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Rede global de judeus lança manifesto contra a ocupação israelense na Palestina

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Rede global de judeus lança manifesto contra a ocupação israelense na Palestina Empty Rede global de judeus lança manifesto contra a ocupação israelense na Palestina

Mensagem por Vitor mango Ter Out 20, 2015 2:24 am

Rede global de judeus lança manifesto contra a ocupação israelense na Palestina
Revista Fórum | São Paulo - 19/10/2015 - 11h03
Grupo conta com participantes de 16 países e representa 15 organizações; ação vem em meio à onda de violência na região
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Uma nova rede internacional de judeus lançou, neste final de semana, um manifesto contra a ocupação israelense na Palestina. O grupo, que ainda não tem nome, conta com participantes de 16 países (do Brasil à Austrália, da Suíça à África do Sul) e representa quinze organizações.

No documento, os autores lembram os recentes episódios de violência que têm acontecido em Israel, sobretudo contra palestinos, e cobram dos judeus de todo o mundo que se posicionem contra a repressão militar israelense e pressionem o governo do país para que ouça sua demanda.

EFE
Rede global de judeus lança manifesto contra a ocupação israelense na Palestina Hebron2%281%29
Cidadão palestino discute com membros do Exército de Israel em Hebron (Cisjordânia): ativistas criticam desproporcionalidade no conflito


“Décadas de desapropriação, ocupação e discriminação são a principal razão da resistência palestina. Mais repressão militar israelense e a contínua ocupação e cerco nunca cessarão o desejo palestino por liberdade e tampouco tocarão as reais causas da violência. Pelo contrário, as atuais ações do governo e do exército de Israel criarão mais violência, destruição, e o entrincheiramento dessa divisão. Apenas justiça e igualdade a todxs trarão paz e tranquilidade axs habitantes da Palestina e de Israel”, diz uma parte do texto.

Abaixo, confira o manifesto na íntegra:

CHEGA DE MORTES – PELO FIM DA OCUPAÇÃO

Nós, membrxs de comunidades judaicas ao redor do mundo, estamos horrorizadxs pela violência que tem varrido as ruas da Palestina/Israel, custando a vida de mais de 30 pessoas, tanto palestinos como israelenses, nas últimas duas semanas. Uma menina de dois anos em Gaza foi a mais jovem das quatro crianças palestinas mortas nesse período. Um garoto israelense de treze anos está em situação crítica após levar doze facadas. Mais de mil pessoas foram feridas neste período. O medo tomou por completo as ruas de Jerusalém, centro de toda essa violência. Israelenses atirando em manifestantes palestinos em Jerusalém Oriental e seus arredores. Palestinxs esfaqueando e atirando em civis e policiais israelenses nas ruas. Forças israelenses matando palestinxs suspeitos em crimes sem julgamento prévio, mesmo quando elxs claramente não representam uma ameaça. Palestinxs jogando pedras em carros. Gangues de israelenses batendo em palestinxs, ou pedindo à polícia que atire nelxs. Palestinxs sujeitadxs a revistas humilhantes nas ruas – tudo isso tem se tornado rotineiro na cidade onde fomos educadxs a rezar pela paz, assim como em outros lugares de Israel, Gaza e Cisjordânia.

Enquanto a violência é visível nas ruas, ela também ocupa os corações e mentes de todxs. O medo está revelando o pior das pessoas, demandando mais derramamento de sangue, como se isso fosse reparar o dano feito. O medo e a retórica racista estão escalonando a situação. Mais uma vez, o governo israelense responde com o poder militar: centenas de pessoas foram detidas; o acesso palestino à Esplanada das Mesquitas, onde se encontra a Mesquita de Al-Aqsa, foi restringido; o acesso à parte do bairro muçulmano da cidade velha de Jerusalém foi proibido axs palestinxs; regras de abrir fogo foram alteradas para permitir que franco atiradorxs abram fogo contra crianças; foi estabelecida uma sentença mínima para aquelxs que atirassem pedras, afetando mais de 150 crianças que foram presas somente em Jerusalém Oriental nessas últimas semanas; e já existem propostas para impor um toque de recolher, ou mesmo o cerco à Jerusalém Oriental.

Tudo isso constitui uma punição coletiva à população palestina de Jerusalém Oriental, mais de  300.000 habitantes. No passado, medidas como estas provaram-se ineficazes em dar fim à violência. Décadas de desapropriação, ocupação e discriminação são a principal razão da resistência palestina. Mais repressão militar israelense e a contínua ocupação e cerco nunca cessarão o desejo palestino por liberdade e tampouco tocarão as reais causas da violência. Pelo contrário, as atuais ações do governo e do exército de Israel criarão mais violência, destruição, e o entrincheiramento dessa divisão. Apenas justiça e igualdade a todxs trarão paz e tranquilidade axs habitantes da Palestina e de Israel.


