Homenagem ao Eng.º Albino de Carvalho
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Homenagem ao Eng.º Albino de Carvalho
Homenagem ao Eng.º Albino de Carvalho
18/12/20140 Comments
Victor Louro
Fornos, Dezembro 2014Nem de propósito ! Este site tem por objectivo confesso “aumentar o conhecimento da população e dos diferentes grupos sociais que ela acolhe, sobre os serviços económicos, sociais, ambientais e culturais que os ecossistemas florestais prestam a toda a comunidade, despertando uma cultura de solidariedade e compromisso no bom uso e preservação dos valores que a diferenciam e lhe conferem importância estratégica”. Pois bem, o saudoso Eng.º Albino de Carvalho legou-nos essa atitude, que se pode traduzir singelamente numa expressão: tirou o laboratório para a rua!
Homenagem ao Eng.º Albino de Carvalho
Breve Nota
Breve Nota
No dia 3 de Dezembro realizou-se na extinta Estação Florestal Nacional, por iniciativa de um grupo de colegas, uma justíssima homenagem a esse Homem que viveu intensamente no meio florestal, e nos deixou em 2008. Foi essa iniciativa, de resto, valorizada por um dos intervenientes, uma vez que ela surgiu como raramente acontece no mundo florestal português, em que não há o hábito de cultivar a Memória, como se só fosse importante aquilo que cada um está fazendo em cada momento. Com esta iniciativa, esses colegas fizeram-nos lembrar que o mundo florestal não começou ontem apenas... Os promotores criaram mesmo um blog, que vale a pena visitar:
http://recordaralbino.blogspot.pt/
Dezenas de pessoas, entre engenheiros, filhos da terra e responsáveis autárquicos, dirigentes associativos do sector das madeiras, actuais dirigentes do INIAV, juntamente com os seus dois filhos, lembraram-no entusiasticamente, e descerraram sua foto no laboratório-museu que ali está instalado, na sequência do abandono das instalações de Alcobaça, em que desenvolveu essencialmente a sua obra no domínio da Tecnologia Florestal: madeiras e cortiças.
Albino de Carvalho foi um daqueles poucos que produziram conhecimento totalmente inovador, mesmo tendo, para isso, de construir ele próprio os instrumentos e até as instalações! Foi um precursor, uma vez que as suas advertências e alguns dos seus estudos apareceram bem antes de outros, por esse mundo fora, o fazerem.
Uma vida de entrega com amor à ciência silvícola, com real reconhecimento por parte daqueles a quem mais directamente interessava o conhecimento que produziu: os industriais de serração. E que o teve, também, dos seus próprios colegas.
Senhor de muita humildade, era frontal na defesa das suas ideias. Um silvicultor prestigiado, que, antes de o ser – ou por isso mesmo – era um humanista. Criado num meio austero, filho de dois professores do ensino primário, democratas, bebeu desde cedo a importância essencial do valor dos Princípios. Nunca pediu licença para os utilizar e defender!
Como foi referido por mais do que uma das pessoas que intervieram, o seu “Esclarecimento”, ao abrir o Curriculum vitae que apresentou em 1988, é uma lição. Por isso vale a pena lê-lo. A dado passo, escreveu:
“(...) para nós, o curriculum vitae deve ser um testemunho mais completo, de mais rasgada dimensão humana, através do qual, quem julga, possa não apenas apreciar a lista bem arrumada de factos, de datas e de participações do sujeito num mundo a que parece não pertencer e perante o qual não quer assumir (ou pretende ocultar) qualquer empenhamento, mas, pelo contrário, o vincule, sem ambiguidades, ao estilo de vida que pretende imprimir à sociedade em que se integra. ”
“(...) Daí desejar-se que, quer na carreira profissional, quer na carreira científica, quer na actividade profissional, se transmita no documento um cunho vincadamente pessoal, isto é, um testemunho vivo da atitude do homem perante o mundo. Deve, efectivamente, dar clara noção de que, em todas as circunstâncias, há uma actuação responsável e um compromisso transparente.”
Albino de Carvalho foi talvez o único silvicultor que publicou na revista “Vértice” (uma revista de pendor intelectual, que continua a publicar-se regularmente), e na “Seara Nova”, revista cultural de comprometimento com a democracia e os valores republicanos.
http://recordaralbino.blogspot.pt/
Dezenas de pessoas, entre engenheiros, filhos da terra e responsáveis autárquicos, dirigentes associativos do sector das madeiras, actuais dirigentes do INIAV, juntamente com os seus dois filhos, lembraram-no entusiasticamente, e descerraram sua foto no laboratório-museu que ali está instalado, na sequência do abandono das instalações de Alcobaça, em que desenvolveu essencialmente a sua obra no domínio da Tecnologia Florestal: madeiras e cortiças.
Albino de Carvalho foi um daqueles poucos que produziram conhecimento totalmente inovador, mesmo tendo, para isso, de construir ele próprio os instrumentos e até as instalações! Foi um precursor, uma vez que as suas advertências e alguns dos seus estudos apareceram bem antes de outros, por esse mundo fora, o fazerem.
Uma vida de entrega com amor à ciência silvícola, com real reconhecimento por parte daqueles a quem mais directamente interessava o conhecimento que produziu: os industriais de serração. E que o teve, também, dos seus próprios colegas.
Senhor de muita humildade, era frontal na defesa das suas ideias. Um silvicultor prestigiado, que, antes de o ser – ou por isso mesmo – era um humanista. Criado num meio austero, filho de dois professores do ensino primário, democratas, bebeu desde cedo a importância essencial do valor dos Princípios. Nunca pediu licença para os utilizar e defender!
Como foi referido por mais do que uma das pessoas que intervieram, o seu “Esclarecimento”, ao abrir o Curriculum vitae que apresentou em 1988, é uma lição. Por isso vale a pena lê-lo. A dado passo, escreveu:
“(...) para nós, o curriculum vitae deve ser um testemunho mais completo, de mais rasgada dimensão humana, através do qual, quem julga, possa não apenas apreciar a lista bem arrumada de factos, de datas e de participações do sujeito num mundo a que parece não pertencer e perante o qual não quer assumir (ou pretende ocultar) qualquer empenhamento, mas, pelo contrário, o vincule, sem ambiguidades, ao estilo de vida que pretende imprimir à sociedade em que se integra. ”
“(...) Daí desejar-se que, quer na carreira profissional, quer na carreira científica, quer na actividade profissional, se transmita no documento um cunho vincadamente pessoal, isto é, um testemunho vivo da atitude do homem perante o mundo. Deve, efectivamente, dar clara noção de que, em todas as circunstâncias, há uma actuação responsável e um compromisso transparente.”
Albino de Carvalho foi talvez o único silvicultor que publicou na revista “Vértice” (uma revista de pendor intelectual, que continua a publicar-se regularmente), e na “Seara Nova”, revista cultural de comprometimento com a democracia e os valores republicanos.
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Só discuto o que nao sei ...O ke sei ensino ...POIZ
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