Ecologia
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Ecologia
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Na serra do Alvão
Vila Real
Concentração acima do limiar de informação em Lamas D Olo
A serra do Alvão, em Vila Real, ultrapassou por quatro vezes, entre quinta-feira e hoje, os níveis normais de concentração de ozono no ar, disse fonte da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte (CCDR-N).
Segundo os Serviços de Ambiente da CCDR-N, a estação de monitorização da de Lamas DOlo, na serra do Alvão, registou hoje, entre as 16:00 e as 17:00, uma concentração de 212 microgramas por metro cúbico.
De acordo com a lei, quando a concentração de ozono ultrapassa os 180 microgramas por metro cúbico, as autoridades têm de efectuar um anúncio público das zonas afectadas.
Os valores de alerta definidos na lei são os 240 microgramas por metro cúbico.
O ozono é um gás tóxico quando os valores de concentração são elevados, com repercussões na saúde humana e sintomas que passam pela tosse, dor de cabeça, náuseas, dores peitorais e falta de ar.
Acima dos 180 microgramas por metro cúbico, as pessoas mais sensíveis, como crianças, idosos, asmáticos e doentes respiratórios, devem evitar inalar uma grande quantidade de ar, especialmente durante o período da tarde, mais quente.
Quinta-feira, o Alvão registou 204 microgramas por metro cúbico, valor ultrapassado no sábado, em que se atingiram os 218 microgramas por metro cúbico, enquanto que, no domingo, aquela estação de monitorização contabilizou os 189 microgramas por metro cúbico.
Lusa, 2009-08-19
Na serra do Alvão
Vila Real
Concentração acima do limiar de informação em Lamas D Olo
A serra do Alvão, em Vila Real, ultrapassou por quatro vezes, entre quinta-feira e hoje, os níveis normais de concentração de ozono no ar, disse fonte da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte (CCDR-N).
Segundo os Serviços de Ambiente da CCDR-N, a estação de monitorização da de Lamas DOlo, na serra do Alvão, registou hoje, entre as 16:00 e as 17:00, uma concentração de 212 microgramas por metro cúbico.
De acordo com a lei, quando a concentração de ozono ultrapassa os 180 microgramas por metro cúbico, as autoridades têm de efectuar um anúncio público das zonas afectadas.
Os valores de alerta definidos na lei são os 240 microgramas por metro cúbico.
O ozono é um gás tóxico quando os valores de concentração são elevados, com repercussões na saúde humana e sintomas que passam pela tosse, dor de cabeça, náuseas, dores peitorais e falta de ar.
Acima dos 180 microgramas por metro cúbico, as pessoas mais sensíveis, como crianças, idosos, asmáticos e doentes respiratórios, devem evitar inalar uma grande quantidade de ar, especialmente durante o período da tarde, mais quente.
Quinta-feira, o Alvão registou 204 microgramas por metro cúbico, valor ultrapassado no sábado, em que se atingiram os 218 microgramas por metro cúbico, enquanto que, no domingo, aquela estação de monitorização contabilizou os 189 microgramas por metro cúbico.
Lusa, 2009-08-19
Joao Ruiz- Pontos : 32035
Acidente na maior hidroeléctrica poderá ter morto 76
Acidente na maior hidroeléctrica poderá ter morto 76
por LUSA
Hoje
Autoridades apontam deterioração da infraestrutura como causa do rebentamento de turbina.
As 64 pessoas que desapareceram após um acidente na maior represa hidroeléctrica da Rússia estão provavelmente mortas, disse o dono da central. Até ao momento, foi confirmada a morte de 12 pessoas.
“Encontrar alguém vivo na zona de inundação é improvável, mas a busca continua”, afirmou através de um porta-voz Vasily Zubakin, presidente da companhia hidroeléctrica estatal RusHydro.
Segundo o responsável, ainda não foram encontradas 64 pessoas desde que uma das quatro turbinas rebentou na segunda-feira, na barragem de Sayano-Shushenskaya.
Um vídeo do acidente foi publicado no site de notícias www.politonline.ru, no qual se pode ver uma explosão perto da base da barragem. As autoridades já estão a investigar o acidente, mas tudo aponta que este se deve à deterioração da infraestrutura.
DN
por LUSA
Hoje
Autoridades apontam deterioração da infraestrutura como causa do rebentamento de turbina.
As 64 pessoas que desapareceram após um acidente na maior represa hidroeléctrica da Rússia estão provavelmente mortas, disse o dono da central. Até ao momento, foi confirmada a morte de 12 pessoas.
“Encontrar alguém vivo na zona de inundação é improvável, mas a busca continua”, afirmou através de um porta-voz Vasily Zubakin, presidente da companhia hidroeléctrica estatal RusHydro.
Segundo o responsável, ainda não foram encontradas 64 pessoas desde que uma das quatro turbinas rebentou na segunda-feira, na barragem de Sayano-Shushenskaya.
Um vídeo do acidente foi publicado no site de notícias www.politonline.ru, no qual se pode ver uma explosão perto da base da barragem. As autoridades já estão a investigar o acidente, mas tudo aponta que este se deve à deterioração da infraestrutura.
DN
Joao Ruiz- Pontos : 32035
Salvem-nos senão vamos ao fundo
Salvem-nos senão vamos ao fundo
Hoje
Terça-feira. A sala da Assembleia Geral da ONU, repleta de presidentes e primeiros-ministros, tinha acabado de ouvir o chinês Hu Jintao e esperava pelo discurso de Barack Obama quando Mohammed Nasheed subiu ao púlpito.
"Uma ou duas vezes por ano somos convidados para um evento importante sobre o clima como este para falarmos", começou o Presidente das Maldivas. "Contamos como as coisas vão mal. Avisamos que, se não fizerem nada, a nossa terra desaparecerá no mar antes do final do século. Nós, nas Maldivas, queremos desesperadamente acreditar que um dia estas palavras terão efeito. Por isso continuamos a dizê-las, mesmo sabendo que vocês não estão realmente a ouvir-nos."
Nasheed foi um dos oradores escolhidos pela Aliança dos Pequenos Estados Insulares (AOSIS) para repetir o alerta de que a subida do nível das águas está a fazer daqueles 42 países uma espécie em vias de extinção. A cem dias da Conferência de Copenhaga, onde se espera que seja assinado um acordo global para a redução de gases com efeito de estufa, a AOSIS reclamou o direito à sobrevivência exigindo ao mundo que impeça a temperatura da Terra de aumentar mais de 1,5 graus. Caso contrário, o gelo polar vai derreter, o mar subirá um metro e as ilhas ficarão debaixo de água.
"A minha filha tem sete anos, mas não poderá viver no seu país se a temperatura subir mais do que um grau e meio," disse Nasheed, que criou a campanha "Preciso de uma terra para o meu país", destinada a sensibilizar o mundo para os riscos do aquecimento global.
A temperatura média do planeta já aumentou 0,8% face à era pré-industrial. Nas Maldivas, no Índico, e em Quiribati, no Pacífico, essa mudança causou inundações, a erosão da costa e a destruição dos corais. Muitas pessoas mudaram-se já para as zonas altas ou emigraram.
O primeiro-ministro de Granada, Tillman Thomas, explicou que as alterações climáticas são vistas pelas pequenas ilhas como uma ameaça à sobrevivência e avisou o mundo que se não agir estará a cometer algo parecido com um "genocídio".
De acordo com o porta-voz da Aliança, cujos países estão, ironicamente, entre os que menos poluem o planeta, um aumento de um grau e meio é já considerado um compromisso. Mas os cientistas garantem que a meta é irrealista. Sem um acordo para reduzir a poluição, estima-se que a temperatura suba 6,4º até 2100.
Para travar o aumento no 1,5º - o que implicaria reduzir a concentração de dióxido de carbono para 350 partículas por milhão -, teríamos de atingir o nível máximo de emissões em 2015 e depois conseguir reduzi-las em 85%, até 2050.
Em Julho, os oito países mais industrializados do mundo e as 17 economias mais poluentes comprometeram-se a tomar medidas para limitar o aumento de temperatura a 2º. A meta guia os planos que China, Índia e Japão levaram à cimeira da ONU dando uma nova esperança para que seja alcançado um acordo em Copenhaga.
Yves de Boer, o alto responsável da ONU para o clima, que tem sido um dos mediadores do acordo, acentua: "Às vezes esquecemo-nos sobre aquilo que este debate significa: falamos de redução das emissões, do custo das reduções, das distorções à concorrência, das oportunidades das novas tecnologias... isso é formidável. Mas para estas pequenas ilhas sobreviver é a prioridade número um. Se deixarmos a temperatura aumentar dois graus podemos preparar-nos para anunciar a sua extinção."
DN
Hoje
Terça-feira. A sala da Assembleia Geral da ONU, repleta de presidentes e primeiros-ministros, tinha acabado de ouvir o chinês Hu Jintao e esperava pelo discurso de Barack Obama quando Mohammed Nasheed subiu ao púlpito.
"Uma ou duas vezes por ano somos convidados para um evento importante sobre o clima como este para falarmos", começou o Presidente das Maldivas. "Contamos como as coisas vão mal. Avisamos que, se não fizerem nada, a nossa terra desaparecerá no mar antes do final do século. Nós, nas Maldivas, queremos desesperadamente acreditar que um dia estas palavras terão efeito. Por isso continuamos a dizê-las, mesmo sabendo que vocês não estão realmente a ouvir-nos."
Nasheed foi um dos oradores escolhidos pela Aliança dos Pequenos Estados Insulares (AOSIS) para repetir o alerta de que a subida do nível das águas está a fazer daqueles 42 países uma espécie em vias de extinção. A cem dias da Conferência de Copenhaga, onde se espera que seja assinado um acordo global para a redução de gases com efeito de estufa, a AOSIS reclamou o direito à sobrevivência exigindo ao mundo que impeça a temperatura da Terra de aumentar mais de 1,5 graus. Caso contrário, o gelo polar vai derreter, o mar subirá um metro e as ilhas ficarão debaixo de água.
"A minha filha tem sete anos, mas não poderá viver no seu país se a temperatura subir mais do que um grau e meio," disse Nasheed, que criou a campanha "Preciso de uma terra para o meu país", destinada a sensibilizar o mundo para os riscos do aquecimento global.
A temperatura média do planeta já aumentou 0,8% face à era pré-industrial. Nas Maldivas, no Índico, e em Quiribati, no Pacífico, essa mudança causou inundações, a erosão da costa e a destruição dos corais. Muitas pessoas mudaram-se já para as zonas altas ou emigraram.
O primeiro-ministro de Granada, Tillman Thomas, explicou que as alterações climáticas são vistas pelas pequenas ilhas como uma ameaça à sobrevivência e avisou o mundo que se não agir estará a cometer algo parecido com um "genocídio".
De acordo com o porta-voz da Aliança, cujos países estão, ironicamente, entre os que menos poluem o planeta, um aumento de um grau e meio é já considerado um compromisso. Mas os cientistas garantem que a meta é irrealista. Sem um acordo para reduzir a poluição, estima-se que a temperatura suba 6,4º até 2100.
Para travar o aumento no 1,5º - o que implicaria reduzir a concentração de dióxido de carbono para 350 partículas por milhão -, teríamos de atingir o nível máximo de emissões em 2015 e depois conseguir reduzi-las em 85%, até 2050.
Em Julho, os oito países mais industrializados do mundo e as 17 economias mais poluentes comprometeram-se a tomar medidas para limitar o aumento de temperatura a 2º. A meta guia os planos que China, Índia e Japão levaram à cimeira da ONU dando uma nova esperança para que seja alcançado um acordo em Copenhaga.
Yves de Boer, o alto responsável da ONU para o clima, que tem sido um dos mediadores do acordo, acentua: "Às vezes esquecemo-nos sobre aquilo que este debate significa: falamos de redução das emissões, do custo das reduções, das distorções à concorrência, das oportunidades das novas tecnologias... isso é formidável. Mas para estas pequenas ilhas sobreviver é a prioridade número um. Se deixarmos a temperatura aumentar dois graus podemos preparar-nos para anunciar a sua extinção."
DN
Joao Ruiz- Pontos : 32035
Organização SOS Mata Atlântica lançou campanha que está a ser um sucesso
Organização SOS Mata Atlântica lançou campanha que está a ser um sucesso. Objectivo: fazer cada pessoa poupar 4380 litros/ano
por S.S.
Hoje
Brasil incentiva a fazer "xixi no banho" (VÍDEO)
O que têm em comum o realizador britânico Alfred Hitchcock, o pacifista indiano Mahatma Gandhi, a Estátua da Liberdade, Frankenstein ou o físico britânico Stephen Hawking? São as estrelas de uma campanha publicitária brasileira, da organização não governamental SOS Mata Atlântica, que incita toda a gente a fazer "xixi no banho", isto é, no duche.
Para muitos pode ser algo nojento, mas para mais de 70% das 280 mil pessoas que entraram no site www.xixinobanho.org.br, é normal. Agora têm uma desculpa para não alterar o seu hábito, face aos que continuam a torcer o nariz. Afinal, estão a ajudar a salvar o meio ambiente, poupando diariamente 12 litros de água.
Há três meses que a SOS Mata Atlântica lançou a campanha original, cuja estrela é um vídeo de pouco menos de um minuto (com os tais personagens famosos caricaturados no chuveiro) em que convida toda a gente a fazer "xixi no banho". Assim, cada pessoa poupa anualmente 4380 litros de água e ajuda a manter o ecossistema no qual se inserem os principais centros urbanos do Brasil, Rio de Janeiro e São Paulo. Isto porque uma descarga de autoclismo normal tem 12 litros de água.
Para os que ainda estão cépticos e que consideram esta medida pouco higiénica, a organização ambientalista brasileira lembra que 95% da urina é apenas água, sendo os restantes 5% na sua maioria substâncias como ureia e sal. Além disso, "a água corrente leva tudo", referem no site. "Apenas lembre-se de fazer
DN
por S.S.
Hoje
Brasil incentiva a fazer "xixi no banho" (VÍDEO)
O que têm em comum o realizador britânico Alfred Hitchcock, o pacifista indiano Mahatma Gandhi, a Estátua da Liberdade, Frankenstein ou o físico britânico Stephen Hawking? São as estrelas de uma campanha publicitária brasileira, da organização não governamental SOS Mata Atlântica, que incita toda a gente a fazer "xixi no banho", isto é, no duche.
Para muitos pode ser algo nojento, mas para mais de 70% das 280 mil pessoas que entraram no site www.xixinobanho.org.br, é normal. Agora têm uma desculpa para não alterar o seu hábito, face aos que continuam a torcer o nariz. Afinal, estão a ajudar a salvar o meio ambiente, poupando diariamente 12 litros de água.
Há três meses que a SOS Mata Atlântica lançou a campanha original, cuja estrela é um vídeo de pouco menos de um minuto (com os tais personagens famosos caricaturados no chuveiro) em que convida toda a gente a fazer "xixi no banho". Assim, cada pessoa poupa anualmente 4380 litros de água e ajuda a manter o ecossistema no qual se inserem os principais centros urbanos do Brasil, Rio de Janeiro e São Paulo. Isto porque uma descarga de autoclismo normal tem 12 litros de água.
Para os que ainda estão cépticos e que consideram esta medida pouco higiénica, a organização ambientalista brasileira lembra que 95% da urina é apenas água, sendo os restantes 5% na sua maioria substâncias como ureia e sal. Além disso, "a água corrente leva tudo", referem no site. "Apenas lembre-se de fazer
DN
Joao Ruiz- Pontos : 32035
"O objectivo é reduzir em 30% as emissões de carbono"
"O objectivo é reduzir em 30% as emissões de carbono"
por JOÃO CÉU E SILVA
Hoje
Está acostumada a chefiar ao longo de três décadas de vida profissional, mas desde que tomou posse como ministra do Ambiente do II Governo Sócrates que o barco é maior. Garante que vai pressionar o ministro das Finanças para obter mais orçamento mas não entrará em querelas políticas de certeza.
Dizem que desde que veio para o Ministério do Ambiente só se pode beber água da torneira. É contra a engarrafada?
Eu não proíbo beber água de garrafas de plástico, recomendo a da torneira. Não proíbo, nem o poderia fazer. O que acontece é que a qualidade da água para consumo humano no nosso país é boa, concretamente a água que é distribuída em toda a região da Grande Lisboa.
Mas não é assim em todo o País?
Há uma ou outra zona onde existe uma ou outra violação dos valores paramétricos, mas é bom que se tenha a noção de que o controlo da qualidade é acompanhado pela autoridade competente em parceria com as de saúde a nível concelhio. Se há uma violação de um valor paramétrico, a autoridade concelhia é notificada e se se considerar que há a mínima hipótese de risco para a saúde pública, ela tem o poder para cortar o abastecimento. Por isso é que considero que a quantidade de garrafinhas de plástico que resultam de se beber água é um verdadeiro problema. Com a água da torneira, estamos a beber água de qualidade e sem produzir resíduos.
Acha que se gasta demasiada água?
Nuns sítios sim, noutros não. Por isso, está a implementar-se um plano para o uso eficiente de água que foi aprovado há algum tempo para garantir que haja um uso mais eficiente de água. Para isso é que existe a ERSAR, que tem um sistema que cobre as entidades concessionadas do universo Águas de Portugal e privadas e a quem estão obrigadas a fornecer a informação para que sejam calculados indicadores de avaliação da qualidade de serviço prestado. Um desses indicadores tem a ver com a questão das perdas e faz a regulação por comparação e à conta disso têm sensibilizado os decisores para alocar mais recursos financeiros para substituir, por exemplo, canalizações para ter menos perdas.
A falta de água só se resolve com a construção de novas barragens. Essa solução consta no programa de Governo?
Sim, mas barragens multiusos. Ainda há duas semanas foi lançada a primeira pedra de uma em Ermida, que começou a ser concebida apenas para regularização de caudais e reserva de abastecimento de águas subterrâneas mas agora é de boa prática na gestão de recursos hídricos utilizar preferencialmente águas superficiais. Agora, tem uma terceira valência, que é a produção energética. É uma barragem multiusos.
A criação do imposto para quem tem furos e poços está a irritar os proprietários. Foi por isso que adiaram a cobrança um ano?
A entrada em vigor de instrumentos financeiros tem sempre uma reacção negativa. Mas é uma inevitabilidade e um dos instrumentos para a aplicação do princípio do utilizador-pagador. É fundamental, nos outros países da União Europeia já existem, porque são moralizadores.
E promovem receita para o Estado.
Promovem receita e tornam as utilizações mais razoáveis.
Como a maior parte dos nossos rios vem de Espanha, que controla os caudais, as relações com o nosso vizinho estão difíceis?
Estão bem. Foi um dos assuntos - até porque estava muito na agenda mediática - sobre que procurei informar-me rapidamente. Esta semana, a ministra espanhola veio visitar-me no âmbito da concertação de posições para a COP15 e também porque vão ser a próxima presidência da União Europeia, e conversámos sobre os temas que preocupam Espanha e nós. Como existe a Convenção de Albufeira que regula esta situação, as coisas têm corrido bem. O que não quer dizer que um ou outro instrumento de operacionalização não possa ser melhorado…
Até porque não temos mão nos nossos rios...
É verdade e é uma das coisas que podemos melhorar. O controlo é feito por ambas as partes e realmente Espanha utilizou este ano uma parte do caudal que nos vai ser devolvido. Interessa--nos que seja devolvido de acordo com as necessidades mas que se tenha a noção do seguinte: tiveram especiais dificuldades em termos de seca e nós não, contrariamente ao que se diz. De qualquer modo, a qualidade ecológica dos nossos rios foi monitorizada e não foi prejudicada em níveis que determinassem um sinal no sentido de os caudais serem aumentados. Esta situação tem sido gerida dentro de uma boa relação e estamos confortáveis na relação com Espanha.
Iremos fazer, como os espanhóis, transvazes entre rios?
Não tenho conhecimento de que se pense ou que seja necessário. E em Espanha, quando se fazem, discutem-se muito. Além de que não se fazem tantos assim! Quando equacionam a discussão de um eventual transvaze, existe um mecanismo de notificação porque gostamos de estar informados. Isso tem-se verificado e não é como a comunicação social. Estamos informados do essencial.
Volta-se a falar que a barragem de Foz Côa voltará à sua função inicial. É verdade?
Também já ouvi esse comentário. De momento, não há nenhuma informação que me tenha chegado formalmente sobre essa matéria. O que ouvi foi um comentário numa roda de amigos.
