8]Mata Atlântica – Uma jóia do Brasileira
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Vagueando na Notícia :: Salas das mesas de grandes debates de noticias :: "Revolta em marcha" :: Caixote para esmolas politicas :: Vomitorio para almas empenadas o :: Armazenagem de temas
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8]Mata Atlântica – Uma jóia do Brasileira
Mata Atlântica – Uma jóia do Brasileira
Quando sai de Portugal e conversando com Brasileiros disse que ia para o estado do Paraná obtive a recomendação de não perder uma visita de comboio á - mata atlântica
Vamos por partes
Neste litoral imenso do Brasil a montanha sobe rapidamente até os 900 metros por entre escarpas , morros , profundos vales e com uma vegetação densa .Nuvens serpenteiam para onde os fortes ventos as empurram
Os primeiros colonos viram-se gregos para atingir o planalto ,que naquela altura , tiveram de fazer com mulas por entre caminhos inacessíveis .
A aposta agora é tomar o comboio em Curitiba e descer até ao Mar .
Foi o que eu fiz .
Confesso que a paisagem dá para abrir a boca de espanto tal a sua diversidade . Cascatas enormes de água a cair de alturas imensas , ou uma floresta com uma variedade incrível de arvores e arbustos que para um botânico daria umas horas de amena cavaqueira .E , de repente , descobrimos no meio de tudo isto uma casa com um quintal certamente o sustento de alguma família .Depois o comboio pára num autentico precipício ( ver foto ) para testar certamente os nervos do viajante .
A janela do comboio fica baça pois atravessamos uma nuvem e de novo sentimos o cair das aguas serpenteando por entre rochas apertadas e densa e verdejante vegetação .As aves são de todos os tamanhos e os seus sons para todos os gostos .
A meio do percurso nova paragem , numa vila que não me lembro o nome mas informo que quanto mais antigas são as vilas ou mesmo algumas cidades , mais a arquitectura se aproxima das nossas raízes lusas . Olhamos para as ruas e sente-se que aquilo nos toca . Há qualquer coisa que nos diz que há ali ALMA lusitana .
O interessante é que este estado do Paraná depois de terem destruído grande parte da floresta num falso progresso têm agora um cuidado extremo em preservar tudo que cheire á sua historia mesmo que seja simplesmente centenar e não milenar como a portuguesa
De novo no comboio chegamos ao litoral . Mais uma vez se sente uma certa portugalidade na arquitectura , no rasgar das janelas mas com as variantes Brasileiras de pintarem as casas de cores berrantes .
É Paranaguá – um imenso porto por onde saiem parte dos cereais deste estado .
O regresso a Curitiba é menos atraente porque parte da surpresa desvanece-se
No Domingo seguinte faço o percurso de carro , e desta vez acompanhado por um engenheiro florestal que me ia explicando as alterações da vegetação e a importância quase sagrada que tem esta mata para o estado .
É aqui que se armazenam e acumulam as água retidas e infiltradas pela floresta
Os maiores rios do estado partem daqui .O equilíbrio climático depende imenso do que for esta mata . Igualmente animais e aves raras em vias de extinção refugiam-se aqui .
Quando se entra na mata grupos de jovens escuteiros fornecem-nos sacos de plástico para guardar lixo que no final da visita devolvemos para não poluir toda esta enorme e gigantesca mancha florestal .
Os pequenos núcleos de pessoas a viverem no interior da mata são altamente vigiados e qualquer arvore , por simples que seja , necessita de autorização para ser abatida .
Aliás nenhum camião carregado com madeira pode percorrer qualquer estrada sem um plano de manejo .
A caça é proibida .
Confesso que senti um certo orgulho da minha lusitaniedade ao ver o amor e carinho com que este estado trata desta autentica relíquia .
Porquê ?
Porque estive do outro lado onde colonização espanhola imperou , onde o “ sangue “ castelhano mostrou pouca sensibilidade ás arvores .
Contaram-me até uma historia em que um dos Fortes do rio da Prata na posse de portugueses que controlavam a saída dos navios pelo rio do mesmo nome foi trocado no passado por todo o Amazonas – Ou seja , toma lá o Forte e nós ficamos com o Amazonas .
Nós somos sensíveis á floresta –os espanhóis pouco ou nada !
O divorcio entre o rio e a cidade
Esta historia foi aqui cravada para mostrar aos Leiriensis o que a cidade tem feito ás zonas verdes da Cidade .
