Nazaré. Depois da onda, as italianas, o restaurante de luxo, o boom
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Nazaré. Depois da onda, as italianas, o restaurante de luxo, o boom
Nazaré. Depois da onda, as italianas, o restaurante de luxo, o boom
Já fez cinco anos que Garrett McNamara surfou uma onda de 30 metros na Praia do Norte. O mundo inteiro viu. E nada ficou como antes. A vila piscatória passou a estância gourmet
O sol de novembro vai alto, o mar está calmo e os turistas entretêm-se a saber mais sobre a história das ondas que mudaram a vida da Nazaré, numa visita ao Farol. Há jovens italianas, um casal inglês e duas amigas americanas nas imediações, quando o presidente da câmara mostra ao DN a última aposta do merchandising da Praia do Norte: um barrete típico dos pescadores, igual àquele que usam os dançarinos do Tá-Mar, o rancho folclórico da terra. É a mais recente criação da marca, mesmo antes de lançar a coleção de verão, que pela primeira vez contempla biquínis e toda a indumentária de praia.
Há cinco anos, quando o norte--americano Garrett McNamara entrou para o Guinness montado numa prancha, vencendo de frente aquela onda gigante que nunca ninguém ousara surfar, começou na Nazaré um milagre económico para muitos dos comerciantes. Neste tempo, o que mudou? Vista do sítio, a vila continua a impressionar pela imensidão de mar, pelas bancas de carapau seco - que em breve há de ter um museu -, pelas nazarenas que ainda usam sete saias, às vezes as mesmas que ali são conhecidas como "as mulheres dos chambres", sempre prontas a oferecer ao turista o pregão "quartos, chambres, rooms, Zimmern".
Um restaurante de luxo
Mas a vila não é a mesma desde o dia 1 de novembro de 2011, quando McNamara surfou a onda de 30 metros, filmada e difundida pelas cadeias CNN e BBC, colocando a Nazaré no mapa do mundo das ondas gigantes. O que aconteceu depois disso foi uma explosão de comércio adaptado aos novos turistas que agora procuram não apenas a praia, mas aquele reduto de ondas atípicas. Nos últimos meses abriu o primeiro restaurante de luxo, em 2013 um centro de talassoterapia, e lá em cima, junto ao forte, nada voltou a ser como dantes no antigo restaurante que os pais de Roberto Luzindro fundaram há 26 anos.
É quinta-feira, não há ondas, mas já passa das 17.00 quando o proprietário almoça, com um dos sete funcionários que compõem agora o quadro de pessoal do Arimar. "Antigamente éramos só nós: os meus pais e o meu irmão. Havia dias, na época baixa, em que vendíamos dois cafés", conta Roberto ao DN, ele que era programador informático em Lisboa, antes das avalanches de gente na velha Estrada do Farol. Primeiro foi a doença da mãe que o fez voltar à Nazaré, mas depois "foi a necessidade de agarrar nisto". Cresceu ali, na infância brincava com os dois filhos do último faroleiro e passava as tardes no farol. "Todos os anos víamos o fenómeno das ondas, mas era impensável ver alguém lá dentro", lembra Luzindro, cuja memória guarda como únicos momentos de maior movimento "as excursões que vinham de Fátima e paravam aqui". E agora? "É de segunda a segunda. Todos os dias temos movimento. Vêm milhares de pessoas à Nazaré." O sucesso levou-o a abrir um espaço de alojamento local, ali perto. Na vila comenta-se que é aquele o restaurante que mais beneficia do fenómeno, por estar mais perto, mas o proprietário acredita que todos beneficiam com isso, também. "É claro que não temos capacidade para servir toda a gente, por isso as pessoas procuram os outros restaurantes do Sítio, e os da praia, lá em baixo." Roberto Luzindro acredita que "ainda há muito a fazer" para potenciar o fenómeno turístico que a descoberta das ondas trouxe à Nazaré. "Por vezes, no inverno, às sete da manhã já é o caos." O presidente da câmara sabe disso e responde com as obras contempladas com financiamento comunitário, tal como aponta na entrevista (ver ao lado). Walter Chicharro vem de uma família de gente ligada ao mar, entre pescadores e peixeiras. Apesar da formação em gestão, de uma carreira de 20 anos na indústria farmacêutica, o maior desafio terá sido mesmo o de ganhar a Câmara da Nazaré, em 2013, recuperando-a para o PS. Venceu as eleições a 29 de setembro e no dia 30 estava a reunir-se com MacNamara e toda a equipa de The North Canyon, no armazém que guarda todo o arsenal do surf. "Ainda hoje acho que a Nazaré e o Garrett são duas marcas que se alimentam mutuamente", sustenta. "Este ano impus a mim próprio um desafio: aulas de stand up paddle. É uma coisa para a família toda, treinamos no porto de abrigo."
Dos banhos à talassoterapia
O norte-americano McNamara - descoberto por Dino Casimiro, da empresa Nazaré Qualifica, em 2011 - é presença constante na vila, nomeadamente no Centro de Talassoterapia. O espaço, instalado em pleno areal, "recupera a tradição dos antigos banhos quentes, que atraíam milhares de turistas em busca de alívio para o reumatismo através de tratamentos com água do mar aquecida", conta Ana Pouseiro, diretora do Barra Talasso, que abriu ao público há três anos, resultado do investimento do grupo Miramar, com outros interesses no ramo hoteleiro. Na quinta-feira, McNamara não andou por ali, nem respondeu às questões enviadas pelo DN, sobre a sua ligação à Nazaré. Mas dias antes, disse à agência Lusa que "a maior onda do mundo sempre lá esteve", embora sinta "orgulho e honra de estar ligado ao fenómeno".