Uma das bandeiras dos anteriores governos e do Ministério do Ambiente têm sido os Polis. Estão a funcionar bem?
Acho que o Polis só está a precisar de continuar a sua concretização.
Há muitos Polis que se têm prolongado demasiado tempo. O que vai fazer?
A área de intervenção dos Polis não é fácil e tem a ver com uma conjunção de intervenções em várias áreas, mas encaro com espírito positivo o andamento dos que estão aprovados: a ria Formosa e as zonas de Aveiro, do litoral norte e alentejano. Cada zona Polis surgiu de problemas com características pluridisciplinares e a ultrapassagem das mesmas vais requerer muito diálogo e capacidade de ultrapassar os problemas. Mas o modelo que existe é muito consensual.
No caso do Polis da ria Formosa, parece que o diálogo está dificultado.
O Polis da ria Formosa vai ter um caminho não fácil e, provavelmente, não vai ser passível de implementação tão depressa como desejado.
O seu mandato trará novidade aos Polis?
Não será uma novidade, porque vem também prevista no programa do Governo. Parece-nos que a filosofia de abordagem Polis também será interessante para alguns rios com zonas muito degradadas por actividades diversas, mau planeamento urbanístico e instalação de unidades industriais poluidoras. Por isso, há espaço para se lançar um programa Polis para os rios, algo que vem já apontado no programa de Governo.
Há algum rio com intervenção prevista?
Estão elencados, mas preferia ainda não os referir. Temos duas entidades responsáveis pela implementação da política de ambiente e ordenamento do território a nível regional e elas têm um claro diagnóstico das zonas que são prioritárias para o lançamento de um programa Polis Rios.
Os problemas que afectam o litoral português são alguns dos que estão sobre a mesa na Conferência das Alterações Climáticas de Copenhaga (COP15). Este Governo vai ter uma atitude responsável?
Sim. Temos aprovados planos de ordenamento da orla costeira mas, com as evoluções que têm acontecido, justifica-se iniciar uma fase de revisão, na qual terá de ser tido em conta o resultado da cimeira. Aliás, estamos em fase final de discussão de uma estratégia nacional de adaptação às alterações climáticas que já resulta do aprofundamento desses dossiers nos últimos anos. É que se fala de alterações climáticas há muito tempo - de forma consistente desde 1992 - mas achava-se que estavam longe, agora todos sentimos que estão aí e já as sentimos. Essa é a verdade e não dá para continuar a ignorar.
Portugal será um dos países bastante afectados?
Será mais afectado por termos uma costa extensa e, por isso, a revisão dos planos da orla costeira terá em conta todo esse conhecimento científico que os peritos têm estudado. É algo que tem sido positivo, o modo como tudo o que se tem dito a nível mundial, com a União Europeia como espaço liderante nesta temática das alterações climáticas, é muito apoiado pelo painel de peritos. Deste modo, fala-se de forma consistente e quantificada e nós temos uma posição absolutamente aberta para integrarmos tal conhecimento porque levamos muito à sério as alterações climáticas, acompanhamos os dossiers e temos uma comissão preparada e com muito bons negociadores.
Acredita no cenário catastrofista colocado nos dias que antecedem a cimeira por cientistas e políticos?
Acho que era muito pouco inteligente da parte da humanidade e dos decisores não ter em conta o que está estudado. Tem-se visto nos últimos tempos os países avançarem com propostas no sentido de se criarem condições para agora em Copenhaga se atingir um acordo político com metas. Digamos que já esteve mais distante, recordo-me de ter ido ao Conselho Extraordinário a Bruxelas e de os Estados Unidos ainda não terem adiantado as suas posições nem ter acontecido a cimeira com a China. Portanto, vamos ver o andamento dos trabalhos em curso até ao final da semana, para ver o resultado, mas penso que há condições para a União Europeia tentar o compromisso dos países desenvolvidos para a meta dos 30%.
Portugal será um dos países que dão força à União Europeia para obter o acordo?
Sim, estamos perfeitamente alinhados com a sua posição, temo-la assumido, e a avaliação interna que fazemos é que temos condições - e estamos a preparar-nos - para nos podermos vincular ao objectivo de 30% de redução de emissões para 2020.
Essas metas exigirão uma enorme contrapartida nacional.
A nossa não é muito grande. Mas tem de haver uma contrapartida e a nossa posição é: primeiro, queríamos que o acordo político fosse no sentido de haver apenas metas para os países da União Europeia e para os outros desenvolvidos; não gostávamos que houvesse um II Quioto e outras metas para os Estados Unidos e a China.
Tem de acontecer um acordo geral?
Aquilo por que nos estamos a bater é, também, aquilo por que a União Europeia se bate: valores ambiciosos mas atingíveis. E um esforço adicional e com disponibilização de dinheiro para os países em desenvolvimento se irem preparando até 2012, fazendo os estudos e avaliações tendentes a se poderem vincular também ao cumprimento de metas. Parece-nos que dentro daquilo que será a nossa participação nas disponibilidades financeiras, no chamado fast start, que, a exemplo de outros países, fossem considerados os mecanismos de relacionamento que já temos com os PALOP.
Em que termos é que essa relação se poderia dar?
Dentro da nossa participação financeira, numa alternativa a um bolo único, preferíamos a implementação de programas bilaterais com esses países, desde que devidamente quantificados e auditáveis.
Qual será o nível das verbas com que Portugal terá de entrar para o bolo geral?
A estimativa que tem sido feita aponta para, no primeiro ano, três milhões de euros. Não é muito.
Como está a ver os trabalhos em Copenhaga?
Apesar de alguma perturbação motivada pela hipótese de um projecto de acordo restrito a alguns países, estou convicta de que a premência da temática (alterações climáticas) conduzirá a um acordo global vinculativo satisfatório.
O que espera do Presidente Obama na Conferência de Copenhaga?
A participação do Presidente Obama na fase final da Conferência de Copenhaga é um sinal muito positivo no que respeita à possibilidade de os Estados Unidos se comprometerem com metas de redução de CO2 significativas que permitam um acordo climático.
Portugal tem apostado nas energias renováveis mas a aposta na solar é baixa. Porquê?
A instalação de parques eólicos faz parte das estratégias para fazer face às alterações climáticas e o conjunto de medidas da política climática portuguesa inclui uma grande aposta em energias renováveis. O que se gostaria é conseguir até 45% da energia por via das renováveis e, dentro desse mix, com as energias hidráulica, a eólica, a fotovoltaica e a solar. A energia eólica é muito interessante para o nosso país, até porque com a energia hídrica cria uma sinergia muito interessante.
Mas não há intenção de investir mais no aproveitamento da energia solar?
Há a intenção e estão a desenvolver-se clusters no nosso país nestas áreas. A circunstância de ter havido directrizes, indicação e contexto para que surjam mais energias por via renovável também aguçou o engenho do nosso sector industrial. Temos indicações de que poderá haver a curto prazo investimentos significativos no sector do solar e até incentivos à sua instalação em edifícios públicos e em escolas. Ao criar-se um mercado, inevitavelmente o sector industrial responde porque vale a pena. Com a facilidade de transferência de informação que hoje existe, mesmo que não tivéssemos até ao momento ninguém muito vocacionado para essa área, rapidamente se dotava dos conhecimentos tecnológicos para participarem.
Durão Barroso diz que as energias renováveis podem criar emprego e aumentar os lucros da indústria. Acredita que isso possa acontecer em Portugal e ser uma saída para a crise?
Acredito que as energias renováveis são importantíssimas e um instrumento poderoso para fazermos face a uma situação de cariz ambiental que requer urgência. Além de que, sendo importantes medidas de mitigação das emissões, têm uma componente que nos permite poupar recursos financeiros, evitar importação de matérias-primas para produção de energia e dinamizar o sector industrial. É uma janela de oportunidade.
Uma das metas da COP15 é a regressão nas emissões de gases. Portugal vai conseguir atingir esses objectivos?
Penso que com o modelo de desenvolvimento que temos isso está ao nosso alcance mas há que fazer um esforço e priorizar as intervenções. Aí, estará ao nosso alcance.
Mas continuará a comprar créditos de carbono para atingir os resultados.
Alguma parte. A compra de créditos de carbono tem sempre um carácter supletivo, para acomodar o cumprimento dos nossos compromissos. Mas o objectivo é esforçarmo-nos mais e mais, no sentido de conseguirmos cumprir as metas a que nos vinculamos pela adopção das medidas. Portanto, o fundo de carbono é complementar.
Mesmo com esta crise, cumpriremos as metas que fixámos?
Acho que sim, que conseguimos.
Os portugueses acordaram mais para a questão dos resíduos com o caso "Face Oculta" do que com a política em curso.
Não tanto. Lamento que a questão "Face Oculta" tenha acontecido, acima de tudo, associada a empresas de resíduos. Entendo que algumas empresas de resíduos, pela própria natureza deles, se prestam a que haja realmente algumas fugas em termos da contabilização porque manipulam grandes quantidades de matérias e com várias intervenientes. Isso acontece essencialmente no sector das genericamente chamadas sucatas.
Segundo as suas próprias afirmações, houve viciação de contratos para tratamento de resíduos?
Diria que aconteceram duas coisas em paralelo, relacionadas com o sector dos resíduos. Uma foi o eventual não cumprimento dos procedimentos de contratação no que respeita à transferência de resíduos dos seus produtores para quem os pode tratar, porque são transacções comerciais e, estando em causa entidades públicas e prestadoras de serviços privados, a legislação obriga a que haja procedimentos concursais ou outras formas de contratação que têm regras que poderão não ter sido cumpridas. Aconteceu no sector dos resíduos, mas podia ter sido noutro! A segunda questão que me preocupa tem a ver com o facto de haver unidades de tratamento de resíduos que foram licenciadas, cumpriram os procedimentos, foram vistoriadas e que depois se viu que têm práticas ambientalmente censuráveis.
O que pretende fazer para evitar essas situações?
Determinou que esteja prestes a ser desencadeada - está na fase final de montagem - uma operação de fiscalização e inspecção. Essas unidades apareceram precisamente porque saiu legislação na época a determinar que os resíduos não podiam ser geridos de qualquer maneira, mas de acordo com exigentes padrões ambientais, e fez com que surgisse um mercado de tratamento de resíduos com regras em vez de se estar a agredir o ambiente. No entanto, relativamente a empresas licenciadas, há as que fazem bem o seu trabalho e o que se passa com as outras é realizarem concorrência desleal.
E fica-se pela inspecção?
Cumulativamente, vamos desenvolver um outro mecanismo com carácter complementar estruturante que é a obrigação de as unidades de tratamento de resíduos passarem a fazer uma auditoria ao funcionamento das unidades numa base anual. É uma forma de autocontrolo e uma externalização da fiscalização com a que já existe noutras áreas, na prestação de contas, na área energética e das instalações, onde já se obriga a que haja peritos certificados que verificam se as infra-estruturas estão capazes porque os serviços de fiscalização não poderiam ir verificar a todo o lado se as coisas estão em ordem. É um alargamento da fiscalização deste tipo de unidades porque licenciá-las, e com os meios de fiscalização disponíveis no País - num contexto em que não se pode aumentar a despesa pública -, nunca permitirá que tenhamos batalhões de inspectores. E, mesmo podendo ser as inspecções reforçadas, elas nunca vão poder acautelar a totalidade dos riscos associados.
Vai criar uma ASAE para os resíduos?
Não é uma ASAE, são empresas ou peritos que os operadores de gestão de resíduos vão contratar para lhes fazer uma auditoria anual ao funcionamento. E o seu bom-nome técnico será a garantia que o Estado tem de que aquele documento é credível.
Entre os pareceres sobre que o ministério se irá pronunciar está o da nova travessia do Tejo. Faz falta uma terceira travessia?
Sinceramente, acho que está diagnosticada a sua necessidade. Tenho o hábito, talvez porque acompanhei dossiers de determinadas áreas muito aprofundadamente, de respeitar quem estuda os assuntos e avança com propostas quando estão em causa questões da magnitude de uma outra travessia para o Tejo…
O dossier foi, então, bem estudado?
O dossier foi bem estudado. Nessa perspectiva, só posso dizer: "É necessário." Não tenho informação que me permita dizer que não é necessário.
E vai confrontar-se com o novo aeroporto, que deverá ser uma das grandes obras que avançarão.
Sim, mas a nossa intervenção é sempre no âmbito de procedimentos que estão estabelecidos de avaliação de impacto ambiental e que resulta de legislação comunitária. Serão ponderados os impactos positivos e os negativos, uns são de pequena monta, outros serão de maior monta. Para os que são de maior monta pode haver medidas minimizadoras ou não, e é feito o balanço de acordo com uma metodologia definida!
Também acontecem imponderáveis políticos como no caso da Ota…
Mas isso ultrapassa-me. Eu sou só a ministra do Ambiente e Ordenamento do Território.
In DN
por JOÃO CÉU E SILVA
Hoje
Está acostumada a chefiar ao longo de três décadas de vida profissional, mas desde que tomou posse como ministra do Ambiente do II Governo Sócrates que o barco é maior. Garante que vai pressionar o ministro das Finanças para obter mais orçamento mas não entrará em querelas políticas de certeza.
Dizem que desde que veio para o Ministério do Ambiente só se pode beber água da torneira. É contra a engarrafada?
Eu não proíbo beber água de garrafas de plástico, recomendo a da torneira. Não proíbo, nem o poderia fazer. O que acontece é que a qualidade da água para consumo humano no nosso país é boa, concretamente a água que é distribuída em toda a região da Grande Lisboa.
Mas não é assim em todo o País?
Há uma ou outra zona onde existe uma ou outra violação dos valores paramétricos, mas é bom que se tenha a noção de que o controlo da qualidade é acompanhado pela autoridade competente em parceria com as de saúde a nível concelhio. Se há uma violação de um valor paramétrico, a autoridade concelhia é notificada e se se considerar que há a mínima hipótese de risco para a saúde pública, ela tem o poder para cortar o abastecimento. Por isso é que considero que a quantidade de garrafinhas de plástico que resultam de se beber água é um verdadeiro problema. Com a água da torneira, estamos a beber água de qualidade e sem produzir resíduos.
Acha que se gasta demasiada água?
Nuns sítios sim, noutros não. Por isso, está a implementar-se um plano para o uso eficiente de água que foi aprovado há algum tempo para garantir que haja um uso mais eficiente de água. Para isso é que existe a ERSAR, que tem um sistema que cobre as entidades concessionadas do universo Águas de Portugal e privadas e a quem estão obrigadas a fornecer a informação para que sejam calculados indicadores de avaliação da qualidade de serviço prestado. Um desses indicadores tem a ver com a questão das perdas e faz a regulação por comparação e à conta disso têm sensibilizado os decisores para alocar mais recursos financeiros para substituir, por exemplo, canalizações para ter menos perdas.
A falta de água só se resolve com a construção de novas barragens. Essa solução consta no programa de Governo?
Sim, mas barragens multiusos. Ainda há duas semanas foi lançada a primeira pedra de uma em Ermida, que começou a ser concebida apenas para regularização de caudais e reserva de abastecimento de águas subterrâneas mas agora é de boa prática na gestão de recursos hídricos utilizar preferencialmente águas superficiais. Agora, tem uma terceira valência, que é a produção energética. É uma barragem multiusos.
A criação do imposto para quem tem furos e poços está a irritar os proprietários. Foi por isso que adiaram a cobrança um ano?
A entrada em vigor de instrumentos financeiros tem sempre uma reacção negativa. Mas é uma inevitabilidade e um dos instrumentos para a aplicação do princípio do utilizador-pagador. É fundamental, nos outros países da União Europeia já existem, porque são moralizadores.
E promovem receita para o Estado.
Promovem receita e tornam as utilizações mais razoáveis.
Como a maior parte dos nossos rios vem de Espanha, que controla os caudais, as relações com o nosso vizinho estão difíceis?
Estão bem. Foi um dos assuntos - até porque estava muito na agenda mediática - sobre que procurei informar-me rapidamente. Esta semana, a ministra espanhola veio visitar-me no âmbito da concertação de posições para a COP15 e também porque vão ser a próxima presidência da União Europeia, e conversámos sobre os temas que preocupam Espanha e nós. Como existe a Convenção de Albufeira que regula esta situação, as coisas têm corrido bem. O que não quer dizer que um ou outro instrumento de operacionalização não possa ser melhorado…
Até porque não temos mão nos nossos rios...
É verdade e é uma das coisas que podemos melhorar. O controlo é feito por ambas as partes e realmente Espanha utilizou este ano uma parte do caudal que nos vai ser devolvido. Interessa--nos que seja devolvido de acordo com as necessidades mas que se tenha a noção do seguinte: tiveram especiais dificuldades em termos de seca e nós não, contrariamente ao que se diz. De qualquer modo, a qualidade ecológica dos nossos rios foi monitorizada e não foi prejudicada em níveis que determinassem um sinal no sentido de os caudais serem aumentados. Esta situação tem sido gerida dentro de uma boa relação e estamos confortáveis na relação com Espanha.
Iremos fazer, como os espanhóis, transvazes entre rios?
Não tenho conhecimento de que se pense ou que seja necessário. E em Espanha, quando se fazem, discutem-se muito. Além de que não se fazem tantos assim! Quando equacionam a discussão de um eventual transvaze, existe um mecanismo de notificação porque gostamos de estar informados. Isso tem-se verificado e não é como a comunicação social. Estamos informados do essencial.
Volta-se a falar que a barragem de Foz Côa voltará à sua função inicial. É verdade?
Também já ouvi esse comentário. De momento, não há nenhuma informação que me tenha chegado formalmente sobre essa matéria. O que ouvi foi um comentário numa roda de amigos.
Uma das bandeiras dos anteriores governos e do Ministério do Ambiente têm sido os Polis. Estão a funcionar bem?
Acho que o Polis só está a precisar de continuar a sua concretização.
Há muitos Polis que se têm prolongado demasiado tempo. O que vai fazer?
A área de intervenção dos Polis não é fácil e tem a ver com uma conjunção de intervenções em várias áreas, mas encaro com espírito positivo o andamento dos que estão aprovados: a ria Formosa e as zonas de Aveiro, do litoral norte e alentejano. Cada zona Polis surgiu de problemas com características pluridisciplinares e a ultrapassagem das mesmas vais requerer muito diálogo e capacidade de ultrapassar os problemas. Mas o modelo que existe é muito consensual.
No caso do Polis da ria Formosa, parece que o diálogo está dificultado.
O Polis da ria Formosa vai ter um caminho não fácil e, provavelmente, não vai ser passível de implementação tão depressa como desejado.
O seu mandato trará novidade aos Polis?
Não será uma novidade, porque vem também prevista no programa do Governo. Parece-nos que a filosofia de abordagem Polis também será interessante para alguns rios com zonas muito degradadas por actividades diversas, mau planeamento urbanístico e instalação de unidades industriais poluidoras. Por isso, há espaço para se lançar um programa Polis para os rios, algo que vem já apontado no programa de Governo.
Há algum rio com intervenção prevista?
Estão elencados, mas preferia ainda não os referir. Temos duas entidades responsáveis pela implementação da política de ambiente e ordenamento do território a nível regional e elas têm um claro diagnóstico das zonas que são prioritárias para o lançamento de um programa Polis Rios.
Os problemas que afectam o litoral português são alguns dos que estão sobre a mesa na Conferência das Alterações Climáticas de Copenhaga (COP15). Este Governo vai ter uma atitude responsável?
Sim. Temos aprovados planos de ordenamento da orla costeira mas, com as evoluções que têm acontecido, justifica-se iniciar uma fase de revisão, na qual terá de ser tido em conta o resultado da cimeira. Aliás, estamos em fase final de discussão de uma estratégia nacional de adaptação às alterações climáticas que já resulta do aprofundamento desses dossiers nos últimos anos. É que se fala de alterações climáticas há muito tempo - de forma consistente desde 1992 - mas achava-se que estavam longe, agora todos sentimos que estão aí e já as sentimos. Essa é a verdade e não dá para continuar a ignorar.
Portugal será um dos países bastante afectados?
