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Receitas dos casinos caem pela primeira vez nos últimos 20 anos

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Mensagem por Vitor mango Dom Nov 30, 2008 2:50 am

Receitas dos casinos caem pela primeira vez nos últimos 20 anos
30.11.2008 - 08h47
Por : Sara Felizardo
Daniel Rocha/PÚBLICO
Em 2004 receitas também caíram, mas nessa altura o motivo foi o aparecimento dos casinos online
Pela primeira vez em vinte anos, os casinos nacionais estão a enfrentar uma significativa retracção nas suas receitas, devido aos efeitos da crise financeira internacional. Outubro foi o mês em que os temores de uma crise económica profunda se agudizaram, o que se reflectiu nas receitas de jogo, que caíram quase seis por cento face ao mesmo mês do ano passado.

As receitas passaram de 31,976 milhões de euros para 30,163 milhões. A perspectiva para 2009, face à manutenção da crise, é que continuem a descer.

Nas duas últimas décadas, nunca os casinos nacionais conheceram uma diminuição tão expressiva das suas receitas como a que estão a enfrentar desde o início de Outubro, exceptuando o período compreendido entre 2003 e 2004, onde se registou uma pequena quebra que coincidiu com a época em que os casinos on--line começaram a disponibilizar e a publicitar mais activamente a sua oferta, entretanto considerada ilegal. Mas a esta quebra de receitas seguiu--se uma recuperação em 2005 graças à adopção de novas políticas de mar-keting e animação.

O volume de apostas e receitas ressente-se da conjuntura adversa e a tendência é de queda geral em todos os casinos nacionais, apenas o da Praia da Rocha não caiu. Já o de Chaves, inaugurado em Janeiro do presente ano, ainda não permite qualquer comparação.

Comparando a variação das receitas dos estabelecimentos de jogo em Outubro de 2008, face a igual período em 2007, verifica-se que o Casino do Estoril registou uma quebra de 6,18 por cento, o de Lisboa 0,01 por cento, o da Póvoa 10,26 por cento, o da Figueira 6,62 por cento, o do Funchal 1,29 por cento, o de Espinho 11,48 por cento, o de Vilamoura 6,27 por cento e o de Monte Gordo 14,26 por cento.

No total, e sem contar com o Casino de Chaves, a queda no mês de Outubro de 2008, comparando com igual período de 2007, é de aproximadamente seis por cento no total dos jogos bancados, de máquinas e bingo.

Queda agrava-se em 2009

Mário Assis Ferreira, presidente da direcção da Associação Portuguesa de Casinos e presidente do Conselho de Administração da Estoril-Sol e da Varzim-Sol, acrescenta que "a retracção e a queda das receitas já estão a verificar-se em 2008 e, previsivelmente, irão aprofundar-se em 2009".

"Os casinos não podem ter a esperança de ser o oásis de prosperidade no meio da depressão generalizada", afirma Mário Assis Ferreira, pelo que na actual conjuntura, em que a capacidade de consumo se reduz, é necessário "gizar estratégias que ampliem o número de visitantes, para que as receitas tendam a estabilizar-se e, se possível, a crescer. Ou seja, a manutenção, ou o possível volume de receitas, é sustentada por um maior fluxo de clientes com menor consumo per capita", acrescenta.

Quando questionado por eventuais medidas a tomar, Mário Assis Ferreira afirma que "enquanto presidente do Conselho de Administração da Estoril-Sol e da Varzim-Sol pode referir que a estratégia de ambas as empresas será a de investir, em contraciclo, na ampliação, modernização e reformulação visual e funcional de todos os espaços dos seus casinos, criando novas ofertas de serviços, novos factores de atracção e novas fórmulas de animação e diversão que permitam suscitar surpresa e crescente curiosidade aos clientes que já os frequentam mas, em simultâneo, despertando a apetência de novos segmentos etários e socioeconómicos que importa cativar e fidelizar".

Isto porque, prossegue o mesmo responsável, "se os índices de consumo per capita tendem a reduzir-se, a única via para reequilibrar as receitas de um casino só se pode traduzir na ampliação e diversificação do universo de frequentadores que passem a afluir aos seus espaços e a consumir os seus serviços".

O Casino da Póvoa já iniciou obras de modernização, o Casino de Lisboa está a ser ampliado, para ganhar um novo andar, enquanto o Casino do Estoril entrou também em obras de remodelação exterior e interior. Isto para além de novas estratégias comerciais e de relações públicas e de atendimento aos clientes.

O presidente do Conselho de Administração da Estoril-Sol e da Varzim-Sol diz ser necessária "coragem para, em plena depressão, saber investir o necessário em obras de reconfiguração física que permitam reinventar a imagem de um casino" e "despertar a curiosidade de um público mais abrangente". Assis Ferreira não avança com valores concretos, mas afirma que o valor das obras projectadas e em curso nos casinos de Lisboa, da Póvoa e do Estoril ascende a largos milhões de euros.
Vitor mango
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