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Câmaras pagam 13 milhões por ano aos bancos pelos estádios do Euro 2004

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Câmaras pagam 13 milhões por ano aos bancos pelos estádios do Euro 2004 Empty Câmaras pagam 13 milhões por ano aos bancos pelos estádios do Euro 2004

Mensagem por ricardonunes Dom Jan 10, 2010 2:32 am

Em tempo de crise, as autarquias de Braga, Aveiro, Coimbra, Leiria, Faro e Loulé têm mais um problema: a factura dos estádios construídos a pensar no Euro 2004. Só em encargos com a banca, as seis câmaras pagam, por ano, mais de 13 milhões de euros.

A factura é elevada e o futuro dos estádios edificados para o Euro 2004 provoca, em alguns casos, acesas discussões nas reuniões camarárias. Não admira. O Euro 2004 foi um sucesso, mas o retorno não chega para suavizar os custos.

Seis anos após o torneio que coloriu Portugal de Norte a Sul, o quadro é bem mais negro. As autarquias estão asfixiadas, mas os bancos não esperam. A Câmara de Aveiro paga, por ano, quatro milhões de euros em juros e amortizações, repartidos por empréstimos ou locações financeiras contratualizadas para pagar a construção do Estádio Municipal Mário Duarte; a edilidade de Coimbra despende 1,5 milhões de euros; Leiria, 1,2 milhões; Faro e Loulé, proprietárias do Estádio do Algarve, liquidam à banca 1,5 milhões. A Câmara de Braga é recordista: o Estádio AXA, onde actua o líder da Liga, representa uma factura de cinco milhões de euros anuais para a autarquia da cidade dos Arcebispos. A soma das verbas despendidas, com juros e amortizações, por estas seis autarquias ascende a 13,2 milhões de euros.

A factura dos estádios tem mais parcelas. A manutenção provoca outra dor de cabeça. Segundo dados a que o JN teve acesso, custa à edilidade de Braga, directa ou indirectamente - em alguns casos estão envolvidas empresas municipais -, 150 mil euros por mês.

Em Coimbra, as despesas correntes são da responsabilidade da Académica, clube que utiliza o estádio (em 2010, esta parcela poderá chegar a 450 mil euros), mas em Aveiro, por exemplo, o pagamento da manutenção é desembolsado pela autarquia: 25 mil euros mensais.

A fraca afluência de público (ver peça à parte) traduz-se num problema que não ajuda à dinamização destas gigantescas estruturas. Recentemente, Raul Castro, presidente da Câmara de Leiria, revelou que uma das soluções para o Estádio Municipal Magalhães Pessoa poderia, no limite, passar pela venda do recinto a um investidor, salvaguardando a utilização para fins desportivos.

A dinamização destes espaços é, de facto, um dos grandes desafios. O vereador do executivo de Aveiro, Pedro Ferreira, explica, ao JN, que a revitalização do estádio passa, a curto prazo, "por envolver o Beira-Mar na gestão do equipamento e utilizá-lo para fins não futebolísticos ou desportivos, dotando-o, por exemplo, de espaços comerciais".

Não obstante serem os grandes responsáveis pelo endividamento das autarquias, há quem não tenha medo de novos financiamentos. O presidente da Federação Portuguesa de Futebol, Gilberto Madail, revelou, em Outubro do ano passado, que os estádios de Braga e Algarve também poderiam, para além de Luz, Dragão e Alvalade, emergir como opções para a candidatura ibérica ao Mundial 2018/22, o que envolveria, em qualquer dos casos, um aumento da lotação em mais 12 mil lugares. A autarquia minhota mostrou-se disponível, apesar de, num endividamento global de 80 milhões de euros, apenas quatro milhões não serem imputados ao Estádio AXA.

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Câmaras pagam 13 milhões por ano aos bancos pelos estádios do Euro 2004 Empty Re: Câmaras pagam 13 milhões por ano aos bancos pelos estádios do Euro 2004

Mensagem por Joao Ruiz Dom Jan 10, 2010 4:13 am

Somos o país da megalomania, projectos em cima do joelho e euforia momêntanea...

Depois vêm os apertos, os Deus nos acuda e os teimosos dos euros... que não esticam...


No

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