Será mais afectado por termos uma costa extensa e, por isso, a revisão dos planos da orla costeira terá em conta todo esse conhecimento científico que os peritos têm estudado. É algo que tem sido positivo, o modo como tudo o que se tem dito a nível mundial, com a União Europeia como espaço liderante nesta temática das alterações climáticas, é muito apoiado pelo painel de peritos. Deste modo, fala-se de forma consistente e quantificada e nós temos uma posição absolutamente aberta para integrarmos tal conhecimento porque levamos muito à sério as alterações climáticas, acompanhamos os dossiers e temos uma comissão preparada e com muito bons negociadores.
Acredita no cenário catastrofista colocado nos dias que antecedem a cimeira por cientistas e políticos?
Acho que era muito pouco inteligente da parte da humanidade e dos decisores não ter em conta o que está estudado. Tem-se visto nos últimos tempos os países avançarem com propostas no sentido de se criarem condições para agora em Copenhaga se atingir um acordo político com metas. Digamos que já esteve mais distante, recordo-me de ter ido ao Conselho Extraordinário a Bruxelas e de os Estados Unidos ainda não terem adiantado as suas posições nem ter acontecido a cimeira com a China. Portanto, vamos ver o andamento dos trabalhos em curso até ao final da semana, para ver o resultado, mas penso que há condições para a União Europeia tentar o compromisso dos países desenvolvidos para a meta dos 30%.
Portugal será um dos países que dão força à União Europeia para obter o acordo?
Sim, estamos perfeitamente alinhados com a sua posição, temo-la assumido, e a avaliação interna que fazemos é que temos condições - e estamos a preparar-nos - para nos podermos vincular ao objectivo de 30% de redução de emissões para 2020.
Essas metas exigirão uma enorme contrapartida nacional.
A nossa não é muito grande. Mas tem de haver uma contrapartida e a nossa posição é: primeiro, queríamos que o acordo político fosse no sentido de haver apenas metas para os países da União Europeia e para os outros desenvolvidos; não gostávamos que houvesse um II Quioto e outras metas para os Estados Unidos e a China.
Tem de acontecer um acordo geral?
Aquilo por que nos estamos a bater é, também, aquilo por que a União Europeia se bate: valores ambiciosos mas atingíveis. E um esforço adicional e com disponibilização de dinheiro para os países em desenvolvimento se irem preparando até 2012, fazendo os estudos e avaliações tendentes a se poderem vincular também ao cumprimento de metas. Parece-nos que dentro daquilo que será a nossa participação nas disponibilidades financeiras, no chamado fast start, que, a exemplo de outros países, fossem considerados os mecanismos de relacionamento que já temos com os PALOP.
Em que termos é que essa relação se poderia dar?
Dentro da nossa participação financeira, numa alternativa a um bolo único, preferíamos a implementação de programas bilaterais com esses países, desde que devidamente quantificados e auditáveis.
Qual será o nível das verbas com que Portugal terá de entrar para o bolo geral?
A estimativa que tem sido feita aponta para, no primeiro ano, três milhões de euros. Não é muito.
Como está a ver os trabalhos em Copenhaga?
Apesar de alguma perturbação motivada pela hipótese de um projecto de acordo restrito a alguns países, estou convicta de que a premência da temática (alterações climáticas) conduzirá a um acordo global vinculativo satisfatório.
O que espera do Presidente Obama na Conferência de Copenhaga?
A participação do Presidente Obama na fase final da Conferência de Copenhaga é um sinal muito positivo no que respeita à possibilidade de os Estados Unidos se comprometerem com metas de redução de CO2 significativas que permitam um acordo climático.
Portugal tem apostado nas energias renováveis mas a aposta na solar é baixa. Porquê?
A instalação de parques eólicos faz parte das estratégias para fazer face às alterações climáticas e o conjunto de medidas da política climática portuguesa inclui uma grande aposta em energias renováveis. O que se gostaria é conseguir até 45% da energia por via das renováveis e, dentro desse mix, com as energias hidráulica, a eólica, a fotovoltaica e a solar. A energia eólica é muito interessante para o nosso país, até porque com a energia hídrica cria uma sinergia muito interessante.
Mas não há intenção de investir mais no aproveitamento da energia solar?
Há a intenção e estão a desenvolver-se clusters no nosso país nestas áreas. A circunstância de ter havido directrizes, indicação e contexto para que surjam mais energias por via renovável também aguçou o engenho do nosso sector industrial. Temos indicações de que poderá haver a curto prazo investimentos significativos no sector do solar e até incentivos à sua instalação em edifícios públicos e em escolas. Ao criar-se um mercado, inevitavelmente o sector industrial responde porque vale a pena. Com a facilidade de transferência de informação que hoje existe, mesmo que não tivéssemos até ao momento ninguém muito vocacionado para essa área, rapidamente se dotava dos conhecimentos tecnológicos para participarem.
Durão Barroso diz que as energias renováveis podem criar emprego e aumentar os lucros da indústria. Acredita que isso possa acontecer em Portugal e ser uma saída para a crise?
Acredito que as energias renováveis são importantíssimas e um instrumento poderoso para fazermos face a uma situação de cariz ambiental que requer urgência. Além de que, sendo importantes medidas de mitigação das emissões, têm uma componente que nos permite poupar recursos financeiros, evitar importação de matérias-primas para produção de energia e dinamizar o sector industrial. É uma janela de oportunidade.
Uma das metas da COP15 é a regressão nas emissões de gases. Portugal vai conseguir atingir esses objectivos?
Penso que com o modelo de desenvolvimento que temos isso está ao nosso alcance mas há que fazer um esforço e priorizar as intervenções. Aí, estará ao nosso alcance.
Mas continuará a comprar créditos de carbono para atingir os resultados.
Alguma parte. A compra de créditos de carbono tem sempre um carácter supletivo, para acomodar o cumprimento dos nossos compromissos. Mas o objectivo é esforçarmo-nos mais e mais, no sentido de conseguirmos cumprir as metas a que nos vinculamos pela adopção das medidas. Portanto, o fundo de carbono é complementar.
Mesmo com esta crise, cumpriremos as metas que fixámos?
Acho que sim, que conseguimos.
Os portugueses acordaram mais para a questão dos resíduos com o caso "Face Oculta" do que com a política em curso.
Não tanto. Lamento que a questão "Face Oculta" tenha acontecido, acima de tudo, associada a empresas de resíduos. Entendo que algumas empresas de resíduos, pela própria natureza deles, se prestam a que haja realmente algumas fugas em termos da contabilização porque manipulam grandes quantidades de matérias e com várias intervenientes. Isso acontece essencialmente no sector das genericamente chamadas sucatas.
Segundo as suas próprias afirmações, houve viciação de contratos para tratamento de resíduos?
Diria que aconteceram duas coisas em paralelo, relacionadas com o sector dos resíduos. Uma foi o eventual não cumprimento dos procedimentos de contratação no que respeita à transferência de resíduos dos seus produtores para quem os pode tratar, porque são transacções comerciais e, estando em causa entidades públicas e prestadoras de serviços privados, a legislação obriga a que haja procedimentos concursais ou outras formas de contratação que têm regras que poderão não ter sido cumpridas. Aconteceu no sector dos resíduos, mas podia ter sido noutro! A segunda questão que me preocupa tem a ver com o facto de haver unidades de tratamento de resíduos que foram licenciadas, cumpriram os procedimentos, foram vistoriadas e que depois se viu que têm práticas ambientalmente censuráveis.
O que pretende fazer para evitar essas situações?
Determinou que esteja prestes a ser desencadeada - está na fase final de montagem - uma operação de fiscalização e inspecção. Essas unidades apareceram precisamente porque saiu legislação na época a determinar que os resíduos não podiam ser geridos de qualquer maneira, mas de acordo com exigentes padrões ambientais, e fez com que surgisse um mercado de tratamento de resíduos com regras em vez de se estar a agredir o ambiente. No entanto, relativamente a empresas licenciadas, há as que fazem bem o seu trabalho e o que se passa com as outras é realizarem concorrência desleal.
E fica-se pela inspecção?
Cumulativamente, vamos desenvolver um outro mecanismo com carácter complementar estruturante que é a obrigação de as unidades de tratamento de resíduos passarem a fazer uma auditoria ao funcionamento das unidades numa base anual. É uma forma de autocontrolo e uma externalização da fiscalização com a que já existe noutras áreas, na prestação de contas, na área energética e das instalações, onde já se obriga a que haja peritos certificados que verificam se as infra-estruturas estão capazes porque os serviços de fiscalização não poderiam ir verificar a todo o lado se as coisas estão em ordem. É um alargamento da fiscalização deste tipo de unidades porque licenciá-las, e com os meios de fiscalização disponíveis no País - num contexto em que não se pode aumentar a despesa pública -, nunca permitirá que tenhamos batalhões de inspectores. E, mesmo podendo ser as inspecções reforçadas, elas nunca vão poder acautelar a totalidade dos riscos associados.
Vai criar uma ASAE para os resíduos?
Não é uma ASAE, são empresas ou peritos que os operadores de gestão de resíduos vão contratar para lhes fazer uma auditoria anual ao funcionamento. E o seu bom-nome técnico será a garantia que o Estado tem de que aquele documento é credível.
Entre os pareceres sobre que o ministério se irá pronunciar está o da nova travessia do Tejo. Faz falta uma terceira travessia?
Sinceramente, acho que está diagnosticada a sua necessidade. Tenho o hábito, talvez porque acompanhei dossiers de determinadas áreas muito aprofundadamente, de respeitar quem estuda os assuntos e avança com propostas quando estão em causa questões da magnitude de uma outra travessia para o Tejo…
O dossier foi, então, bem estudado?
O dossier foi bem estudado. Nessa perspectiva, só posso dizer: "É necessário." Não tenho informação que me permita dizer que não é necessário.
E vai confrontar-se com o novo aeroporto, que deverá ser uma das grandes obras que avançarão.
Sim, mas a nossa intervenção é sempre no âmbito de procedimentos que estão estabelecidos de avaliação de impacto ambiental e que resulta de legislação comunitária. Serão ponderados os impactos positivos e os negativos, uns são de pequena monta, outros serão de maior monta. Para os que são de maior monta pode haver medidas minimizadoras ou não, e é feito o balanço de acordo com uma metodologia definida!
Também acontecem imponderáveis políticos como no caso da Ota…
Mas isso ultrapassa-me. Eu sou só a ministra do Ambiente e Ordenamento do Território.
In DN
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Joao Ruiz- Pontos : 32035
«Eleição em unanimidade»
«Eleição em unanimidade»
Américo Pereira quer negociar taxas para as áreas protegidas
O presidente da câmara de Vinhais defende que a tabela de taxas que o Instituto de Conservação da Natureza e Biodiversidade (ICNB) quer aplicar às áreas protegidas tem de ser negociada com as autarquias.
Uma posição assumida por Américo Pereira no âmbito da Associação Nacional de Municípios Portugueses.
É que o autarca foi eleito presidente da secção de municípios com áreas protegidas, da qual fazem parte 77 concelhos.
Américo Pereira manifesta-se surpreendido por esta eleição em unanimidade, mas aponta um factor que pode ter estado na origem da sua escolha.
“A câmara de Vinhais tem tido um grande empenho no que diz respeito à tomada de medidas relacionadas com a preservação da natureza e com a organização do ICNB e que têm serviço, de certa forma, de orientação a alguns municípios para as suas reivindicações” afirma. “E foi por causa disso que os colegas entenderam que deveria ser a câmara de Vinhais a presidir a essa secção” acrescenta.
Embora a aplicação de taxas nas áreas protegidas esteja suspensa, o autarca de Vinhais acredita que o Governo se prepara para as implementar.
Américo Pereira avisa que antes disso, os valores têm de ser negociados com as câmaras municipais.
“Há uma tabela de taxas que se aplica a quem quiser fazer determinadas intervenções, como é o caso de pequenas construções, corte de lenha, pedido de pareceres e são taxas exorbitantes e que não têm nada a ver com a realidade local” explica. “A tabela está suspensa mas o ministério prepara-se para a fazer entrar novamente em vigor” desconfia Américo Pereira, salientando que “nós somos da opinião de que essa tabela de taxas tem de ser negociada connosco porque não está em conformidade com a justiça que deve presidir ao relacionamento do ICNB com as populações”.
Américo Pereira quer também discutir com o Ministério do Ambiente a participação das autarquias na gestão das áreas protegidas. “Com a reorganização do ICNB as autarquias ficaram afastadas da direcção das áreas protegidas e isto é um assunto que tem de ser debatido porque é algo que não aceitamos” refere. Além disso, “os regulamentos que estão das áreas que estão a ser executados e outros a entrar em funcionamento também não estão de acordo com aquilo que é a vontade das populações”.
Na presidência deste órgão, Américo Pereira é acompanhado pelo autarca de Santarém, Francisco Moita Flores
Brigantia, 2010-01-25
Américo Pereira quer negociar taxas para as áreas protegidas
O presidente da câmara de Vinhais defende que a tabela de taxas que o Instituto de Conservação da Natureza e Biodiversidade (ICNB) quer aplicar às áreas protegidas tem de ser negociada com as autarquias.
Uma posição assumida por Américo Pereira no âmbito da Associação Nacional de Municípios Portugueses.
É que o autarca foi eleito presidente da secção de municípios com áreas protegidas, da qual fazem parte 77 concelhos.
Américo Pereira manifesta-se surpreendido por esta eleição em unanimidade, mas aponta um factor que pode ter estado na origem da sua escolha.
“A câmara de Vinhais tem tido um grande empenho no que diz respeito à tomada de medidas relacionadas com a preservação da natureza e com a organização do ICNB e que têm serviço, de certa forma, de orientação a alguns municípios para as suas reivindicações” afirma. “E foi por causa disso que os colegas entenderam que deveria ser a câmara de Vinhais a presidir a essa secção” acrescenta.
Embora a aplicação de taxas nas áreas protegidas esteja suspensa, o autarca de Vinhais acredita que o Governo se prepara para as implementar.
Américo Pereira avisa que antes disso, os valores têm de ser negociados com as câmaras municipais.
“Há uma tabela de taxas que se aplica a quem quiser fazer determinadas intervenções, como é o caso de pequenas construções, corte de lenha, pedido de pareceres e são taxas exorbitantes e que não têm nada a ver com a realidade local” explica. “A tabela está suspensa mas o ministério prepara-se para a fazer entrar novamente em vigor” desconfia Américo Pereira, salientando que “nós somos da opinião de que essa tabela de taxas tem de ser negociada connosco porque não está em conformidade com a justiça que deve presidir ao relacionamento do ICNB com as populações”.
Américo Pereira quer também discutir com o Ministério do Ambiente a participação das autarquias na gestão das áreas protegidas. “Com a reorganização do ICNB as autarquias ficaram afastadas da direcção das áreas protegidas e isto é um assunto que tem de ser debatido porque é algo que não aceitamos” refere. Além disso, “os regulamentos que estão das áreas que estão a ser executados e outros a entrar em funcionamento também não estão de acordo com aquilo que é a vontade das populações”.
Na presidência deste órgão, Américo Pereira é acompanhado pelo autarca de Santarém, Francisco Moita Flores
Brigantia, 2010-01-25
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Lobo ibérico em perigo devido a barragens
«Efeito barreira»
Lobo ibérico em perigo devido a barragens
O Grupo Lobo alertou esta segunda-feira para o «efeito barreira» provocado pela construção das quatro barragens previstas para o Alto Tâmega, que poderá pôr em perigo a sobrevivência do lobo ibérico na zona do Alvão, Vila Real.
O técnico do Grupo Lobo, Gonçalo Costa, disse à Agência Lusa que a construção de quatro barragens na zona do Alto Tâmega constitui «mais um problema» para a sobrevivência do lobo neste território.
Ao efeito «barreira» dos empreendimentos hidroeléctricos juntam-se os parques eólicos, as pedreiras, as auto-estradas e a actividade do homem, como os laços ilegais ou o envenenamento.
«O maior problema para o lobo não é a destruição de habitat, é mesmo o efeito barreira. Como é uma cascata quase contínua, são mais de 50 quilómetros de rio desde Amarante quase a Chaves, a grande dificuldade que se coloca é o atravessamento da espécie», referiu.
Acrescentou que, se não houver este cruzamento entre as alcateias do Alvão e do Barroso, separadas pelo rio Tâmega, a população do Alvão ficará isolada, tornando-se mais difícil renovar a espécie.
Mas, para o técnico, o problema físico resultante da construção das barragens vai ser ampliado com a concentração de pessoas também ao longo dos espelhos de água, frisou.
Gonçalo Costa refere que o «ideal» seria não construir «tantas barragens numa zona tão próxima», considerando «ser muito difícil fazer medidas de minimização para estes empreendimentos». Por isso defende que, pelo menos, se deveria definir algumas zonas de cruzamento, para que a albufeira não seja contínua.
O último Censo Nacional de Lobo, efectuado em 2002/2003, identificou no distrito de Vila Real 18 alcateias (com uma média de cinco lobos por alcateia), distribuídas pelas serras do Alvão, Marão, Falperra e zona do Barroso. «Nestes últimos anos registou-se um decréscimo da população e, actualmente, pensamos que cerca de 12/13 alcateias neste território», salientou o responsável.
TVI24, 2010-02-16
In DTM
Lobo ibérico em perigo devido a barragens
O Grupo Lobo alertou esta segunda-feira para o «efeito barreira» provocado pela construção das quatro barragens previstas para o Alto Tâmega, que poderá pôr em perigo a sobrevivência do lobo ibérico na zona do Alvão, Vila Real.
O técnico do Grupo Lobo, Gonçalo Costa, disse à Agência Lusa que a construção de quatro barragens na zona do Alto Tâmega constitui «mais um problema» para a sobrevivência do lobo neste território.
Ao efeito «barreira» dos empreendimentos hidroeléctricos juntam-se os parques eólicos, as pedreiras, as auto-estradas e a actividade do homem, como os laços ilegais ou o envenenamento.
«O maior problema para o lobo não é a destruição de habitat, é mesmo o efeito barreira. Como é uma cascata quase contínua, são mais de 50 quilómetros de rio desde Amarante quase a Chaves, a grande dificuldade que se coloca é o atravessamento da espécie», referiu.
Acrescentou que, se não houver este cruzamento entre as alcateias do Alvão e do Barroso, separadas pelo rio Tâmega, a população do Alvão ficará isolada, tornando-se mais difícil renovar a espécie.
Mas, para o técnico, o problema físico resultante da construção das barragens vai ser ampliado com a concentração de pessoas também ao longo dos espelhos de água, frisou.
Gonçalo Costa refere que o «ideal» seria não construir «tantas barragens numa zona tão próxima», considerando «ser muito difícil fazer medidas de minimização para estes empreendimentos». Por isso defende que, pelo menos, se deveria definir algumas zonas de cruzamento, para que a albufeira não seja contínua.
O último Censo Nacional de Lobo, efectuado em 2002/2003, identificou no distrito de Vila Real 18 alcateias (com uma média de cinco lobos por alcateia), distribuídas pelas serras do Alvão, Marão, Falperra e zona do Barroso. «Nestes últimos anos registou-se um decréscimo da população e, actualmente, pensamos que cerca de 12/13 alcateias neste território», salientou o responsável.
TVI24, 2010-02-16
In DTM
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«Eurofolha»
«Eurofolha»
Novo logótipo para os produtos biológicos da UE
O novo logótipo europeu para os produtos biológicos da EU já é conhecido. Ao longo dos últimos dois meses, cerca de 130 000 pessoas escolheram por voto electrónico o novo símbolo biológico, entre três finalistas. O projecto vencedor, da autoria de Dusan Milenkovic, recebeu 63% do total de votos pelo seu desenho da «Eurofolha».
A partir de 1 de Julho de 2010, o logótipo biológico da UE será obrigatório em todos os produtos biológicos pré-embalados produzidos em qualquer dos Estados-Membros e que respeitem as normas aplicáveis.
A Comissão Europeia adoptou uma decisão que actualiza as cláusulas contratuais típicas relativas à transferência de dados pessoais para operadores estabelecidos em países terceiros.
O objectivo desta decisão é estabelecer normas mais seguras para a transferência de dados de cidadãos europeus, tendo em conta a expansão das actividades de tratamento de dados e os novos modelos de negócio no processamento internacional de dados pessoais.
A decisão inclui medidas específicas que permitem, em certas condições, a externalização das actividades de processamento de dados para subcontratantes, embora salvaguardando a protecção dos dados pessoais.