Já fez cinco anos que Garrett McNamara surfou uma onda de 30 metros na Praia do Norte. O mundo inteiro viu. E nada ficou como antes. A vila piscatória passou a estância gourmet
O sol de novembro vai alto, o mar está calmo e os turistas entretêm-se a saber mais sobre a história das ondas que mudaram a vida da Nazaré, numa visita ao Farol. Há jovens italianas, um casal inglês e duas amigas americanas nas imediações, quando o presidente da câmara mostra ao DN a última aposta do merchandising da Praia do Norte: um barrete típico dos pescadores, igual àquele que usam os dançarinos do Tá-Mar, o rancho folclórico da terra. É a mais recente criação da marca, mesmo antes de lançar a coleção de verão, que pela primeira vez contempla biquínis e toda a indumentária de praia.
Há cinco anos, quando o norte--americano Garrett McNamara entrou para o Guinness montado numa prancha, vencendo de frente aquela onda gigante que nunca ninguém ousara surfar, começou na Nazaré um milagre económico para muitos dos comerciantes. Neste tempo, o que mudou? Vista do sítio, a vila continua a impressionar pela imensidão de mar, pelas bancas de carapau seco - que em breve há de ter um museu -, pelas nazarenas que ainda usam sete saias, às vezes as mesmas que ali são conhecidas como "as mulheres dos chambres", sempre prontas a oferecer ao turista o pregão "quartos, chambres, rooms, Zimmern".
Um restaurante de luxo
Mas a vila não é a mesma desde o dia 1 de novembro de 2011, quando McNamara surfou a onda de 30 metros, filmada e difundida pelas cadeias CNN e BBC, colocando a Nazaré no mapa do mundo das ondas gigantes. O que aconteceu depois disso foi uma explosão de comércio adaptado aos novos turistas que agora procuram não apenas a praia, mas aquele reduto de ondas atípicas. Nos últimos meses abriu o primeiro restaurante de luxo, em 2013 um centro de talassoterapia, e lá em cima, junto ao forte, nada voltou a ser como dantes no antigo restaurante que os pais de Roberto Luzindro fundaram há 26 anos.
É quinta-feira, não há ondas, mas já passa das 17.00 quando o proprietário almoça, com um dos sete funcionários que compõem agora o quadro de pessoal do Arimar. "Antigamente éramos só nós: os meus pais e o meu irmão. Havia dias, na época baixa, em que vendíamos dois cafés", conta Roberto ao DN, ele que era programador informático em Lisboa, antes das avalanches de gente na velha Estrada do Farol. Primeiro foi a doença da mãe que o fez voltar à Nazaré, mas depois "foi a necessidade de agarrar nisto". Cresceu ali, na infância brincava com os dois filhos do último faroleiro e passava as tardes no farol. "Todos os anos víamos o fenómeno das ondas, mas era impensável ver alguém lá dentro", lembra Luzindro, cuja memória guarda como únicos momentos de maior movimento "as excursões que vinham de Fátima e paravam aqui". E agora? "É de segunda a segunda. Todos os dias temos movimento. Vêm milhares de pessoas à Nazaré." O sucesso levou-o a abrir um espaço de alojamento local, ali perto. Na vila comenta-se que é aquele o restaurante que mais beneficia do fenómeno, por estar mais perto, mas o proprietário acredita que todos beneficiam com isso, também. "É claro que não temos capacidade para servir toda a gente, por isso as pessoas procuram os outros restaurantes do Sítio, e os da praia, lá em baixo." Roberto Luzindro acredita que "ainda há muito a fazer" para potenciar o fenómeno turístico que a descoberta das ondas trouxe à Nazaré. "Por vezes, no inverno, às sete da manhã já é o caos." O presidente da câmara sabe disso e responde com as obras contempladas com financiamento comunitário, tal como aponta na entrevista (ver ao lado). Walter Chicharro vem de uma família de gente ligada ao mar, entre pescadores e peixeiras. Apesar da formação em gestão, de uma carreira de 20 anos na indústria farmacêutica, o maior desafio terá sido mesmo o de ganhar a Câmara da Nazaré, em 2013, recuperando-a para o PS. Venceu as eleições a 29 de setembro e no dia 30 estava a reunir-se com MacNamara e toda a equipa de The North Canyon, no armazém que guarda todo o arsenal do surf. "Ainda hoje acho que a Nazaré e o Garrett são duas marcas que se alimentam mutuamente", sustenta. "Este ano impus a mim próprio um desafio: aulas de stand up paddle. É uma coisa para a família toda, treinamos no porto de abrigo."
Dos banhos à talassoterapia
O norte-americano McNamara - descoberto por Dino Casimiro, da empresa Nazaré Qualifica, em 2011 - é presença constante na vila, nomeadamente no Centro de Talassoterapia. O espaço, instalado em pleno areal, "recupera a tradição dos antigos banhos quentes, que atraíam milhares de turistas em busca de alívio para o reumatismo através de tratamentos com água do mar aquecida", conta Ana Pouseiro, diretora do Barra Talasso, que abriu ao público há três anos, resultado do investimento do grupo Miramar, com outros interesses no ramo hoteleiro. Na quinta-feira, McNamara não andou por ali, nem respondeu às questões enviadas pelo DN, sobre a sua ligação à Nazaré. Mas dias antes, disse à agência Lusa que "a maior onda do mundo sempre lá esteve", embora sinta "orgulho e honra de estar ligado ao fenómeno".
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Só discuto o que nao sei ...O ke sei ensino ...POIZ
Vitor mango- Pontos : 118184
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