Um portugues paquistao chile INDIA
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Um portugues paquistao chile INDIA
Cavar em pé ou sentado
Nos anos sessenta chefiava um sector florestal , de uma empresa Sueca e , na vinda de um técnico a Portugal fiquei admirado por ter sido chamado á sede em Lisboa porque o perito achava que eu tinha empregados a mais no corte de arvores . Argumentava eu , na altura , que só tinha quatro e todos o melhor que havia em esforço e dedicação .
Subi na escala e nos anos 80 era já consultor e andava a cheirar e a recomendar outros sectores florestais pelo mundo .
Cheguei ao Chile e a primeira nota assustadora que tomei foi ver 16 homens a cortar uma arvore
Era assim
Um tinha uma corda e na ponta três bolas em ferro que girava e mandava para o alto da arvore . Logo que as bolas se enrolavam no cimo do tronco três trabalhadores puxavam a corda para manter a pressão necessaria . Dois trabalhadores alternados cortavam a arvore com um manchado , mais três aguardavam a altura de desramar e os outros colocavam a junta de bois ou cavalos preparados para retirar a arvore do local .Um encarregado , de pernas afastadas e olhar vigilante e censor , impunha ordem nestes trabalhos
Cada trabalhador ganhava na altura 3 contos mês e todas as contas para rentabilizar este serviço esbarravam com o baixo custo da mão de obra .
Dali saí para o Paquistão com um calor torrido . Confesso que andar por aquelas bandas , foi um martírio . Os viveiros florestais eram sachados por mulheres sentadas , com um pequeno sacho , debaixo da indulência que o calor obrigava . Tentei que o técnico local utilizasse um motocultivador . O problema é que ele desconhecia tal maquina. Assim as mulheres tiveram garantido o emprego e a rentabilidade da empresa teve de esperar por melhores dias .
Desmobilizado , passei á China e aqui vi centenas de chineses de bicicleta a transportar sacos . Curioso perguntei para que queriam eles os sacos .
Simples . Eles transportavam barro para misturar com a terra areenta e assim aumentar a produtividade da mesma . A terra em causa ficava a 10 quilómetros Comecei a fazer contas , das vezes que teriam de andar de bicicleta , mas desisti quando vi parte da muralha da china com 9.000 quilómetros
Era mesmo trabalho de chinês .
Converso com um americano e vejo estufas gigantescas para produzir alfaces em cultura hidroponica ( sem terra ) Tudo é mecanizado . As alfaces são produzidas tal e qual como nos aviários .
Os tabuleiros flutuam num canal de água que os vai transportando lentamente e quando chegam ao fim ao fim de poucas semanas estão prontas .
A água é reciclada adicionados novos fertilizantes e o ciclo continua sem parar
As alfaces colhidas são etiquetadas e entram directamente para camiões
Um motorista sobe para o seu camião computadorizado e basta-lhe olhar para o écran do computador para saber tudo desde as coordenados para onde leva o material e qual é o estado ambiental do carregamento . Chegado ao entreposto , um computador acciona o descarregamento electrónico e os tabuleiros são encaminhados directamente para os locais de venda ao publico .
O pessoal envolvido é diminuto para produzir milhares e milhares de alfaces .
TAL técnica e eficiência assusta
São alfaces de aviário
Já não é alimento é mais remédio para mitigar a fome .
Todo o romantismo da agricultura familiar tende a desaparecer e o contacto com a mãe natureza tem um computador pelo meio .
Aqui põe-se o problema da rentabilidade
A sagrada pergunta é esta
Devemos cavar em pé , sentados ou deitados ?
A resposta é só uma
A enxada tem os dias contados , só por receita médica poderá ser utilizada mais dia menos dia .
Nos anos sessenta chefiava um sector florestal , de uma empresa Sueca e , na vinda de um técnico a Portugal fiquei admirado por ter sido chamado á sede em Lisboa porque o perito achava que eu tinha empregados a mais no corte de arvores . Argumentava eu , na altura , que só tinha quatro e todos o melhor que havia em esforço e dedicação .
Subi na escala e nos anos 80 era já consultor e andava a cheirar e a recomendar outros sectores florestais pelo mundo .
Cheguei ao Chile e a primeira nota assustadora que tomei foi ver 16 homens a cortar uma arvore
Era assim
Um tinha uma corda e na ponta três bolas em ferro que girava e mandava para o alto da arvore . Logo que as bolas se enrolavam no cimo do tronco três trabalhadores puxavam a corda para manter a pressão necessaria . Dois trabalhadores alternados cortavam a arvore com um manchado , mais três aguardavam a altura de desramar e os outros colocavam a junta de bois ou cavalos preparados para retirar a arvore do local .Um encarregado , de pernas afastadas e olhar vigilante e censor , impunha ordem nestes trabalhos
Cada trabalhador ganhava na altura 3 contos mês e todas as contas para rentabilizar este serviço esbarravam com o baixo custo da mão de obra .
Dali saí para o Paquistão com um calor torrido . Confesso que andar por aquelas bandas , foi um martírio . Os viveiros florestais eram sachados por mulheres sentadas , com um pequeno sacho , debaixo da indulência que o calor obrigava . Tentei que o técnico local utilizasse um motocultivador . O problema é que ele desconhecia tal maquina. Assim as mulheres tiveram garantido o emprego e a rentabilidade da empresa teve de esperar por melhores dias .
Desmobilizado , passei á China e aqui vi centenas de chineses de bicicleta a transportar sacos . Curioso perguntei para que queriam eles os sacos .
Simples . Eles transportavam barro para misturar com a terra areenta e assim aumentar a produtividade da mesma . A terra em causa ficava a 10 quilómetros Comecei a fazer contas , das vezes que teriam de andar de bicicleta , mas desisti quando vi parte da muralha da china com 9.000 quilómetros
Era mesmo trabalho de chinês .
Converso com um americano e vejo estufas gigantescas para produzir alfaces em cultura hidroponica ( sem terra ) Tudo é mecanizado . As alfaces são produzidas tal e qual como nos aviários .
Os tabuleiros flutuam num canal de água que os vai transportando lentamente e quando chegam ao fim ao fim de poucas semanas estão prontas .
A água é reciclada adicionados novos fertilizantes e o ciclo continua sem parar
As alfaces colhidas são etiquetadas e entram directamente para camiões
Um motorista sobe para o seu camião computadorizado e basta-lhe olhar para o écran do computador para saber tudo desde as coordenados para onde leva o material e qual é o estado ambiental do carregamento . Chegado ao entreposto , um computador acciona o descarregamento electrónico e os tabuleiros são encaminhados directamente para os locais de venda ao publico .
O pessoal envolvido é diminuto para produzir milhares e milhares de alfaces .
TAL técnica e eficiência assusta
São alfaces de aviário
Já não é alimento é mais remédio para mitigar a fome .
Todo o romantismo da agricultura familiar tende a desaparecer e o contacto com a mãe natureza tem um computador pelo meio .
Aqui põe-se o problema da rentabilidade
A sagrada pergunta é esta
Devemos cavar em pé , sentados ou deitados ?
A resposta é só uma
A enxada tem os dias contados , só por receita médica poderá ser utilizada mais dia menos dia .
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Só discuto o que nao sei ...O ke sei ensino ...POIZ
Vitor mango- Pontos : 118178
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