Financiamento de projectos de captura e armazenamento de CO2
Os Estados-Membros da UE manifestaram o seu apoio às regras propostas pela Comissão Europeia para reger a afectação de 300 milhões em licenças de emissão destinadas a financiar projectos de demonstração em matéria de captura e armazenamento de CO2 e tecnologias inovadoras para as energias renováveis.
As licenças virão da reserva para novos operadores criada ao abrigo da directiva relativa a comércio de licenças de emissão.
A decisão irá agora ser analisada pelo Parlamento Europeu e pelo Conselho e, caso estes não levantem objecções, poderá ser adoptada pela Comissão em Maio de 2010.
Mais incentivos à actualização de competências, abertura dos mundos da educação e da formação, antecipação das necessidades futuras e oferta de competências mais adequadas são as soluções apresentadas pelo relatório \"Novas Competências para Novos Empregos: Acção imediata\" da Comissão Europeia para proporcionar melhores oportunidades no mercado de trabalho do futuro.
Actualmente, um em três europeus em idade activa possui poucas ou nenhumas qualificações formais, o que faz com que tenha 40% menos probabilidades de encontrar um emprego do que as pessoas com qualificações de nível médio. As taxas de emprego também variam consoante o nível das competências: 84% para os níveis elevados, 70% para os níveis médios e 49% para os níveis baixos.
Mas também as empresas ganham com a formação. De acordo com o estudo as empresas proporcionam formação aos seus efectivos têm 2,5 vezes menos probabilidades de verem a sua actividade ameaçada que as que não o fazem.
O documento apela à intervenção em quatro grandes áreas:
Dar aos empregadores e aos indivíduos melhores incentivos à actualização de competências, sendo que o investimento nesta matéria deve ser significativo, inteligente e não apenas financeiro;
Abrir os mundos da educação e da formação, tornando os estabelecimentos de ensino e formação mais inovadores e reactivos às necessidades de aprendentes e empregadores e desenvolvendo qualificações relevantes centradas em resultados concretos;
Proporcionar um misto de competências que seja mais adequado às necessidades do mercado de trabalho;
Antecipar melhor as necessidades futuras em matéria de competências.
Segundo os especialistas, cada uma destas áreas está interligada e, como tal, todas as acções têm de ser conjugadas, sendo necessário um esforço concertado da parte de todos os envolvidos.
Europeus satisfeitos no geral, mas com algumas inquietações
Os europeus estão, em geral, satisfeitos com a sua situação pessoal, mas mostram algumas inquietações no que se refere à economia, aos serviços públicos e às políticas sociais dos seus países, de acordo com as conclusões do Relatório sobre a Situação Social da Comissão Europeia que analisa as tendências sociais da Europa.
De acordo com o inquérito Eurobarómetro, a maioria dos europeus está satisfeita com a vida em geral.
No entanto, no que diz respeito aos serviços públicos, os europeus sentem-se em média bastante insatisfeitos com a forma como as administrações públicas são geridas e com a forma como as questões da desigualdade e da pobreza são abordadas nos seus países.
Quando questionados especificamente sobre as políticas públicas, os europeus manifestaram-se satisfeitos em geral com a prestação de cuidados de saúde (+1,3 pontos).
Habitação
O último Relatório anual sobre a Situação Social da Comissão Europeia mostra que, actualmente, e comparando com a situação há dez anos, os europeus gastam uma parte mais significativa do seu rendimento em custos de habitação (quase mais 4 pontos percentuais), tendo-se também verificado um forte aumento das hipotecas na UE.
Em média, os europeus gastam um quinto do seu rendimento disponível com a habitação. Se apenas 30% dos custos totais com a habitação resultam do pagamento de rendas ou hipotecas na UE, 70% desses custos correspondem a despesas de reparação, manutenção e combustível.
O relatório analisa, igualmente, a qualidade da habitação e revela que muitos europeus vivem em alojamentos com uma qualidade inferior à média e que cada vez mais pessoas com rendimentos baixos declaram ter problemas de habitação.
Aplicação da legislação sobre resíduos necessita de um organismo europeu
Um estudo da Comissão Europeia recomenda a constituição de um organismo europeu específico para supervisionar a aplicação e a execução da legislação da UE relativa aos resíduos.
As transferências ilegais de resíduos, o depósito ilegal de resíduos mantêm-se a uma escala significativa, muitos aterros não cumprem as normas e, em alguns Estados-Membros, falta ainda a infra-estrutura básica de gestão dos resíduos.
Estudo recomenda agência específica para executar legislação relativa aos resíduos.
A supervisão de uma gestão dos resíduos segura e ambientalmente sã é um dos mais sérios desafios ambientais. Calcula-se que, anualmente, são gerados 2,6 mil milhões de toneladas de resíduos na União, dos quais 90 milhões classificados como perigosos.
O estudo recomenda a constituição de uma agência específica a nível da UE para resolver os problemas associados à má aplicação e execução da legislação europeia em matéria de resíduos. Este esforço adicional reduziria as emissões de gases com efeito de estufa, incluindo o metano dos aterros, no equivalente a quase 200 milhões de toneladas de CO2 por ano. Poupar-se-iam desse modo, anualmente, 2,5 mil milhões de euros, ao preço actual do carbono (cerca de 13 euros por tonelada). Entre outras vantagens económicas significativas decorrentes do reforço da aplicação, contam-se a igualdade de condições para as empresas europeias, melhores oportunidades para a inovação e um acesso acrescido a valiosas matérias-primas secundárias.
Jornal Nordeste, 2010-02-23
Novo logótipo para os produtos biológicos da UE
O novo logótipo europeu para os produtos biológicos da EU já é conhecido. Ao longo dos últimos dois meses, cerca de 130 000 pessoas escolheram por voto electrónico o novo símbolo biológico, entre três finalistas. O projecto vencedor, da autoria de Dusan Milenkovic, recebeu 63% do total de votos pelo seu desenho da «Eurofolha».
A partir de 1 de Julho de 2010, o logótipo biológico da UE será obrigatório em todos os produtos biológicos pré-embalados produzidos em qualquer dos Estados-Membros e que respeitem as normas aplicáveis.
A Comissão Europeia adoptou uma decisão que actualiza as cláusulas contratuais típicas relativas à transferência de dados pessoais para operadores estabelecidos em países terceiros.
O objectivo desta decisão é estabelecer normas mais seguras para a transferência de dados de cidadãos europeus, tendo em conta a expansão das actividades de tratamento de dados e os novos modelos de negócio no processamento internacional de dados pessoais.
A decisão inclui medidas específicas que permitem, em certas condições, a externalização das actividades de processamento de dados para subcontratantes, embora salvaguardando a protecção dos dados pessoais.
Financiamento de projectos de captura e armazenamento de CO2
Os Estados-Membros da UE manifestaram o seu apoio às regras propostas pela Comissão Europeia para reger a afectação de 300 milhões em licenças de emissão destinadas a financiar projectos de demonstração em matéria de captura e armazenamento de CO2 e tecnologias inovadoras para as energias renováveis.
As licenças virão da reserva para novos operadores criada ao abrigo da directiva relativa a comércio de licenças de emissão.
A decisão irá agora ser analisada pelo Parlamento Europeu e pelo Conselho e, caso estes não levantem objecções, poderá ser adoptada pela Comissão em Maio de 2010.
Mais incentivos à actualização de competências, abertura dos mundos da educação e da formação, antecipação das necessidades futuras e oferta de competências mais adequadas são as soluções apresentadas pelo relatório \"Novas Competências para Novos Empregos: Acção imediata\" da Comissão Europeia para proporcionar melhores oportunidades no mercado de trabalho do futuro.
Actualmente, um em três europeus em idade activa possui poucas ou nenhumas qualificações formais, o que faz com que tenha 40% menos probabilidades de encontrar um emprego do que as pessoas com qualificações de nível médio. As taxas de emprego também variam consoante o nível das competências: 84% para os níveis elevados, 70% para os níveis médios e 49% para os níveis baixos.
Mas também as empresas ganham com a formação. De acordo com o estudo as empresas proporcionam formação aos seus efectivos têm 2,5 vezes menos probabilidades de verem a sua actividade ameaçada que as que não o fazem.
O documento apela à intervenção em quatro grandes áreas:
Dar aos empregadores e aos indivíduos melhores incentivos à actualização de competências, sendo que o investimento nesta matéria deve ser significativo, inteligente e não apenas financeiro;
Abrir os mundos da educação e da formação, tornando os estabelecimentos de ensino e formação mais inovadores e reactivos às necessidades de aprendentes e empregadores e desenvolvendo qualificações relevantes centradas em resultados concretos;
Proporcionar um misto de competências que seja mais adequado às necessidades do mercado de trabalho;
Antecipar melhor as necessidades futuras em matéria de competências.
Segundo os especialistas, cada uma destas áreas está interligada e, como tal, todas as acções têm de ser conjugadas, sendo necessário um esforço concertado da parte de todos os envolvidos.
Europeus satisfeitos no geral, mas com algumas inquietações
Os europeus estão, em geral, satisfeitos com a sua situação pessoal, mas mostram algumas inquietações no que se refere à economia, aos serviços públicos e às políticas sociais dos seus países, de acordo com as conclusões do Relatório sobre a Situação Social da Comissão Europeia que analisa as tendências sociais da Europa.
De acordo com o inquérito Eurobarómetro, a maioria dos europeus está satisfeita com a vida em geral.
No entanto, no que diz respeito aos serviços públicos, os europeus sentem-se em média bastante insatisfeitos com a forma como as administrações públicas são geridas e com a forma como as questões da desigualdade e da pobreza são abordadas nos seus países.
Quando questionados especificamente sobre as políticas públicas, os europeus manifestaram-se satisfeitos em geral com a prestação de cuidados de saúde (+1,3 pontos).
Habitação
O último Relatório anual sobre a Situação Social da Comissão Europeia mostra que, actualmente, e comparando com a situação há dez anos, os europeus gastam uma parte mais significativa do seu rendimento em custos de habitação (quase mais 4 pontos percentuais), tendo-se também verificado um forte aumento das hipotecas na UE.
Em média, os europeus gastam um quinto do seu rendimento disponível com a habitação. Se apenas 30% dos custos totais com a habitação resultam do pagamento de rendas ou hipotecas na UE, 70% desses custos correspondem a despesas de reparação, manutenção e combustível.
O relatório analisa, igualmente, a qualidade da habitação e revela que muitos europeus vivem em alojamentos com uma qualidade inferior à média e que cada vez mais pessoas com rendimentos baixos declaram ter problemas de habitação.
Aplicação da legislação sobre resíduos necessita de um organismo europeu
Um estudo da Comissão Europeia recomenda a constituição de um organismo europeu específico para supervisionar a aplicação e a execução da legislação da UE relativa aos resíduos.
As transferências ilegais de resíduos, o depósito ilegal de resíduos mantêm-se a uma escala significativa, muitos aterros não cumprem as normas e, em alguns Estados-Membros, falta ainda a infra-estrutura básica de gestão dos resíduos.
Estudo recomenda agência específica para executar legislação relativa aos resíduos.
A supervisão de uma gestão dos resíduos segura e ambientalmente sã é um dos mais sérios desafios ambientais. Calcula-se que, anualmente, são gerados 2,6 mil milhões de toneladas de resíduos na União, dos quais 90 milhões classificados como perigosos.
O estudo recomenda a constituição de uma agência específica a nível da UE para resolver os problemas associados à má aplicação e execução da legislação europeia em matéria de resíduos. Este esforço adicional reduziria as emissões de gases com efeito de estufa, incluindo o metano dos aterros, no equivalente a quase 200 milhões de toneladas de CO2 por ano. Poupar-se-iam desse modo, anualmente, 2,5 mil milhões de euros, ao preço actual do carbono (cerca de 13 euros por tonelada). Entre outras vantagens económicas significativas decorrentes do reforço da aplicação, contam-se a igualdade de condições para as empresas europeias, melhores oportunidades para a inovação e um acesso acrescido a valiosas matérias-primas secundárias.
Jornal Nordeste, 2010-02-23
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Joao Ruiz- Pontos : 32035
Está em vias de extinção
Está em vias de extinção
Cabra de Montesinho já é raça autóctone
A Cabra Preta de Montesinho acaba de se juntar ao grupo de raças autóctones transmontanas. Esta espécie de caprinos está seriamente ameaça de extinção, havendo, apenas, algumas centenas de exemplares em toda a região.
Actualmente, os técnicos da Associação Nacional de Caprinicultores de Raça Serrana (ANCRAS) estão no terreno a fazer os registos dos animais com vista à sua inscrição no livro genealógico.
Recorde-se que a área de geográfica deste pequeno ruminante está circunscrita aos concelhos de Bragança e Vinhais, sendo que, neste último, há uma pequena comunidade de cabras pretas que pode ser visitada no Parque Biológico local.
O passo mais importante é aumentar o efectivo, porém os técnicos da ANCRAS adiantam que há muito trabalho a fazer.
“Este reconhecimento traz a possibilidade da criação de um registo zootécnico, que permitirá um melhor acompanhamento destes animais, de forma a tentar preservar a raça”, afiançou Manuel Amândio.
Ainda de acordo com o responsável, a raça está no nível máximo de ameaça de extinção, sendo que, com os apoios da União Europeia previstos para as raças autóctones, espera-se um aumento no efectivo que potencie todo o valor de produtos, como o leite utilizado na confecção de queijo ou a carne de cabrito.
“No caso dos caprinos, os proprietários poderão vir a receber cerca de 30 euros por cabeça por se tratar de uma raça ameaçada de extinção. Com este estímulo espera-se que a raça volte a ressurgir”, salientou Manuel Amândio.
Este é culminar de um trabalho que levou cerca de uma década a ser reconhecido.
Recorde-se que, desde o último registo feito à raça, já de 2005, verificou-se que o efectivo estava a descer de forma vertiginosa.
Francisco Pinto, Jornal Nordeste, 2010-03-10
Cabra de Montesinho já é raça autóctone
A Cabra Preta de Montesinho acaba de se juntar ao grupo de raças autóctones transmontanas. Esta espécie de caprinos está seriamente ameaça de extinção, havendo, apenas, algumas centenas de exemplares em toda a região.
Actualmente, os técnicos da Associação Nacional de Caprinicultores de Raça Serrana (ANCRAS) estão no terreno a fazer os registos dos animais com vista à sua inscrição no livro genealógico.
Recorde-se que a área de geográfica deste pequeno ruminante está circunscrita aos concelhos de Bragança e Vinhais, sendo que, neste último, há uma pequena comunidade de cabras pretas que pode ser visitada no Parque Biológico local.
O passo mais importante é aumentar o efectivo, porém os técnicos da ANCRAS adiantam que há muito trabalho a fazer.
“Este reconhecimento traz a possibilidade da criação de um registo zootécnico, que permitirá um melhor acompanhamento destes animais, de forma a tentar preservar a raça”, afiançou Manuel Amândio.
Ainda de acordo com o responsável, a raça está no nível máximo de ameaça de extinção, sendo que, com os apoios da União Europeia previstos para as raças autóctones, espera-se um aumento no efectivo que potencie todo o valor de produtos, como o leite utilizado na confecção de queijo ou a carne de cabrito.
“No caso dos caprinos, os proprietários poderão vir a receber cerca de 30 euros por cabeça por se tratar de uma raça ameaçada de extinção. Com este estímulo espera-se que a raça volte a ressurgir”, salientou Manuel Amândio.
Este é culminar de um trabalho que levou cerca de uma década a ser reconhecido.
Recorde-se que, desde o último registo feito à raça, já de 2005, verificou-se que o efectivo estava a descer de forma vertiginosa.
Francisco Pinto, Jornal Nordeste, 2010-03-10
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Hora do Planeta com adesão recorde no mundo inteiro
Hora do Planeta com adesão recorde no mundo inteiro
por Lusa
Hoje
Luzes em todo mundo foram hoje desligadas às 20:30 (hora de Lisboa) num gesto simbólico em defesa do planeta e numa iniciativa que registou um recorde de adesão em Portugal e no resto do globo.
Tratou-se de uma iniciativa do Fundo Mundial para a Natureza (WWF), sendo que até sexta feira à tarde tinham aderido, em Portugal, 25 municípios - mais do dobro dos de 2009.
O "apagão" vai deixar parte de Portugal às escuras entre as 20:30 e as 21:30, num gesto simbólico de luta contra as alterações climáticas.
A PT associou-se ao movimento, desligando a iluminação de 25 dos seus principais edifícios em todo o país, incluindo a sede em Lisboa, assim como os emissores de Monsanto, Lisboa, e Monte da Virgem no Porto.
A chamada "Hora do Planeta" tem recordes de adesão no resto do mundo, com 121 países e regiões a confirmarem a participação.
A lista de municípios portugueses é composta por: Lisboa, Porto, Faro, Almeirim, Vila Real, Horta (Açores), Aveiro, Esposende, Águeda, Angra do Heroísmo (Açores), Vila Nova de Famalicão, Loulé, Almeirim, Albufeira, Viseu, Tomar, a vila açoriana de Lajes do Pico, a vila de Sintra, Amadora, Mirandela, Guarda, Matosinhos, Lamego, Setúbal e Sertã.
Em cada uma destas zonas serão apagadas as luzes de monumentos, pontes, igrejas e serviços municipais.
Este ano aderiu pela primeira vez em Portugal a Estátua do Marquês, que se junta aos emblemáticos Mosteiro dos Jerónimos, Ponte 25 de Abril, Cristo-Rei (Lisboa), Mercado do Bolhão, Clérigos e Sé, Pontes D. Luís e D. Maria (Porto) e o monumento classificado pela UNESCO como Património Mundial, Convento de Cristo (Tomar), entre cerca de uma centena de ícones locais apresentados pelas cidades aderentes.
Esta chamada de atenção global, que visa alertar para a necessidade de protegermos o planeta, teve início nas Ilhas Chatham da Nova Zelândia (06:45 GMT, mesma hora em Lisboa) e finaliza, quase cerca de 25 horas depois em Apia, Samoa (07:30 GMT de domingo).
In DN
por Lusa
Hoje
Luzes em todo mundo foram hoje desligadas às 20:30 (hora de Lisboa) num gesto simbólico em defesa do planeta e numa iniciativa que registou um recorde de adesão em Portugal e no resto do globo.
Tratou-se de uma iniciativa do Fundo Mundial para a Natureza (WWF), sendo que até sexta feira à tarde tinham aderido, em Portugal, 25 municípios - mais do dobro dos de 2009.
O "apagão" vai deixar parte de Portugal às escuras entre as 20:30 e as 21:30, num gesto simbólico de luta contra as alterações climáticas.
A PT associou-se ao movimento, desligando a iluminação de 25 dos seus principais edifícios em todo o país, incluindo a sede em Lisboa, assim como os emissores de Monsanto, Lisboa, e Monte da Virgem no Porto.
A chamada "Hora do Planeta" tem recordes de adesão no resto do mundo, com 121 países e regiões a confirmarem a participação.
A lista de municípios portugueses é composta por: Lisboa, Porto, Faro, Almeirim, Vila Real, Horta (Açores), Aveiro, Esposende, Águeda, Angra do Heroísmo (Açores), Vila Nova de Famalicão, Loulé, Almeirim, Albufeira, Viseu, Tomar, a vila açoriana de Lajes do Pico, a vila de Sintra, Amadora, Mirandela, Guarda, Matosinhos, Lamego, Setúbal e Sertã.
Em cada uma destas zonas serão apagadas as luzes de monumentos, pontes, igrejas e serviços municipais.
Este ano aderiu pela primeira vez em Portugal a Estátua do Marquês, que se junta aos emblemáticos Mosteiro dos Jerónimos, Ponte 25 de Abril, Cristo-Rei (Lisboa), Mercado do Bolhão, Clérigos e Sé, Pontes D. Luís e D. Maria (Porto) e o monumento classificado pela UNESCO como Património Mundial, Convento de Cristo (Tomar), entre cerca de uma centena de ícones locais apresentados pelas cidades aderentes.
Esta chamada de atenção global, que visa alertar para a necessidade de protegermos o planeta, teve início nas Ilhas Chatham da Nova Zelândia (06:45 GMT, mesma hora em Lisboa) e finaliza, quase cerca de 25 horas depois em Apia, Samoa (07:30 GMT de domingo).
In DN
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Aluno de Bragança vence Olimpíadas do Ambiente
Aluno de Bragança vence Olimpíadas do Ambiente
Salomão Fernandes destacou-se entre os 40 finalistas a nível nacional que participaram na final
O interesse e a preocupação pelas questões ambientais valeram a Salomão Fernandes, aluno do 12º ano da Escola Emídio Garcia, em Bragança, o primeiro prémio nas Olimpíadas do Ambiente.
