BCP-CORTE DE 3 000 000
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BCP-CORTE DE 3 000 000
Corte de três milhões na supervisão do BCP
PAULA CORDEIRO
Assembleia geral de Março. Um grupo de accionistas do BCP, liderado por Joe Berardo, segue as pisadas da nova administração e propõe um corte de 50% nas remunerações do Conselho Geral e de Supervisão. A este juntam-se mais 2,3 milhões de ganhos com a extinção do Conselho Superior
Presidente do CGS ganhava 90 mil euros por reunião
O Banco Comercial Português (BCP) vai proceder a um corte radical nas remunerações dos seus órgãos sociais. Com a proposta de extinção do Conselho Superior (CS) e a aprovação da proposta de remunerações para o Conselho Geral e de Supervisão (CGS) o banco vai poupar mais de três milhões de euros já este ano. Só o presidente deste órgão ganhava 360 mil euros por ano, para participar em quatro reuniões. Um ganho de 90 mil euros por reunião.
As propostas à assembleia geral de dia 30 deste mês foram já publicadas e são assinadas por alguns dos maiores accionistas do BCP, ou seja, Sonangol, Joe Berardo, EDP, Sogema e Investifino.
Mas este grupo de accionistas está a trabalhar para contar com mais apoios, entre eles a Eureko. É um trabalho liderado pelo presidente do Conselho de Remunerações. Joe Berardo, em declarações ontem ao DN, disse apenas disse que "estamos todos a trabalhar nisso".
Além da já conhecida proposta de extinção do CS, este grupo de accionistas quer reduzir para 50% as remunerações do CGS, que deverá ser substituído por membros designados por estes proponentes. Luís Champalimaud é o presidente proposto, uma escolha que coincide com o afastamento dos membros ainda afectos a Jardim Gonçalves. O DN sabe que o presidente da Eureko, Gijsbert Swalef, não ficará no futuro CGS, com a seguradora holandesa a ter de indicar outro nome.
O corte de 50% nas remunerações actuais do CGS vai ditar uma poupança de quase um milhão de euros face a 2008, em que estes custos somaram 1,9 milhões de euros. Também os gastos em funcionamento deste órgão deverão sofrer reduções: no ano passado, as deslocações e outras despesas do Conselho atingiram três milhões de euros. Segundo o DN apurou, os 24 membros do CS representaram gastos em remunerações de 2,3 milhões de euros, contra 3,5 milhões de euros em 2007.
Actualmente, a remuneração do presidente do CGS do BCP é de 360 mil euros anuais, tendo como obrigação mínima a presença em quatro reuniões ordinárias por ano.
O vice-presidente, por seu lado, ganha 290 mil euros anuais, caso integre comissões especializadas. Caso não o faça, a sua remuneração é de 150 mil euros anuais.
Os restantes nove vogais do CGS (o órgão é composto por onze elementos) ganha cada um, por ano, 150 mil euros, caso participe em comissões especializadas, ou 115 mil euros, caso não integre. Na proposta que este grupo de accionistas vai levar à assembleia geral, estas remunerações passam para 25% e 10% do vencimento do presidente, em função da sua participação ou não em comissões.
Estas propostas elaboradas por Berardo e apoiadas pelos maiores accionistas do BCP surgem na sequência das decisões tomadas pela actual administração executiva, desde a sua tomada de posse, em 2008.
Os cortes decretados pela equipa liderada por Carlos Santos Ferreira já produziram efeitos nos custos com remunerações deste órgão executivo. Em 2006, quando o presidente era Paulo Teixeira Pinto, o conselho de administração do BCP representou um custo em remunerações de 29,5 milhões de euros (21,5 milhões de remuneração variável); no ano passado, o custo total foi de 3,4 milhões de euros.
PAULA CORDEIRO
Assembleia geral de Março. Um grupo de accionistas do BCP, liderado por Joe Berardo, segue as pisadas da nova administração e propõe um corte de 50% nas remunerações do Conselho Geral e de Supervisão. A este juntam-se mais 2,3 milhões de ganhos com a extinção do Conselho Superior
Presidente do CGS ganhava 90 mil euros por reunião
O Banco Comercial Português (BCP) vai proceder a um corte radical nas remunerações dos seus órgãos sociais. Com a proposta de extinção do Conselho Superior (CS) e a aprovação da proposta de remunerações para o Conselho Geral e de Supervisão (CGS) o banco vai poupar mais de três milhões de euros já este ano. Só o presidente deste órgão ganhava 360 mil euros por ano, para participar em quatro reuniões. Um ganho de 90 mil euros por reunião.
As propostas à assembleia geral de dia 30 deste mês foram já publicadas e são assinadas por alguns dos maiores accionistas do BCP, ou seja, Sonangol, Joe Berardo, EDP, Sogema e Investifino.
Mas este grupo de accionistas está a trabalhar para contar com mais apoios, entre eles a Eureko. É um trabalho liderado pelo presidente do Conselho de Remunerações. Joe Berardo, em declarações ontem ao DN, disse apenas disse que "estamos todos a trabalhar nisso".
Além da já conhecida proposta de extinção do CS, este grupo de accionistas quer reduzir para 50% as remunerações do CGS, que deverá ser substituído por membros designados por estes proponentes. Luís Champalimaud é o presidente proposto, uma escolha que coincide com o afastamento dos membros ainda afectos a Jardim Gonçalves. O DN sabe que o presidente da Eureko, Gijsbert Swalef, não ficará no futuro CGS, com a seguradora holandesa a ter de indicar outro nome.
O corte de 50% nas remunerações actuais do CGS vai ditar uma poupança de quase um milhão de euros face a 2008, em que estes custos somaram 1,9 milhões de euros. Também os gastos em funcionamento deste órgão deverão sofrer reduções: no ano passado, as deslocações e outras despesas do Conselho atingiram três milhões de euros. Segundo o DN apurou, os 24 membros do CS representaram gastos em remunerações de 2,3 milhões de euros, contra 3,5 milhões de euros em 2007.
Actualmente, a remuneração do presidente do CGS do BCP é de 360 mil euros anuais, tendo como obrigação mínima a presença em quatro reuniões ordinárias por ano.
O vice-presidente, por seu lado, ganha 290 mil euros anuais, caso integre comissões especializadas. Caso não o faça, a sua remuneração é de 150 mil euros anuais.
Os restantes nove vogais do CGS (o órgão é composto por onze elementos) ganha cada um, por ano, 150 mil euros, caso participe em comissões especializadas, ou 115 mil euros, caso não integre. Na proposta que este grupo de accionistas vai levar à assembleia geral, estas remunerações passam para 25% e 10% do vencimento do presidente, em função da sua participação ou não em comissões.
Estas propostas elaboradas por Berardo e apoiadas pelos maiores accionistas do BCP surgem na sequência das decisões tomadas pela actual administração executiva, desde a sua tomada de posse, em 2008.
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