EUA/Obama: Mérito e conhecimentos levam portugueses e luso-americanos à tomada de posse

EUA/Obama: Mérito e conhecimentos levam portugueses e luso-americanos à tomada de posse


Nova Iorque, Estados Unidos 19/01/2009

A tomada de posse de Barack Obama como Presidente dos EUA vai ser testemunhada por vários portugueses e luso-descendentes que, apesar da dificuldade em obter um ingresso, acabaram por conseguir esse privilégio graças a conhecimentos políticos ou pelo seu mérito.

Conseguir um convite para ir a Washington assistir ao juramento de Obama como 44º presidente dos Estados Unidos não foi fácil, mas Diniz Borges, um professor residente na Califórnia, e os seus dois filhos, Steven e Michael, conseguiram-no quando o congressista de origem açoriana Devin Nunes lhes ofereceu três ingressos.

“Cada legislador recebeu 198 bilhetes que distribuiu por pessoas residentes no seu distrito eleitoral”, explicou Diniz Borges à Lusa.

Essa distribuição fez-se em muitos casos seleccionando nomes entre as milhares de candidaturas que os congressistas receberam com base em factores como mérito profissional, serviço comunitário ou simplesmente por razões políticas.

Diniz Borges, natural da Praia da Vitória, ilha Terceira, Açores, e residente na Califórnia há mais de 30 anos, foi um apoiante de Barack Obama logo desde as primárias e participou depois na campanha eleitoral para as presidenciais.

É professor de Português no ensino secundário e universitário, tendo sido reconhecido como professor do ano pelo Departamento de Educação do Condado de Tulare, estado da Califórnia em 2007, além de ser um activista comunitário muito conhecido no San Joaquin Valley, na Califórnia, zona onde vive uma enorme comunidade portuguesa de origem açoriana.

Até 2008 foi também o presidente da secção dos Estados Unidos do Conselho das Comunidades Portuguesas.

O filho Steven é militar na Marinha americana na área de comunicações a bordo de um submarino que, por razões militares não pode identificar; o irmão Michael é advogado e tem trabalhado na área das relações públicas ao serviço de candidaturas do Partido Democrata.

Diniz Borges disse que foi uma honra ter sido seleccionado para receber os bilhetes que lhe dão o direito a estar no recinto onde Barack Obama vai jurar sobre a Bíblia de Lincoln respeitar e fazer cumprir a Constituição norte-americana, acrescentando que vai viver este momento histórico com muita intensidade.

“Para mim esta é verdadeiramente uma experiência única”, disse.

“Nunca julguei que tivesse oportunidade de ver semelhante acontecimento (um Presidente negro nos EUA) e acho que é um grande passo para a América e esta é a América em que eu me reconheço: a América que não tem medo de mudanças e que não discrimina, que apela à inteligência, ao espírito do serviço público”, acrescentou.

O professor da Califórnia disse ainda que se envolveu na campanha de Obama por acreditar no seu poder de “movimentar o cidadão comum nas suas políticas de justiça social”.

“Acho que a sua experiência como organizador de grupos marginalizados lhe dá uma ligação directa aos cidadãos e penso que vai ser um líder bastante acessível que vai lutar pelos verdadeiros ideais americanos e universais de justiça e liberdade”, acrescenta.

Diniz Borges, naturalizado norte-americano desde há muitos anos, acha que a partir de agora o país adoptivo “vai ser uma América diferente, a América idealista”.

Outro luso-descendente que estará na terça-feira frente a Obama no momento do seu juramento é o jovem Tomé Correia, de 15 anos, residente na cidade de Elizabeth, estado de Nova Jérsia.

Tomé Correia, filho de emigrantes portugueses oriundos da zona da Serra da Estrela, foi seleccionado graças às suas excelentes notas académicas e pelo envolvimento em várias organizações cívicas e causas humanitárias.

Outro português residente neste estado de Nova Jérsia também vai acompanhar a posse de Obama, em Washington.

Mike Silva, polícia-detective da polícia de Newark, é um dos vinte elementos desta força policial que participa no enorme dispositivo de segurança presente na capital norte-americana.

Natural de Newark e filho de emigrantes portugueses da Murtosa, Aveiro, Mike Silva foi também apoiante de Obama esperando igualmente uma mudança na América com o novo presidente.

Pelos vistos, na América, também há portugueses decentes....

Ha portugueses mal informados POR AQUI TANBEM!!! EU nao iria a WASHINGTON, nem que convidado por OBAMA!!! O FACTO e que o tempo e que vai dizer!!!! A PARTIR DO MEIO DIA DE AMANHA, NAO ME SINTO SEGURO , nem acho que os meus filhos estao seguros de um ATAQUE TERRORISTA!!! Se pensam que o TERRORISMO vai acabar por causa de OBAMA...............