O aluno de 18 anos conseguiu distinguir-se em todas as fases deste concurso, sendo agraciado, na final, com um telemóvel ecológico e umas férias no Parque Natural do Tejo Internacional.
«Não estava à espera de vencer, mas a sensação foi de contentamento, porque esta é uma temática muito importante e muito actual e dá um gozo especial vencer estas Olimpíadas do Ambiente», enaltece o estudante bragançano.
A prova final, que decorreu na Horta (Açores), de 6 a 9 de Maio, consistiu em responder a 50 questões de escolha múltipla e na apresentação de um tema, de forma original e criativa.
O tema do meu grupo foi «Consumismo e materialismos versus degradação Ambiental». Foi um tema relativamente fácil de trabalhar, porque são questões que estão na ordem do dia, acrescentou Salomão Fernandes.
Estudante da Escola Emídio Garcia repete vitória nas
Olimpíadas do Ambiente
Sensibilizado para as questões ambientais, Salomão procura investigar e manter-se actualizado sobre esta temática.
«Para mim, o Ambiente é uma área de interesse e acho que deveria ser uma preocupação para todas as pessoas. Eu sou curioso e, por isso, tento investigar um pouco mais sobre estas matérias», acrescenta o estudante.
Também a professora de Biologia, Maria José Freitas, sempre acreditou que Salomão Fernandes pudesse chegar longe nestas olimpíadas. “É um aluno que procura actualizar-se através da recolha de informação”, enaltece a docente.
Aliás, apesar das questões ambientais fazerem parte do programa da disciplina de Biologia, a professora realça que quando Salomão iniciou as provas ainda não tinha sido ministrada esta matéria na sala de aula.
Com uma média a rondar os 19 valores, este aluno do 12º ano ainda não decidiu qual o curso superior que quer seguir, mas admite ter em conta o gosto pelo Ambiente na hora de tomar uma decisão.
Recorde-se que esta já não é a primeira vez que Salomão Fernandes alcança a vitória nas Olimpíadas do Ambiente. Já em 2007, este aluno, na altura no 9º ano, foi o vencedor a nível nacional na categoria júnior.
Na óptica de Salomão Fernandes, a participação nas olimpíadas é uma forma dos estudantes se porem à prova com colegas de diversas escolas do País e, ao mesmo tempo, de fazer amizades que, de outra forma, não seriam possíveis.
Teresa Batista, Jornal Nordeste, 2010-05-26
Salomão Fernandes destacou-se entre os 40 finalistas a nível nacional que participaram na final
O interesse e a preocupação pelas questões ambientais valeram a Salomão Fernandes, aluno do 12º ano da Escola Emídio Garcia, em Bragança, o primeiro prémio nas Olimpíadas do Ambiente.
O aluno de 18 anos conseguiu distinguir-se em todas as fases deste concurso, sendo agraciado, na final, com um telemóvel ecológico e umas férias no Parque Natural do Tejo Internacional.
«Não estava à espera de vencer, mas a sensação foi de contentamento, porque esta é uma temática muito importante e muito actual e dá um gozo especial vencer estas Olimpíadas do Ambiente», enaltece o estudante bragançano.
A prova final, que decorreu na Horta (Açores), de 6 a 9 de Maio, consistiu em responder a 50 questões de escolha múltipla e na apresentação de um tema, de forma original e criativa.
O tema do meu grupo foi «Consumismo e materialismos versus degradação Ambiental». Foi um tema relativamente fácil de trabalhar, porque são questões que estão na ordem do dia, acrescentou Salomão Fernandes.
Estudante da Escola Emídio Garcia repete vitória nas
Olimpíadas do Ambiente
Sensibilizado para as questões ambientais, Salomão procura investigar e manter-se actualizado sobre esta temática.
«Para mim, o Ambiente é uma área de interesse e acho que deveria ser uma preocupação para todas as pessoas. Eu sou curioso e, por isso, tento investigar um pouco mais sobre estas matérias», acrescenta o estudante.
Também a professora de Biologia, Maria José Freitas, sempre acreditou que Salomão Fernandes pudesse chegar longe nestas olimpíadas. “É um aluno que procura actualizar-se através da recolha de informação”, enaltece a docente.
Aliás, apesar das questões ambientais fazerem parte do programa da disciplina de Biologia, a professora realça que quando Salomão iniciou as provas ainda não tinha sido ministrada esta matéria na sala de aula.
Com uma média a rondar os 19 valores, este aluno do 12º ano ainda não decidiu qual o curso superior que quer seguir, mas admite ter em conta o gosto pelo Ambiente na hora de tomar uma decisão.
Recorde-se que esta já não é a primeira vez que Salomão Fernandes alcança a vitória nas Olimpíadas do Ambiente. Já em 2007, este aluno, na altura no 9º ano, foi o vencedor a nível nacional na categoria júnior.
Na óptica de Salomão Fernandes, a participação nas olimpíadas é uma forma dos estudantes se porem à prova com colegas de diversas escolas do País e, ao mesmo tempo, de fazer amizades que, de outra forma, não seriam possíveis.
Teresa Batista, Jornal Nordeste, 2010-05-26
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Fenómenos hidrológicos adversos
Fenómenos hidrológicos adversos
Douro não está preparado para seca extrema e cheias
A história climatológica confirma: regiões como o Douro estão sujeitas à enorme variabilidade climática. Tanto pode chover muito, como pouco e os extremos irem da grande precipitação e cheias à escassez de água e seca extrema. Mas não estamos preparados.
\"Não estamos totalmente preparados para a escassez severa de água, para a seca extrema\", reconhece o presidente da Administração da Região Hidrográfica do Norte (ARHN), António Guerreiro de Brito. \"Mas podemos preparar-nos\", acredita, esperando que amanhã possa ser aprovada uma \"Declaração de Mirandela\" que ajude especialistas e gestores de recursos hídricos a encontrar soluções para um problema previsível e cíclico nas bacias hidrográficas do Douro e do Guadiana.
A declaração poderá ser uma conclusão do Simpósio Internacional HELP Sobre Respostas à Escassez de Água e à Seca ao Nível das Bacias Hidrográficas sob Futuros Climáticos Incertos, que decorre hoje e amanhã em Mirandela (ver \"caixa\"), durante o qual cientistas, gestores e interessados, vão reflectir sobre as suas experiências e apontar soluções para uma gestão integrada dos recursos hídricos para enfrentar um problema que deixou de ser \"típico\" dos países do Sul e ganhou escala europeia. Os prejuízos acumulados por secas na Europa nos últimos 30 anos ascendem a 100 mil milhões de euros.
A lição de 2005
A última seca dramática em Portugal, entre 2004 e 2005, com a maior parte do território continental em situação de seca severa a extrema, foi uma das maiores dos últimos 100 anos. Valeu a construção, ao longo das duas décadas anteriores, de um conjunto de barragens que permitiram guardar água e funcionou o plano de contingência para a seca coordenado pelo anterior ministro do Ambiente, segundo o próprio Francisco Nunes Correia, com o condicionamento de usos para rega e abastecimento móvel às populações.
\"Em 2005, as medidas foram suficientes para minimizar os efeitos da seca, mas não o seriam se se prolongasse, como aconteceu em Espanha\", observa António Guerreiro de Brito. E as debilidades mantêm-se. \"Gostaria que existisse um plano de emergência contra secas\", defende, esperando que os planos de gestão das regiões de bacia hidrográfica em elaboração sejam uma oportunidade para o fazer.
Integrando as componentes de abastecimento humano e de abastecimento para agricultura e incêndios florestais, o plano de emergência defendido pelo presidente da ARHN e especialista em recursos hídricos da Universidade do Minho deve comportar: reservas estratégicas; captações de emergência, inclusivamente com furos para águas subterrâneas, mas também instrumentos económicos, isto é, preços diferenciados que sirvam para dissuadir o consumo em épocas de escassez. Além do uso eficiente de água. \"Ainda há redes de distribuição com perdas de 30% ou mais, o que é um grande desperdício\", nota Nunes Correia.
Para as secas, previsíveis, \"fazem-se mais reservatórios, poupa-se com mais ou menos restrições ao consumo, até se aumenta os preços\", reflecte Guerreiro de Brito. Mas as cheias, por vezes muito intensas e inesperadas, apanham pessoas, num território que está longe de adaptar-se às inundações, que ganham magnitudes crescente que ameaça agravar-se com a subida do nível médio do mar. \"Temos que adaptar-nos\", diz o presidente da ARHN, recordando os mecanismos de agravamento do risco natural - construção em leito de cheia, ocupação das margens, canalização das linhas de água - e reclamando decisões.
Válvulas de escape
\"É necessário definir o que se faz e a que cotas - jardins, edifícios com comércio, edifícios com habitação...\" e até recuar a ocupação urbana, embora as cidades ribeirinhas tenham zonas urbanas consolidadas, onde é difícil \"mexer\".
\"Na Europa, já se pensa em criar (com demolições) zonas inundáveis como válvulas de escape para as cheias\", conta Guerreiro de Brito, prevendo grandes alterações. É cedo para falar nelas. Decorre um processo de diálogo na revisão dos planos de gestão de bacia dos rios e para respostas a problemas locais, em parcerias com os municípios. Um exemplo é o vale do Rio Tinto, um dos últimos afluentes do Douro onde, no último Inverno, se registaram graves acidentes devidos à construção no leito de cheia e canalização da linha de água.
Alfredo Maia in JN, 2010-05-27
Douro não está preparado para seca extrema e cheias
A história climatológica confirma: regiões como o Douro estão sujeitas à enorme variabilidade climática. Tanto pode chover muito, como pouco e os extremos irem da grande precipitação e cheias à escassez de água e seca extrema. Mas não estamos preparados.
\"Não estamos totalmente preparados para a escassez severa de água, para a seca extrema\", reconhece o presidente da Administração da Região Hidrográfica do Norte (ARHN), António Guerreiro de Brito. \"Mas podemos preparar-nos\", acredita, esperando que amanhã possa ser aprovada uma \"Declaração de Mirandela\" que ajude especialistas e gestores de recursos hídricos a encontrar soluções para um problema previsível e cíclico nas bacias hidrográficas do Douro e do Guadiana.
A declaração poderá ser uma conclusão do Simpósio Internacional HELP Sobre Respostas à Escassez de Água e à Seca ao Nível das Bacias Hidrográficas sob Futuros Climáticos Incertos, que decorre hoje e amanhã em Mirandela (ver \"caixa\"), durante o qual cientistas, gestores e interessados, vão reflectir sobre as suas experiências e apontar soluções para uma gestão integrada dos recursos hídricos para enfrentar um problema que deixou de ser \"típico\" dos países do Sul e ganhou escala europeia. Os prejuízos acumulados por secas na Europa nos últimos 30 anos ascendem a 100 mil milhões de euros.
A lição de 2005
A última seca dramática em Portugal, entre 2004 e 2005, com a maior parte do território continental em situação de seca severa a extrema, foi uma das maiores dos últimos 100 anos. Valeu a construção, ao longo das duas décadas anteriores, de um conjunto de barragens que permitiram guardar água e funcionou o plano de contingência para a seca coordenado pelo anterior ministro do Ambiente, segundo o próprio Francisco Nunes Correia, com o condicionamento de usos para rega e abastecimento móvel às populações.
\"Em 2005, as medidas foram suficientes para minimizar os efeitos da seca, mas não o seriam se se prolongasse, como aconteceu em Espanha\", observa António Guerreiro de Brito. E as debilidades mantêm-se. \"Gostaria que existisse um plano de emergência contra secas\", defende, esperando que os planos de gestão das regiões de bacia hidrográfica em elaboração sejam uma oportunidade para o fazer.
Integrando as componentes de abastecimento humano e de abastecimento para agricultura e incêndios florestais, o plano de emergência defendido pelo presidente da ARHN e especialista em recursos hídricos da Universidade do Minho deve comportar: reservas estratégicas; captações de emergência, inclusivamente com furos para águas subterrâneas, mas também instrumentos económicos, isto é, preços diferenciados que sirvam para dissuadir o consumo em épocas de escassez. Além do uso eficiente de água. \"Ainda há redes de distribuição com perdas de 30% ou mais, o que é um grande desperdício\", nota Nunes Correia.
Para as secas, previsíveis, \"fazem-se mais reservatórios, poupa-se com mais ou menos restrições ao consumo, até se aumenta os preços\", reflecte Guerreiro de Brito. Mas as cheias, por vezes muito intensas e inesperadas, apanham pessoas, num território que está longe de adaptar-se às inundações, que ganham magnitudes crescente que ameaça agravar-se com a subida do nível médio do mar. \"Temos que adaptar-nos\", diz o presidente da ARHN, recordando os mecanismos de agravamento do risco natural - construção em leito de cheia, ocupação das margens, canalização das linhas de água - e reclamando decisões.
Válvulas de escape
\"É necessário definir o que se faz e a que cotas - jardins, edifícios com comércio, edifícios com habitação...\" e até recuar a ocupação urbana, embora as cidades ribeirinhas tenham zonas urbanas consolidadas, onde é difícil \"mexer\".
\"Na Europa, já se pensa em criar (com demolições) zonas inundáveis como válvulas de escape para as cheias\", conta Guerreiro de Brito, prevendo grandes alterações. É cedo para falar nelas. Decorre um processo de diálogo na revisão dos planos de gestão de bacia dos rios e para respostas a problemas locais, em parcerias com os municípios. Um exemplo é o vale do Rio Tinto, um dos últimos afluentes do Douro onde, no último Inverno, se registaram graves acidentes devidos à construção no leito de cheia e canalização da linha de água.
Alfredo Maia in JN, 2010-05-27
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Estudo mostra perda de metade da floresta
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Estudo mostra perda de metade da floresta
Hoje
Nas zonas tropicais vive metade das espécies, mas as alterações do clima e a desflorestação ameaçam este património.
No final deste século, apenas 18% a 45% dos animais e plantas que formam os ecossistemas das florestas húmidas tropicais deverão resistir nestes ambientes em perigo, estima um novo estudo do Departamento de Ecologia da Carnegie Institution. A equipa foi chefiada por Greg Asner.
As florestas tropicais têm metade das espécies que existem no planeta. Mas estão a ser afectadas por um efeito combinado de alterações climáticas e desflorestação de largas áreas, dois factores que tendem a reduzir a superfície total, mas também a sua diversidade.
Para fazer o novo cálculo, os cientistas usaram informação de imagens de satélite de alta resolução e mapas de desflorestação, ligando depois todos os dados com 16 modelos de clima. Depois, foram elaborados cenários, daí o intervalo.
Na América Central e do Sul, a destruição dos habitats poderá ultrapassar os dois terços e na bacia do Amazonas os cientistas estimam que a biodiversidade poderá reduzir-se em 80%. Em África, o efeito das alterações de clima e do uso da terra podem implicar a redução de 70% da biodiversidade. Nos melhores cenários, a grande mancha verde do Congo deverá perder 35%.
As florestas tropicais da Ásia e das ilhas do Pacífico parecem estar um pouco mais protegidas do que as africanas e americanas, mas tendem a perder fatias substanciais. Este estudo baseia-se em modelos que estudam as tendências actuais e as perdas serão desta dimensão se nada for feito para contrarias as práticas existentes.
In DN
Estudo mostra perda de metade da floresta
Hoje
Nas zonas tropicais vive metade das espécies, mas as alterações do clima e a desflorestação ameaçam este património.
No final deste século, apenas 18% a 45% dos animais e plantas que formam os ecossistemas das florestas húmidas tropicais deverão resistir nestes ambientes em perigo, estima um novo estudo do Departamento de Ecologia da Carnegie Institution. A equipa foi chefiada por Greg Asner.
As florestas tropicais têm metade das espécies que existem no planeta. Mas estão a ser afectadas por um efeito combinado de alterações climáticas e desflorestação de largas áreas, dois factores que tendem a reduzir a superfície total, mas também a sua diversidade.
Para fazer o novo cálculo, os cientistas usaram informação de imagens de satélite de alta resolução e mapas de desflorestação, ligando depois todos os dados com 16 modelos de clima. Depois, foram elaborados cenários, daí o intervalo.
Na América Central e do Sul, a destruição dos habitats poderá ultrapassar os dois terços e na bacia do Amazonas os cientistas estimam que a biodiversidade poderá reduzir-se em 80%. Em África, o efeito das alterações de clima e do uso da terra podem implicar a redução de 70% da biodiversidade. Nos melhores cenários, a grande mancha verde do Congo deverá perder 35%.
As florestas tropicais da Ásia e das ilhas do Pacífico parecem estar um pouco mais protegidas do que as africanas e americanas, mas tendem a perder fatias substanciais. Este estudo baseia-se em modelos que estudam as tendências actuais e as perdas serão desta dimensão se nada for feito para contrarias as práticas existentes.
In DN
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Joao Ruiz- Pontos : 32035
Mais 16 centrais a fazer energia eléctrica do lixo
.
Mais 16 centrais a fazer energia eléctrica do lixo
por LUÍS MANETA, Évora
Hoje
Plano do Governo é reforçar em 40% a produção de energia por esta via até 2012.
Portugal vai ter mais 16 centrais de produção de electricidade a partir dos lixos, apurou o DN junto do Ministério do Ambiente. As novas centrais entrarão gradualmente em funcionamento nos próximos dois anos e juntam-se às nove já existentes, prevendo-se que venham assegurar uma produção energética superior a 140 mil megawtts (Mw) por ano.
Trata-se de aumentar em 40% a produção concentrada no universo empresarial do Estado (350 mil Mw), que em 2009 evitou a importação de 207 mil barris de petróleo e poupou a emissão de 268 mil toneladas de dióxido de carbono (CO2).
Das 16 novas centrais, nove irão produzir electricidade através de biogás de aterro e as restantes sete da valorização orgânica dos resíduos. Entre estas inclui-se a da Valnor, em Avis, cujo investimento de 7,5 milhões de euros agora iniciado deverá estar concluído em 2012, permitindo produzir 2750 Mw por ano através de digestão anaeróbia, processo biológico no qual a matéria orgânica é transformada em biogás que pode ser usado na produção de energia eléctrica e térmica.
A valorização energética dos resíduos começou em 2001 na Valorsul, em Loures, cuja central produziu, em 2009, 293 837 Mw (cerca de 80% do total nacional). Se a estes se somarem as unidades que estão fora da alçada do Ministério do Ambiente, a produção de energia a partir dos lixos garantirá as necessidades de 3% do sector doméstico, ou seja, 168 mil famílias, evitando a importação anual de 311 mil barris de petróleo.
A ministra do Ambiente, Dulce Pássaro, diz que o Governo está "muito virado" para estes projectos, que têm a dupla vertente de conciliar a gestão ambiental e a criação de mais-valias energéticas. "Se tratássemos os resíduos da forma tradicional, só em aterro, estávamos a resolver uma parte do problema. Assim, o biogás que resulta da degradação dos resíduos é aproveitado e esta é a aposta certa, seguida nos países com políticas consistentes em matéria de ambiente".
Uma vez concluídos os projectos, Portugal será dos países europeus "com maior adesão a este tipo de solução", diz Rui Berkemeier, da Quercus, acrescentando que ficará instalada uma capacidade de tratamento mecânico e biológico para cerca de 1,5 milhões de toneladas de lixo. "Como o País produz à volta de cinco milhões de toneladas, ainda há uma margem bastante grande para se instalarem mais unidades".
Rui Berkemeier acrescenta que em regiões como o Oeste, Gaia ou Santa Maria da Feira, as unidades projectadas são "muito pequenas", sendo necessários novos investimentos em Lisboa e Porto, para "compensar" o período de paragem dos respectivos incineradores. "A produção de biogás é só uma das vantagens deste sistema, que permite ainda recuperar grandes quantidades de materiais recicláveis, sobretudo plástico, e produzir um composto de qualidade média para a agricultura".
In DN
Mais 16 centrais a fazer energia eléctrica do lixo
por LUÍS MANETA, Évora
Hoje
Plano do Governo é reforçar em 40% a produção de energia por esta via até 2012.
Portugal vai ter mais 16 centrais de produção de electricidade a partir dos lixos, apurou o DN junto do Ministério do Ambiente. As novas centrais entrarão gradualmente em funcionamento nos próximos dois anos e juntam-se às nove já existentes, prevendo-se que venham assegurar uma produção energética superior a 140 mil megawtts (Mw) por ano.
