Maus caminhos
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Maus caminhos
Maus caminhos
A dr.ª Manuela reeditou o “discurso da tanga” com a declaração de que o País estaria endividado e não haveria dinheiro para nada, no orçamento.
António Correia de Campos - DE
Impossível não escrever sobre as duas entrevistas da semana passada. O seu impacte vai durar meses. Foram a pequena amostra dos comportamentos futuros de oposição e Governo. Antes dos conteúdos olhemos o contexto. O aparecimento de uma liderança no maior partido da oposição teve o efeito de recentrar o debate político, secundarizando os ataques da esquerda e a agitação psico-motora do CDS/PP. Já o havíamos afirmado nesta coluna, quando acolhemos a candidatura da drª Manuela Ferreira Leite. Um maior protagonismo do PSD conduz a que o Governo o considere o seu principal opositor, atribuindo menor importância às provocações laterais, embora sem as ignorar. O PSD momentâneamente subirá nas sondagens, interagindo com a novidade. O PS descerá um pouco do patamar, quiçá forçado, a que o haviam guindado os erros dos outros contendores e inexoravelmente as franjas, grossas à esquerda e quase transparentes à direita, tenderão a estreitar-se. O PCP já entendeu este risco, para o qual contribuiu a instrumentalização de Alegre pelo Bloco de Esquerda. BE e PCP enfrentarão o dilema do prisioneiro: se não atacarem o “novo” PSD perdem legitimidade e simpatias; se o atacarem, darão espaço e conforto ao único protagonista que se mostra preparado para conduzir os Portugueses na crise, o Governo.
Vamos aos conteúdos. A dr.ª Manuela reeditou o “discurso da tanga” com a declaração de que o País estaria endividado e não haveria dinheiro para nada, no orçamento. Dois erros imperdoáveis em pessoa tão capaz, só explicável pela cedência ao ‘sound-byte’. Na verdade não há país que não esteja endividado, a dívida pública faz parte da governação e do desenvolvimento, não deve é exceder certos patamares consensuais, na União Europeia os famosos 60% do PIB. A segunda afirmação, a de não haver dinheiro no Orçamento para novas infraestruturas, é ainda mais traiçoeira: claro que nenhum país promove o desenvolvimento futuro apenas com os recursos orçamentais actuais. Investir é diferir consumos imediatos para momento futuro, mas é também utilizar no futuro os frutos do desenvolvimento gerados por futuros e expectáveis rendimentos. Para acertar as contas entre expectativas e compromissos, os estudos custo-benefício adoptam a técnica do balanço actualizado, isto é comparam para o ano de partida encargos e benefícios futuros, devidamente actualizados (o que implica a sua desvalorização crescente com o tempo) à mesma taxa e com os mesmos critérios de monetarização para tangíveis e intangíveis. É este um trabalho prévio a cada investimento que se prolonga no tempo. Para falar apenas de uma área que me é familiar, já desde a construção do Hospital de Padre Américo, em Penafiel/Paredes que sistematicamente se fazem estes estudos para cada grande investimento na Saúde. A própria lei que regula as Parcerias Público-Privadas determina a forma de cálculo dos balanços actualizados. O leitor pode consultar o relatório que acompanha o Orçamento de Estado para 2008 e lá encontrará o escalonamento dos encargos futuros com as parcerias da Saúde, quer as já contratualizadas, quer as apenas programadas. A par de exposição semelhante em parcerias de outros sectores. Será que a nossa dr.ª Manuela não teve quem lhe lesse estes documentos, fosse à internet e imprimisse para ela os estudos de cada futuro investimento, ou simplesmente uma voz informada no sector da energia que lhe dissesse que as barragens são construídas por investidores privados em troca da receita de venda da energia às distribuidoras com uma taxa de uso para o Estado? Já não falo das auto-estradas e do comboio de alta velocidade para não repetir argumentos conhecidos e inacreditavelmente ignorados pela liderança do PSD.
Mas o insólito está no vazio de propostas. Quando confrontados, os estrategas da dr.ª Manuela dizem: o que importa é desgastar o Governo, a seu tempo se divulgarão as propostas. O que significa enorme desprezo pelo eleitor, considerado um bota-abaixo ignorante e sem apetência para aprender. O eleitor de quem o PSD quer o voto não escolheria ideias, escolheria ruído e confiaria em quem mais destruir. Desenganem-se caros amigos do PSD. Acertem os vossos relógios. Não menosprezem a cidadania.
A dr.ª Manuela reeditou o “discurso da tanga” com a declaração de que o País estaria endividado e não haveria dinheiro para nada, no orçamento.
