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Os cristãos se afastam do Oriente Médio

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Mensagem por Admin Qui maio 14, 2009 1:37 am

ULTIMO SEGUNDO
Nahum Sirotsky
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Os cristãos se afastam do Oriente Médio

13/05/2009 - 10:48 - Nahum Sirotsky, correspondente iG em Israel

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“O papa chega quando os cristãos se retiram”, foi o título malicioso de nota da Associated Press do dia 1º de maio. E é verdade: os cristãos emigram. Os cristãos da Terra Santa são principalmente grego-ortodoxos seguidos de católicos. Há pequeníssimo número de assírios, armênios e outras seitas.

* Direto do Oriente Médio: Último Segundo acompanha a visita do papa
* Perfil: Bento 16, "um humilde trabalhador nas vinhas no Senhor"
* Veja o especial do iG sobre o papa no Oriente Médio
* Veja agenda com roteiro completo do papa Bento 16 no Oriente Médio


Um sociólogo palestino, Bernard Sabala, afirma que havia cerca de 140 mil cristãos em 1945, número que hoje estaria em 160 mil. A população total de Israel é de 7 milhões e 400 mil pessoas, das quais cerca de 1 milhão e 500 mil são palestinos das várias seitas muçulmanas e um punhado de cristãos. Os palestinos da Cisjordânia e da Faixa de Gaza serão 3 milhões e 800 mil.

Sabela diz que os cristãos em Israel cresceram em número desde 1948, devido à relativa estabilidade da vida. Mas são minoria apertada entre judeus e muçulmanos. Minoria em difícil posição, no meio de uma questão que não se resolve Assim fala o monsenhor Antonio Franco, embaixador do Vaticano. Então, quem pode deixa o local em busca de futuro melhor.

Quando a região estava sob o domínio do Império Otomano, este, por acordo, entregou os principais lugares santos à Igreja oriental, grego-ortodoxa, e os demais aos franciscanos ocidentais. Assim se entende, por exemplo, que a Manjedoura fique no subterrâneo da Basílica grego-ortodoxa, em Belém. Os franciscanos construíram a igreja perto de onde parte passagem subterrânea para o local de nascimento de Cristo. E onde São Jerônimo, no século 4, traduziu a Bíblia para o Latim, a Vulgata, tornando-a acessível. Só em 1965 o papa Paulo 6º aprovou comissão para fazer revisão e passá-la para o latim moderno. A versão latina atual é de 1975 e foi aprovada pelo Papa João Paulo 2º.

Em discurso no estádio nacional de Amã, na Jordânia, o papa Bento 16 apelou para que os cristãos perseverem em sua crença, já que antigas comunidades cristãs da Terra Santa estão desaparecendo. O centro dos católicos-romanos, a Igreja de Pedro, é na Itália, separada da Igreja Oriental há cerca de 1.500 anos. A maioria dos cristãos da região converteram-se ao Islã pela força. Na Idade Média, os cruzados tentaram reconquistar A Terra Santa e seus locais sagrados repetidas vezes. Fracassaram.

Os cristãos eram 15% dos árabes-palestinos em 1950, dois anos após a proclamação do Estado de Israel. Hoje, não são mais que 2%. Belém da Natividade, cidade palestina, e Nazaré na Galiléia, israelense, tinham maioria de cristãos. Agora, a maioria é de muçulmanos. Três quartos de suas populações emigraram. A maioria dos cristãos palestinos de Jerusalém, parte murada onde se concentram o maior número de locais sagrados às três fés monoteístas, vivem em Sydney, Austrália. Hoje, existem estimativas de que cerca de 3% da população de Jerusalém seja de cristãos palestinos, dado que não consegui confirmar.

O mesmo fenômeno se repete pelos países do Oriente Médio. Cerca de dois milhões de cristãos emigraram nos últimos vinte anos. Quais os motivos? Pesquisei e encontrei os mais diversos. Muitos cristãos árabes das classes médias mais educadas partem por motivos econômicos. È mais fácil encontrar progresso em países desenvolvidos e menos dominados por dogmas.
Não é fácil deixar uma pátria onde se tem raízes milenares. Alguns estudiosos, como Charles Sennot, autor de um livro sobre a questão, diz que as comunidades cristãs estão desvanecendo. “The Body and the Blood - The Holy Land Christians at the turn of the Century” (O Corpo e o Sangue - Comunidades Cristãs na virada de Século, em tradução livre) é leitura interessante.

Há pouco existiam fortes comunidades no Egito e no Líbano – onde o poder é constitucionalmente dividido entre muçulmanos e cristãos, da época em que eram numericamente equivalentes. Já se foram estes tempos. Na Arábia Saudita, todos devem ser muçulmanos. A Shaaria, lei islâmica, é lei do Sudão, em cuja guerra civil os árabes do norte teriam massacrado dois milhões de cristãos negros e fetichistas do sul.

No Afeganistão, igrejas e templos são raros. Só mesquitas predominam. O movimento palestino foi islamizado por Arafat. A Frente de Resistência Islâmica Hamas só espera chance para assumir e impor a Shaaria. Há certa coincidência entre a agressividade atual do islã radical e a emigração. Mas não se pode descontar outras influências, como a de setores radicais judeus.

Os melhores dados numéricos obtive em About.com, uma máquina de pesquisa. Os números podem não ser os mais atuais, mas me parecem um quadro realista. País a país, aí vai:

Líbano
População: 4 milhões de habitantes - 34% cristãos, sendo 700 mil maronitas, 200 mil grego-ortodoxos e 150 mil melquitas

Síria
População: 18 milhões e 100 mil - 5,9% cristãos, sendo 400 mil grego-ortodoxos, 30 mil melquitas, 25 mil católicos, e um pequeno número de protestantes e coptas (que descendem de convertidos por São Marcos no ano 60)

Territórios palestinos ocupados (Cisjordânia) e Faixa de Gaza
População: 4 milhões – 35 mil melquitas, 30 mil católicos romanos, 20 mil armênios ortodoxos, 4 mil sírio-ortodoxos

Egito
População: 85 milhões - 9% cristãos, 7 milhões e 500 mil coptas, 350 mil grego-ortodoxos, 200 mil católicos coptas, e outras seitas menos numerosas

Iraque
População: 30 milhões – cerca de 500 mil caldeus, 50 mil armênios ortodoxos, 30 mil assírios e outras seitas menores

Jordânia
População: 5 milhões e 500 mil – 100 mil gregos-ortodoxos, 30 mil católicos, 10 mil melquitas, 10 mil protestantes, 12 mil evangélicos

Um simples apelo do Papa não basta para mudar a tendência.
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Mensagem por Admin Qui maio 14, 2009 1:38 am

quando me apetecer vou ler ..agora nao me apetece
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