... anticomunista, por sua livre escolha...Clara Ferreira alves
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... anticomunista, por sua livre escolha...Clara Ferreira alves
lara Ferreira Alves ou...
... anticomunista,
por sua livre escolha
Tudo visto, decido-me apenas por duas anotações:
- a primeira é que, a dado passo, C.F.A escreve este mimo: «Controlando as instituições, o PCP [???] resistiu a dar prémios a Saramago. Deu-os a outros e não a ele. Porquê ?» . E a seguir este:
É tão simples como isto: Cunhal não gostava de Saramago mas, antes de partir para Moscovo para uma problemática operação a um aneurismo da aorta, foi a Saramago que deixou uma carta (facto revelado pelo próprio Saramago) para ser lida caso as coisas corressem mal.
-a segunda, destina-se apenas a lembrar apenas que a «fama» de Clara Ferreira Alves (que também tem os seus méritos e talentos) já vem de longe. Na verdade, corria o mês de Dezembro de 1998 (há 17 anos, portanto) e, a contra-gosto, tive de escrever isto no Avante! :
Caprichos de uma pluma
Ao lermos, no último «Expresso», a crónica que Clara Ferreira Alves escreveu sobre «os senhores deputados», demos connosco a pensar que os autores de diatribes contra «a Assembleia» ou «os deputados» escrevem sempre, não apenas no pressuposto do sucesso fácil, mas sobretudo na certeza da dificuldade de alguém poder fazer a «defesa» da «Assembleia», isto é do órgão e de todas as suas decisões ou atitudes ou dos «deputados», isto é, de todos os deputados.
E isto porque a maior parte destes autores gostam muito de esquecer que a Assembleia da República é o único órgão de soberania de composição plural, pelo que, em geral, o seu pior e o seu melhor se ficam a dever, não tanto à instituição em si, mas às maiorias que nela se formam e às forças políticas que nela intervêm.
E isto porque a maior parte destes autores gostam muito de esquecer que a Assembleia da República é o único órgão de soberania de composição plural, pelo que, em geral, o seu pior e o seu melhor se ficam a dever, não tanto à instituição em si, mas às maiorias que nela se formam e às forças políticas que nela intervêm.
Entre outras coisas, pretexto à parte, o que impressiona na colecção de «clichés» tranquilamente repetidos pela cultíssima Clara Ferreira Alves é que ela não se tenha dado conta que quase tudo o que diz sobre a AR, longe de resultar de um esforço sério para saber quem faz o quê, como e em que circunstâncias, resulta sobretudo da «imagem» produzida pelos critérios que os «media» usam na cobertura dos trabalhos parlamentares.
E impressiona também que CFA acuse o discurso parlamentar de não pretender «alcançar mais do que o «soundbite» do telejornal e o subtítulo de jornal» e, quatro linhas à frente, já esteja a perguntar se «alguém se lembra, a propósito do aborto, da regionalização ou da famosa Europa, de uma frase, um sentido de voto,(...) determinados com clareza e sapiência na AR?», ou seja, já esteja no fundo a pedir mais e melhores«soundbites».
CFA nem sequer repara como seria cruel e injusto que alguém quisesse julgar as suas crónicas, em geral de indiscutível qualidade, com uma pergunta do género « alguém se lembra de alguma coisa inesquecível que, em 1998, tenha sido escrita na "Pluma Caprichosa"?»
E impressiona também que CFA acuse o discurso parlamentar de não pretender «alcançar mais do que o «soundbite» do telejornal e o subtítulo de jornal» e, quatro linhas à frente, já esteja a perguntar se «alguém se lembra, a propósito do aborto, da regionalização ou da famosa Europa, de uma frase, um sentido de voto,(...) determinados com clareza e sapiência na AR?», ou seja, já esteja no fundo a pedir mais e melhores«soundbites».
CFA nem sequer repara como seria cruel e injusto que alguém quisesse julgar as suas crónicas, em geral de indiscutível qualidade, com uma pergunta do género « alguém se lembra de alguma coisa inesquecível que, em 1998, tenha sido escrita na "Pluma Caprichosa"?»
Talvez Clara Ferreira Alves nunca o perceba ou nunca o reconheça, mas a sua crónica sobre «os senhores deputados» padece afinal da mesma superficialidade, da mesma demagogia e da mesma vacuidade que julga ter fustigado no que de pior ocorre de facto na vida parlamentar.
É que nós conhecemos um grupo parlamentar que, com apenas 13 deputados, consegue quase todos os anos ser o mais activo e o que apresenta um maior número de iniciativas legislativas. Nós conhecemos um grupo parlamentar, por sinal o mesmo, que honestamente ninguém poderá acusar de mergulhado na demagogia ou na «chalaça politiqueira» ou de passar o tempo «chupando os dentes de fome de poder», porque é incontestável que se alinha por assinaláveis padrões de seriedade e sobriedade e é bem conhecido por, quando muito, afiar os dentes por fome de justiça.