Trata-se de aumentar em 40% a produção concentrada no universo empresarial do Estado (350 mil Mw), que em 2009 evitou a importação de 207 mil barris de petróleo e poupou a emissão de 268 mil toneladas de dióxido de carbono (CO2).
Das 16 novas centrais, nove irão produzir electricidade através de biogás de aterro e as restantes sete da valorização orgânica dos resíduos. Entre estas inclui-se a da Valnor, em Avis, cujo investimento de 7,5 milhões de euros agora iniciado deverá estar concluído em 2012, permitindo produzir 2750 Mw por ano através de digestão anaeróbia, processo biológico no qual a matéria orgânica é transformada em biogás que pode ser usado na produção de energia eléctrica e térmica.
A valorização energética dos resíduos começou em 2001 na Valorsul, em Loures, cuja central produziu, em 2009, 293 837 Mw (cerca de 80% do total nacional). Se a estes se somarem as unidades que estão fora da alçada do Ministério do Ambiente, a produção de energia a partir dos lixos garantirá as necessidades de 3% do sector doméstico, ou seja, 168 mil famílias, evitando a importação anual de 311 mil barris de petróleo.
A ministra do Ambiente, Dulce Pássaro, diz que o Governo está "muito virado" para estes projectos, que têm a dupla vertente de conciliar a gestão ambiental e a criação de mais-valias energéticas. "Se tratássemos os resíduos da forma tradicional, só em aterro, estávamos a resolver uma parte do problema. Assim, o biogás que resulta da degradação dos resíduos é aproveitado e esta é a aposta certa, seguida nos países com políticas consistentes em matéria de ambiente".
Uma vez concluídos os projectos, Portugal será dos países europeus "com maior adesão a este tipo de solução", diz Rui Berkemeier, da Quercus, acrescentando que ficará instalada uma capacidade de tratamento mecânico e biológico para cerca de 1,5 milhões de toneladas de lixo. "Como o País produz à volta de cinco milhões de toneladas, ainda há uma margem bastante grande para se instalarem mais unidades".
Rui Berkemeier acrescenta que em regiões como o Oeste, Gaia ou Santa Maria da Feira, as unidades projectadas são "muito pequenas", sendo necessários novos investimentos em Lisboa e Porto, para "compensar" o período de paragem dos respectivos incineradores. "A produção de biogás é só uma das vantagens deste sistema, que permite ainda recuperar grandes quantidades de materiais recicláveis, sobretudo plástico, e produzir um composto de qualidade média para a agricultura".
In DN
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Joao Ruiz- Pontos : 32035
Mediterrâneo é o mar mais ameaçado do Mundo
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Mediterrâneo é o mar mais ameaçado do Mundo
por BRUNO ABREUHoje
Investigação Lançado há dez anos, terminou recentemente o projecto que pretendia fazer um censo a toda a vida marinha. O estudo permitiu saber que existem cerca de 239 668 espécies em todos os oceanos. Mas serve também de alerta para os problemas do mar, como o Mediterrâneo, aqui tão perto
Não se via um único peixe no mar. Alexandra Cunha, presidente da Liga para a Protecção da Natureza (LPN), estava num congresso sobre pradarias marinhas na Croácia e, com os seus colegas biólogos marinhos, resolveu ir explorar o fundo do Mediterrâneo. O que encontrou surpreendeu-a: "Fiquei pasmada. Perguntei aos meus colegas croatas o porquê de não haver vida marinha e eles disseram-me que a sobrepesca é a responsável." A esta conclusão chegou também o recente censo feito ao fundo marinho. A investigação de dez anos conclui que o Mediterrâneo é o mar mais ameaçado do mundo, bem à frente dos outros.
Sobrepesca, destruição do habitat, contaminação das águas, aquecimento global e pressão demográfica estão a afectar o Mediterrâneo e as 17 mil espécies que lá vivem. E isto tudo está à vista: "Tenho colegas que vão fazer observação nos barcos de pesca e vêm de lá impressionados. Não vêem um mamífero na água, sejam golfinhos ou tartarugas", conta a presidente da LPN.
Este Censo da Vida Marinha foi feito em todo o mundo. O objectivo era identificar as diversas espécies existentes em cada mar, saber a área ocupada e volume de água, assim como descortinar aquilo que mais afecta os oceanos.
Além da perda de biodiversidade, o Mediterrâneo foi invadido por mais de 600 espécies alóctones (de fora). A maioria delas entraram pelo canal do Suez, vindas do mar Vermelho. Outras espécies (22%) chegaram por barco, vindas de todo o mundo. Há ainda 10% associados a fugas de explorações aquícolas : "Houve uma alga, natural do Índico, que fugiu do aquário do Mónaco. Este tipo de alga cresce e forma uma rede que cresce em cima de tudo", contra Alexandra Cunha.
Para os autores do estudo, o cenário futuro será pior: "As ameaças vão aumentar no futuro, em especial as associadas às alterações climáticas e à degradação do habitat", explicou ao jornal espanhol Público uma das coordenadoras do estudo, Marta Coll, do Instituto de Ciências do Mar de Barcelona.
Os autores do estudo, publicado na revista científica PLoS ONE, relembram a invasão de medusas ocorrida no Mediterrâneo em 2006. Estas chegaram do Atlântico em barcos e expandiram-se desde Israel até à costa espanhola. Duas décadas antes já tinham provocado o colapso da população de anchovas no mar Negro.
Um factor que atrai estas espécies exóticas é o aumento da temperatura das águas do mar, que permitem que sobrevivam no Mediterrâneo. Na década de 1980, a temperatura da superfície marinha na costa mediterrânea variava entre os 16,25 graus, na zona ocidental, e os 22,75, na zona oriental. Os investigadores fizeram contas e prevêem que em 2050 a temperatura irá ultrapassar os 24 graus em algumas zonas.
O problema do Mediterrâneo também pode não ser de agora e terá a História a justificá-lo: "Não podemos esquecer-nos de que este é um mar fechado que sempre foi muito utilizado pelas populações à sua volta há milhares de anos", relembra a presidente da LPN. A pressão demográfica das margens leva a que haja mais poluição no mar.
In DN
Mediterrâneo é o mar mais ameaçado do Mundo
por BRUNO ABREUHoje
Investigação Lançado há dez anos, terminou recentemente o projecto que pretendia fazer um censo a toda a vida marinha. O estudo permitiu saber que existem cerca de 239 668 espécies em todos os oceanos. Mas serve também de alerta para os problemas do mar, como o Mediterrâneo, aqui tão perto
Não se via um único peixe no mar. Alexandra Cunha, presidente da Liga para a Protecção da Natureza (LPN), estava num congresso sobre pradarias marinhas na Croácia e, com os seus colegas biólogos marinhos, resolveu ir explorar o fundo do Mediterrâneo. O que encontrou surpreendeu-a: "Fiquei pasmada. Perguntei aos meus colegas croatas o porquê de não haver vida marinha e eles disseram-me que a sobrepesca é a responsável." A esta conclusão chegou também o recente censo feito ao fundo marinho. A investigação de dez anos conclui que o Mediterrâneo é o mar mais ameaçado do mundo, bem à frente dos outros.
Sobrepesca, destruição do habitat, contaminação das águas, aquecimento global e pressão demográfica estão a afectar o Mediterrâneo e as 17 mil espécies que lá vivem. E isto tudo está à vista: "Tenho colegas que vão fazer observação nos barcos de pesca e vêm de lá impressionados. Não vêem um mamífero na água, sejam golfinhos ou tartarugas", conta a presidente da LPN.
Este Censo da Vida Marinha foi feito em todo o mundo. O objectivo era identificar as diversas espécies existentes em cada mar, saber a área ocupada e volume de água, assim como descortinar aquilo que mais afecta os oceanos.
Além da perda de biodiversidade, o Mediterrâneo foi invadido por mais de 600 espécies alóctones (de fora). A maioria delas entraram pelo canal do Suez, vindas do mar Vermelho. Outras espécies (22%) chegaram por barco, vindas de todo o mundo. Há ainda 10% associados a fugas de explorações aquícolas : "Houve uma alga, natural do Índico, que fugiu do aquário do Mónaco. Este tipo de alga cresce e forma uma rede que cresce em cima de tudo", contra Alexandra Cunha.
Para os autores do estudo, o cenário futuro será pior: "As ameaças vão aumentar no futuro, em especial as associadas às alterações climáticas e à degradação do habitat", explicou ao jornal espanhol Público uma das coordenadoras do estudo, Marta Coll, do Instituto de Ciências do Mar de Barcelona.
Os autores do estudo, publicado na revista científica PLoS ONE, relembram a invasão de medusas ocorrida no Mediterrâneo em 2006. Estas chegaram do Atlântico em barcos e expandiram-se desde Israel até à costa espanhola. Duas décadas antes já tinham provocado o colapso da população de anchovas no mar Negro.
Um factor que atrai estas espécies exóticas é o aumento da temperatura das águas do mar, que permitem que sobrevivam no Mediterrâneo. Na década de 1980, a temperatura da superfície marinha na costa mediterrânea variava entre os 16,25 graus, na zona ocidental, e os 22,75, na zona oriental. Os investigadores fizeram contas e prevêem que em 2050 a temperatura irá ultrapassar os 24 graus em algumas zonas.
O problema do Mediterrâneo também pode não ser de agora e terá a História a justificá-lo: "Não podemos esquecer-nos de que este é um mar fechado que sempre foi muito utilizado pelas populações à sua volta há milhares de anos", relembra a presidente da LPN. A pressão demográfica das margens leva a que haja mais poluição no mar.
In DN
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Microrreservas para proteger anfíbios no Mindelo
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Microrreservas para proteger anfíbios no Mindelo
por Filomena Naves
Hoje
Investigadores do Porto têm projecto de recuperação e construção de charcos que servem de 'habitat' e de local de reprodução a 14 das 17 espécies de anfíbios que há no País. Algumas são consideradas vulnerávei
Os charcos secaram há duas semanas, mas Vasco Flores Cruz sabe como procurar rãs e tritões naquele chão húmido e escuro, sombreado pelos pinheiros. Com cuidado, para não escorregar, baixa-se e levanta uma das telhas por ali abandonadas. Nada. Mas o jovem investigador do Centro de Investigação em Biodiversidade e Recursos Genéticos (Cibio), da Universidade do Porto, não desiste.
"Andam por aqui juvenis, ainda há pouco os vi", diz ele confiante. Afasta outra telha, e bingo! Lá está ele, um pequeníssimo vulto escuro, que parece ficar a boiar na palma da mão. "É um sapo-parteiro", anuncia o investigador, olhando-o com atenção. "Fez a transformação [de girino para a forma adulta] há muito pouco tempo".
O animal fica muito quieto, à espera. "Esta espécie é muito interessante porque o macho carrega os ovos às costas, é uma estratégia para aumentar ar o sucesso da reprodução", explica Vasco Flores, que no último ano tem corrido toda a zona da Paisagem Protegida Regional do Litoral de Vila do Conde, a identificar e a avaliar charcos e a fazer o levantamento das espécies de anfíbios que há em cada um deles.
A reserva foi criada há meia dúzia de meses, numa parceria entre várias entidades, entre as quais o município e a Universidade de Porto, e o trabalho de Vasco Cruz está ligado a um projecto daquela universidade para a conservação dos anfíbios na região, que tem também o apoio do Oceanário, entre outros.
"A ideia é criar uma rede de microrreservas, [cada charco é uma microrreserva], nesta zona que agora tem estatuto de área protegida, para conservar as populações de anfíbios que aqui existem", explica o biólogo José Teixeira, que coordena o projecto no Cibio.
O Mindelo, concelho de Vila do Conde, não foi escolhido à toa. Tem uma história ligada à conservação - ali foi estabelecida em 1957 a primeira área protegida do País, a Reserva Ornitológica do Mindelo, que ficou esquecida quando se criaram em Portugal parques e reservas a partir dos anos 70. Sem enquadramento, crescimento urbano e problemas ambientais marcaram a região nos últimos anos.
Mas o ponto essencial é este: pelas suas características, o Mindelo é território de 14 das 17 espécies de anfíbios que existem em Portugal, embora duas delas (a rã-ibérica e a salamadra-de-costelas-salientes) não se avistem ali já há tempos. Recuperá-las é outro dos objectivos.
Região de confluência de climas - é limite norte de influências mediterrânicas e bebe das brisas atlânticas - e de paisagens, com floresta e dunas, e um solo atreito à formação de charcos, o Mindelo reúne condições únicas que fazem dele o sítio com maior número de espécies de anfíbios do País e um dos mais importantes para a sua conservação.
Com os estudos no terreno feitos, a equipa definiu já os quatro ou cinco charcos, em diferentes pontos da reserva, sobre os quais vai trabalhar no próximo ano. Alguns estão em terrenos privados - decorrem por isso conversações com os proprietários para se poder avançar. "Vamos melhorar uns e construir outros de raiz", explica Vasco Cruz.
Um dos que caem nesta segunda categoria tem uma história feliz, que conjuga a filosofia do projecto, que chama à colaboração toda a comunidade local, e a coincidência da localização de um pólo do Centro Juvenil de Campanhã (CJC), que acolhe jovens em risco.
"Têm um terreno na reserva bom para construção de um charco,. Fizemos a proposta, que foi muito bem acolhida. Os jovens têm participado com entusiasmo", conta Vasco Cruz.
Depois de terem salvado já este ano as larvas de várias espécies que foi possível resgatar de um charco da reserva destruído com entulhos pelo seu proprietário, os jovens do CJC observaram os animais a crescer, viram-nos transformar-se e refugiar-se no bosque. Agora vão construir o seu charco. O trabalho começa hoje, com a limpeza do local. As escavações são na próxima semana e haverá muitas mãos a ajudar.
In DN
Microrreservas para proteger anfíbios no Mindelo
por Filomena Naves
Hoje
Investigadores do Porto têm projecto de recuperação e construção de charcos que servem de 'habitat' e de local de reprodução a 14 das 17 espécies de anfíbios que há no País. Algumas são consideradas vulnerávei
Os charcos secaram há duas semanas, mas Vasco Flores Cruz sabe como procurar rãs e tritões naquele chão húmido e escuro, sombreado pelos pinheiros. Com cuidado, para não escorregar, baixa-se e levanta uma das telhas por ali abandonadas. Nada. Mas o jovem investigador do Centro de Investigação em Biodiversidade e Recursos Genéticos (Cibio), da Universidade do Porto, não desiste.
"Andam por aqui juvenis, ainda há pouco os vi", diz ele confiante. Afasta outra telha, e bingo! Lá está ele, um pequeníssimo vulto escuro, que parece ficar a boiar na palma da mão. "É um sapo-parteiro", anuncia o investigador, olhando-o com atenção. "Fez a transformação [de girino para a forma adulta] há muito pouco tempo".
O animal fica muito quieto, à espera. "Esta espécie é muito interessante porque o macho carrega os ovos às costas, é uma estratégia para aumentar ar o sucesso da reprodução", explica Vasco Flores, que no último ano tem corrido toda a zona da Paisagem Protegida Regional do Litoral de Vila do Conde, a identificar e a avaliar charcos e a fazer o levantamento das espécies de anfíbios que há em cada um deles.
A reserva foi criada há meia dúzia de meses, numa parceria entre várias entidades, entre as quais o município e a Universidade de Porto, e o trabalho de Vasco Cruz está ligado a um projecto daquela universidade para a conservação dos anfíbios na região, que tem também o apoio do Oceanário, entre outros.
"A ideia é criar uma rede de microrreservas, [cada charco é uma microrreserva], nesta zona que agora tem estatuto de área protegida, para conservar as populações de anfíbios que aqui existem", explica o biólogo José Teixeira, que coordena o projecto no Cibio.
O Mindelo, concelho de Vila do Conde, não foi escolhido à toa. Tem uma história ligada à conservação - ali foi estabelecida em 1957 a primeira área protegida do País, a Reserva Ornitológica do Mindelo, que ficou esquecida quando se criaram em Portugal parques e reservas a partir dos anos 70. Sem enquadramento, crescimento urbano e problemas ambientais marcaram a região nos últimos anos.
Mas o ponto essencial é este: pelas suas características, o Mindelo é território de 14 das 17 espécies de anfíbios que existem em Portugal, embora duas delas (a rã-ibérica e a salamadra-de-costelas-salientes) não se avistem ali já há tempos. Recuperá-las é outro dos objectivos.
Região de confluência de climas - é limite norte de influências mediterrânicas e bebe das brisas atlânticas - e de paisagens, com floresta e dunas, e um solo atreito à formação de charcos, o Mindelo reúne condições únicas que fazem dele o sítio com maior número de espécies de anfíbios do País e um dos mais importantes para a sua conservação.
Com os estudos no terreno feitos, a equipa definiu já os quatro ou cinco charcos, em diferentes pontos da reserva, sobre os quais vai trabalhar no próximo ano. Alguns estão em terrenos privados - decorrem por isso conversações com os proprietários para se poder avançar. "Vamos melhorar uns e construir outros de raiz", explica Vasco Cruz.
Um dos que caem nesta segunda categoria tem uma história feliz, que conjuga a filosofia do projecto, que chama à colaboração toda a comunidade local, e a coincidência da localização de um pólo do Centro Juvenil de Campanhã (CJC), que acolhe jovens em risco.
"Têm um terreno na reserva bom para construção de um charco,. Fizemos a proposta, que foi muito bem acolhida. Os jovens têm participado com entusiasmo", conta Vasco Cruz.
Depois de terem salvado já este ano as larvas de várias espécies que foi possível resgatar de um charco da reserva destruído com entulhos pelo seu proprietário, os jovens do CJC observaram os animais a crescer, viram-nos transformar-se e refugiar-se no bosque. Agora vão construir o seu charco. O trabalho começa hoje, com a limpeza do local. As escavações são na próxima semana e haverá muitas mãos a ajudar.
In DN
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'Encruzilhada' ameaça animais de Serengueti
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'Encruzilhada' ameaça animais de Serengueti
por PEDRO VILELA MARQUES,
Hoje
Construção a partir de 2012 de uma estrada que vai atravessar 53 quilómetros do parque tanzaniano coloca em risco herbívoros que migram para o Quénia
Todos os anos, a peregrinação repete-se: em Julho, cerca de dois milhões de zebras, gazelas e gnus deixam as áridas pradarias de Serengueti, na Tanzânia, em busca das zonas mais húmidas da reserva Masai Mara, no Quénia. Um ritual que pode ser seriamente ameaçado com a construção a partir de 2012 de uma estrada que vai atravessar 53 quilómetros do parque tanzaniano.
"Estou em crer que a estrada prejudicará a 'grande migração', de tal forma que podia torná-la apenas uma recordação do passado, que as novas gerações não conheceriam", alerta o conhecido paleontólogo queniano Richard Leakey à agência espanhola EFE. Segundo Leakey, a nova estrada, que ao todo se estenderá por 480 quilómetros, "não só funcionará como uma barreira e poderá provocar o atropelamento de animais como facilitará a caça furtiva e permitirá que espécies vegetais invasoras e doenças possam movimentar-se mais rapidamente".
Um dos receios que correm entre a comunidade ecologista é o de que a obra seja entregue a uma construtora chinesa. Um país que acusam de consumir muitas partes de elefantes para fins medicinais, o que poderia acabar definitivamente com um animal já seriamente ameaçado pelo tráfico de marfim no Norte do país. Estimativas apontam que, por exemplo, a população de zebras pode sofrer um declínio abrupto de 1,3 milhões para apenas 200 mil cabeças em pouco tempo.
A Sociedade Zoológica de Franqueforte (SZF), que financia a administração de Serengueti, acompanha o conservacionista queniano nas críticas à medida, ao lembrar que, com o crescimento do comércio naquela zona da África Oriental, "centenas de camiões atravessarão o parque todos os dias". Críticas às quais o presidente tanzaniano responde com garantias de protecção do ecossistema. "Sou um defensor incondicional do meio ambiente e a última pessoa que permitira a construção de algo que destruísse a natureza", garante Jakaya Kikwete. As autoridades da Tanzânia querem apenas "equipar todas as regiões do país com estradas que possam ser usadas sejam quais forem as condições meteorológicas, já que as populações daquela zona também merecem ter acesso a boas infra-estruturas".
