Ex-primeiro-ministro holandês diz que euro é 'um trabalho por concluir'
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Ex-primeiro-ministro holandês diz que euro é 'um trabalho por concluir'
Ex-primeiro-ministro holandês diz que euro é 'um trabalho por concluir'
2 de Maio, 2013
O
ex-primeiro-ministro da Holanda Ruud Lubbers afirmou hoje que a moeda
única europeia, o euro, é ainda "um trabalho por concluir". Lubbers,
que assumiu a liderança do executivo holandês durante 12 anos
(1982/1994) e é reconhecido como um dos "pais" do euro, falava nas
Conferências do Estoril, evento a decorrer no Centro de Congressos do
Estoril, durante um painel subordinado ao tema "Futuro da Globalização".
"Foi um sucesso o Tratado de Maastricht [que previa a criação de
uma moeda única], mas podemos dizer, se olharmos para trás, que foi um
trabalho inacabado", defendeu o político holandês, que então presidiu às
negociações do tratado (assinado em Fevereiro de 1992).
"Criámos
um sistema de moeda única, acordámos critérios convergentes para nos
disciplinarmos. A ideia era que todos os parceiros capazes de cumprir os
critérios seriam membros do euro", moeda que seria criada em finais dos
anos 1990, recordou Lubbers, durante a sua intervenção.
Para o
ex-chefe do governo holandês, o euro continua a ser "um trabalho por
concluir" porque os políticos "ficaram um bocado desleixados, sem
disciplina".
"Para ter uma moeda única, precisamos de ter governos
fortes. Não só no início do processo de ser membro do euro, mas em
termos permanentes. E foi aqui que correu mal", salientou Ruud Lubbers.
Ao mesmo tempo, destacou o político holandês, o sistema internacional bancário mudou.
"Londres
e Nova Iorque criaram um novo sistema bancário. Estranhas e novas
formas de trabalhar no sistema bancário. E em 2008 caiu tudo. Foi o ano
da Lehman Brothers. Muitos bancos declararam falência", lembrou.
Na
opinião do antigo governante holandês, o futuro terá de passar por uma
"permanente disciplina", mas também pela resposta "aos enormes
problemas" provocados pelas taxas de juro demasiado altas nos países do
sul da Europa, incluindo Portugal, e pelas taxas "mantidas
artificialmente num nível baixo" no norte da Europa, como é o caso da
Alemanha e da Holanda.
Neste contexto, Ruud Lubbers acredita que
ainda existe muito trabalho a ser feito, nomeadamente por Mario Draghi,
presidente do Banco Central Europeu (BCE).
"Draghi precisa de uma
equipa, precisa de propostas. É por isso que digo que o euro é ainda um
trabalho por concluir. Temos de fazer melhor. (...) Com disciplina, mas
também com visão e criatividade", frisou o antigo primeiro-ministro
holandês, dando como exemplo o possível avanço dos 'eurobonds' (títulos
de dívida europeus) e um banco central mais forte.
Lusa/SOL
2 de Maio, 2013
O
ex-primeiro-ministro da Holanda Ruud Lubbers afirmou hoje que a moeda
única europeia, o euro, é ainda "um trabalho por concluir". Lubbers,
que assumiu a liderança do executivo holandês durante 12 anos
(1982/1994) e é reconhecido como um dos "pais" do euro, falava nas
Conferências do Estoril, evento a decorrer no Centro de Congressos do
Estoril, durante um painel subordinado ao tema "Futuro da Globalização".
"Foi um sucesso o Tratado de Maastricht [que previa a criação de
uma moeda única], mas podemos dizer, se olharmos para trás, que foi um
trabalho inacabado", defendeu o político holandês, que então presidiu às
negociações do tratado (assinado em Fevereiro de 1992).
"Criámos
um sistema de moeda única, acordámos critérios convergentes para nos
disciplinarmos. A ideia era que todos os parceiros capazes de cumprir os
critérios seriam membros do euro", moeda que seria criada em finais dos
anos 1990, recordou Lubbers, durante a sua intervenção.
Para o
ex-chefe do governo holandês, o euro continua a ser "um trabalho por
concluir" porque os políticos "ficaram um bocado desleixados, sem
disciplina".
"Para ter uma moeda única, precisamos de ter governos
fortes. Não só no início do processo de ser membro do euro, mas em
termos permanentes. E foi aqui que correu mal", salientou Ruud Lubbers.
Ao mesmo tempo, destacou o político holandês, o sistema internacional bancário mudou.
"Londres
e Nova Iorque criaram um novo sistema bancário. Estranhas e novas
formas de trabalhar no sistema bancário. E em 2008 caiu tudo. Foi o ano
da Lehman Brothers. Muitos bancos declararam falência", lembrou.
Na
opinião do antigo governante holandês, o futuro terá de passar por uma
"permanente disciplina", mas também pela resposta "aos enormes
problemas" provocados pelas taxas de juro demasiado altas nos países do
sul da Europa, incluindo Portugal, e pelas taxas "mantidas
artificialmente num nível baixo" no norte da Europa, como é o caso da
Alemanha e da Holanda.
Neste contexto, Ruud Lubbers acredita que
ainda existe muito trabalho a ser feito, nomeadamente por Mario Draghi,
presidente do Banco Central Europeu (BCE).
"Draghi precisa de uma
equipa, precisa de propostas. É por isso que digo que o euro é ainda um
trabalho por concluir. Temos de fazer melhor. (...) Com disciplina, mas
também com visão e criatividade", frisou o antigo primeiro-ministro
holandês, dando como exemplo o possível avanço dos 'eurobonds' (títulos
de dívida europeus) e um banco central mais forte.
Lusa/SOL
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Só discuto o que nao sei ...O ke sei ensino ...POIZ
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