Milhares de pessoas reuniram-se ontem em frente ao Parlamento de Israel, numa das maiores manifestações contra o primeiro-ministro

por **Vitor mango** Seg Abr 01, 2024 1:39 am

Milhares de pessoas reuniram-se ontem em frente ao Parlamento de Israel, numa das maiores manifestações contra o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu desde o início da guerra em Gaza. Ele tem enfrentado uma pressão crescente, no exterior e em casa, sobre a forma como Israel está lidando com a guerra, e muitos israelenses estão pedindo sua renúncia. Aliados próximos como os EUA criticaram o pesado custo civil da guerra e instaram Israel a permitir mais ajuda a Gaza. E muitos israelitas exigiram que Netanyahu priorizasse a libertação dos reféns detidos pelo Hamas como parte de um acordo de cessar-fogo. Milhares de pessoas manifestaram-se contra o governo de Netanyahu em Tel Aviv no sábado. Os protestos em Jerusalém, que deveriam continuar até quarta-feira, ocorreram no momento em que as negociações pessoais sobre um potencial cessar-fogo foram retomadas no Cairo. Contexto: Os protestos contra Netanyahu sobre o seu plano de reforma do sistema judicial diminuíram em grande parte após o ataque liderado pelo Hamas a Israel, em 7 de Outubro, mas a insatisfação pública com a guerra levou agora os israelitas de volta às ruas. Outra questão: Netanyahu também enfrenta uma disputa sobre um projecto de lei para alargar a isenção do serviço militar obrigatório aos judeus ultraortodoxos, com a sua coligação governamental de direita em jogo. Se o Estado não prorrogar a isenção, os legisladores ultraortodoxos poderão abandonar a coligação; se isso acontecer, os membros seculares poderão sair.