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Nós, um grupo de judeus e judias de todo o mundo, acreditamos que uma transformação imediata deve vir do governo e do povo israelense. Cabe a todos os judeus e judias do mundo pressionar o governo israelense – assim como aqueles que seguem e suportam seu discurso e ações – a mudar sua abordagem. A repressão militar deve cessar imediatamente e xs palestinxs devem ter seu direito de livre circulação garantido. É também responsabilidade de judias e judeus no mundo todo obrigar seus países a cessarem o apoio econômico e militar à contínua ocupação israelense na Palestina e ao cerco à Gaza imediatamente.

Nós convocamos nossas comunidades judaicas, e as demais comunidades a que pertencemos, a insistirem publicamente no fim da violência, da ocupação, do cerco e da resposta militarizada e  demandar igualdade e liberdade para o povo palestino e justiça para todxs.

    Esta declaração foi criada por iniciativa de uma rede judaica internacional de grupos e indivíduos trabalhando por justiça na Palestina. Reivindicamos nossa identidade judaica não como uma identidade nacionalista, mas como uma identidade que celebra nossas diversas raízes, tradições e comunidades onde quer que estejamos ao redor do mundo. Acreditamos ser essencial que haja uma voz global judaica que enfrente as políticas destrutivas de Israel, em solidariedade à luta palestina. Esta rede internacional judaica visa, portanto, tornar-se esta voz.

    Até o momento, assinam esta carta:

    Shomeret Shalom Rabbinic School & Learning Center

    Independent Jewish Voices Canada

    Australian Jewish Democratic Society (AJDS)

    Women in Black, Melbourne

    Jewdas, UK

    Tzedek Chicago

    South African Jews for a Free Palestine

    Jewish Voice for Democracy and Justice in Israel/Palestine (jvjp), Switzerland

    Een Andere Joodse Stem, Another Jewish Voice – Belgium

    Jewish Socialists’ Group – UK

    United Jewish People’s Order – Canada

    Beyt Tikkun Synagogue in Berkeley, California

    Jewish Voice for Peace Bay Area Chapter

    Jewish Voice for Peace Atlanta Chapter

    Jewish Voice for Peace, Los Angeles chapter

    Sahar Vardi, Jerusalem

    Micha K. Ben David, Jerusalem

    Daniel Mackintosh, London

    Ilana Sumka, Belgium

    Yael Shafritz, London

    Rabbi Brant Rosen, Chicago

    Rachel Diamond, London

    Sivan Barak, Melbourne

    Jordy Silverstein, Melbourne

    Bianca Neumann, São Paulo

    Gabriela Korman, Porto Alegre

    Annie Cohen, London

    Eran Cohen, London

    James Kleinfeld, London

    Joseph Finlay, London

    Lev Taylor, London

    Shajar Goldwaser, São Paulo

    Iara Haasz, São Paulo

    Lilian Avivia Lubochinski​, São Paulo

    Elena Judensnaider Knijnik, São Paulo

    Yuri Haasz, São Paulo

    Juliana Westmann Del Poente, São Paulo

    Breno Altman, São Paulo

    Igor Fillippe Goldstein, São Paulo

    Pedro Haasz Lakatos, São Paulo

    Moriel Rothman-Zecher, Jerusalem.

    Aryeh Bernstein, Chicago

    Micah Hendler, Jerusalem

    Rabbi Lynn Gottlieb

    Robin Rothfield, Melbourne

    Joan Nestle, Melbourne

    Jem Light, Melbourne

    Sue Leigh, Melbourne

    Ben Silverstein, Sydney

    Alex Nissen, Melbourne

    Margaret Jacobs, Melbourne

    Rae Abileah, USA

    Shereen Usdin, Johannesburg

    Lily Manoim, Cape Town

    Merlynn Edelstein, Johannesburg

    David Fine, Johannesburg

    Dr. Fran Shahar, Atlanta

    ilise cohen, Atlanta

    Michal Shilor, Jerusalem Raoul Fishman

    Judy Favish, Cape Town

    Sheila Barsel, Cape Town

    David Sanders, Cape Town

    Heidi Grunebaum, Cape Town

    Anya Topolski, Belgium

    Dror Feiler, Sweden, Chair person for EJJP

    Free Polazzo, Douglasville, Ga

    Tovah Melaver, Decatur

    Torii Lang, Decatur, Ga

    Dr. Beth-Ann Buitekant, Atlanta, GA

    Connie Sosnoff, Atlanta, GA

    Tali Feld Gleiser, Dominican Republic

    Moira Levy, Cape Town

    Esther Mack, Jerusalem

    Elizabeth Beck, Atlanta, GA

    Shelby Weiner, Tel Aviv

    Rabbi Michael Lerner, USA

    Rina King, Cape Town

    Benjamin Mordecai Ben-Baruch, Ashland

    Estee Chandler, Los Angelas

    Rachel Ida Buff, Los Angelas

    Cat J. Zavis, Executive Director, Network of Spiritual Progressives

    Rosa Manoim, Johanesbourg

    Kathy Barolsky, South Africa

    Free Solomon Polazzo, USA

    Randy Aronov, USA

    Nina M. Stein, Waterbury Connecticut

    Joel Wool, Boston

(*) Artigo originalmente publicado na Revista Fórum

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Só discuto o que nao sei ...O ke sei ensino ...POIZ
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Vitor mango
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