Esperar até abril e, portanto, provavelmente enfrentando um projecto palestino no Conselho de Segurança, em janeiro, vetado pelos americanos, só vai piorar a situação", disse um diplomata ocidental, falando sob condição de anonimato. "Se há uma janela de oportunidade para uma resolução de consenso que poderia ser este mês", disse o diplomata.