.
Alguém me avisa que o novo-riquismo instalado, já começou a contabilizar o preço do metro quadrado para acabar de vez com um pequena mancha do verde da cidade
– Não o VERDE PINO que ainda conheci e que hoje só é verde no nome .
– Não digo o nome para não espantar a caça mas todos os leirienses sabem –basta ir ao castelo de Leiria e olhar em frente .
Infelizmente o Rei Povoador que , sabiamente , travou as areias do mar e teve visão de séculos- é de BRONZE .
Se fosse vivo ele teria não só corrido os “ vendilhões do Templo “ como teria já iniciado uma recuperação do verde de Leiria transformando o leito do seu rio num local destinado ao conforto e á vivência dos seus habitantes.
Teria feito o casamento entre o Rio e os leirienses .
O estádio de futebol telo-ia mandado par longe da cidade criando , aí sim outro polo moderno atractivo e não misturando o que Nunca deveria ter sido misturado
Leiria não pode continuar a estar de costas voltadas para o SEU RIO .
Leiria não pode esquecer a sua vocação florestal . Esquecer o seu passado e estar de mãos amarradas a interesses imediatos trazem mais dia menos dia um ajuste de contas com a Historia
Aprendi isso com os americanos
Em nome do “PROGRESSO “ foi o povo que mais estragou o planeta .
Felizmente o Brasil foi colonizado por Portugueses . Outros povos teriam já transformado este pulmão da terra em negocio , e expulsado os índios
Deixámos nesta terra imensa a maior reserva de índios e um gigante pulmão da natureza
Por aquilo que vi no Brasil tenho a certeza que eles jamais vão deixar vandalizar o seu património – aprenderam depressa
Mas tenho sérias duvidas quanto a Leiria
As autoridades já avisaram que estão atentas . Eu sei bem o que é a força dos buldozeres a destruir , apesar das nossa leis ambientais serem lindas –simplesmente passam-lhes por cima com um sorriso cínico , e gordo , em Euros .
Conheço bem o encolher dos ombros das autoridades e a tosse seca da impotência administrativa, e o passo de caracol da justiça ...do deixa andar .
A única coisa que lhes mete medo é a opinião publica - o apontar do dedo para toda a vandalização criminosa do nosso património ambiental
Querem exemplos ?
Um dia destes eu falo em água !
Artigo de vitor Mango saido no Diario de Coimbra
Quando sai de Portugal e conversando com Brasileiros disse que ia para o estado do Paraná obtive a recomendação de não perder uma visita de comboio á - mata atlântica
Vamos por partes
Neste litoral imenso do Brasil a montanha sobe rapidamente até os 900 metros por entre escarpas , morros , profundos vales e com uma vegetação densa .Nuvens serpenteiam para onde os fortes ventos as empurram
Os primeiros colonos viram-se gregos para atingir o planalto ,que naquela altura , tiveram de fazer com mulas por entre caminhos inacessíveis .
A aposta agora é tomar o comboio em Curitiba e descer até ao Mar .
Foi o que eu fiz .
Confesso que a paisagem dá para abrir a boca de espanto tal a sua diversidade . Cascatas enormes de água a cair de alturas imensas , ou uma floresta com uma variedade incrível de arvores e arbustos que para um botânico daria umas horas de amena cavaqueira .E , de repente , descobrimos no meio de tudo isto uma casa com um quintal certamente o sustento de alguma família .Depois o comboio pára num autentico precipício ( ver foto ) para testar certamente os nervos do viajante .
A janela do comboio fica baça pois atravessamos uma nuvem e de novo sentimos o cair das aguas serpenteando por entre rochas apertadas e densa e verdejante vegetação .As aves são de todos os tamanhos e os seus sons para todos os gostos .
A meio do percurso nova paragem , numa vila que não me lembro o nome mas informo que quanto mais antigas são as vilas ou mesmo algumas cidades , mais a arquitectura se aproxima das nossas raízes lusas . Olhamos para as ruas e sente-se que aquilo nos toca . Há qualquer coisa que nos diz que há ali ALMA lusitana .
O interessante é que este estado do Paraná depois de terem destruído grande parte da floresta num falso progresso têm agora um cuidado extremo em preservar tudo que cheire á sua historia mesmo que seja simplesmente centenar e não milenar como a portuguesa
De novo no comboio chegamos ao litoral . Mais uma vez se sente uma certa portugalidade na arquitectura , no rasgar das janelas mas com as variantes Brasileiras de pintarem as casas de cores berrantes .
