FRATTINI: 'ITALIA NÃO VÊ ALTERNATIVA PARA PAZ NO ORIENTE MÉDIO'

FRATTINI: 'ITALIA NÃO VÊ ALTERNATIVA PARA PAZ NO ORIENTE MÉDIO'

BEIRUTE, 7 ABR (ANSA) - O ministro das Relações Exteriores italiano, Franco Frattini, afirmou nesta terça-feira que a Itália não vê alternativas para a retomada do processo de paz no Oriente Médio ou mesmo da criação de um Estado palestino, mas ressaltou que vai encorajar Israel a retomar essa direção.
A afirmação foi feita por Frattini durante encontro com o chanceler libanês, Fawzi Salloukh, encontro que integra a programação de sua visita oficial ao Líbano. O chanceler está no país para encontrar políticos locais, entre eles o presidente sírio Bashar al-Assad.
"A Itália, que é um país amigo de Israel, acredita que não há alternativas para a retomada do processo de paz, tomando como base os princípios do Quarteto (para o Oriente Médio, integrado por ONU, Estados Unidos, Rússia e União Europeia), nas iniciativas de paz árabes e na existência de dois estados Estados livres e independentes", afirmou o chanceler.
Frattini assegurou que a Itália, na presidência rotativa do G8, vai trabalhar "junto com a União europeia e os Estados Unidos para encorajar o novo governo israelense a retomar esta direção (da paz)".
O chanceler italiano afirmou também que a Itália já está trabalhando para estimular "o empenho da comunidade internacional em direção a uma paz justa, compreensiva e duradoura para todo o Oriente Médio".
Em relação à situação do Líbano, que terá eleições parlamentares no dia 7 de junho, Frattini disse que "a Itália apoia fortemente e continuará a apoiar a reconciliação e a estabilidade" e que "observa confiante o próximo pleito".
"As próximas eleições deverão ser livres e democráticas e os cidadãos libaneses é que deverão escolher o seu governo."
Frattini garantiu que a Itália fará a sua parte, em primeiro lugar por meio de sua participação no contingente das tropas de paz da Onu no Líbano (Unifil), que conta com 2.500 soldados italianos.
O chanceler libanês ressaltou que o Líbano aprecia "altamente" o papel da Unifil e de seu comandante, Claudio Graziano, "para a estabilidade e a segurança" no país.
Fawzi Salloukh conclamou Frattini a "pressionar Israel para concluir as negociações que levem à fundação do Estado palestino, à construção dos assentamentos e também a tornar Jerusalém a capital dos Estados israelense e palestino". (ANSA)
07/04/2009 11:34