É que nós conhecemos um grupo parlamentar que, com apenas 13 deputados, consegue quase todos os anos ser o mais activo e o que apresenta um maior número de iniciativas legislativas. Nós conhecemos um grupo parlamentar, por sinal o mesmo, que honestamente ninguém poderá acusar de mergulhado na demagogia ou na «chalaça politiqueira» ou de passar o tempo «chupando os dentes de fome de poder», porque é incontestável que se alinha por assinaláveis padrões de seriedade e sobriedade e é bem conhecido por, quando muito, afiar os dentes por fome de justiça.
Conhecemos mas não dizemos o seu nome. Porque ficamos à espera que seja Clara Ferreira Alves a dizê-lo.
E se e quando o fizer, terá dado então uma contribuição para punir o que merece ser punido e mudar o que precisa de ser mudado na vida política e parlamentar do país mil vezes superior à da sua cómoda crónica sobre «os senhores deputados» e à dos seus equivocados suspiros por «uma revisão completa do sistema eleitoral». — Vítor Dias
«Avante!» Nº 1307 - 17.Dezembro.1998 E se e quando o fizer, terá dado então uma contribuição para punir o que merece ser punido e mudar o que precisa de ser mudado na vida política e parlamentar do país mil vezes superior à da sua cómoda crónica sobre «os senhores deputados» e à dos seus equivocados suspiros por «uma revisão completa do sistema eleitoral». — Vítor Dias
Publicada por vítor dias à(s) 17:51
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6 comentários:
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Anónimo7 de novembro de 2015 às 18:24
A Clara Ferreira Alves tem uma noção errada de si própria, julga-se imparcial e pensa que as suas opiniões são importantes para o entendimento da sociedade. Penso que alguém que esteja minimamente atento já percebeu a superficialidade e a falta de senso desta figura, esta senhora é um bom exemplo do espírito de classe, a forma sub-reptícia como se revela é absolutamente esclarecedora.
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Edgar7 de novembro de 2015 às 18:39
Faz parte da campanha em curso.
Não tendo a coragem e a sinceridade de afirmar que é anticomunista por oposição de classe, divagou, inventou, deturpou e insultou.
Fica a prosa para o baú...
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Anónimo7 de novembro de 2015 às 20:58
O problema já nem é ser anticomunista é ter passado a ser uma anticomunista primária. O enviesamento progressivo para a direita é de tal ordem que, na verdade, pouco falta para escrever um novo texto a dizer "anti-socialista, obrigada!".
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Anónimo8 de novembro de 2015 às 02:24
É muito bom sinal este anticomunismo vir ao de cima o que só acontece em situações politicas de excepcional relevância.
Os anticomunistas, tal como os esquerdistas, os fascistas e os ursos polares vivem adormecidos e acordam quando as condições naturais chamam por eles.
Certamente que Clara Ferreira Alves vai ser aumentada por mais este bom serviço prestado ao capitalismo.
O Expresso alberga muitos, aquilo é um covil de víboras que se entretém ora atacando os partidos, ora atacando os deputados, ora atacando os comunistas, ora atacando a Democracia...não sabem eles fazer outra coisa. É para isso que existem. É para isso que são pagos.
Comprei o Expresso durante anos, desde que saiu em 1973, até que um dia um camarada experiente, olhando para um título duvidoso me perguntou:
- Porque é que tu compras isso?
Senti-me envergonhado de tal maneira que nunca mais o comprei.
Monteiro.
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[*]
HMagalhaes8 de novembro de 2015 às 10:11
Será que ninguém se recorda de que Clara Ferreira Alves foi uma das convidadas em 2011 para a reunião anual do Clube Bilderberg, o tal que é o directório deste capitalismo imperialista? Local onde são vão os indefectíveis do Capital? O tal que está por detrás da Comissão Trilateral, a tal que acha que a "populaça" tem demasiado poder enquanto votantes e movimento de opinião. Diz-me com quem andas, dir-te-ei quem és!
Já num dos últimos programas do "eixo de Mal", Clara se denunciou claramente quanto às suas opções. Tem a isso todo o direito, até me agrada que assim seja, pois se há coisa que detesto é gente que não é frontal. CFA andou muito tempo a dar "uma no cravo e outra na ferradura", agora só dá de facto na foice e no martelo! Bem haja ter-se denunciado, agora resta-lhe assumir o seu ódio de classe a tudo o que cheire a essa "gentalha" que quer ter direitos, que quer ter uma palavra decisiva na construção do seu País, que trabalha e constrói riqueza no seu dia-a-dia, como mui provavelmente ela nunca conseguirá fazer!
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PJNS8 de novembro de 2015 às 22:24
Aquilo que temos que nos perguntar de que lado da história queremos estar? A CFA está do lado errado, e muitos outros, essa é a maior satisfação :-)
O lado certo é o do marxismo-leninismo defendido pelo PCP, se houver algum intelectual de direita que tenha uma melhor ideia que a mostre e a defenda sem demagogia ou mentiras como a CFA fez.
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Só discuto o que nao sei ...O ke sei ensino ...POIZ
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