É Paranaguá – um imenso porto por onde saiem parte dos cereais deste estado .
O regresso a Curitiba é menos atraente porque parte da surpresa desvanece-se
No Domingo seguinte faço o percurso de carro , e desta vez acompanhado por um engenheiro florestal que me ia explicando as alterações da vegetação e a importância quase sagrada que tem esta mata para o estado .
É aqui que se armazenam e acumulam as água retidas e infiltradas pela floresta
Os maiores rios do estado partem daqui .O equilíbrio climático depende imenso do que for esta mata . Igualmente animais e aves raras em vias de extinção refugiam-se aqui .
Quando se entra na mata grupos de jovens escuteiros fornecem-nos sacos de plástico para guardar lixo que no final da visita devolvemos para não poluir toda esta enorme e gigantesca mancha florestal .
Os pequenos núcleos de pessoas a viverem no interior da mata são altamente vigiados e qualquer arvore , por simples que seja , necessita de autorização para ser abatida .
Aliás nenhum camião carregado com madeira pode percorrer qualquer estrada sem um plano de manejo .
A caça é proibida .
Confesso que senti um certo orgulho da minha lusitaniedade ao ver o amor e carinho com que este estado trata desta autentica relíquia .
Porquê ?
Porque estive do outro lado onde colonização espanhola imperou , onde o “ sangue “ castelhano mostrou pouca sensibilidade ás arvores .
Contaram-me até uma historia em que um dos Fortes do rio da Prata na posse de portugueses que controlavam a saída dos navios pelo rio do mesmo nome foi trocado no passado por todo o Amazonas – Ou seja , toma lá o Forte e nós ficamos com o Amazonas .
Nós somos sensíveis á floresta –os espanhóis pouco ou nada !
O divorcio entre o rio e a cidade
Esta historia foi aqui cravada para mostrar aos Leiriensis o que a cidade tem feito ás zonas verdes da Cidade .
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Alguém me avisa que o novo-riquismo instalado, já começou a contabilizar o preço do metro quadrado para acabar de vez com um pequena mancha do verde da cidade
– Não o VERDE PINO que ainda conheci e que hoje só é verde no nome .
– Não digo o nome para não espantar a caça mas todos os leirienses sabem –basta ir ao castelo de Leiria e olhar em frente .
Infelizmente o Rei Povoador que , sabiamente , travou as areias do mar e teve visão de séculos- é de BRONZE .
Se fosse vivo ele teria não só corrido os “ vendilhões do Templo “ como teria já iniciado uma recuperação do verde de Leiria transformando o leito do seu rio num local destinado ao conforto e á vivência dos seus habitantes.
Teria feito o casamento entre o Rio e os leirienses .
O estádio de futebol telo-ia mandado par longe da cidade criando , aí sim outro polo moderno atractivo e não misturando o que Nunca deveria ter sido misturado
Leiria não pode continuar a estar de costas voltadas para o SEU RIO .
Leiria não pode esquecer a sua vocação florestal . Esquecer o seu passado e estar de mãos amarradas a interesses imediatos trazem mais dia menos dia um ajuste de contas com a Historia
Aprendi isso com os americanos
Em nome do “PROGRESSO “ foi o povo que mais estragou o planeta .
Felizmente o Brasil foi colonizado por Portugueses . Outros povos teriam já transformado este pulmão da terra em negocio , e expulsado os índios
Deixámos nesta terra imensa a maior reserva de índios e um gigante pulmão da natureza
Por aquilo que vi no Brasil tenho a certeza que eles jamais vão deixar vandalizar o seu património – aprenderam depressa
Mas tenho sérias duvidas quanto a Leiria
As autoridades já avisaram que estão atentas . Eu sei bem o que é a força dos buldozeres a destruir , apesar das nossa leis ambientais serem lindas –simplesmente passam-lhes por cima com um sorriso cínico , e gordo , em Euros .
Conheço bem o encolher dos ombros das autoridades e a tosse seca da impotência administrativa, e o passo de caracol da justiça ...do deixa andar .
A única coisa que lhes mete medo é a opinião publica - o apontar do dedo para toda a vandalização criminosa do nosso património ambiental
Querem exemplos ?
Um dia destes eu falo em água !
Artigo de vitor Mango saido no Diario de Coimbra
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