Líderes da América Latina pedem fim de embargo a Cuba
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Líderes da América Latina pedem fim de embargo a Cuba
Líderes da América Latina pedem fim de embargo a Cuba
Líderes reunidos na O presidente Luiz Inácio Lula da Silva na Cúpula da América Latina e do Caribe (Calc)
Representantes de 33 países participaram de cúpula na Bahia
Líderes dos países da América Latina e do Caribe reunidos na Costa do Sauípe, na Bahia, pediram nesta quarta-feira o fim do bloqueio econômico, comercial e financeiro imposto a Cuba pelos Estados Unidos.
Em uma declaração divulgada ao final da Cúpula da América Latina e do Caribe, os representantes dos 33 países reunidos pediram o fim das sanções impostas a Cuba desde 1962.
O presidente da Bolívia, Evo Morales, chegou a pedir aos líderes latino-americanos que expulsem os embaixadores americanos de seus países até que os Estados Unidos suspendam o embargo.
Na noite de terça-feira, uma reunião extraordinária formalizou a entrada de Cuba no Grupo do Rio. A decisão já havia sido aprovada em reunião ministerial no México, em novembro.
"Não sei o que pensarão vocês, mas, para nós, é um momento transcendental de nossa história", disse o presidente de Cuba, Raúl Castro.
O presidente Lula saudou o "retorno" de Cuba e disse que o ingresso do país no grupo é conseqüência das mudanças políticas e ideológicas vividas pela América Latina nos últimos anos.
Com a entrada de Cuba, o grupo criado em 1986 passa a ter a participação de 19 países da América Latina mais a Comunidade do Caribe.
Crise
Os dois dias de encontro na Bahia foram marcados também por discussões sobre a crise financeira mundial.
O presidente do Equador, Rafael Correa, propôs ao Mercosul a criação de um fundo regional de reservas para enfrentar a crise.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse que os países da região devem se unir para enfrentar a crise e ter maior participação nas decisões internacionais.
Segundo Lula, os países devem tentar evitar que "a crise nascida no seio dos países ricos" atinja com força os países que não a provocaram.
O presidente afirmou ainda que, com a crise, os países da região estão descobrindo oportunidades entre si.
"O que estamos descobrindo é que, entre nós, existem outras oportunidades que até então não conhecíamos, não discutíamos, porque era muito mais fácil recorrer ora aos Estados Unidos, ora à União Européia", disse.
Defesa
A cúpula na Bahia foi a primeira em que os países da região se reuniram sem a presença de representantes dos Estados Unidos ou da União Européia.
O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, disse que a cúpula é uma demonstração de que os Estados Unidos "não mandam" na região e sugeriu a realização do encontro a cada um ou dois anos.
Além da Cúpula da América Latina e do Caribe e da reunião do Grupo do Rio, foram realizadas também a reunião de chefes de Estado do Mercosul e um encontro extraordinário da União de Nações Sul-Americanas (Unasul).
No encontro de terça-feira, os países da Unasul aprovaram a criação do Conselho de Defesa Sul-Americano, proposta do Brasil que havia sido apresentada formalmente ao grupo em maio.
A Unasul também aprovou a criação do Conselho Sul-Americano de Saúde. No entanto, a escolha do secretário-geral do bloco foi adiada para abril.
Uruguai e Argentina divergem sobre o tema, e o governo uruguaio chegou a considerar a hipótese de abandonar o grupo caso a Argentina insista no nome do ex-presidente Néstor Kirchner como candidato ao cargo.
Líderes reunidos na O presidente Luiz Inácio Lula da Silva na Cúpula da América Latina e do Caribe (Calc)
Representantes de 33 países participaram de cúpula na Bahia
Líderes dos países da América Latina e do Caribe reunidos na Costa do Sauípe, na Bahia, pediram nesta quarta-feira o fim do bloqueio econômico, comercial e financeiro imposto a Cuba pelos Estados Unidos.
Em uma declaração divulgada ao final da Cúpula da América Latina e do Caribe, os representantes dos 33 países reunidos pediram o fim das sanções impostas a Cuba desde 1962.
O presidente da Bolívia, Evo Morales, chegou a pedir aos líderes latino-americanos que expulsem os embaixadores americanos de seus países até que os Estados Unidos suspendam o embargo.
Na noite de terça-feira, uma reunião extraordinária formalizou a entrada de Cuba no Grupo do Rio. A decisão já havia sido aprovada em reunião ministerial no México, em novembro.
"Não sei o que pensarão vocês, mas, para nós, é um momento transcendental de nossa história", disse o presidente de Cuba, Raúl Castro.
O presidente Lula saudou o "retorno" de Cuba e disse que o ingresso do país no grupo é conseqüência das mudanças políticas e ideológicas vividas pela América Latina nos últimos anos.
Com a entrada de Cuba, o grupo criado em 1986 passa a ter a participação de 19 países da América Latina mais a Comunidade do Caribe.
Crise
Os dois dias de encontro na Bahia foram marcados também por discussões sobre a crise financeira mundial.
O presidente do Equador, Rafael Correa, propôs ao Mercosul a criação de um fundo regional de reservas para enfrentar a crise.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse que os países da região devem se unir para enfrentar a crise e ter maior participação nas decisões internacionais.
Segundo Lula, os países devem tentar evitar que "a crise nascida no seio dos países ricos" atinja com força os países que não a provocaram.
O presidente afirmou ainda que, com a crise, os países da região estão descobrindo oportunidades entre si.
"O que estamos descobrindo é que, entre nós, existem outras oportunidades que até então não conhecíamos, não discutíamos, porque era muito mais fácil recorrer ora aos Estados Unidos, ora à União Européia", disse.
Defesa
A cúpula na Bahia foi a primeira em que os países da região se reuniram sem a presença de representantes dos Estados Unidos ou da União Européia.
O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, disse que a cúpula é uma demonstração de que os Estados Unidos "não mandam" na região e sugeriu a realização do encontro a cada um ou dois anos.
Além da Cúpula da América Latina e do Caribe e da reunião do Grupo do Rio, foram realizadas também a reunião de chefes de Estado do Mercosul e um encontro extraordinário da União de Nações Sul-Americanas (Unasul).
No encontro de terça-feira, os países da Unasul aprovaram a criação do Conselho de Defesa Sul-Americano, proposta do Brasil que havia sido apresentada formalmente ao grupo em maio.
A Unasul também aprovou a criação do Conselho Sul-Americano de Saúde. No entanto, a escolha do secretário-geral do bloco foi adiada para abril.
Uruguai e Argentina divergem sobre o tema, e o governo uruguaio chegou a considerar a hipótese de abandonar o grupo caso a Argentina insista no nome do ex-presidente Néstor Kirchner como candidato ao cargo.
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