Beber - Influência da Madeira
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Beber - Influência da Madeira
Beber - Influência da Madeira
Com a devida vénia ao Diário de Notícias da Madeira
Aromas de madeira nos vinhos são muito apreciados, contribuindo para a sua complexidade, sabendo-se que os cascos novos chegam a transmitir aos vinhos mais de 200 mg de litro de tanino.
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As madeiras mais usadas na arte de tanoaria são a de carvalho, Francês (Allier e Limousin), e Americano. O carvalho francês não pode ser serrado, pelo que de cada árvore apenas se aproveita 15% de madeira para tanoaria, enquanto que no americano cerca de 50% da madeira é aproveitada e pode ser serrada. Claro que o custo das barricas com carvalho francês é cerca do dobro do americano.
Os aromas da madeira não devem contudo, sobrepor-se aos do vinho, mas sim aparecerem de uma forma subtil a enriquecerem na sua componente gustativa.
O papel da madeira ou dos cascos no vinho, para além de transmitirem compostos aromáticos e taninos, desempenham também um papel muito importante no chamado 'arredondamento' dos mesmos. Nos brancos, como o Chardonnay, dão aromas amanteigados.
Sabe-se que a madeira absorve parte do vinho e incha, por outro lado seca pela superfície em contacto com o ar. Assim em cascos mais pequenos as 'quebras anuais' ou evaporações em volume são maiores, atingindo cerca de 4 a 6% nas boas adegas. Claro que este factor varia com o tipo de madeira e sua espessura para além do tamanho do casco. Quanto mais pequeno for, maior é a evaporação.
A utilização de carvalho francês é a mais apreciada e a também a mais cara, obtendo-se vinhos de maior complexidade e estrutura, face à utilização de um carvalho americano onde a presença da aromas de baunilha e coco são facilmente detectáveis.
Em prova, as opiniões dos consumidores inclinam-se para os vinhos novos estagiados em carvalho americano, para vinhos de consumo imediato, estilo Novo Mundo. Os vinhos estagiados em carvalho francês, apesar de poderem ser consumidos novos, têm performances para maior guarda.
É uma das etapas mais caras no processamento do vinho, já que uma barrica de 225 litros de carvalho Francês Allier poderá custar cerca de 850€, o que significa um incremento no custo de produção do vinho em cerca de 3,7€ por litro, só para o estágio durante 12 meses e que servirá apenas uma produção. Ou seja, só grandes vinhos poderão dar-se a este 'must', podendo este esclarecimento desmistificar alguns vinhos cujo custo é inferior ao seu próprio envelhecimento. Pelo menos na informação que indicam no contra rótulo.
Francisco Albuquerque
Com a devida vénia ao Diário de Notícias da Madeira
Aromas de madeira nos vinhos são muito apreciados, contribuindo para a sua complexidade, sabendo-se que os cascos novos chegam a transmitir aos vinhos mais de 200 mg de litro de tanino.
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As madeiras mais usadas na arte de tanoaria são a de carvalho, Francês (Allier e Limousin), e Americano. O carvalho francês não pode ser serrado, pelo que de cada árvore apenas se aproveita 15% de madeira para tanoaria, enquanto que no americano cerca de 50% da madeira é aproveitada e pode ser serrada. Claro que o custo das barricas com carvalho francês é cerca do dobro do americano.
Os aromas da madeira não devem contudo, sobrepor-se aos do vinho, mas sim aparecerem de uma forma subtil a enriquecerem na sua componente gustativa.
O papel da madeira ou dos cascos no vinho, para além de transmitirem compostos aromáticos e taninos, desempenham também um papel muito importante no chamado 'arredondamento' dos mesmos. Nos brancos, como o Chardonnay, dão aromas amanteigados.
Sabe-se que a madeira absorve parte do vinho e incha, por outro lado seca pela superfície em contacto com o ar. Assim em cascos mais pequenos as 'quebras anuais' ou evaporações em volume são maiores, atingindo cerca de 4 a 6% nas boas adegas. Claro que este factor varia com o tipo de madeira e sua espessura para além do tamanho do casco. Quanto mais pequeno for, maior é a evaporação.
A utilização de carvalho francês é a mais apreciada e a também a mais cara, obtendo-se vinhos de maior complexidade e estrutura, face à utilização de um carvalho americano onde a presença da aromas de baunilha e coco são facilmente detectáveis.
Em prova, as opiniões dos consumidores inclinam-se para os vinhos novos estagiados em carvalho americano, para vinhos de consumo imediato, estilo Novo Mundo. Os vinhos estagiados em carvalho francês, apesar de poderem ser consumidos novos, têm performances para maior guarda.
É uma das etapas mais caras no processamento do vinho, já que uma barrica de 225 litros de carvalho Francês Allier poderá custar cerca de 850€, o que significa um incremento no custo de produção do vinho em cerca de 3,7€ por litro, só para o estágio durante 12 meses e que servirá apenas uma produção. Ou seja, só grandes vinhos poderão dar-se a este 'must', podendo este esclarecimento desmistificar alguns vinhos cujo custo é inferior ao seu próprio envelhecimento. Pelo menos na informação que indicam no contra rótulo.
Francisco Albuquerque
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