Argumentos que ainda assim não convencem a SZF, que contrapõe com um projecto alternativo em que a estrada passaria a sul de Serengueti e que "serviria cinco vezes mais pessoas".
In DN
'Encruzilhada' ameaça animais de Serengueti
por PEDRO VILELA MARQUES,
Hoje
Construção a partir de 2012 de uma estrada que vai atravessar 53 quilómetros do parque tanzaniano coloca em risco herbívoros que migram para o Quénia
Todos os anos, a peregrinação repete-se: em Julho, cerca de dois milhões de zebras, gazelas e gnus deixam as áridas pradarias de Serengueti, na Tanzânia, em busca das zonas mais húmidas da reserva Masai Mara, no Quénia. Um ritual que pode ser seriamente ameaçado com a construção a partir de 2012 de uma estrada que vai atravessar 53 quilómetros do parque tanzaniano.
"Estou em crer que a estrada prejudicará a 'grande migração', de tal forma que podia torná-la apenas uma recordação do passado, que as novas gerações não conheceriam", alerta o conhecido paleontólogo queniano Richard Leakey à agência espanhola EFE. Segundo Leakey, a nova estrada, que ao todo se estenderá por 480 quilómetros, "não só funcionará como uma barreira e poderá provocar o atropelamento de animais como facilitará a caça furtiva e permitirá que espécies vegetais invasoras e doenças possam movimentar-se mais rapidamente".
Um dos receios que correm entre a comunidade ecologista é o de que a obra seja entregue a uma construtora chinesa. Um país que acusam de consumir muitas partes de elefantes para fins medicinais, o que poderia acabar definitivamente com um animal já seriamente ameaçado pelo tráfico de marfim no Norte do país. Estimativas apontam que, por exemplo, a população de zebras pode sofrer um declínio abrupto de 1,3 milhões para apenas 200 mil cabeças em pouco tempo.
A Sociedade Zoológica de Franqueforte (SZF), que financia a administração de Serengueti, acompanha o conservacionista queniano nas críticas à medida, ao lembrar que, com o crescimento do comércio naquela zona da África Oriental, "centenas de camiões atravessarão o parque todos os dias". Críticas às quais o presidente tanzaniano responde com garantias de protecção do ecossistema. "Sou um defensor incondicional do meio ambiente e a última pessoa que permitira a construção de algo que destruísse a natureza", garante Jakaya Kikwete. As autoridades da Tanzânia querem apenas "equipar todas as regiões do país com estradas que possam ser usadas sejam quais forem as condições meteorológicas, já que as populações daquela zona também merecem ter acesso a boas infra-estruturas".
Argumentos que ainda assim não convencem a SZF, que contrapõe com um projecto alternativo em que a estrada passaria a sul de Serengueti e que "serviria cinco vezes mais pessoas".
In DN
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Joao Ruiz- Pontos : 32035
Recursos naturais esgotam sábado
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Recursos naturais esgotam sábado
Hoje
Segundo uma organização não governamental, os recursos naturais disponíveis para 2010 esgotam-se a 21 de Agosto
Os habitantes da terra esgotarão a 21 de Agosto os recursos naturais que o planeta lhes proporciona anualmente, pelo que a partir daquela data já passarão a consumir e a viver dos créditos respeitantes ao próximo ano.
O alerta foi deixado pela organização não governamental Global Footprint Network (GFN), que anualmente calcula o dia em que o consumo da humanidade esgota os recursos naturais que o planeta é capaz de fornecer cada ano.
"Isso significa que demoramos menos de nove meses para esgotar o nosso orçamento ecológico para este ano", realçou o presidente da GFN, Mathis Wackernagel.
Em 2009, o limite dos recursos naturais foi alcançado em 25 de Setembro, mas, segundo o responsável do GFN, o desempenho deste ano não significa que o consumo em 2010 tenha aumentado.
"Este ano analisamos todos os nossos dados e percebemos que, até agora, tínhamos sobreavaliado a produtividade das florestas e das pastagens: em outras palavras, exageramos a capacidade que a Terra" tem para regenerar e absorver o nosso excesso.
"Se você gastar o seu orçamento anual em nove meses provavelmente ficaria muito preocupado com a situação: a situação não é menos grave quando falamos das nossas reservas naturais", sustentou Mathis Wackernagel.
De acordo com o responsável da GFN, as alterações climáticas, a perda de biodiversidade, a deflorestação, a escassez de água e de alimentos "são todos sinais de que não podemos continuar a consumir [este tipo de recursos] a crédito".
In DN
Recursos naturais esgotam sábado
Hoje
Segundo uma organização não governamental, os recursos naturais disponíveis para 2010 esgotam-se a 21 de Agosto
Os habitantes da terra esgotarão a 21 de Agosto os recursos naturais que o planeta lhes proporciona anualmente, pelo que a partir daquela data já passarão a consumir e a viver dos créditos respeitantes ao próximo ano.
O alerta foi deixado pela organização não governamental Global Footprint Network (GFN), que anualmente calcula o dia em que o consumo da humanidade esgota os recursos naturais que o planeta é capaz de fornecer cada ano.
"Isso significa que demoramos menos de nove meses para esgotar o nosso orçamento ecológico para este ano", realçou o presidente da GFN, Mathis Wackernagel.
Em 2009, o limite dos recursos naturais foi alcançado em 25 de Setembro, mas, segundo o responsável do GFN, o desempenho deste ano não significa que o consumo em 2010 tenha aumentado.
"Este ano analisamos todos os nossos dados e percebemos que, até agora, tínhamos sobreavaliado a produtividade das florestas e das pastagens: em outras palavras, exageramos a capacidade que a Terra" tem para regenerar e absorver o nosso excesso.
"Se você gastar o seu orçamento anual em nove meses provavelmente ficaria muito preocupado com a situação: a situação não é menos grave quando falamos das nossas reservas naturais", sustentou Mathis Wackernagel.
De acordo com o responsável da GFN, as alterações climáticas, a perda de biodiversidade, a deflorestação, a escassez de água e de alimentos "são todos sinais de que não podemos continuar a consumir [este tipo de recursos] a crédito".
In DN
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Aquecimento da Terra ditou fim dos mamutes
.
Aquecimento da Terra ditou fim dos mamutes
por FILOMENA NAVES
Hoje
Equipa internacional coordenada pela universidade britânica de Durham estudou pólenes antigos e concluiu que os grandes herbívoros perderam as suas pastagens
A teoria preferida para explicar o fim dos mamutes, há quatro mil anos, tem sido a de que ele foi caçado até à extinção pelo Homo sapiens. Mas afinal não terá sido assim. Um estudo de uma equipa internacional, que olhou para pólenes antigos e fez simulações por computador, diz que o motivo foi a diminuição drástica das pastagens, desencadeada pelo início do período interglaciar que estamos a viver desde há 12 mil anos. Uma explicação que é uma parábola para os tempos modernos, dizem os autores do estudo, que o publicam hoje na revista Quarternary Science Reviews.
As conclusões resultaram de uma investigação mais vasta para caracterizar e datar o clima e a vegetação no hemisfério norte durante e após a última era glaciar. Pelo caminho os cientistas reuniram dados que destronam a ideia de que a extinção dos mamutes - e de outros mamíferos gigantes, como o leão das cavernas ou o rinoceronte lanudo, que desapareceram também por essa altura - ficou a dever-se à caça e à com- petição por território por parte do Homo sapiens.
No final da última era glaciar, há cerca de 12 mil anos, houve um declínio acentuado da produtividade das pastagens no planeta e surgiram vastas áreas florestais.
Estas mudanças nos habitats tornaram a vida mais difícil aos grandes mamíferos, que ficaram com uma disponibilidade alimentar reduzida, e isso coincidiu com o crescimento das populações do homem moderno. Embora muitas das espécies tenham sobrevivido ainda alguns milhares de anos, o seu destino terá ficado traçado nessa alteração radical. "A mudança das ricas terras de pasto em extensas regiões no Norte da Eurásia e Alasca para habitats de tundra muito menos produtivos teve um impacto enorme nas espécies dos grandes herbívoros, como rinoceronte-lanudo e o mamute, que se confrontaram com dificuldades alimentares crescentes", disse o coordenador do estudo, Brian Huntley, da universidade britânica de Durham, notando que " foi o principal factor para a sua extinção".
In DN
Aquecimento da Terra ditou fim dos mamutes
por FILOMENA NAVES
Hoje
Equipa internacional coordenada pela universidade britânica de Durham estudou pólenes antigos e concluiu que os grandes herbívoros perderam as suas pastagens
A teoria preferida para explicar o fim dos mamutes, há quatro mil anos, tem sido a de que ele foi caçado até à extinção pelo Homo sapiens. Mas afinal não terá sido assim. Um estudo de uma equipa internacional, que olhou para pólenes antigos e fez simulações por computador, diz que o motivo foi a diminuição drástica das pastagens, desencadeada pelo início do período interglaciar que estamos a viver desde há 12 mil anos. Uma explicação que é uma parábola para os tempos modernos, dizem os autores do estudo, que o publicam hoje na revista Quarternary Science Reviews.
As conclusões resultaram de uma investigação mais vasta para caracterizar e datar o clima e a vegetação no hemisfério norte durante e após a última era glaciar. Pelo caminho os cientistas reuniram dados que destronam a ideia de que a extinção dos mamutes - e de outros mamíferos gigantes, como o leão das cavernas ou o rinoceronte lanudo, que desapareceram também por essa altura - ficou a dever-se à caça e à com- petição por território por parte do Homo sapiens.
No final da última era glaciar, há cerca de 12 mil anos, houve um declínio acentuado da produtividade das pastagens no planeta e surgiram vastas áreas florestais.
Estas mudanças nos habitats tornaram a vida mais difícil aos grandes mamíferos, que ficaram com uma disponibilidade alimentar reduzida, e isso coincidiu com o crescimento das populações do homem moderno. Embora muitas das espécies tenham sobrevivido ainda alguns milhares de anos, o seu destino terá ficado traçado nessa alteração radical. "A mudança das ricas terras de pasto em extensas regiões no Norte da Eurásia e Alasca para habitats de tundra muito menos produtivos teve um impacto enorme nas espécies dos grandes herbívoros, como rinoceronte-lanudo e o mamute, que se confrontaram com dificuldades alimentares crescentes", disse o coordenador do estudo, Brian Huntley, da universidade britânica de Durham, notando que " foi o principal factor para a sua extinção".
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Tecnologia não evita subida do mar
.
Tecnologia não evita subida do mar
por FILOMENA NAVES
Hoje
Investigadores testaram cenários com mais ou menos emissões e com soluções técnicas de vários tipos
Ideias não faltam e algumas são até muito imaginativas. Por exemplo, colocar espelhos gigantes no espaço ou injectar dióxido de enxofre na atmosfera estão entre as hipóteses que os cientistas da geoengenharia já sugeriram para tentar travar o aquecimento global. Mas, diz agora uma equipa que testou várias soluções em simulações computorizadas, a geoengenharia não resolve o problema do aumento do nível do mar.
Até final do século, a subida dos oceanos deverá situar-se entre os 30 e 70 centímetros e afectará mais de 150 milhões de pessoas, alerta a equipa internacional que publicou um estudo na Proceedings of the National Academy of Sciences (PNAS).
"A subida do nível do mar devido ao aquecimento global deverá afectar cerca de 150 milhões de pessoas que vivem em zonas costeiras baixas, incluindo algumas das maiores cidades do mundo", afirmou Svetlana Jevrejeva, do National Oceanography Centre, nos EUA, e uma das investigadoras que fez os cálculos.
A comunidade científica é consensual sobre os efeitos no clima da crescente concentração de gases com efeito de estufa na atmosfera, devido às actividades humanas. As alterações climáticas, visíveis no aumento global da temperatura, na subida do nível do mar e nos fenómenos climáticos extremos mais frequentes são já o resultado dessa maior concentração de gases com efeito de estufa, dizem os climatologistas. A temperatura média da Terra, por exemplo, subiu 0,76 graus Celsius no último século e o nível médio dos oceanos está a aumentar 1,5 milímetros ao ano, com tendência para ficar mais elevado.
Cálculos anteriores, conforme os cenários de maior ou menor emissão de gases com efeito de estufa por parte da civilização humana, tinham já determinado que a subida do nível médio dos oceanos até final do século poderia andar entre os 18 e os 59 centímetros. Outros cálculos projectaram valores mais elevados, até 1,2 metros.
A equipa internacional que agora publicou o seu estudo na PNAS, vem propor um novo intervalo: entre 30 e 70 centímetros. Mesmo se houver recurso a soluções de geoengenharia, como a captura de carbo-no ou a utilização combinada de soluções que envolvam menos emissões e captura simultânea de uma parte das que forem produzidas.
A solução dos espelhos no espaço, para reflectir uma parte das radiações solares e, portanto, do calor que chega à Terra, foi descartada pela equipa, devido às suas gigantescas dificuldades técnicas.
A injecção de partículas (aerossóis) de dióxido de enxofre na atmosfera, para gerar o seu arrefecimento, também foi analisada pelos investigadores, mas a incerteza é tanta que a puseram de parte como solução possível. "Simplesmente não sabemos como o sistema da Terra iria reagir a uma acção dessas em larga escala", afirmou Svetlana Jevrejeva, sublinhando que substituir o controlo das emissões de gases com efeito de estufa pela soluções da geoengenharia seria "tratar apenas os sintomas e colocar um fardo cheio de riscos nas gerações futuras".
In DN
Tecnologia não evita subida do mar
por FILOMENA NAVES
Hoje
Investigadores testaram cenários com mais ou menos emissões e com soluções técnicas de vários tipos
Ideias não faltam e algumas são até muito imaginativas. Por exemplo, colocar espelhos gigantes no espaço ou injectar dióxido de enxofre na atmosfera estão entre as hipóteses que os cientistas da geoengenharia já sugeriram para tentar travar o aquecimento global. Mas, diz agora uma equipa que testou várias soluções em simulações computorizadas, a geoengenharia não resolve o problema do aumento do nível do mar.
Até final do século, a subida dos oceanos deverá situar-se entre os 30 e 70 centímetros e afectará mais de 150 milhões de pessoas, alerta a equipa internacional que publicou um estudo na Proceedings of the National Academy of Sciences (PNAS).
"A subida do nível do mar devido ao aquecimento global deverá afectar cerca de 150 milhões de pessoas que vivem em zonas costeiras baixas, incluindo algumas das maiores cidades do mundo", afirmou Svetlana Jevrejeva, do National Oceanography Centre, nos EUA, e uma das investigadoras que fez os cálculos.
A comunidade científica é consensual sobre os efeitos no clima da crescente concentração de gases com efeito de estufa na atmosfera, devido às actividades humanas. As alterações climáticas, visíveis no aumento global da temperatura, na subida do nível do mar e nos fenómenos climáticos extremos mais frequentes são já o resultado dessa maior concentração de gases com efeito de estufa, dizem os climatologistas. A temperatura média da Terra, por exemplo, subiu 0,76 graus Celsius no último século e o nível médio dos oceanos está a aumentar 1,5 milímetros ao ano, com tendência para ficar mais elevado.
Cálculos anteriores, conforme os cenários de maior ou menor emissão de gases com efeito de estufa por parte da civilização humana, tinham já determinado que a subida do nível médio dos oceanos até final do século poderia andar entre os 18 e os 59 centímetros. Outros cálculos projectaram valores mais elevados, até 1,2 metros.
A equipa internacional que agora publicou o seu estudo na PNAS, vem propor um novo intervalo: entre 30 e 70 centímetros. Mesmo se houver recurso a soluções de geoengenharia, como a captura de carbo-no ou a utilização combinada de soluções que envolvam menos emissões e captura simultânea de uma parte das que forem produzidas.
A solução dos espelhos no espaço, para reflectir uma parte das radiações solares e, portanto, do calor que chega à Terra, foi descartada pela equipa, devido às suas gigantescas dificuldades técnicas.
A injecção de partículas (aerossóis) de dióxido de enxofre na atmosfera, para gerar o seu arrefecimento, também foi analisada pelos investigadores, mas a incerteza é tanta que a puseram de parte como solução possível. "Simplesmente não sabemos como o sistema da Terra iria reagir a uma acção dessas em larga escala", afirmou Svetlana Jevrejeva, sublinhando que substituir o controlo das emissões de gases com efeito de estufa pela soluções da geoengenharia seria "tratar apenas os sintomas e colocar um fardo cheio de riscos nas gerações futuras".
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Extinção foi causada por duplo impacto
.
Extinção foi causada por duplo impacto
Hoje
Descoberta de cratera na Ucrânia aponta para causas complexas na extinção dos dinossauros, há 65 milhões de anos.
Na realidade, os dinossauros não tiveram qualquer hipótese de sobrevivência. A teoria de que foram extintos por um impacto de um asteróide foi agora refinada com o estudo de David Jolley, da Universidade de Aberdeen, que aponta para um duplo impacto, seguido de uma chuva de meteoritos.
A controversa ideia do impacto foi apresentada em 1980, e os cientistas sempre apontaram a cratera de Chicxulub, no México, como prova de um choque de dimensões catastróficas coincidindo com a extinção. Nos últimos 30 anos, foram reunidos mais indícios de que algo de muito dramático aconteceu há 65 milhões de anos.
Um novo estudo sugere que o impacto de Chicxulub foi acompanhado de um segundo choque, que produziu a cratera de Boltysh, na Ucrânia, descoberta em 2002. Mas não se pense que era o mesmo asteróide a partir-se antes de chocar com a Terra. Foram dois impactos separados por alguns milhares de anos.
A ideia surge da análise das camadas de pólens e esporos associadas à cratera de Boltysh, cuja antiguidade é semelhante à de Chicxulub. Verificou-se existir uma camada de fetos, plantas ligadas à ocupação inicial após um impacto. Mas, para surpresa dos cientistas, após uns metros desta camada, surge um segundo nível de fetos, indicando outro impacto.
Aparentemente, os dinossauros foram destruídos há 65 milhões de anos, após a Terra ser vítima de uma chuva de asteróides cuja origem permanece um mistério para a ciência.
In DN
Extinção foi causada por duplo impacto
Hoje
Descoberta de cratera na Ucrânia aponta para causas complexas na extinção dos dinossauros, há 65 milhões de anos.
Na realidade, os dinossauros não tiveram qualquer hipótese de sobrevivência. A teoria de que foram extintos por um impacto de um asteróide foi agora refinada com o estudo de David Jolley, da Universidade de Aberdeen, que aponta para um duplo impacto, seguido de uma chuva de meteoritos.
A controversa ideia do impacto foi apresentada em 1980, e os cientistas sempre apontaram a cratera de Chicxulub, no México, como prova de um choque de dimensões catastróficas coincidindo com a extinção. Nos últimos 30 anos, foram reunidos mais indícios de que algo de muito dramático aconteceu há 65 milhões de anos.
Um novo estudo sugere que o impacto de Chicxulub foi acompanhado de um segundo choque, que produziu a cratera de Boltysh, na Ucrânia, descoberta em 2002. Mas não se pense que era o mesmo asteróide a partir-se antes de chocar com a Terra. Foram dois impactos separados por alguns milhares de anos.
A ideia surge da análise das camadas de pólens e esporos associadas à cratera de Boltysh, cuja antiguidade é semelhante à de Chicxulub. Verificou-se existir uma camada de fetos, plantas ligadas à ocupação inicial após um impacto. Mas, para surpresa dos cientistas, após uns metros desta camada, surge um segundo nível de fetos, indicando outro impacto.
Aparentemente, os dinossauros foram destruídos há 65 milhões de anos, após a Terra ser vítima de uma chuva de asteróides cuja origem permanece um mistério para a ciência.
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Investigadores de 46 países debatem a paisagem
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«Homogeneização da paisagem»
Investigadores de 46 países debatem a paisagem
Ao contrário do que está suceder na maioria das regiões da Europa, onde a destruição da paisagem está a crescer, em Trás-os-Montes verifica-se uma renaturalização.
A conclusão saiu da conferência internacional “IUFRO Landscape Ecology Working Group International”, que terminou ontem em Bragança.
Segundo João Carlos Azevedo, professor do Instituto Politécnico de Bragança (IPB) e um dos responsáveis pela organização, “há uma tendência para a homogeneização da paisagem a partir do momento em que abandonamos a agricultura e a pecuária, e a paisagem fica dominada por áreas de mato”.
