A sociedade de Israel, ainda em forma de arrogância militar

A sociedade de Israel, ainda em forma de arrogância militar
A nova peça foi inaugurada recentemente em Tel Aviv sobre um general Yom Kippur mostra que nada mudou: Nós ainda estamos autorizados a fazer qualquer coisa, no exército e na vida civil, então e agora.
Por Gideon Levy | 21 de dezembro de 2014 | 06:31 | 1

Gorodish de novo? Essa guerra de novo? Quanto mais podemos chafurdar nela? Há um excelente show na cidade, correr e vê-lo. Você não deve perder "Gorodish", escrito e dirigido por Hillel Mittelpunkt, no Teatro Cameri em Tel Aviv. Crítico de teatro Haaretz Michael Handelzalts já elogiou-o para o céu, há dois dias no site do Haaretz hebraico. Mas não é (apenas) o roteiro maravilhoso, a direção notável, a magnífica atuação, a iluminação, cenário e música. É a relevância que clama.

Pela primeira vez em 1993, o jogo é ainda mais relevante em 2014. É a alquimia israelense incompreensível. Em 1993, era um jogo nostálgico, "esta é a forma como nós éramos uma vez": os generais, o deboche, a arrogância, a corrupção, a inflexibilidade e cegueira. No momento em que pensei que tinha mudado. Que a guerra de 1973 nós tinha curado. Que não havia mais Gorodishes, nem Moshe Dayans. E olhe para o pesadelo em que estamos agora. Eles são todos de volta, e em espadas. Na verdade, eles nunca mais saiu.

Não há nenhum ponto na contagem de todas as semelhanças. Numa altura em que as suspeitas de assédio sexual, roubo de armas, uso indevido de doações e encobrimentos por comandantes estão sendo investigados em uma brigada do Exército andares, Gorodish é aqui e agora. Maj. Gen, Shmuel "Gorodish" Gonen, que foi criada em um lar religioso observante, foi (supostamente) foi substituído por Givati Brigada comandante coronel Ofer Winter, que envia suas tropas para a batalha em nome do Senhor dos Exércitos. Os hotéis foram substituídos por cama e café, o assédio sexual de mulheres soldados pelo de soldados do sexo masculino também. Há suicídios em ambos "Gorodish" e na de Givati Tzabar Batalhão, e quase tudo o resto mantém-se inalterado. Não só "Kahane vive", o mesmo acontece com Gorodish.

Mas a podridão nas Forças de Defesa de Israel - um vice-comandante do batalhão já comparado a conduta no batalhão com o crime organizado - é apenas um dos lados da imagem. O outro é o militar ea arrogância política, e temos ambos. Naquela época, seu nome foi Golda Meir, hoje é Benjamin Netanyahu, ambos falando o mais suave Inglês. Depois foi a Sharm el-Sheikh, hoje é Sheikh Jarrah, e a atitude é a mesma: Israel vai decidir tudo, de acordo com suas vontades e caprichos, e não há outro. E quanto tempo? Ele continua a trabalhar em seu favor.

Assistindo "Gorodish" faz pensar. Juntamente com a conclusão inacreditável que não há lições foram aprendidas, há também reflexões sobre o papel do exército. O ethos israelense ainda dificulta a crítica. Um grande exército de propagandistas cobre por isso. Mesmo quando um escândalo como esse em Givati irrompe, eles se apressam a dizer que estas são exceções. Assistindo "Gorodish" solicita um outro pensamento: Não só isto é o esprit de IDF, mas a contribuição do exército para o Estado de Israel e da sociedade também inclui a corrupção e arrogância inerente do exército. A arrogância e corrupção dos dias felizes da Gorodish são uma parte inseparável do comportamento de um exército de ocupação. Se, em 1973, pensávamos que foram curados e, em 1993, nós pensamos que era nostalgia, então estávamos tão sonhadores.

A conclusão é clara: em vez de defender a IDF e colocando toda a culpa sobre os políticos, chegou a hora de entender que o IDF é o exército do povo. Ela não só refletir a sociedade, mas também molda-lo. Talvez o comportamento corrupto do ex-primeiro-ministro Ehud Olmert e do estupro cometido pelo ex-presidente Moshe Katsav nasceu no quartel do Gorodish. O assédio moral nas estradas de Israel e da violência em seus clubes nasceram lá também. Não podemos continuar a tratar o exército como apenas uma vítima da sociedade e os soldados como únicas pessoas que realizam encomendas. Aquele que correu motim durante a Operação borda protetora na Faixa de Gaza vai fazer o mesmo na sede do batalhão. E um valentão que foi à loucura durante a realização da directiva Hannibal em Rafah será um valentão em sua casa também. O espírito de 1967 nunca se desvaneceu: Estamos autorizados a fazer qualquer coisa, no exército e na vida civil, então e agora.

Em um dos destaques de "Gorodish", Epstein, fiel assistente do general, diz: "Temos orado pela paz, cantando canções de paz desde a educação infantil: a paz, a paz ... Eu acredito que meu governo preferiria territórios ocupados sobre a paz, e, como resultado iria sacrificar centenas de milhares de vidas por eles? I, Cohen, sou uma pessoa podre. Eu acredito que sim. "Nada mudou. Cortina.