Se dois bebês humanos fossem colocados em uma ilha isolada sem ninguém para conversar, desenvolveriam uma linguagem humana natural?
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Se dois bebês humanos fossem colocados em uma ilha isolada sem ninguém para conversar, desenvolveriam uma linguagem humana natural?
Se dois bebês humanos fossem colocados em uma ilha isolada sem ninguém para conversar, desenvolveriam uma linguagem humana natural?
Jean Alessandro, Psicólogo
Atualizado em 2 de fevereiro
Que pergunta legal, temos um caso real e muitos fictícios pra responder.
Menina criada com cães na Ucrânia
Primeiro, acho que desenvolveriam alguma linguagem, porém não tão complexa quanto a que estamos usando aqui. Algo bastante rudimentar, como gestos e sons (como no filme A guerra do Fogo).
Apesar de que não nos ensinam muito, em geral, aprendemos muitas tecnologias como a escrita, que mudam completamente o modo como pensamos e nos comunicamos.
Agora, temos estruturas físicas, como a laringe, e cerebrais, como áreas responsáveis pela linguagem, que tendem a se desenvolver. Elas poderiam, em tese, desenvolver-se pra um estilo de comunicação bem rudimentar. Tudo dependeria dos acasos que aconteceriam no percurso.
Há um caso de uma que foi criada junto com cães. Ela recebeu comida e água, mas era deixada lá. Um ato extremo de crueldade, eu sei.
O que aconteceu foi que ela copiou a linguagem e o comportamento dos seus “pares” cachorros. Como ela iria aprender comportamentos humanos? Ela andavam de quatro pés e se mexia como um cão. Há um documentário “Entre nós” que afirma que a empatia, por exemplo, precisa ser vivenciada, se não não se manifesta.
Há o caso de Amala e Kamala[1] , duas indianas que supostamente foram achadas na índia, em 1920. Há um livro que desmente a história, dizendo que tudo foi uma armação de um indiano.
Há um filme sobre isso: “O enigma de Kasper Hauser” que conta uma história inspirada nesse arquétipo da pessoa selvagem, porém, o personagem do filme não é criado por lobos nem nada, é deixado sozinho num seleiro.
Em suma, acho que desenvolveriam linguagem, porém algo bem rudimentar, como disse acima, e não linguagem simbólica e fonética como a nossa por que elas não teriam nenhuma fonte de informação pra isso.
Somos resultado de milhares de anos de tecnologia linguística, escrita, entre outras coisas que nos passam culturalmente. Provavelmente as crianças da ilha teriam suas áreas cerebrais da fala direcionadas ao olfato, paladar, audição, ou qualquer outra coisa que fosse estimulada.
Notas de rodapé
[1] Oxana Malaya – Wikipédia, a enciclopédia livre
14,4 mil visualizações · Ver votos positivos · Visualizar compartilhadores · Resposta solicitada por Dexter Roona
Ana Kelly, Maria Luiza, Ane Oliveira e outros 133 deram votos positivos
Jean Alessandro, Psicólogo
Atualizado em 2 de fevereiro
Que pergunta legal, temos um caso real e muitos fictícios pra responder.
Menina criada com cães na Ucrânia
Primeiro, acho que desenvolveriam alguma linguagem, porém não tão complexa quanto a que estamos usando aqui. Algo bastante rudimentar, como gestos e sons (como no filme A guerra do Fogo).
Apesar de que não nos ensinam muito, em geral, aprendemos muitas tecnologias como a escrita, que mudam completamente o modo como pensamos e nos comunicamos.
Agora, temos estruturas físicas, como a laringe, e cerebrais, como áreas responsáveis pela linguagem, que tendem a se desenvolver. Elas poderiam, em tese, desenvolver-se pra um estilo de comunicação bem rudimentar. Tudo dependeria dos acasos que aconteceriam no percurso.
Há um caso de uma que foi criada junto com cães. Ela recebeu comida e água, mas era deixada lá. Um ato extremo de crueldade, eu sei.
O que aconteceu foi que ela copiou a linguagem e o comportamento dos seus “pares” cachorros. Como ela iria aprender comportamentos humanos? Ela andavam de quatro pés e se mexia como um cão. Há um documentário “Entre nós” que afirma que a empatia, por exemplo, precisa ser vivenciada, se não não se manifesta.
Há o caso de Amala e Kamala[1] , duas indianas que supostamente foram achadas na índia, em 1920. Há um livro que desmente a história, dizendo que tudo foi uma armação de um indiano.
Há um filme sobre isso: “O enigma de Kasper Hauser” que conta uma história inspirada nesse arquétipo da pessoa selvagem, porém, o personagem do filme não é criado por lobos nem nada, é deixado sozinho num seleiro.
Em suma, acho que desenvolveriam linguagem, porém algo bem rudimentar, como disse acima, e não linguagem simbólica e fonética como a nossa por que elas não teriam nenhuma fonte de informação pra isso.
Somos resultado de milhares de anos de tecnologia linguística, escrita, entre outras coisas que nos passam culturalmente. Provavelmente as crianças da ilha teriam suas áreas cerebrais da fala direcionadas ao olfato, paladar, audição, ou qualquer outra coisa que fosse estimulada.
Notas de rodapé
[1] Oxana Malaya – Wikipédia, a enciclopédia livre
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Só discuto o que nao sei ...O ke sei ensino ...POIZ
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