O docente defendeu que as alterações podem não ser “muito favoráveis” a algum tipo de biodiversidade. Apontou exemplos: “As plantas e animais que estão há muitos milhares de anos ajustadas a mosaicos complexos, com a presença de comunidades urbanas, tenderão a diminuir a dimensão das suas populações. Já as espécies mais selvagens têm tendência a ver o seu habitat melhorado”, acrescentou o especialista.
O abandono da agricultura pode não ter “os efeitos mais desejáveis, pois as paisagens são dinâmicas e esta é a grande mensagem dos trabalhos aqui apresentados”, alertou João Carlos Azevedo.
Em algumas freguesias, o decréscimo da agricultura nos últimos 50 anos foi mais de metade
Quanto a alterações previstas para a região, o docente admite que a agricultura está a diminuir. Em algumas freguesias, nos últimos 50 anos, o decréscimo foi mais de metade e há casos em que ultrapassa esse valor. Todavia, tudo indica que a mudança está a caminho com o regresso à agricultura, ainda que em moldes diferentes dos actuais. “Eu acredito que a agricultura e o aproveitamento agrícola dos sistemas rurais vai recomeçar a ser feito”, defendeu.
O professor sustenta a sua posição nos indicadores e no facto de existirem cada vez mais técnicos qualificados as áreas da agricultura e das florestas. “Há alteração na distribuição das pessoas por esses territórios, mas há conhecimento e havendo a possibilidade de fazer investimento haverá possibilidade de fazer uma nova alteração de fundo na paisagem da região”, vaticinou João Carlos Azevedo.
O encontro reuniu, em Bragança, mais de 300 participantes de 46 países de cinco continentes. Recorde-se que o IPB candidatou-se à organização desta conferência internacional há dois anos, durante um encontro semelhante realizado na China, deixando para trás muitos outros países.
Glória Lopes, Jornal Nordeste, 2010-10-01
In DTM
«Homogeneização da paisagem»
Investigadores de 46 países debatem a paisagem
Ao contrário do que está suceder na maioria das regiões da Europa, onde a destruição da paisagem está a crescer, em Trás-os-Montes verifica-se uma renaturalização.
A conclusão saiu da conferência internacional “IUFRO Landscape Ecology Working Group International”, que terminou ontem em Bragança.
Segundo João Carlos Azevedo, professor do Instituto Politécnico de Bragança (IPB) e um dos responsáveis pela organização, “há uma tendência para a homogeneização da paisagem a partir do momento em que abandonamos a agricultura e a pecuária, e a paisagem fica dominada por áreas de mato”.
O docente defendeu que as alterações podem não ser “muito favoráveis” a algum tipo de biodiversidade. Apontou exemplos: “As plantas e animais que estão há muitos milhares de anos ajustadas a mosaicos complexos, com a presença de comunidades urbanas, tenderão a diminuir a dimensão das suas populações. Já as espécies mais selvagens têm tendência a ver o seu habitat melhorado”, acrescentou o especialista.
O abandono da agricultura pode não ter “os efeitos mais desejáveis, pois as paisagens são dinâmicas e esta é a grande mensagem dos trabalhos aqui apresentados”, alertou João Carlos Azevedo.
Em algumas freguesias, o decréscimo da agricultura nos últimos 50 anos foi mais de metade
Quanto a alterações previstas para a região, o docente admite que a agricultura está a diminuir. Em algumas freguesias, nos últimos 50 anos, o decréscimo foi mais de metade e há casos em que ultrapassa esse valor. Todavia, tudo indica que a mudança está a caminho com o regresso à agricultura, ainda que em moldes diferentes dos actuais. “Eu acredito que a agricultura e o aproveitamento agrícola dos sistemas rurais vai recomeçar a ser feito”, defendeu.
O professor sustenta a sua posição nos indicadores e no facto de existirem cada vez mais técnicos qualificados as áreas da agricultura e das florestas. “Há alteração na distribuição das pessoas por esses territórios, mas há conhecimento e havendo a possibilidade de fazer investimento haverá possibilidade de fazer uma nova alteração de fundo na paisagem da região”, vaticinou João Carlos Azevedo.
O encontro reuniu, em Bragança, mais de 300 participantes de 46 países de cinco continentes. Recorde-se que o IPB candidatou-se à organização desta conferência internacional há dois anos, durante um encontro semelhante realizado na China, deixando para trás muitos outros países.
Glória Lopes, Jornal Nordeste, 2010-10-01
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Monumentos de todo o mundo desligam as luzes dia 26
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Monumentos de todo o mundo desligam as luzes dia 26
por Lusa
Hoje
Monumentos e símbolos arquitectónicos de diversos países, como Alhambra, Torre de Tóquio ou Cristo Rei juntam-se à iniciativa Hora do Planeta e desligam as luzes às 20:30 de 26 de Março para alertar contra o aquecimento global.
O objectivo da Hora do Planeta, que será entre as 20:30 e as 21:30, é levar os cidadãos a desligarem as luzes, assinalando o seu compromisso com o planeta, partilharem histórias e acções que beneficiem a Terra, através da internet, e adoptarem comportamentos diários sustentáveis, como explica a WWF, a associação ambientalista promotora da iniciativa.
Gateway of India ou o Cristo Redentor, no Brasil, Torre Eiffel, em França, Ponte da Liberdade, na Hungria, a Sinfonia de Luzes de Hong Kong (maior luz permanente do mundo) são exemplos de pontos de referência mundiais que se associam à defesa do planeta, enquanto em Portugal a WWF refere centenas de monumentos de 40 cidades.
Em Lisboa, a Ponte 25 de Abril, as estações do Rossio e de Santa Apolónia, o Aqueduto das Águas Livres, o Teatro D. Maria II, a Torre de Belém e o Mosteiro dos Jerónimos estarão às escuras.
"Aqueles pontos de referência irão juntar-se a centenas de milhões de pessoas, de empresas, comunidades e governos, em todo o mundo, que desligarão as luzes durante a Hora do Planeta, transcendendo as barreiras de raça, religião, cultura, sociais, geracionais e da geografia, numa celebração global do compromisso com a protecção da única coisa que nos une a todos - o planeta", salienta um comunicado da WWF.
Nepal, Emirados Árabes Unidos, Espanha, Vietname, Finlândia, África do Sul, Japão, China, Turquia, Hungria são outros países onde será visível a participação na iniciativa.
A rede da WWF/Hora do Planeta incentiva, desta forma simbólica, cidadãos e comunidades a "tomarem as rédeas" do seu destino e da proteção da terra, transmitindo aos responsáveis locais a necessidade de alterar comportamentos com vista a proteger a natureza.
A WWF é uma organização independente de conservação da natureza, com quase cinco milhões de membros e uma rede global ativa em mais de 100 países.
In DN
Monumentos de todo o mundo desligam as luzes dia 26
por Lusa
Hoje
Monumentos e símbolos arquitectónicos de diversos países, como Alhambra, Torre de Tóquio ou Cristo Rei juntam-se à iniciativa Hora do Planeta e desligam as luzes às 20:30 de 26 de Março para alertar contra o aquecimento global.
O objectivo da Hora do Planeta, que será entre as 20:30 e as 21:30, é levar os cidadãos a desligarem as luzes, assinalando o seu compromisso com o planeta, partilharem histórias e acções que beneficiem a Terra, através da internet, e adoptarem comportamentos diários sustentáveis, como explica a WWF, a associação ambientalista promotora da iniciativa.
Gateway of India ou o Cristo Redentor, no Brasil, Torre Eiffel, em França, Ponte da Liberdade, na Hungria, a Sinfonia de Luzes de Hong Kong (maior luz permanente do mundo) são exemplos de pontos de referência mundiais que se associam à defesa do planeta, enquanto em Portugal a WWF refere centenas de monumentos de 40 cidades.
Em Lisboa, a Ponte 25 de Abril, as estações do Rossio e de Santa Apolónia, o Aqueduto das Águas Livres, o Teatro D. Maria II, a Torre de Belém e o Mosteiro dos Jerónimos estarão às escuras.
"Aqueles pontos de referência irão juntar-se a centenas de milhões de pessoas, de empresas, comunidades e governos, em todo o mundo, que desligarão as luzes durante a Hora do Planeta, transcendendo as barreiras de raça, religião, cultura, sociais, geracionais e da geografia, numa celebração global do compromisso com a protecção da única coisa que nos une a todos - o planeta", salienta um comunicado da WWF.
Nepal, Emirados Árabes Unidos, Espanha, Vietname, Finlândia, África do Sul, Japão, China, Turquia, Hungria são outros países onde será visível a participação na iniciativa.
A rede da WWF/Hora do Planeta incentiva, desta forma simbólica, cidadãos e comunidades a "tomarem as rédeas" do seu destino e da proteção da terra, transmitindo aos responsáveis locais a necessidade de alterar comportamentos com vista a proteger a natureza.
A WWF é uma organização independente de conservação da natureza, com quase cinco milhões de membros e uma rede global ativa em mais de 100 países.
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A guerra dos talheres de plástico no Congresso americano
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A guerra dos talheres de plástico no Congresso americano
por Catarina Reis da Fonseca
Hoje
Durante a liderança democrata eram utilizados talheres e copos biodegradáveis nos bares do Congresso americano. A medida verde foi cancelada pela nova maioria republicana, que voltou a adoptar o plástico tradicional.
Há quem diga que a "era verde" terminou em Capitol Hill quando, nas eleições intercalares de Novembro, os republicanos conseguiram alcançar a maioria na câmara baixa do Congresso norte-americano.
A decisão de cancelar a utilização de utensílios biodegradáveis nos bares do Congresso está a causar indignação entre os democratas. "Esta decisão representa bem a nova maioria republicana: mais conversa da treta e políticas que nos fazem regredir", afirmou uma porta-voz da ex-presidente da Câmara dos Representantes Nanci Pelosi, citada pelo The New York Times.
Esta semana, um representante democrata do Oregon, Earl Blumenauer, escreveu uma carta de protesto contra uma decisão, que considerou "retrógrada", dizendo que "nas melhores empresas ninguém contesta a importância de questões como a reciclagem e a biodegradabilidade".
Os republicanos, por sua vez, defendem-se dizendo que a iniciativa não estava a funcionar e que os seus custos eram demasiado elevados.
Salley Wood, porta-voz do presidente do comité administrativo da Câmara dos Representantes, explicou que, enquanto esteve em vigor, o programa não atingiu os seus objectivos. "Não houve poupanças significativas nas emissões de dióxido de carbono". Wood referiu que, num ano, houve uma poupança equivalente à retirada de apenas um carro das estradas.
Woods sublinhou ainda que eram muitas as vezes em que as colheres se dissolviam em líquidos quentes e em que os garfos e facas se partiam. "Não cortavam a alface. Houve muitas queixas", garantiu Woods.
O programa, agora cancelado, custava 475 mil dólares (340 mil euros) por ano. A liderança republicana já prometeu introduzir as suas próprias medidas pró-ambientais.
In DN
A guerra dos talheres de plástico no Congresso americano
por Catarina Reis da Fonseca
Hoje
Durante a liderança democrata eram utilizados talheres e copos biodegradáveis nos bares do Congresso americano. A medida verde foi cancelada pela nova maioria republicana, que voltou a adoptar o plástico tradicional.
Há quem diga que a "era verde" terminou em Capitol Hill quando, nas eleições intercalares de Novembro, os republicanos conseguiram alcançar a maioria na câmara baixa do Congresso norte-americano.
A decisão de cancelar a utilização de utensílios biodegradáveis nos bares do Congresso está a causar indignação entre os democratas. "Esta decisão representa bem a nova maioria republicana: mais conversa da treta e políticas que nos fazem regredir", afirmou uma porta-voz da ex-presidente da Câmara dos Representantes Nanci Pelosi, citada pelo The New York Times.
Esta semana, um representante democrata do Oregon, Earl Blumenauer, escreveu uma carta de protesto contra uma decisão, que considerou "retrógrada", dizendo que "nas melhores empresas ninguém contesta a importância de questões como a reciclagem e a biodegradabilidade".
Os republicanos, por sua vez, defendem-se dizendo que a iniciativa não estava a funcionar e que os seus custos eram demasiado elevados.
Salley Wood, porta-voz do presidente do comité administrativo da Câmara dos Representantes, explicou que, enquanto esteve em vigor, o programa não atingiu os seus objectivos. "Não houve poupanças significativas nas emissões de dióxido de carbono". Wood referiu que, num ano, houve uma poupança equivalente à retirada de apenas um carro das estradas.
Woods sublinhou ainda que eram muitas as vezes em que as colheres se dissolviam em líquidos quentes e em que os garfos e facas se partiam. "Não cortavam a alface. Houve muitas queixas", garantiu Woods.
O programa, agora cancelado, custava 475 mil dólares (340 mil euros) por ano. A liderança republicana já prometeu introduzir as suas próprias medidas pró-ambientais.
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Dia da Árvore festejado na Escola Secundária Dr. António Gr
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Plantada uma oliveira
Dia da Árvore festejado na Escola Secundária Dr. António Granjo
O Dia da Árvore, no dia 21 de Março, foi assinalado na Escola Secundária Dr. António Granjo com a colaboração da Associação de Pais, da Direcção Executiva e da Associação de Estudantes da referida Escola.
Durante os intervalos maiores da manhã e da tarde foi plantada uma oliveira no recinto da escola, que foram distribuídas pela Câmara Municipal de Chaves, com o intuito de se despertar nos alunos uma maior consciência a nível ambiental.
Esta acção de sensibilização serviu de incentivo à preservação da natureza bem como da floresta, para que numa intervenção humana com o intuito de reduzir ou remediar um impacto ambiental nocivo como os incêndios florestais no futuro, os mais novos se consciencializem destes perigos.
, 2011-03-22
In DTM
Plantada uma oliveira
Dia da Árvore festejado na Escola Secundária Dr. António Granjo
O Dia da Árvore, no dia 21 de Março, foi assinalado na Escola Secundária Dr. António Granjo com a colaboração da Associação de Pais, da Direcção Executiva e da Associação de Estudantes da referida Escola.
Durante os intervalos maiores da manhã e da tarde foi plantada uma oliveira no recinto da escola, que foram distribuídas pela Câmara Municipal de Chaves, com o intuito de se despertar nos alunos uma maior consciência a nível ambiental.
Esta acção de sensibilização serviu de incentivo à preservação da natureza bem como da floresta, para que numa intervenção humana com o intuito de reduzir ou remediar um impacto ambiental nocivo como os incêndios florestais no futuro, os mais novos se consciencializem destes perigos.
, 2011-03-22
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Nuno Sequeira eleito em lista única presidente da Quercus
.
Nuno Sequeira eleito em lista única presidente da Quercus
por Lusa
Hoje
Nuno Sequeira foi hoje eleito presidente da Quercus/Associação Nacional de Conservação da Natureza depois de a lista única que encabeçava ter obtido 98 por cento dos votos.
De acordo com um comunicado da Quercus, os restantes dois por cento foram votos em branco.
Nuno Sequeira, que desempenhava as funções de vice-presidente da direção nacional cessante, sucede assim a Susana Fonseca, que esteve no cargo durante dois anos e que agora assumirá o cargo de vice-presidente.
Nuno Sequeira tem 38 anos, vive em Avis, e é professor do ensino básico e secundário
Da direcção fazem ainda parte Francisco Ferreira, Helder Spínola, Helena Amendoeira, Ana Cristina Figueiredo, Carla Graça, Ricardo Marques e Alexandra Azevedo.
Como vogais suplentes, Sara Campos, Sofia Vilarigues e Manuel Miranda Fernandes.
In DN
Nuno Sequeira eleito em lista única presidente da Quercus
por Lusa
Hoje
Nuno Sequeira foi hoje eleito presidente da Quercus/Associação Nacional de Conservação da Natureza depois de a lista única que encabeçava ter obtido 98 por cento dos votos.
De acordo com um comunicado da Quercus, os restantes dois por cento foram votos em branco.
Nuno Sequeira, que desempenhava as funções de vice-presidente da direção nacional cessante, sucede assim a Susana Fonseca, que esteve no cargo durante dois anos e que agora assumirá o cargo de vice-presidente.
Nuno Sequeira tem 38 anos, vive em Avis, e é professor do ensino básico e secundário
Da direcção fazem ainda parte Francisco Ferreira, Helder Spínola, Helena Amendoeira, Ana Cristina Figueiredo, Carla Graça, Ricardo Marques e Alexandra Azevedo.
Como vogais suplentes, Sara Campos, Sofia Vilarigues e Manuel Miranda Fernandes.
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Número de tigres aumentou na Índia
,
Número de tigres aumentou na Índia
Hoje
Pela primeira vez desde há muitas décadas a população desta espécie regista um ligeiro crescimento.
Os números são escassos, mas o sinal é positivo. De acordo com as últimas contagens oficiais, a população de tigres na Índia cresceu ligeiramente, de 1411, em 2007, para os actuais 1706. Mesmo com a inclusão de uma nova área de reserva no último recenseamento da espécie, a zona de Sundarbans, onde se encontram 70 dos 1706 animais agora identificados, houve um aumento absoluto de 225 tigres indianos em relação a 2007.
In DN
Número de tigres aumentou na Índia
Hoje
Pela primeira vez desde há muitas décadas a população desta espécie regista um ligeiro crescimento.
Os números são escassos, mas o sinal é positivo. De acordo com as últimas contagens oficiais, a população de tigres na Índia cresceu ligeiramente, de 1411, em 2007, para os actuais 1706. Mesmo com a inclusão de uma nova área de reserva no último recenseamento da espécie, a zona de Sundarbans, onde se encontram 70 dos 1706 animais agora identificados, houve um aumento absoluto de 225 tigres indianos em relação a 2007.
In DN
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Amigos?Longe! Inimigos? O mais perto possível!
Joao Ruiz- Pontos : 32035
Richard Branson vai até ao fundo dos oceanos
.
Richard Branson vai até ao fundo dos oceanos
por DN.pt
Hoje
O milionário britânico Richard Branson apresentou nesta ontem, na Califórnia (oeste dos EUA), o projecto que implica conduzir um minissubmarino, com o qual deseja explorar as profundezas dos oceanos.
O aparelho, Virgin Oceanic, tem como objectivo chegar aos pontos mais profundos dos cinco oceanos do planeta, o que significa uma aventura sem precedentes, explicou Branson aos jornalistas no porto de Newport Beach, 80 km a sudoeste de Los Angeles.
A aventura começa pelo mais profundo de todos os oceanos, o Pacífico Ocidental, no final deste ano.
"Considerando que há muito tempo o homem chegou ao espaço, e que os voos espaciais comerciais estão tentadoramente próximos, o último grande desafio para os seres humanos é alcançar e explorar as profundezas dos oceanos do nosso planeta", disse Branson.
"Há áreas enormes dos oceanos que não foram exploradas. Há mais homens que estiveram na Lua do que aqueles que desceram a mais de 20.000 pés (6.100 metros)", assegurou o empresário.
Richard Branson vai conduzir o minisubmarino com o explorador americano Chris Welsh, com quem irá partilhar esta grande aventura de submergir num prazo de dois anos em cinco pontos do fundo do mar.
In DN
Richard Branson vai até ao fundo dos oceanos
por DN.pt
Hoje
O milionário britânico Richard Branson apresentou nesta ontem, na Califórnia (oeste dos EUA), o projecto que implica conduzir um minissubmarino, com o qual deseja explorar as profundezas dos oceanos.
O aparelho, Virgin Oceanic, tem como objectivo chegar aos pontos mais profundos dos cinco oceanos do planeta, o que significa uma aventura sem precedentes, explicou Branson aos jornalistas no porto de Newport Beach, 80 km a sudoeste de Los Angeles.
A aventura começa pelo mais profundo de todos os oceanos, o Pacífico Ocidental, no final deste ano.
"Considerando que há muito tempo o homem chegou ao espaço, e que os voos espaciais comerciais estão tentadoramente próximos, o último grande desafio para os seres humanos é alcançar e explorar as profundezas dos oceanos do nosso planeta", disse Branson.
"Há áreas enormes dos oceanos que não foram exploradas. Há mais homens que estiveram na Lua do que aqueles que desceram a mais de 20.000 pés (6.100 metros)", assegurou o empresário.
Richard Branson vai conduzir o minisubmarino com o explorador americano Chris Welsh, com quem irá partilhar esta grande aventura de submergir num prazo de dois anos em cinco pontos do fundo do mar.
In DN
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