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A técnica da força-bruta, contra a força da técnica: mercados de opinião

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Mensagem por TheNightTrain Seg Nov 09, 2009 12:11 pm

Paulo Gonçalves Marcos
Mercados de previsão em instituições financeiras


Todo o empresário ou gestor de uma empresa sabe que as decisões que tem que tomar são muito condicionadas pela qualidade da informação de que dispõe. Medíocre ou insuficiente informação leva à tomada de decisões que enfermam de qualidade. Para tornar as...

Todo o empresário ou gestor de uma empresa sabe que as decisões que tem que tomar são muito condicionadas pela qualidade da informação de que dispõe. Medíocre ou insuficiente informação leva à tomada de decisões que enfermam de qualidade. Para tornar as coisas mais complexas, são amiúde colaboradores de níveis hierárquicos mais baixos que estão na linha da frente, em contacto com os clientes e com o manancial de informação que é veiculada por estes. Muitos executivos e dirigentes empresariais têm noção de que informação de qualidade se encontra dispersa ao longo de suas organizações, em trabalhadores e grupos de trabalhadores em níveis hierárquicos afastados dos escalões mais altos de decisão. E o sector bancário é um bom exemplo. Mas a grande dificuldade começa em saber como "encontrar" essa informação. Esse é o papel que pode caber aos mercados de previsão, uma aplicação prática de algoritmos e comportamentos estudados primeiramente no campo das ciências políticas, mas que ganharam aceitação científica para prever o desfecho de acontecimentos ou probabilidades de ocorrência de fenómenos como: vendas de um novo produto financeiro; ritmo de adopção de um novo serviço por parte do mercado; como vai correr um aumento de capital colocado junto de actuais accionistas; suficiência ou insuficiência da capacidade instalada de produção, receitas de bilheteira de um filme, taxas de ocupação de hotelaria, difusão da gripe em organizações, regiões e países; quem vai ganhar as próximas eleições legislativas ou autárquicas. Entre múltiplos exemplos. Ou seja, os mercados de previsão, durante uma década confinados aos ambientes académicos norte- -americanos, ganharam aplicação prática e são regularmente usados por organizações internacionais (ONU, Organização Mundial de Saúde, Ministério da Defesa dos EUA), instituições financeiras (Citi, American Express) empresas de tecnologias de informação (Google, IBM, Best Buy, Motorola, Hewlett Packard, Intel, Qualcomm), industriais, farmacêuticas, retalho, telecomunicações e entretenimento, ou de acolhimento. Os estudos empíricos realizados desde meados da década de noventa demonstram que sob certas circunstâncias a inferência colectiva de um grande número de pessoas anónimas tende a proporcionar melhores estimativas sobre acontecimentos futuros que as mesmas produzidas por um perito ou mesmo por um pequeno painel de peritos. A isto designou-se de a sabedoria das multidões ou a sabedoria de muitos. A validade científica dos mercados de previsão tende a ser maximizada quando os participantes no mercado de previsões são de experiências e "backgrounds" diversos, e quando a sua participação no mercado ocorre de forma descentralizada, individual e independente. Na sua essência os mercados de previsão funcionam pela agregação da informação dispersa ao longo de uma organização, ao libertarem os participantes no mercado de constrangimentos de qualquer ordem. Por exemplo, a estimativa para as vendas de um novo produto, a lançar por um banco, pode estar acessível à participação anónima dos funcionários, sem receio que a sua carreira seja prejudicada.

Adicionalmente, os mercados de previsão, para além de assegurarem o anonimato dos participantes proporcionam um estímulo poderoso para que os participantes procurem o máximo de informação antes de tomarem uma decisão. Os mercados de previsão são os melhores agregadores da informação dispersa ao longo de uma organização ou empresa, mormente quando esta possui um número grande de colaboradores e clientes. O valor dos mercados de previsão deriva da sua capacidade de complementarem as fontes tradicionais de informação dos executivos e gestores de topo. Ou seja, não substituindo mas complementando a experiência dos gestores, o recurso a conselheiros ou consultores seniores e os estudos de mercado. Uma aplicação científica dos mercados de previsão pode ser vista em www.trocasdeopiniao.eu que tem procurado prever eventos políticos (resultados eleitorais autárquicos e legislativos), e desportivos (futebol) portugueses.



Director no BES e convidado do curso de PG em Marketing & Banking Social Media do ISGB - Instituto Superior de Gestão Bancária


http://www.jornaldenegocios.pt/index.php?template=SHOWNEWS_OPINION&id=390719

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Mensagem por TheNightTrain Seg Nov 09, 2009 12:26 pm

Há muita, mas mesmo muita coisa que existe, ou foi inventada, antes mesmo de se ter dado conta disso, ou sequer lhe posto o nome...



A inércia tanto pode servir para ostracismo, condicionamento, como para bolinar!!! Nem todos se deram conta que histórias de espiões e detectives remontam aos confins da história. O que só prova que há novidades que são mesmo velhas!!!


No aspecto do comum e bom, continuo a preferir o SOL, à "inteligência" das multidões... Não confio qualquer coisa minha, a qualquer um, de qualquer forma.

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