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"Gelo que arde" promete revolução na energia

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"Gelo que arde" promete revolução na energia Empty "Gelo que arde" promete revolução na energia

Mensagem por Vitor mango Seg maio 30, 2016 12:54 am

"Gelo que arde" promete revolução na energia. E em Portugal há muitoCarla Pedro | cpedro@negocios.pt | 28 Maio 2016, 11:00




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Bloomberg
Promete uma revolução na energia, a nível mundial. É um hidrocarboneto, mas mais abundante do que petróleo, gás e carvão juntos. E a exploração para futura produção comercial pode tornar-se rentável. Mas não são só vantagens. Os riscos ambientais existem.
Diz o Expansión que a próxima revolução mundial da energia virá do gelo. Já o site Geology.com aponta que poderá ser esta a nova peça a mudar o tabuleiro do jogo na energia. Por seu lado, a BBC pergunta se o "gelo de fogo" poderá ser a fonte de energia do futuro.
 

Falam dos hidratos de metano, uma nova fonte de energia obtida nos leitos marítimos, que se encontram no estado congelado. São conhecidos como o "gelo que arde", já que são inflamáveis: se se aproximar uma chama, libertam gás metano e "acendem".
 
De acordo com o serviço geológico dos EUA, as reservas de hidratos de metano superam as de petróleo, gás e carvão juntas. E o Japão está na vanguarda da exploração desta fonte de energia, tendo em Março de 2013 conseguido fazer a primeira extracção de gás a partir de hidrato de metano.
 
"É muito possível que a próxima fronteira da produção de energia sejam os hidratos de metano", comentou ao Expansión um gestor de fundos que em 2014 foi o responsável global pela área de energia da gestora de activos Pimco, Daniel Lacalle.
 
A situação é muito semelhante à do gás e petróleo de xisto e do crude obtido a partir dos reservatórios de formações compactas (o chamado ‘tigh oil’), que durante muito tempo foram pouco explorados devido à difícil extracção e aos elevados custos. "Há uma década já sabíamos da sua existência e escala, mas não dispúnhamos da tecnologia e das técnicas necessárias para os extrair comercialmente", explica o mesmo especialista espanhol no seu  livro, "La madre de todas las batallas. La energia, árbitro de nuevo orden mundial".
 
Um metro cúbico de hidratos de metano liberta cerca de 160 metros cúbicos de gás, o que torna esta nova fonte de energia bastante atractiva. Essa característica, a par com as abundantes reservas comprovadas e conhecidas, tem levado cada vez mais interessados para o fundo do mar. E o processo de libertação do gás de metano é relativamente simples. O complicado é chegar até aos cobiçados cristais.
 
Vários países, conforme sublinha o Expansión, estão já na corrida para obterem as tecnologias necessárias para a extracção desta alternativa aos hidrocarbonetos tradicionais. Mas a sua exploração tem riscos. E chegar ao hidrato de metano não é mesmo tarefa fácil.
 
"Os cientistas têm vindo a testar diferentes técnicas de extracção e aproveitamento do metano. Na década passada, tanto o Japão como o Canadá tentaram a estimulação térmica: injectar um fluido quente, ou vapor, para descongelar a água e libertar o metano – mas não revelou ser muito eficiente, já que muito do calor era desaproveitado pelo facto de se infiltrar nas rochas circundantes", explica o jornal espanhol.
 
Actualmente tem-se apostado na despressurização (alterar a pressão para dissociar as moléculas de água e as do metano). É o método mais económico, até agora, e com mais probabilidades de se tornar a primeira técnica de produção comercial. Mas tem pelo menos um senão: coloca riscos à estabilidade do leito marinho.
 
Já em Abril de 2014 a BBC News alertava precisamente para esse problema: "se estes recursos forem explorados, as implicações para o ambiente poderão ser cada vez maiores. (…) Apesar de o hidrato de metano ser mais limpo do que o carvão ou o petróleo, não deixa de ser um hidrocarboneto, pelo que a queima de metano liberta CO2".
 
A World Ocean Review refere igualmente o mesmo problema: "as imensas ocorrências de hidratos de metano constituem um risco para o clima". No entender desta revista especializada, para se eliminar o risco de o CO2 poder contaminar o leito marinho (porque mesmo havendo sequestro do dióxido de carbono - no caso em que se opte por uma outra técnica, a da injecção de CO2 nos hidratos para obter gás de metano - poderá sempre haver fugas nos reservatórios), a solução poderá passar por explorar apenas os depósitos de hidratos de metano que estejam a grandes profundidades: ou seja, os que estão sob camadas sedimentares de pelo menos 100 metros de espessura.
 
"Esta é a única forma de conseguir obter gás de metano de forma segura, através de um furo, sem a possibilidade de escapar para o ambiente", segundo a mesma revista.
 
Enquanto se procura as melhores – e mais seguras – formas de exploração deste "gelo que arde", as atenções centram-se cada vez mais nesta nova fonte de energia. Já era conhecida no século XIX, mas só em 1960 é que foi lançado – pela União Soviética – o primeiro grande estudo de campo sobre este hidrocarboneto. E foi em 1971 que se descobriu no leito do Mar Negro a existência real dos hidratos de metano, conta o Expansión. Resta saber se será o Japão que se manterá na dianteira. Países como China, Índia, Coreia e Canadá estão entre os interessados.

E Portugal poderá não fugir à regra. Isto porque a Plataforma Continental marítima portuguesa contém depósitos de metano. António Costa Silva, presidente executivo da Partex, petrolífera da Fundação Calouste Gubelkian, disse em 2011 que uma das jóias da coroa do fundo do mar português poderia vir a ser a exploração dos hidratos de metano. Questionado pelo Negócios, reitera esta visão.
Hidratos de metano: o que são? Os hidratos de metano são depósitos congelados do principal "ingrediente" do gás natural e encontram-se nos sedimentos do oceano e perto da camada de permafrost (expressão que significa "permanentemente congelado). São a mescla de duas componentes: o hidrato de gás e o metano.

Em resumo, os hidratos de metano são cristais de gelo que encerram gás de metano.

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