António Correia de Campos - DE
Impossível não escrever sobre as duas entrevistas da semana passada. O seu impacte vai durar meses. Foram a pequena amostra dos comportamentos futuros de oposição e Governo. Antes dos conteúdos olhemos o contexto. O aparecimento de uma liderança no maior partido da oposição teve o efeito de recentrar o debate político, secundarizando os ataques da esquerda e a agitação psico-motora do CDS/PP. Já o havíamos afirmado nesta coluna, quando acolhemos a candidatura da drª Manuela Ferreira Leite. Um maior protagonismo do PSD conduz a que o Governo o considere o seu principal opositor, atribuindo menor importância às provocações laterais, embora sem as ignorar. O PSD momentâneamente subirá nas sondagens, interagindo com a novidade. O PS descerá um pouco do patamar, quiçá forçado, a que o haviam guindado os erros dos outros contendores e inexoravelmente as franjas, grossas à esquerda e quase transparentes à direita, tenderão a estreitar-se. O PCP já entendeu este risco, para o qual contribuiu a instrumentalização de Alegre pelo Bloco de Esquerda. BE e PCP enfrentarão o dilema do prisioneiro: se não atacarem o “novo” PSD perdem legitimidade e simpatias; se o atacarem, darão espaço e conforto ao único protagonista que se mostra preparado para conduzir os Portugueses na crise, o Governo.
Vamos aos conteúdos. A dr.ª Manuela reeditou o “discurso da tanga” com a declaração de que o País estaria endividado e não haveria dinheiro para nada, no orçamento. Dois erros imperdoáveis em pessoa tão capaz, só explicável pela cedência ao ‘sound-byte’. Na verdade não há país que não esteja endividado, a dívida pública faz parte da governação e do desenvolvimento, não deve é exceder certos patamares consensuais, na União Europeia os famosos 60% do PIB. A segunda afirmação, a de não haver dinheiro no Orçamento para novas infraestruturas, é ainda mais traiçoeira: claro que nenhum país promove o desenvolvimento futuro apenas com os recursos orçamentais actuais. Investir é diferir consumos imediatos para momento futuro, mas é também utilizar no futuro os frutos do desenvolvimento gerados por futuros e expectáveis rendimentos. Para acertar as contas entre expectativas e compromissos, os estudos custo-benefício adoptam a técnica do balanço actualizado, isto é comparam para o ano de partida encargos e benefícios futuros, devidamente actualizados (o que implica a sua desvalorização crescente com o tempo) à mesma taxa e com os mesmos critérios de monetarização para tangíveis e intangíveis. É este um trabalho prévio a cada investimento que se prolonga no tempo. Para falar apenas de uma área que me é familiar, já desde a construção do Hospital de Padre Américo, em Penafiel/Paredes que sistematicamente se fazem estes estudos para cada grande investimento na Saúde. A própria lei que regula as Parcerias Público-Privadas determina a forma de cálculo dos balanços actualizados. O leitor pode consultar o relatório que acompanha o Orçamento de Estado para 2008 e lá encontrará o escalonamento dos encargos futuros com as parcerias da Saúde, quer as já contratualizadas, quer as apenas programadas. A par de exposição semelhante em parcerias de outros sectores. Será que a nossa dr.ª Manuela não teve quem lhe lesse estes documentos, fosse à internet e imprimisse para ela os estudos de cada futuro investimento, ou simplesmente uma voz informada no sector da energia que lhe dissesse que as barragens são construídas por investidores privados em troca da receita de venda da energia às distribuidoras com uma taxa de uso para o Estado? Já não falo das auto-estradas e do comboio de alta velocidade para não repetir argumentos conhecidos e inacreditavelmente ignorados pela liderança do PSD.
Mas o insólito está no vazio de propostas. Quando confrontados, os estrategas da dr.ª Manuela dizem: o que importa é desgastar o Governo, a seu tempo se divulgarão as propostas. O que significa enorme desprezo pelo eleitor, considerado um bota-abaixo ignorante e sem apetência para aprender. O eleitor de quem o PSD quer o voto não escolheria ideias, escolheria ruído e confiaria em quem mais destruir. Desenganem-se caros amigos do PSD. Acertem os vossos relógios. Não menosprezem a cidadania.
Viriato- Pontos : 16657
Re: Maus caminhos
Ainda a entrevista de MFL
Tem havido muitas críticas, por essa blogosfera fora, ao facto de muitos de nós, a propósito da entrevista de MFL, nos termos limitado a comentar a sua brilhante tirada sobre os casamentos entre homossexuais, "questão de somenos importância", em vez de nos centrarmos nos aspectos económico-sociais, que "verdadeiramente interessam".
Eu justifico-me: não acho interessante comentar uma suposta oposição ao "pacote de obras públicas", quando quem se lhes opõe não as sabe sequer enumerar e até autorizou algumas delas. De facto, MFL é contra que obras concretamente? E se é contra um pacote deste género, porque deu o seu aval, enquanto ministra das Finanças, a, por exemplo, quatro linhas de TGV entre Portugal e Espanha?
Por estas e por outras, nada do que ela diz sobre este tema tem, para mim, qualquer credibilidade. E não acredito nem um milímetro que, se fosse primeira-ministra, não as executasse! Pelo contrário, seria tudo para levar até ao fim e nada deste paleio, que agora adoptou, seria para levar a sério.
Por outro lado, comentar as preocupações sociais da nova líder do PSD soa a comentar uma piada. Mas alguém acredita neste seu discurso?! Os "novos pobres" em muito devem a sua condição à actuação da própria MFL...
Mas, neste campo da assistência social, MFL até disse uma coisa que seria interessante comentar: que defende que o Estado deve apoiar as associações que "estão no terreno" e que "conhecem os verdadeiros problemas das pessoas". Sendo ou não contra este desígnio, MFL devia informar-se melhor: se há área em que o actual governo não se tem saído muito mal é exactamente esta. Centenas de IPSSs constroem actualmente centros de dia, lares, creches, serviços de apoio domiciliário, etc., pelo país inteiro, com recurso a estes subsídios estatais, que a grande chefe dos sociais-democratas agora se lembrou de defender.
Nem num caso nem noutro, MFL descobriu a pólvora. Pelo contrário, afirmou ser contra o que vai fazer se for primeira-ministra, e afirmou ser a favor do que já se faz com o actual primeiro-ministro. Vale a pena comentar isto?
No fim de tanto discurso vazio, afirmou a sua oposição aos casamentos entre pessoas do mesmo sexo. Foi o final em beleza! Espero ansiosamente pela próxima entrevista!
Postado por Ana Rita Ferreira em http://www.esquerda-margem.blogspot.com/
Tem havido muitas críticas, por essa blogosfera fora, ao facto de muitos de nós, a propósito da entrevista de MFL, nos termos limitado a comentar a sua brilhante tirada sobre os casamentos entre homossexuais, "questão de somenos importância", em vez de nos centrarmos nos aspectos económico-sociais, que "verdadeiramente interessam".
Eu justifico-me: não acho interessante comentar uma suposta oposição ao "pacote de obras públicas", quando quem se lhes opõe não as sabe sequer enumerar e até autorizou algumas delas. De facto, MFL é contra que obras concretamente? E se é contra um pacote deste género, porque deu o seu aval, enquanto ministra das Finanças, a, por exemplo, quatro linhas de TGV entre Portugal e Espanha?
Por estas e por outras, nada do que ela diz sobre este tema tem, para mim, qualquer credibilidade. E não acredito nem um milímetro que, se fosse primeira-ministra, não as executasse! Pelo contrário, seria tudo para levar até ao fim e nada deste paleio, que agora adoptou, seria para levar a sério.
Por outro lado, comentar as preocupações sociais da nova líder do PSD soa a comentar uma piada. Mas alguém acredita neste seu discurso?! Os "novos pobres" em muito devem a sua condição à actuação da própria MFL...
Mas, neste campo da assistência social, MFL até disse uma coisa que seria interessante comentar: que defende que o Estado deve apoiar as associações que "estão no terreno" e que "conhecem os verdadeiros problemas das pessoas". Sendo ou não contra este desígnio, MFL devia informar-se melhor: se há área em que o actual governo não se tem saído muito mal é exactamente esta. Centenas de IPSSs constroem actualmente centros de dia, lares, creches, serviços de apoio domiciliário, etc., pelo país inteiro, com recurso a estes subsídios estatais, que a grande chefe dos sociais-democratas agora se lembrou de defender.
Nem num caso nem noutro, MFL descobriu a pólvora. Pelo contrário, afirmou ser contra o que vai fazer se for primeira-ministra, e afirmou ser a favor do que já se faz com o actual primeiro-ministro. Vale a pena comentar isto?
No fim de tanto discurso vazio, afirmou a sua oposição aos casamentos entre pessoas do mesmo sexo. Foi o final em beleza! Espero ansiosamente pela próxima entrevista!
Postado por Ana Rita Ferreira em http://www.esquerda-margem.blogspot.com/
Viriato- Pontos : 16657
Re: Maus caminhos
Isto so demonstra o PANICO em que se encontram ,porque pressentem que a MAMADA XUXA pode acabar em breve!!
RONALDO ALMEIDA- Pontos : 10367
Re: Maus caminhos
RONALDO ALMEIDA escreveu:Isto so demonstra o PANICO em que se encontram ,porque pressentem que a MAMADA XUXA pode acabar em breve!!
Nunca pensou uma vez na vida dialogar e não mandar chavões??? DEve ser muito difícil para si...
Viriato- Pontos : 16657
Re: Maus caminhos
nao ha dialogo COM TERRORISTAS E SOCIALISTO-MANIACOS!!
RONALDO ALMEIDA- Pontos : 10367
Re: Maus caminhos
Tenho DO, daqueles que pensam que o ESTADO lhes vai resolver os problemas!!Tenho mesmo!! A que ponto o ser Humano foi transformado???????????????
RONALDO ALMEIDA- Pontos : 10367
Re: Maus caminhos
RONALDO ALMEIDA escreveu:Tenho DO, daqueles que pensam que o ESTADO lhes vai resolver os problemas!!Tenho mesmo!! A que ponto o ser Humano foi transformado???????????????
O Ser Humano depende doutro
logo que nasce
berra por mama ...
Vitor mango- Pontos : 118178
Re: Maus caminhos
OS APROVEITADORES, os ESTADO-DEPENDENTES, os XULOS do POVO e que dependem dos outros!!
O POVO tem que ser auto-responsavel!!!
O POVO tem que ser auto-responsavel!!!
RONALDO ALMEIDA- Pontos : 10367
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